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DIREITO AO DESENVOLVIMENTO

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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENIZE
FACULDADE DE DIREITO
CAMPINAS
ARTIGO CIENTÍFICO SOBRE A OBRA “DIREITO AO DESENVOLVIMENTO”
Samara Santos de Oliveira, 31212034
Prof.: Daniel Francisco Nagao Menezes
Novembro
2014
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................3
O DESENVOLVIMENTO.......................................................................................................3
DIREITO E DESENVOLVIMENTO.....................................................................................5
FONTES DO DIREITO AO DESENVOLVIMENTO NO PLANO INTERNACIONAL..................................................................................................................7
DIMENSÕES, SUJEITOS E OBJETO DO DIREITO AO DESENVOLVIMENTO...........................................................................................................8
O DIREITO AO DESENVOLVIMENTO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988...........................................................................................................................................10
CONCLUSÃO.........................................................................................................................11
BIBLIOGRAFIA.....................................................................................................................12
RESUMO
 A palavra desenvolvimento é entendida como melhoria, evolução. Nesse trabalho será apresentado o direito ao desenvolvimento em várias áreas, como por exemplo a área social, política, humana, ambiental, nacional, sustentável, regional, etc. Posteriormente serão demonstradas as divergências do direito ao desenvolvimento e do direito do desenvolvimento, as fontes, quais são os sujeitos e objetos do direito ao desenvolvimento e, por fim, como este se consolidou no ordenamento brasileiro.
Palavras-chave: desenvolvimento, direitos humanos, dignidade.
INTRODUÇÃO
Atualmente o termo desenvolvimento acolhe muitos entendimentos, indo além da aspiração de enriquecimento. Desenvolvimento é considerado um direito na contemporaneidade, visando o alcance da dignidade humana e do bem-estar social. Dignidade humana automaticamente remete aos direitos humanos, ou seja, direito ao desenvolvimento adentrou como um direito humano inerente e inalienável. 
Mesmo que considerado um “novo” direito, o direito ao desenvolvimento vem se destacando em várias questões, desde o direito individual de crescimento econômico, passando pelo ecodesenvolviemento, chegando ao fato de que o Estado é quem deve prover meios para que o indivíduo possa atingi-lo. Enfim, esse trabalho visa demonstrar algumas das fases pelas quais o desenvolvimento passou para chegar ao nosso ordenamento.
O DESENVOLVIMENTO
O termo desenvolvimento surgiu entre os séculos XII e XIII, desde então houve muitas mudanças, a palavra que significava “expor” passou a ser plurívoca, ou seja, passou a ser uma expressão que abrange uma gama maior de significados, como “evolução”.
Como primeiro tema do leque que o termo desenvolvimento pode abranger temos a evolução econômica, Para Robério Nunes (2013, p.21) “a noção de desenvolvimento está vinculada à melhoria qualitativa das condições de vida da população, pela transformação da economia.”
Em um quadro pós-guerra acreditava-se que o desenvolvimento era o crescimento econômico. O simples avanço na economia bastava para alguns, para outros autores o crescimento econômico só era concreto quando esse progresso atingia várias camadas da população, afetando a produtividade do país e os índices de renda per capita . O último entendimento é o que temos arraigado nos dias atuais.
Entretanto, o desenvolvimento não é apenas a economia de um país, o desenvolvimento, como já dito anteriormente, tem um leque de temas e isso converge para o fato de que “desenvolver” sugere mudanças de natureza quantitativa e qualitativa e uma mudança na sociedade. Essa mutabilidade social será percebida não apenas no nível econômico mas também no nível social, cultural e intelectual.
Para que a mutabilidade social seja atingida seria necessária uma redistribuição de renda de forma justa feita pelo Estado, a simples análise da renda per capita não significa uma melhoria no bem-estar da sociedade, são imprescindíveis outros indicadores que se moldem ao objetivo de desenvolvimento e bem-estar social. A partir disso temos o subdesenvolvimento, que pode ser notado quando não há crescimento econômico ou quando este é instável.
Para que haja o sobrepujamento do subdesenvolvimento é fundamental que o sistema seja reparado, como dito anteriormente é necessário uma redistribuição de renda que não ocorre no atual sistema devido à dominação da elite nos ramos econômico, cultural e político.
Porém, a idealização de que o desenvolvimento econômico será o suficiente para igualar os padrões de vida nada mais é do que uma ilusão, visto que não há recursos ambientais suficientes para tanto. Haveria uma queima de combustível não renovável e um imenso aumento de poluição. A partir dessa perspectiva houve um debate sobre o crescimento, estudos comprovaram que o avanço na tecnologia não seria o bastante para certificar as condições necessárias do planeta para aguentar o crescimento da população, a ruína sociedade estaria totalmente ligada à fome e a poluição.
