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Ciência dos materiais - CME Curso de Engenharia Eletrônica Fev/2015 Profa Sara Dereste sdereste@gmail.com INSTITUTO FEDERAL DE SÃO PAULO - IFSP Posição, Direção e Planos Cristalográficos INSTITUTO FEDERAL DE SÃO PAULO - IFSP Fev/2015 Posições, direções e planos cristalinos Posições em cristais cúbicos Certos pontos tais como as posições atômicas na rede ou em uma célula unitária, podem ser localizados pela construção de um sistema de eixos cartesiano. Identificação de posições na estrutura cúbica Cristalografia A descrição mais completa da estrutura cristalina passa pela identificação das direções e dos planos no cristal, o que se faz por meio de um sistema de eixos cartesianos aplicados na célula unitária. Notações que empregam os índices de Miller • As direções são definidas a partir da origem • Suas coordenadas são dadas pelos pontos que cruzam o cubo unitário Direções do cristal x, y, z h, k, l [h, k, l] Posições, direções e planos cristalinos Direções em cristais cúbicos Orientação específica em um cristal simples ou em um material policristalino. O conhecimento de como descrever as direções cristalográficas é de grande utilização em muitas aplicações; os metais, por exemplo, deformam mais facilmente nas direções ao longo das quais os átomos estão em contato mais próximo (direções mais compactas). Direção é representada por um vetor. Posições, direções e planos cristalinos Direções em cristais cúbicos Orientação específica em um cristal simples ou em um material policristalino. O conhecimento de como descrever as direções cristalográficas é de grande utilização em muitas aplicações; os metais, por exemplo, deformam mais facilmente nas direções ao longo das quais os átomos estão em contato mais próximo (direções mais compactas). Direção é representada por um vetor. Posições, direções e planos cristalinos Direções em cristais cúbicos Orientação específica em um cristal simples ou em um material policristalino. O conhecimento de como descrever as direções cristalográficas é de grande utilização em muitas aplicações; os metais, por exemplo, deformam mais facilmente nas direções ao longo das quais os átomos estão em contato mais próximo (direções mais compactas). Direção é representada por um vetor. Posições, direções e planos cristalinos Direções em cristais cúbicos Orientação específica em um cristal simples ou em um material policristalino. O conhecimento de como descrever as direções cristalográficas é de grande utilização em muitas aplicações; os metais, por exemplo, deformam mais facilmente nas direções ao longo das quais os átomos estão em contato mais próximo (direções mais compactas). Direção é representada por um vetor. Posições, direções e planos cristalinos Direções em cristais cúbicos Orientação específica em um cristal simples ou em um material policristalino. O conhecimento de como descrever as direções cristalográficas é de grande utilização em muitas aplicações; os metais, por exemplo, deformam mais facilmente nas direções ao longo das quais os átomos estão em contato mais próximo (direções mais compactas). Direção é representada por um vetor. Posições, direções e planos cristalinos Direções em cristais cúbicos Importante lembrar que: • Como as direções são vetores, uma direção e sua negativa não são idênticas; elas representam a mesma linha, mas possuem sentidos opostos. • Direções proporcionais são idênticas; por este motivo é que se devem reduzir os índices para menores inteiros. • Direções de certos conjuntos são equivalentes; elas possuem índices específicos em virtude da maneira como o sistema de coordenadas foi construído. - Exemplo: No sistema cúbico, [100] se torna [010] se o sistema de coordenadas for redefinido (rotacionado 90° para a esquerda, por exemplo); Posições, direções e planos cristalinos Direções em cristais cúbicos Portanto, diz-se que estas direções são equivalentes ([100] ≡ [010]). Isto é importante, pois eventualmente é necessário expressar um conjunto de direções com as mesmas características na estrutura cristalina, como a diagonal da face do cubo; neste caso, existem 12 direções, e uma representação geral de todas elas é dada por <100>, que é chamada família de direções das diagonais das faces do cubo. Cristalografia • Como o próprio nome sugere, são