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Prof° Newton Chwartzmann newtonc@ufrgs.br CONSTRUÇÃO CIVIL II - AIM0217 Materiais plásticos, elastômeros e compósitos na construção civil 2019 INTRODUÇÃO Polímeros (também chamados de plásticos) são materiais compostos de origem natural ou sintética, formados pela repetição de um grande número de unidades básicas. 2 INTRODUÇÃO São macro-moléculas formadas pela combinação do: carbono com oxigênio, hidrogênio, nitrogênio entre outros que embora sólidos, apresentam-se em algum momento sob forma de líquidos, podendo ser moldados. 3 INTRODUÇÃO Os polímeros não foram "inventados“, eles existem na natureza por exemplo: celulose, proteínas, látex. A intenção inicial dos químicos, ao tentarem produzir os primeiros polímeros, foi "copiar" os polímeros naturais. Plásticos recicláveis têm o símbolo 4 INTRODUÇÃO 5 INTRODUÇÃO A polimerização é uma reação em que as moléculas menores se combinam quimicamente para formar moléculas longas. Características: Boa resistência à corrosão; Baixa massa específica; Boas características de isolamento térmico e elétrico. 6 INTRODUÇÃO 7 Nesta analogia clipes soltos representam monômeros que quando unidos tornam-se os polímeros. ORIGEM DOS POLÍMEROS Inventado por volta de 1870, ele só foi industrializado com sucesso em 1909. O primeiro plástico fabricado pelo homem através de síntese foi a resina fenol- formaldeído, desenvolvida pelo físico e químico belga Leo Hendrik Baekeland. Estava “inventada” a baquelite, o primeiro plástico sintético. 8 BAQUELITE Usada em tomadas, telefones antigos, no embutimento de amostras metalográficas, etc. 9 ORIGEM DOS POLÍMEROS As matérias-primas básicas para a obtenção da maioria dos materiais plásticos são de origem natural ou sintética. Alguns materiais poliméricos são oriundos de hidrocarbonetos derivados de petróleo. No Brasil, o petróleo é encontrado em águas oceânicas profundas, sendo o Rio de Janeiro o estado com maior produção. 10 11 ORIGEM DOS POLÍMEROS Para a produção dos componentes resultantes do petróleo, se emprega o processo chamado de destilação ou craqueamento. Separação de líquidos com pontos de ebulição diferentes. 12 13 Esquema básico de refino (destilação ou craqueamento) do petróleo GLP PETRÓLEO Indústria de primeira geração: transforma o nafta em produtos petroquímicos básicos. Indústria de segunda geração: transforma os produtos petroquímicos básicos em polímeros. Indústria de terceira geração: transforma os polímeros em produtos de consumo. 14 Nafta, produto incolor extraído do petróleo 15 16 FABRICAÇÃO DOS POLÍMEROS MATÉRIA-PRIMA Básica MATÉRIA-PRIMA intermediária MONÔMEROS POLÍMEROS COPOLÍMEROS Polimerização Adição Condensação 17 FABRICAÇÃO DOS POLÍMEROS Monômeros são pequenas moléculas capazes de se ligarem com outros monômeros, originando os polímeros ou copolímeros (heteropolímeros). 18 COPOLÍMEROS Copolímeros são polímeros formados a partir de dois ou mais monômeros diferentes. São muito resistente aos agentes atmosféricos e aos solventes orgânicos Ex: fabricação de tubos plásticos para estofados de automóveis, folhas para invólucros de alimentos, etc. 19 ADITIVOS Materiais introduzidos intencionalmente para tornar um polímero mais adequado para uma dada aplicação. Esse processo é necessário para modificar as suas propriedades físicas, químicas e mecânicas. Exemplos de aditivos: Plastificantes, Pigmentos, Estabilizadores, Retardadores de chama e Cargas. 