Deste ponto em diante temos a questão do ecodesenvolvimento. O ecodesenvolvimento traz em seu bojo a tentativa do crescimento com a sustentabilidade social, econômica, ecológica, espacial e cultural. As Nações Unidas pediram que um relatório fosse feito para a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, que foi em entregue em 1987, o relatório é conhecido como “O Nosso Futuro Comum” e nele o temos a primeira noção de desenvolvimento sustentável. Este relatório foi elaborado com a intenção de analisar o tema “meio ambiente e desenvolvimento” no mundo.
A repercussão do relatório levou a produção da Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992 (Rio – 92). Dessa conferência originaram-se vários documentos, entre eles a Agenda 21 que abarcava ideias para mudanças no futuro.
Percebeu-se que o desenvolvimento econômico não era o suficiente, então além do desenvolvimento sustentável as Nações Unidas também focaram no desenvolvimento humano. O desenvolvimento humano nada mais é do que o meio pelo qual se aumenta as oportunidades e, consequentemente, as escolhas que as pessoas têm a disposição por meio da melhoria da condição de vida delas. Uma pessoa com melhores condições de vida tem mais alternativas do que uma pessoa com condições inferiores.
Para combater essas condições menos favoráveis a ONU criou objetivos-chaves que devem ser alcanças, conhecidos como Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, são eles: erradicar a pobreza extrema e a fome, atingir o ensino básico universal, promover a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres, reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde materna, combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças, garantir a sustentabilidade ambiental e estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento. 
 Enfim, desenvolvimento é compreendido como o processo pelo qual se deve elaborar um ambiente harmônico entre pessoas, crescimento econômico e meio ambiente, de modo que o crescimento desenfreado de um não condene o outro ou favoreça apenas uma minoria.
DIREITO E DESENVOLVIMENTO
Os assuntos direito e desenvolvimento geram duas vertentes. A primeira é o direito do desenvolvimento, que trata da presença que o direito positivo pode vir a ter no processo de desenvolvimento, e a segunda o direito ao desenvolvimento que vê o desenvolvimento como um direito subjetivo.
O direito do desenvolvimento, como já dito anteriormente, visa o aumento do processo de desenvolvimento, destaque para a economia do Estado. Dentro do direito do desenvolvimento tem-se o direito internacionaldo desenvolvimento que tem por escopo aprimorar o as condições dos países subdesenvolvidos, com o intuito de passar pela barreira da desigualdade nos níveis de desenvolvimento.
No que diz respeito ao direito ao desenvolvimento este é entendido como o direito de todo ser humano alcançar o bem-estar, ou seja, de ter uma vida melhor. O direito ao desenvolvimento traz isso de modo coletivo, a sociedade deve trabalhar como um todo para atingir o bem-estar da humanidade.
Essa discussão sobre o direito ao desenvolvimento gerou a Declaração das Nações Unidas sobre Direito ao Desenvolvimento. 
 A Declaração reconhece em seu preâmbulo que o desenvolvimento é um processo econômico, social, cultural e político abrangente, que objetiva o constante incremento do bem-estar de toda a população e de todos os indivíduos com base em sua participação ativa, livre e significativa no desenvolvimento e na justa distribuição dos benefícios que dele resultam.(ANJOS FILHO, 2013, p.101).
Os pontos reconhecidos pela Declaração das Nações Unidas sobre Direito ao Desenvolvimento não são estáveis, são pontos que sempre estarão em constante mudança, ou seja o direito vai sofrendo suas mutações para se adequar ao presente. Uma prova disso são as três gerações do direito, ou dimensões que seria o termo mais exato, considerando que uma geração se sobrepõe a outra, enquanto dimensões englobam uma às outras. 
Em suma, o direito ao desenvolvimento deve acompanhar a história, a humanidade, se no passado faltavam direito políticos e sociais e foram necessárias lutas para isso o direito deve se moldar a esse desejo da sociedade. Hoje, a questão da falta da normatização do direito não quer dizer que este não existe, principalmente quando se fala em direito humanos.
FONTES DO DIERITO AO DESENVOLVIMENTO NO PLANO INTERNACIONAL
Fontes no direito são o ponto de partida para a formação da norma, é a partir desse ponto serão destrinchados os assuntos que serão positivados no sistema jurídico nacional ou internacional.