os planos de átomos formados nas estruturas cristalinas. Eles são úteis para: a determinação da estrutura cristalina; compreender o sistema de deslizamento; mecanismo de transporte. Planos cristalográficos x, y, z h, k, l (h, k, l) Posições, direções e planos cristalinos Planos em cristais cúbicos Os materiais também se deformam de acordo com um determinado plano. Posições, direções e planos cristalinos Planos em cristais cúbicos Os materiais também se deformam de acordo com um determinado plano. Posições, direções e planos cristalinos Planos em cristais cúbicos Os materiais também se deformam de acordo com um determinado plano. Posições, direções e planos cristalinos Planos em cristais cúbicos • Um plano e seus negativo são idênticos; • Planos e seus múltiplos não são idênticos; • Em cada célula unitária, uma família de planos representa o conjunto de planos equivalentes, que têm seus índices específicos por causa da orientação das coordenadas; os conjuntos de planos equivalentes são apresentados com a notação entre chaves {}. Todos os planos interceptam 2 eixos, ou seja, são paralelos ao 3º eixo! Alguns exemplos: Posições, direções e planos cristalinos Planos em cristais cúbicos • Um plano e seus negativo são idênticos; • Planos e seus múltiplos não são idênticos; • Em cada célula unitária, uma família de planos representa o conjunto de planos equivalentes, que têm seus índices específicos por causa da orientação das coordenadas; os conjuntos de planos equivalentes são apresentados com a notação entre chaves {}. • No sistema cúbico, uma direção que tem os mesmos índices de um plano é perpendicular ao plano. Já para a família {111}, os planos interceptam os três eixos! Posições, direções e planos cristalinos Diferentes planos cristalográficos Posições, direções e planos cristalinos Direções em cristais hexagonais Sistemas de coordenadas com 4 eixos (a1, a2, a3 e c) u, v, t, w Posições, direções e planos cristalinos Planos em cristais hexagonais Os planos em cristais hexagonais são identificados também pelo uso de quatro eixos; neste caso, os índices empregados são representados pelas letras h, k, i e l entre parênteses, ou seja, (h k i l). Posições, direções e planos cristalinos Planos em cristais hexagonais Os planos em cristais hexagonais são identificados também pelo uso de quatro eixos; neste caso, os índices empregados são representados pelas letras h, k, i e l entre parênteses, ou seja, (h k i l). Posições, direções e planos cristalinos Planos em cristais hexagonais Os planos em cristais hexagonais são identificados também pelo uso de quatro eixos; neste caso, os índices empregados são representados pelas letras h, k, i e l entre parênteses, ou seja, (h k i l). Posições, direções e planos cristalinos Planos em cristais hexagonais Os planos em cristais hexagonais são identificados também pelo uso de quatro eixos; neste caso, os índices empregados são representados pelas letras h, k, i e l entre parênteses, ou seja, (h k i l). Posições, direções e planos cristalinos Planosem cristais hexagonais Os planos em cristais hexagonais são identificados também pelo uso de quatro eixos; neste caso, os índices empregados são representados pelas letras h, k, i e l entre parênteses, ou seja, (h k i l). Posições, direções e planos cristalinos Planos e direções compactos Numa direção ou plano compactos, os átomos estão em contato contínuo. As células unitárias CFC e HC são as mais compactas, e cada uma apresenta planos compactos. Posições, direções e planos cristalinos Sistema de deslizamento O deslizamento ocorrerá mais facilmente em certos planos e direções do que em outros. Em geral, o deslizamento ocorrerá paralelo a planos compactos, que preservam sua integridade. O deslizamento é mais provável em planos e direções compactas, porque nestes casos a distância que a rede precisa se deslocar é mínima Posições, direções e planos cristalinos Espaçamento interplanar No sistema cúbico, a distância entre dois planos de átomos, paralelos e adjacentes, com os mesmos índices de Miller, é denominada espaçamento interplanar (dhkl), e sua equação geral é dada por: Ex. distâncias interplanares (111) da célula unitária do chumbo (Pb), que é CFC: Posições, direções e planos cristalinos Densidades atômicas do cristal A definição de uma direção compacta envolve a definição