20 PLASTIFICANTES Melhoram a flexibilidade, ductilidade e tenacidade dos polímeros. Possuem moléculas de pequeno tamanho e ocupam posições entre as macromoléculas dos polímeros aumentando a distância entre as cadeias. São voláteis, evaporam lentamente e sofrem ataques de microrganismos. 21 ADITIVO PLASTIFICANTE Sem aditivo Com aditivo umectante e dispersante 22 ADITIVO PLASTIFICANTE Teste de escorrimento. À esquerda, gel apenas com sílica pirogênica. À direita, gel com sílica pirogênica e aditivo. 23 PIGMENTOS Elementos que servem para colorir e dar opacidade. Servem como barreira aos ataques dos raios ultravioleta. Os mais utilizados são o dióxido de titânio (TiO2) e o sulfeto de zinco. 24 ADITIVOS ESTABILIZADORES Os aditivos estabilizadores protegem os polímeros contra à radiação ultravioleta e à oxidação (Ex: sais, fosfitos e cetonas). São bastante utilizados nos PVC. 25 RETARDADORES DE CHAMA A grande maioria dos polímeros são materiais inflamáveis na sua forma pura, como por exemplo: o polietileno, o nylon e o poliestireno. Essa característica é indesejável, principalmente quando se trata de materiais que serão empregados nas indústrias de tecidos e de brinquedos. Daí surgiram os retardadores de chama. 26 RETARDADORES DE CHAMA Aumentam a resistência à inflamabilidade dos polímeros, iniciando uma reação química causando a diminuição da temperatura no local de queima, ou interferindo na combustão. Ex: compostos clorados ou bromados, fosfatos orgâmicos e trióxido de antimônio. 27 RETARDADORES DE CHAMA Masterbatch flame-retardant 28 CARGAS São tipos especiais de aditivos a fim de melhorar as suas propriedades a um custo reduzido. a) Cargas de reforço: para aumento da resistência mecânica. Ex: fibra de vidro e negro de fumo (carvão leve, finamente pulverizado). b) Cargas inertes: para reduzir custos. Ex: talco e serragem. 29 CARGAS Pó de madeira melhora o visual das peças30 TÉCNICAS DE CONFORMAÇÃO DOS POLÍMEROS Moldagem por injeção. Moldagem por extrusão. Moldagem por compressão. Moldagem por fundição. Moldagem por insulflação. 31 MOLDAGEM POR INJEÇÃO É o processo mais empregado para a fabricação de plástico. a) Amolecer o material polimérico em alta temperatura. b) Injetá-lo com alta pressão para o interior de um molde de baixa temperatura. c) Abrir o molde. 32 MOLDAGEM POR INJEÇÃO 33 MOLDAGEM POR EXTRUSÃO O material é empurrado por uma rosca sem fim através de uma zona aquecida, para ser compactado, fundido e moldado na matriz. Na saída pode ser resfriado, calibrado, cortado ou enrolado. Utilizado na produção de materiais contínuos, como: tubos, bastões, folhas finas e filamento. 34 MOLDAGEM POR EXTRUSÃO 35 MOLDAGEM POR EXTRUSÃO 1. Entrada de material 2. Misturador dos componentes36 MOLDAGEM POR EXTRUSÃO 3. Controle do diâmetro 4. Saída de um cano de pvc 37 MOLDAGEM POR COMPRESSÃO O material é inserido dentro de um molde, ambas partes são aquecidas e o molde é fechado com aplicação de calor e pressão. 38 MOLDAGEM POR FUNDIÇÃO É similar à fundição em metais e em materiais cerâmicos. O material é aquecido, escoado em um molde e deixado em repouso para solidificar. 39Molde Peça fundida Peça usinada e pintada MOLDAGEM POR INSUFLAÇÃO Empregada para fabricação de recipientes de plástico. Estágios A – um pedaço de tubo polimérico é extrudado. Estágio B – é colocado o molde final do recipiente ao redor do tubo polimérico. Estágios C e D – é injetado ar ou vapor sob pressão no interior do tubo dando o formato do molde. Estágio E – o produto final é ejetado. 