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trabalho GESTÃO EMPRESARIAL

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SUMÁRIO
2. Desenvolvimento ..................................................................................................4
3. Planejamento tributário ........................................................................................5
4. Regimes de tributação ........................................................................................6
4.1 Tributações com Base no Lucro Real................................................................6
4.2 Tributação com Base no Lucro Presumido ......................................................7
4.3 Lucros Arbitrados ...............................................................................................8
4.4 Simples Nacional .................................................................................................9
5. Direito Tributário ................................................................................................11
5.1 Início e término do serviço ...............................................................................11
5.2Termos que auxiliam na interpretação da tributação .....................................11
5.3 Tributação do ISS ..............................................................................................12
5.3.1 Município onde é devido o ISS ......................................................................12
5.4 Tributação pelo ICMS ........................................................................................12
5.4.1 Estado onde é devido o ICMS .......................................................................13
5.4.2 Incidência do ICMS ........................................................................................13
5.4.3 Incidência do ISS.......................................................................................... 13
6. Tipos de sociedade .............................................................................................14
6.1 Sociedade Limitada .....................................................................................14
6.2 Sociedade Anônima.......................................................................................... 14
6.3 Empresário Individual .......................................................................................15
6.4 EIRELI .................................................................................................................15
7. Controladoria........................................................................................................16
8. Auditoria e Pericia Contábil ...............................................................................17
9. Conclusão ............................................................................................................19
Referencias ..............................................................................................................20
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INTRODUÇÃO
Ao iniciar um novo empreendimento ou mesmo no decorrer de suas atividades, os gestores traçam objetivos e metas com a intenção de obter bons resultados. Entre os objetivos traçados, encontra-se a redução de custos tributários, que interferem diretamente no resultado de uma empresa. 
O planejamento tributário corresponde ao conjunto de ações e procedimentos operacionais que levam à redução legal de tributos. Esta ferramenta tem o objetivo de observar as práticas e regras fiscais amparadas por lei e o estudo de alternativas que levem a empresa à melhor forma de tributação e que possibilitem a redução de tributos em conformidade com a legislação. 
O planejamento tributário torna-se um dos principais fatores para a redução dos custos tributários e promove menor impacto no fluxo de caixa, interferindo diretamente no resultado da empresa, não comprometendo sua sobrevivência e garantindo-a em condições de competitividade no mercado.
Neste trabalho, apresentaremos uma consultoria realizada aos investidores Jose Carlos e Robert Wilson, que pretendem investir em uma empresa que atua no ramo de transporte de passageiros municipal e interestadual, cujo objetivo principal será a Prestação de serviços para órgãos públicos. Os mesmos participarão de uma licitação e por isso, dúvidas serão esclarecidas sobre regime de tributação ao qual a empresa deverá se adequar valores a serem investidos e planejamento tributário, onde todas estas escolhas refletem nos resultados da empresa, tornando-a mais competitiva. Quando não se tem esse conhecimento, pode ser feita para a empresa uma escolha errada o que acaba por gerar valores desnecessários que reduzem os lucros e causam prejuízos podendo levar até a falência em determinados casos.
DESENVOLVIMENTO
CASO – JCRW.
 Os investidores Jose Carlos e Robert Wilson pretendem empreender e dispõe de um capital para investimento, estimado em R$ 1.000.000,00, (um milhão de reais). A empresa escolhida para o investimento atua no ramo de transporte de passageiros municipal e interestadual, cujo objetivo principal será a prestação de serviços para órgãos públicos, razão pela qual deverão participar de processo licitatório para efetivação dos contratos de prestação de serviços de transporte. 
Nossa empresa de consultoria empresarial irá orientá-los. Os nossos investidores já são detentores de várias empresas do ramo de transporte, e que desde a constituição das mesmas o foco é a prestação de serviços para órgãos públicos, sendo que participam de licitações por todo estado em que residem. No que se refere a empresa que pretendem investir e sobre a possibilidade de celebração de contrato e de rendimento, verificaram que o edital referente ao processo licitatório a qual pretendem participar, prevê em uma de suas cláusulas que a remuneração máxima para o contrato a ser celebrado será de R$ 420.000,00 (quatrocentos e vinte mil reais), e, por conseguinte o faturamento mensal da empresa acabará sendo de R$ 420.000,00. 
É importante ressaltarmos o valor que será celebrado neste contrato de licitação, vamos considerar que a JCRW terá um faturamento de R$ 420.000,00 (quatrocentos e vinte mil reais) mensais, o que anualmente nos dará um total bruto de R$ 5.040.000,00 para o ramo da atividade escolhida. E antes de entendermos em qual regime tributário eles farão parte vamos entender mais sobre cada um deles, tipos de sociedades e os tributos.
3. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
 De acordo com Oliveira (2009, p. 189), o Planejamento Tributário é uma das mais importantes ferramentas da Contabilidade Tributária e corresponde ao conjunto de procedimentos operacionais que visam a uma redução legal do ônus tributário empresarial, tendo como consequência a obtenção de um patamar superior de rentabilidade e competitividade. A economia legal de tributos pode operar no âmbito da própria empresa, através de medidas gerenciais que diminuam o montante devido ou que adie seu vencimento, ou pode operar na esfera administrativa que arrecada o tributo, através da utilização dos meios previstos em lei que garantam a diminuição legal do ônus tributário (OLIVEIRA, 2009). Além disso, deve-se observar que o planejamento tributário não de ser confundido com a evasão fiscal, a qual consiste no descumprimento da legislação para se obter vantagens econômicas e a redução dos tributos (PÊGAS, 2005, p. 568). 