de densidade linear de átomos; assim, densidade linear de átomos é o número de átomos por unidade de comprimento na direção. Na estrutura CS, por exemplo, a densidade linear de átomos da família de direções <100> é calculada como: Densidade planar Os cristais reais apresentam inúmeros defeitos, que são classificados por sua “dimensionalidade”. • Defeitos Pontuais (dimensão zero) • Vacâncias ou Lacuna • Autointersticial • Impurezas intersticiais e substitucionais • Defeitos Lineares • Discordâncias (dislocations) • Defeitos Planares • Interfaces e fronteiras de grão • Defeitos Volumétricos • Vazios ou poros, fraturas ou trincas, vibrações. Defeitos na Estrutura Cristalina • Devido à agitação térmica, os átomos de um cristal estão sempre vibrando. • Quanto maior a energia térmica (ou temperatura), maior será a chance de átomos saírem de suas posições, deixando um vazio (vacância) em seu lugar. • Por outro lado, dentro da rede cristalina existem inúmeros interstícios, espaços vazios entre os átomos, nos quais é possível alojar outros átomos. • Finalmente, é praticamente impossível obter um material infinitamente puro. Sempre haverá impurezas presentes na rede cristalina. Defeitos na Estrutura Cristalina Defeitos Pontuais Defeitos Pontuais Defeitos na Estrutura Cristalina Número de lacunas em equilíbrio (N1) Dependência direta com a temperatura! Defeitos Pontuais Defeitos na Estrutura Cristalina Defeito Intersticial e Substitucional • Ocorrem devido a presença de impurezas. • Os intersticiais alocam-se nos interstícios dos átomos • Os substitucionais substituem os átomos originais da estrutura. • Princípio de solubilidade dos sólidos 1. Fator do tamanho atômico 2. Estrutura cristalina 3. Eletronegatividade 4. Valências Defeitos na Estrutura Cristalina Defeitos Pontuais Defeitos na Estrutura Cristalina Discordâncias • São defeitos lineares. Existe uma linha separando a seção perfeita, da seção deformada do material. • São responsáveis pelo comportamento mecânico dos materiais quando submetidos a cisalhamento. • São responsáveis pelo fato de que os metais são cerca de 10 vezes mais “moles” do que deveriam. • Existem dois tipos fundamentais de discordâncias: • Discordância em linha (edge dislocation) • Discordância em hélice (screw dislocation) Defeitos na Estrutura Cristalina Discordância em linha ZrO2 Defeitos na Estrutura Cristalina Discordância helicoidal ou espiral Discordância Vetor de Burges Defeitos na Estrutura Cristalina Discordância helicoidal ou espiral Normalmente as estruturas apresentam discordâncias Mistas! Defeitos na Estrutura Cristalina Discordância helicoidal ou espiral Normalmente as estruturas apresentam discordâncias Mistas! Defeitos na Estrutura Cristalina Defeitos Interfaciais (de superfície ou planares) Defeitos interfaciais são contornos que possuem duas dimensões e que normalmente separam regiões dos materiais que possuem estruturas cristalinas e/ou orientações cristalográficas diferentes. Superfícies Externas: Os átomos na superfície não estão ligados ao número máximo de vizinhos mais próximos e estão, portanto, em um estado de maior energia que os átomos nas posições interiores. Contornos de Grãos: o contorno que separa dois pequenos grãos ou cristais com diferentes orientações cristalográficas nos materiais policristalinos. (CASCUDO, 2010) Defeitos na Estrutura Cristalina Defeitos Interfaciais (de superfície ou planares) Contornos de fases: separam fases distintas do material, apresentando características físico/química próprias de cada fase. Contornos de Macla: Um contorno de macla é um tipo especial de contorno de grão, através do qual existe uma específica simetria em espelho da rede cristalina; isto é, os átomos em um dos lados do contorno estão localizados em posições de imagem em espelho em relação aos átomos no outro lado do contorno.. Defeitos na Estrutura Cristalina Defeitos Volumétricos Vibração: Todos os átomos presentes em um material sólido estão vibrando muito rapidamente em torno da sua posição na rede em um cristal. Em certo sentido, essas vibrações atômicas podem ser considera- das como imperfeições ou defeitos. Poros: Aglomerados de vazios Precipitados e inclusões: sedimentação de material de fase diferente; inclusão de elementos distintos por oxiredução.
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