40 MOLDAGEM POR INSUFLAÇÃO 41 PROPRIEDADES DOS POLÍMEROS Massa específica Baixa massa específica – entre 0,9 e 1,5 g/cm³; Estabilidade dimensional Alterada pela absorçãode água. Comportamento Mecânico As deformações são influenciadas pelo tempo. O material continua a deformar com a aplicação da tensão. 42 COMPORTAMENTO MECÂNICO 43 COMPORTAMENTO MECÂNICO 44 COMPORTAMENTO MECÂNICO A temperatura também tem um efeito significativo no comportamento mecânico dos materiais poliméricos. O aumento da temperatura provoca um enfraquecimento das forças de Van der Waals (soma de todas forças atrativas ou repulsivas entre moléculas), causando: diminuição da rigidez e do limite de resistência à tração. 45 PROPRIEDADES DOS POLÍMEROS Resistência ao Impacto Termofixos: ruptura frágil. Termoplásticos: dúctil ou frágil. Inflamabilidade Termofixos: maior dificuldade de combustão. 46 PROPRIEDADES DOS POLÍMEROS Permeabilidade a gases e vapores: Nenhum material plástico se constituí numa barreira completa à difusão de moléculas de gases ou vapores. Devido a características estruturais do material: Imperfeições superficiais (macroscópicas ou microscópicas); Porosidades (capilares e canais submicroscópicos); Espaços intermoleculares. 47 PROPRIEDADES TÉRMICAS E ELÉTRICAS Elevado coeficiente de dilatação térmica. Baixa condutividade térmica. Isolantes elétricos: apresentam elevada resistividade elétrica (PVC e polietileno de alta densidade). Resistentes à corrosão. Ponto de fusão entre 100 e 300 ºC. 48 PROPRIEDADES DOS POLÍMEROS 49 CLASSIFICAÇÃO Tipos de polímeros Polímeros termoplásticos. Polímeros termofixos (ou termorrígidos). Polímeros elastoméricos. 50 51 POLÍMEROS TERMOPLÁSTICOS POLÍMEROS TERMOPLÁSTICOS São aqueles que amolecem e fluem quando submetidos a uma determinada temperatura e pressão, podendo ser moldados. Características: baixo custo; alta produção (cerca de 90% do total); facilidade de processamento; baixa resistência mecânica. 52 POLÍMEROS TERMOPLÁSTICOS Poliuretano (PU) Polietileno (PET ou PE) Poliestireno Polipropileno Policloreto de vinila Policarbonato Politetrafluoretileno Polimetil metacrilato Poliacetato de vinila Poliamidas 53 POLIURETANO (PU) O Poliuretano pode ser tanto termoplásco quanto termofixo. Usos: esquadrias, chapas, revestimentos, molduras, filmes, estofamento de automóveis, em móveis, isolamento térmico em roupas impermeáveis, isolamento em refrigeradores industriais, selantes, etc. 54 POLIURETANO (PU) 55 POLIETILENO TEREFTALATO (PET) Usado em embalagens para bebidas, refrigerantes, água mineral, alimentos, produtos de limpeza, tecidos, fios, sacarias, vassouras. 56 POLIETILENO (PE) Dentro da família de polietilenos, os mais conhecidos são: o de baixa densidade (PEBD); o de alta densidade (PEAD); linear de baixa densidade (PELBD); de ultra-peso molecular (PEUAPM) de ultra baixa densidade (PEUBD). O PEAD é o quarto termoplástico mais vendido no mundo. 57 POLIETILENO DE BAIXA DENSIDADE (PEBD) Fácil processamento, propriedades químicas satisfatórias, pequena absorção de umidade. Plástico dúctil. Resistente à água. Permeável a óleos e solventes orgânicos (benzeno e éter). Apresenta boa flexibilidade à baixa temperatura. 58 POLIETILENO DE BAIXA DENSIDADE (PEBD) Usos: Filmes para embalagens industriais e agrícolas; brinquedos e utilidades domésticas; revestimentos de fios e cabos; dutos e mangueiras. 59 POLIETILENO DE BAIXA DENSIDADE (PEBD) 60 POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE (PEAD) Elevada rigidez e resistência à tração. É necessário a adição de aditivos especiais para uso em ambientes externos (resistência ao intemperismo e à radiação ultravioleta). Usos: Fios, cabos, malhas e redes, tubos rígidos, isolamento de fios e cabos elétricos. 