Atualmente o pensamento jurídico é voltado para a confirmação de que desenvolvimento é um direito internacional e há maneiras de constatar isso nos tratados e convenções, sejam eles regionais ou não. A Carta das Nações Unidas, em um de seus vários pontos, discorre sobre a dignidade do ser humano e o direito a uma vida digna está ligado ao bem-estar da pessoa humana e consequentemente o desenvolvimento do país pode ser a chave para atingir o fim social, igualdade entre homens e mulheres, entre raças, etc.
Um exemplo de fonte regional do direito ao desenvolvimento é a Carta de Constituição da Organização dos Estados Americanos, que tem no seu texto, em um dos pontos abordados, que é necessário ao homem um ambiente oportuno ao desenvolvimento. No comum, todos esses documentos têm incontáveis disposições formulando sobre o direito ao desenvolvimento, dentro vários temas como: a cooperação internacional, direitos humanos, desenvolvimento econômico e sustentável e as liberdades fundamentais.
Como fontes regionais reconhecidas temos a fonte americana, que é a Organização dos Estados Americanos, a fonte europeia que é o Tratado da União Europeia que tem como alento o patrimônio cultural, religioso e humanista da Europa e a fonte africana que consagrou as três gerações de direitos humanos e estabeleceu os deveres dos cidadãos. O mundo Árabe possuí uma carta de direitos humanos de modo teocrático e a Ásia possuí um sistema rudimentar.
Como fontes de sistemas global pode-se pegar como exemplo a Convenção Sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, a Convenção Sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher e a Convenção Sobre os Direitos da Criança, que visam, entre outras disposições, que os Estados-partes adotem medidas para promover o desenvolvimento social, ou seja, igualdade entre raças e gêneros, progresso e elevação do padrão de vida. Outra fonte a ser considerada é o costume. O costume é a pratica reiterada de uma regra social durante um longo prazo e de forma generalizada, com essa fundamentação é possível atribuir valor jurídico ao costume.
A doutrina também tem grande relevância quando se fala em fontes do direito, durante os últimos anos muito doutrinadores escreveram sobre o direito ao desenvolvimento. Não há uma uniformidade em relação às opiniões, mas é inegável que o direto ao desenvolvimento já é um direito da pessoa humana. Em relação à jurisprudência, ainda há uma escassez quando se fala em jurisprudência sobre o direito ao desenvolvimento, entretanto o direito de se desenvolver é citado em algumas jurisprudências internacionais.
Fica exposto que o desenvolvimento abrange a proteção aos direitos humanos e esse fato coopera com a assimilação de que o desenvolvimento é um princípio geral do direito, mesmo que nem todos os direitos humanos sejam princípios gerais do direito. Para Robério Nunes (2013, p.195) “A nosso ver, o direito ao desenvolvimento, entendido para além da sua dimensão puramente econômica, reúne as condições de ser galgado à categoria de princípio geral de direito.”
Uma crítica que surgi no âmbito internacional é o direito ao desenvolvimento e o soft law. Soft law é o termo jurídico utilizado para falar de textos internacionais desprovidos de caráter jurídico para aqueles que não são signatários do tratado ou convenção, entretanto não deixa de ter grande importância na hora de cimentar direitos humanos. Para Robério Nunes (2013, p.213) “Fato é que o direito ao desenvolvimento tem provocado efeitos práticos, no campo jurídico, político, econômico e social, o que reforça o seu poder de conformar situações concretas.”
DIMENSÕES, SUJEITOS E OBJETO DO DIREITO AO DESENVOLVIMENTO
O direito ao desenvolvimento, além da relação internacional que já foi exposta, tem também relação interna, com o direito interno, tanto individualmente como coletivamente. Para Robério Nunes (2013, p.218) “O conteúdo do direito ao desenvolvimento é multidimensional.”
Direito ao desenvolvimento individual tem como foco o ser humano. 
 A posição central da pessoa humana é assegurada pela Carta das Nações Unidas, pela Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948 e pelos Pactos Internacionais de Direitos Humanos de 1966, a partir do momento em que todos esses documentos tomam como fundamentos a dignidade da pessoa humana. (ANJOS FILHO, 2013, p.218)
A partir desse pensamento fica estipulado que a pessoa humana, além de sujeito central, é o participante central e aquele que vai ser favorecido pelo desenvolvimento. Para Robério Nunes (2013, p.219) “Além disso, o ser humano é o sujeito central do Direito Internacional como um todo, e, portanto também do direito ao desenvolvimento nessa dimensão.”
Entende-se que o direito ao desenvolvimento individual é o direito que a pessoa humana tem de se desenvolver como indivíduo, indo além da perspectiva econômica, mas, também, cultural, social e espiritual. É o direito do ser humano de alcançar a vida digna pelo desenvolvimento de suas habilidades.