61 POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE (PEAD) 62 POLIETILENO (PE) Polietileno linear de baixa densidade (PELBD): Fraldas descartáveis, recipientes, artigos flexíveis. Polietileno de ultra-peso molecular (PEUAPM): Elevada resistência à abrasão, ao impacto e a alguns produtos químicos (álcalis, ácidos, solventes, combustíveis, detergentes e oxidantes). 63 POLIETILENO (PE) Polietileno linear de baixa densidade (PELBD) Polietileno de ultra-peso molecular (PEUAPM) 64 POLIETILENO (PE) Polietileno de ultra baixa densidade (PEUBD) Melhores propriedades ópticas, melhor resistência e flexibilidade. Resina modificadora. Possuem barreira a gases, umidade e aromas. 65 POLIESTIRENO (PS) Características: Elevada dureza, rigidez e baixo custo. Alta resistência à tração. Inodoro, insípido e atóxico. Permeável ao vapor d’água e outros gases. Isolante elétrico. Usado em assento de vasos sanitários. 66 TIPOS DE POLIESTIRENO (PS) O mais famoso é o poliestireno expandido (EPS) – Isopor (marca comercial), usado para isolamentos térmicos e acústicos, fabricação de concretos leves, lajes nervuradas e preenchimento de juntas de dilatação. 67 POLIESTIRENO (PS) 68 POLIESTIRENO (PS) 69 POLIPROPILENO (PP) É derivado do gás propeno. Usos: tubos e conexões para indústria química, mesas para laboratórios, tubos e conexões de água, fibras em concreto. 70 POLIPROPILENO (PP) 71 POLICLORETO DE VINILA (PVC) É o polímero de maior volume de comercialização. Sua faixa de trabalho é até 60°C (ou entre 80° e 100°C quando se aumenta o cloro na sua composição). Na construção civil, o PVC é utilizado para a fabricação de tubulações, perfis de janelas, revestimento de cabos, etc. 72 POLICLORETO DE VINILA (PVC) Boa resistência à oxidação e à corrosão. Bom isolante elétrico, térmico e acústico. Baixa permeabilidade a gases e líquidos. Baixo consumo de energia na fabricação. Degradação térmica entre 100ºC e 120ºC. 73 POLICLORETO DE VINILA (PVC) 74 POLICLORETO DE VINILA (PVC) 75 POLICARBONATO (PC) É considerado um dos plásticos mais importantes: boa estabilidade dimensional; resistência às intempéries; apresentar uma boa transparência. É utilizado na substituição de vidros, porém tem pouca resistência a abrasão (desgaste), apesar da elevada resistência ao impacto. 76 POLICARBONATO (PC) Produzido pela reação do ácido carbônico e o bisfenol. 77 POLITETRAFLUORETILENO (PTFE) Mais conhecido como Teflon, é o polímero que mais resiste a ataques químicos. É indicado para o uso em revestimentos antiaderentes de utensílios de cozinha, por ter um baixo coeficiente de atrito e a possibilidade de ser empregado em altas temperaturas. 78 POLITETRAFLUORETILENO (PTFE) 79 POLITETRAFLUORETILENO (PTFE) Alta resistência à corrosão. Bom isolamento elétrico. Baixa condutividade elétrica. Faixa de temperatura de 200 ºC até 260ºC. Construção de tensoestruturas. 80 POLIMETIL METACRILATO (PMMA) Conhecido como acrílico, é semelhante ao vidro, porém com um custo elevado, se comparado ao policarbonato. 81 POLIACETATO DE VINILA (PVA) Apresenta fracas propriedades mecânicas, por isso não é adequado para a moldagem de materiais. Apresenta uma elevada adevisidade, usado em tintas e na fabricação de adesivos do tipo cola branca. 82 POLIACETATO DE VINILA (PVA) 83 POLIAMIDAS Usado na fabricação de fios de grande resistência (mais tarde foi denominada de Náilon). Apresentam resistência a tração próxima as especificações do metais, além de apresentarem boa resistência química e fácil moldagem. Usada como reforço em telhas plásticas de fibra de vidro e na fabricação de buchas de fixação. 84 POLIAMIDAS 85 POLÍMEROS TERMOPLÁSTICOS 86 POLÍMEROS TERMOPLÁSTICOS 87 POLÍMEROS TERMOPLÁSTICOS 88 89 POLÍMEROS TERMOFIXOS POLÍMEROS TERMOFIXOS Também chamados de termorrígidos, são amorfos e possuem maior resistência ao calor do que os polímeros termoplásticos. São duros, quebradiços, reação química irreversível, insolúveis e não recicláveis. Tipos: Resinas epóxi; Resinas de formaldeído; Polidimetil-siloxano; Poliamidas. 90 RESINAS EPÓXI Estas resinas não são aplicadas isoladamente, necessitam da presença de um catalisador para que endureçam. O sistema epóxi (resina + catalisador) é aplicado para a injeção de fissuras e trincas, união de aço e concreto em reforços, união de diferentes concretos e adesivos em geral. 91 RESINAS EPÓXI 92 RESINAS DE FORMALDEÍDO Resina de fenol- formaldeído Resina de uréia- formaldeído Resina de melanina- formaldeído Monômero Fenol Uréia Melamina Nomenclatura PR UR MR Outras denominações Resina fenólica, fórmica, baquelite Resina aminada Resina melamínica Propriedades Alta resistência mecânica e térmica; boa resistência química; estabilidade dimensional Boa resistência mecânica, química e térmica; dureza elevada Elevada resistência mecânica, química e térmica; estabilidade dimensional; boa resistência ao risco e à abrasão; dureza elevada Aplicações Engrenagens; balcões, divisórias, elementos elétricos, laminados Chapas de compensado para móveis, vernizes para revestimento de assoalhos, adesivo para madeira Peças resistentes ao risco e ao impacto, vernizes, adesivos 93 POLIDIMETIL - SILOXANO Mais conhecido como silicones, podem ser termofixos ou até elastoméricos. Estima-se que o silicone é empregado atualmente em mais de 5000 produtos. São aplicados em juntas de dilatação, vedação de esquadrias, louças, janelas. Antiaderência. Repelência à água. Elevadas resistências químicas e térmicas. Boa resistência elétrica. 94 POLIDIMETIL - SILOXANO 95 POLÍMEROS TERMOFIXOS 96 97 POLÍMEROS ELASTOMÉRICOS POLÍMEROS ELASTOMÉRICOS Também denominados de elastômeros ou borrachas sintéticas. São materiais que, na temperatura ambiente, podem apresentar deformações muitas vezes superiores ao seu comprimento original (recuperação elástica total quando a tensão é retirada). 98 POLÍMEROS ELASTOMÉRICOS Utilização na construção civil: Impermeabilização; Mantas Sintéticas; Membranas Sintéticas; Manta Asfáltica com Polímeros; Rejuntes e Juntas; Adições no Concreto; Incorporação de borracha de pneu em asfaltos. 99 POLÍMEROS ELASTOMÉRICOS 100 Borracha sintética POLÍMEROS ELASTOMÉRICOS Exemplos: Poliisopreno Buna - S Borracha natural Estireno-butadieno Policloropreno Polietileno clorosulfonado Isobutileno-isopreno 101 POLIISOPRENO É uma borracha semelhante à natural obtida a partir da coagulação de um látex recolhido de algumas espécies vegetais 102 BUNA-S É um tipo de borracha utilizada em pneus, câmaras de ar, vedações, mangueiras de borracha. 103 BORRACHA NATURAL (NR) Obtido a partir do látex da seringueira. 104 BORRACHA NATURAL (NR) Não é adequada para o emprego na engenharia, pois ela se apresenta como um material mole e pegajoso. As características podem ser melhoradas através da vulcanização (adição de moléculas de enxofre sob elevadas temperaturas). Após vulcanização, tornam-se termofixos. 105 ESTIRENO-BUTADIENO (SBR) Pode ser empregado na fabricação de concreto polímero. Sua adição modifica algumas propriedades do cimento e, consequentemente, do concreto. O aumento da resistência em relação ao concreto convencional pode chegar a até 50%. 