Para que o indivíduo tenha meios para se desenvolver é necessário que alguém promova esse direito, aqui temos o sujeito passivo do direito ao desenvolvimento: o Estado. O Estado tem o compromisso de criar as condições internas e externas para a consumação do desenvolvimento, visto que para que haja desenvolvimento é necessário que se tenha um estudo detalhado e posteriormente a elaboração de projetos que serão executados por meio de políticas públicas.
Além do Estado é permissível que pessoas físicas e jurídicas sejam o polo passivo em relação ao direito ao desenvolvimento, as pessoas jurídicas de direito privado tem uma importância considerável em questões econômica, ambientais e sócias dentro de um Estado e essas questões estão correlacionadas com o direito ao desenvolvimento. Já no plano internacional é possível considerar os órgãos internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização Mundialdo Comércio (OMC). Ou seja, todos podem ser, inclusive ao mesmo tempo, credores e devedores de certo direito humano quando abstratamente considerado, fixando-se a condição de credor ou devedor diante da uma situação concreta. Para Robério Nunes (2013, p.229) “Não há na atualidade maiores problemas em conceber que uma mesma pessoa pode ser ao mesmo tempo devedora e credora de direitos humanos.”
Como já dito anteriormente o sujeito principal do direito ao desenvolvimento é o ser humano, seja ele de modo coletivo ou individual, consequentemente os povos estão entre os que serão favorecido por esse direito, afinal, mesmo que não haja uma definição unânime de “povo”, é sabido que a base de qualquer povo são humanos. O preâmbulo da Declaração Sobre o Direito ao Desenvolvimento diz “Em virtude do direito à autodeterminação os povos têm o direito de determinar livremente seus status político e de buscar seu desenvolvimento econômico, social e cultural”.
Entretanto, é importante frisar que dentro dessa coletividade, dentro dos povos há grupos, vulneráveis e há as minorias, assim é imperativo que seja reconhecido que o direito ao desenvolvimento deve acatar de maneira particular esses grupos. Para Robério Nunes (2013, p.257) “Os grupos vulneráveis em sentido estrito são vítimas de desigualdades, ao passo em que as minorias encontram-se no bojo de uma relação de diferença cultural com o restante.”
Enfim, fica exposto que a proteção efetiva do direito ao desenvolvimento não depende exclusivamente ao que foi determinado internacionalmente, é necessária uma regulamentação interna e que frise os grupos vulneráveis e as minorias.
O DIREITO AO DESENVOLVIMENTO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
Está mais que estabelecido que direito ao desenvolvimento é um direito inerente ao ser humano, não sendo necessária a formalidade de que este conste no ordenamento interno do nosso país de maneira expressa. 
 Embora o direito ao desenvolvimento não esteja incluído de maneira expressa no Título II da Constituição de 1988, que trata dos direitos e garantias fundamentais, nem tampouco tenha sido explicitamente mencionado em qualquer outro dispositivo constitucional, o regime e os princípios por ela adotados, bem como os tratados internacionais dos quais a República Federativa do Brasil é parte, permitem concluir no sentido da sua integração ao direito positivo brasileiro como um direito fundamental.” (Idem, p.269)
Nesse sentido o desenvolvimento do país logicamente está ligado ao desenvolvimento, não apenas econômico, de seu povo. O desenvolvimento nacional abrange o alcance da dignidade da pessoa humana e o cumprimento dos objetivos fundamentais que estão estipulados na Constituição Federal de 1988. Para Robério Nunes (2013, p.273) “Logo, alcançar o desenvolvimento nacional é alcançar o desenvolvimento humano.”
CONCLUSÃO
Conclui-se que desenvolvimento pode abarcar várias áreas além da econômica, que é possível a conciliação de crescimento econômico com desenvolvimento sustentável e que tudo está mais do que interligado de forma que o objetivo a ser atingido é a dignidade da pessoa humana e propiciar o bem-estar social, seja ela individual ou coletivo. Ficou explicito que o Estado é fundamental para que haja garantia desse direito aos indivíduos que vivem sobre seu ordenamento, é o Estado que vai assinar tratados e convenções que serão implementados em seus sistemas normativos de modo a garantir internamente e externamente a proteção dos indivíduos, e mesmo que no ordenamento não seja feita a menção do direito ao desenvolvimento de forma expressa, que é o caso do Brasil, é possível de outras maneiras garantir esse direito, inalienável, do ser humano. 
BIBLIOGRAFIA
ANJOS FILHO, Robério Nunes dos. Direito ao Desenvolvimento. São Paulo: Saraiva, 2013.

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