106 ESTIRENO-BUTADIENO (SBR) 107 POLICLOROPRENO (CR) É mais conhecido com Neoprene. É empregado em apoio em pontes, viadutos e em algumas estruturas pré- fabricadas, para proporcionar um deslocamento entre os elementos. Porém, a vida útil dos Neoprenes é inferior a da estrutura, substituições são necessárias. 108 POLICLOROPRENO (CR) 109 Calço de neoprene em viaduto da BR 101 POLICLOROPRENO (CR) 110 Calço de neoprene Junta de neoprene POLIETILENO CLOROSULFONADO É mais conhecido como Hypalon. É similar ao Neoprene, porém com algumas vantagens, inclusive as cores, que podem variar. Resistente ao ataque de produtos químicos. Baixa inflamabilidade. Boa resistência à abrasão. 111 ISOBUTILENO-ISOPRENO Conhecido como Borracha butílica. É utilizado na construção civil para a fabricação de mantas para impermeabilização de estruturas. Resistência contra intempéries e envelhecimento. Temperatura de utilização – 40ºC até + 150ºC. Após vulcanização torna-se termofixo. 112 ISOBUTILENO-ISOPRENO 113 114 MATERIAIS COMPÓSITOS Materiais Compósitos são formados pela combinação deliberada de dois ou mais materiais, com características e propriedades diversas, que resulta em um novo material, multifásico com propriedades superiores às dos seus constituintes. Estes materiais vêm sendo cada vez mais utilizados na Engenharia Civil. 115 INTRODUÇÃO O conhecimento sobre a forma de funcionamento desses materiais tende a se ampliar, com o desenvolvimento de novas pesquisas que permitam otimizar suas propriedades a partir da seleção e combinação de seus elementos constituintes. 116 INTRODUÇÃO São classificados em função do tipo de matriz e da natureza e forma de funcionamento do elemento de reforço. 117 CLASSIFICAÇÃO Componentes básicos dos materiais compósitos são: Matriz; Componente de reforço. Principais funções da matriz: Envolver os elementos de reforço, protegendo-os de danos físicos e da ação agressiva do ambiente circundante; Unir os elementos de reforço, distribuindo entre eles os esforços. 118 COMPONENTES BÁSICOS Principais funções dos Elementos de reforço: As propriedades das fibras ou partículas são fundamentais na determinação das propriedades do compósito; Elementos de reforço tendem a melhorar as propriedades mecânicas. 119 COMPONENTES BÁSICOS 120 COMPONENTES BÁSICOS (a) Fraca aderência entre fibras e matriz. (b) Excelente aderência entre fibras e matriz. 121 Compósito Matriz (metálica, cerâmica, polimérica) Componente de reforço (fibras, partículas) COMPONENTES BÁSICOS Estruturais (laminados e painel sanduíche) 122 Possuem elevada dureza e a inclusão de partículas ou fibras acrescenta: a resistência à fratura; a resistência à choques térmicos. Aplicações: ferramentas de corte para usinagem de ligas metálicas duras; Concreto com utilização de fibras (polipropileno, aço e óticas). COMPÓSITOS DE MATRIZ CERÂMICA 123 CONCRETO SOB A ÓTICA DOS MATERIAIS COMPÓSITOS 124 CONCRETO ARMADO 125 CONCRETO REFORÇADO POR FIBRAS 126 FORMAÇÃO DE FISSURA EM CONCRETO REFORÇADO POR FIBRAS 127 CONCRETO REFORÇADO POR FIBRAS ÓPTICAS 128 Os polímeros mais usados em compósitos poliméricos são os termoplásticos e os termorrígidos. Dentre os tipos de reforços pode-se citar: fibras de vidro, de carbono e aramida (Kevlar). COMPÓSITOS DE MATRIZ POLIMÉRICA 129 A fibra de vidro é um material sintético muito utilizado como reforço em polímeros, pois produz compósitos com alta resistência,além de ser inerte em ambientes corrosivos. Características: alta durabilidade, flexibilidade, transparência, dureza, resistência a ataques químicos, estabilidade dimensional, baixo custo, etc. COMPÓSITOS DE MATRIZ POLIMÉRICA REFORÇADOS COM FIBRA DE VIDRO 130 Usos: Artigos náuticos: cascos de embarcações e pranchas de surf; Aviação: hélice de helicópteros e aviões e fuselagem; Automotivos: discos de embreagem, pastilhas de freio, etc; Construção civil: reservatórios, telhas, sistemas de isolamento térmico e elétrico; Reforço para plásticos: capacetes de segurança, recipiente de carga, etc. COMPÓSITOS DE MATRIZ POLIMÉRICA REFORÇADOS COM FIBRA DE VIDRO 131 Vantagens: Elevada resistência à tração e compressão; Baixo custo relativamente às outras fibras; Elevada resistência ao fogo; Boas propriedades de isolamento acústico, térmico e elétrico; Leve (até 80% mais leve que o aço); Facilmente reparável quando danificado. COMPÓSITOS DE MATRIZ POLIMÉRICA REFORÇADOS COM FIBRA DE VIDRO 132 Desvantagens: Módulo de elasticidade reduzido; Elevada massa específica; Sensibilidade à abrasão; Sensibilidade a temperaturas elevadas; Baixa resistência à fadiga. COMPÓSITOS DE MATRIZ POLIMÉRICA REFORÇADOS COM FIBRA DE VIDRO 133 FIBRA DE VIDRO – FORMAS COMERCIAIS 134 COMPÓSITOS DE MATRIZ POLIMÉRICA REFORÇADOS COM FIBRA DE VIDRO 135 São os materiais de reforço mais utilizados. Combinações mais importantes são: Matrizes: Ligas metálicas leves (a base de alumínio, magnésio e titânio). Fase de reforço: Partículas de alumina e de Carbeto de silício; Fibras de Carbeto de silício, grafite a alumina; Filamentos de Carbeto de silício ou Boro. COMPÓSITOS DE MATRIZ METÁLICA 136 Aplicações: Componentes de motores de automóveis: liga de alumínio reforçada com fibra de alumina + fibra de carbono; Reforço estrutural no ônibus espacial: fibras de boro em uma liga de alumínio; Telescópio Hubble: fibras de grafita em uma liga de alumínio. COMPÓSITOS DE MATRIZ METÁLICA 137 EVOLUÇÃO 138 Vantagens Temperaturas operacionais maiores; Não são inflamáveis; Resistência contra a degradação a fluidos orgânicos. Desvantagem custo muito maior. COMPÓSITOS DE MATRIZ METÁLICA X MATRIZ POLIMÉRICA 139 Laminados Composto por laminas que são postas uma sobre as outras, e com orientações alternadas em relação as sua fibras, na sequencia é aplicada pressão com tratamento térmico. Esta tecnologia permite produzir elementos de madeira nos quais os defeitos são dispersos, garantindo um produto final com propriedades mais homogéneas, cujas dimensões são, em teoria, ilimitadas. COMPÓSITO ESTRUTURAL 140 LAMINADOS 141 Painéis Sanduíche Constituído por três camadas: duas lâminas finas, rígidas e resistentes de material denso, separadas por uma camada de um material de baixa densidade (núcleo) e que pode ser menos rígido e resistente do que as lâminas. Os materiais do núcleo e a forma de colocação alteram as características do produto final (temperatura, resistência ao fogo e mecânica). COMPÓSITO ESTRUTURAL 142 PAINEL SANDUÍCHE 143 PAINEL SANDUÍCHE 144 Projetados para serem vigas com baixo peso com rigidez e resistência alta. PAINEL SANDUÍCHE BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 9622 - Plásticos - Determinação das propriedades mecânicas á tração - Método de ensaio. AKCELRUD, L. Fundamentos da Ciência dos Polímeros. Barueri, SP: Manole, 2007. Notas de aula do Prof° Bernardo Tutikan. Univates 2002. ISAIA, G. C. Materiais de construção civil. São Paulo: IBRACON, 2007. PETRUCCI, E.G.R. Materiais de Construção. Ed. Globo, Porto Alegre, 1987, 8a ed., 435p. 145
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