 Segundo Oliveira (2009, p. 207), o planejamento tributário pode ser aplicado a qualquer setor ou atividade de uma empresa. Do ponto de vista empresarial, o planejamento tributário pode ser: 
• Operacional: através de procedimentos formais prescritos por normas, sem alterar suas características básicas;
 • Estratégico: realizado a partir da mudança de característica estratégicas da empresa, como estrutura de capital, contratação de mão-de-obra etc.
De acordocom Andrade Filho (2009, p. 9), o planejamento tributário pressupõe análise e seleção de alternativas, envolve a modelagem dos fatos para que estes possam ser submetidos ao um enquadramento jurídico menos oneroso. Além disso, a modelagem dos fatos e as escolhas devem ser orientadas pelo princípio da legalidade, que conduz as decisões políticas sobre igualdade e capacidade contributiva.
4. REGIMES DE TRIBUTAÇÃO
4.1 Tributações com Base no Lucro Real
 De acordo com Neves (2007, p. 3), o Lucro Real é o resultado do período de apuração, ajustado pelas adições, exclusões e compensações autorizadas pela legislação do imposto de renda. As pessoas jurídicas obrigadas à apuração do IRPJ com base no Lucro Real são (OLIVEIRA, 2009): 
• cujo faturamento tenha sido superior a R$ 48.000.000,00, no ano calendário anterior ou ao limite de R$ 4.000.000,00 mensais; 
• cujas atividades sejam de bancos comerciais, investimentos, desenvolvimento, sociedades de crédito, valores mobiliários e câmbio, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados etc.;
 • que tiverem lucros ou rendimentos de capital provenientes do exterior; 
• que usufruam de benefícios fiscais de isenção ou redução do imposto (empresas geralmente sediada nas áreas da SUDAM e SUDENE); 
• entre outras. 
De acordo com Pêgas (2005, p. 455), as pessoas jurídicas têm duas opções de enquadramento com base no Lucro Real: Lucro Real Trimestral ou Lucro Real Anual com Antecipações Mensais em Bases Estimadas. 
O Lucro Real Trimestral representa a tributação realizada a cada trimestre, dessa forma a pessoa jurídica realizará quatro recolhimentos de IR e CSLL no ano, de acordo com Pêgas (2005, p. 455). A grande desvantagem desta forma de apuração é que a apuração dos impostos ocorre a cada trimestre, prejudicando as empresas que apresentam desequilíbrio de resultados durante o ano, pois a partir dessa opção de apuração, caso a empresa apresente prejuízo em dos trimestres, este prejuízo só poderá ser compensado em 30% no próximo trimestre (PÊGAS, 2005, p. 456).
 As pessoas jurídicas também poderão optar pela apuração do Lucro Real Anual, sendo obrigadas ao pagamento mensal da parcela do imposto que será devido a título de antecipação, de acordo com Oliveira (2009, p. 106). O cálculo do IR e da CSLL por estimativa segue a mesma estrutura do lucro presumido, sendo aplicados os percentuais específicos sobre a receita bruta, exceto os rendimentos tributados − sendo estes acrescidos apenas na base da CSLL −, após será aplicada a alíquota do IR (PÊGAS, 2005, p. 478). As empresas poderão realizar a comparação entre o cálculo por bases estimadas e o cálculo pelo lucro real e recolher o que apresentar o menor desembolso para a empresa, sendo necessário observar que CSLL sempre acompanhe o IR, ou seja, se o recolhimento do IR for calculado por estimativa, da mesma forma deverá ser calculada a CSLL, de acordo com Pêgas (2005, p. 480). No encerramento do exercício, as empresas optantes pela forma de recolhimento anual, deverão calcular o imposto com base no lucro real anual, o saldo da diferença entre o imposto devido e a soma das parcelas pagas por estimativa durante o ano será: se positivo, pago em quota única; se negativo, compensado no ano-calendário subsequente (OLIVEIRA, 2009).
 4.2 Tributação com Base no Lucro Presumido
 É uma modalidade de apurar o lucro, o Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o lucro das empresas que não estiverem obrigadas à tributação com base no Lucro Real (NEVES, 2007, p. 16).
 De acordo com Fabretti (2008, p. 231), essa modalidade tem a finalidade de facilitar o recolhimento do Imposto de Renda, em comparação à complexidade da apuração do lucro real, implicando em uma contabilidade eficaz. Segundo Neves (2007, p.17), o Lucro Presumido será o montante determinado pela soma das parcelas: do valor resultante da aplicação de porcentuais, determinados de acordo com o ramo de atividade da empresa, sobre a receita bruta auferida nos trimestres de cada ano-calendário; e de todos os resultados positivos decorrentes de receitas das atividades acessórias da pessoa jurídica. Poderão optar pelo Lucro Presumido as pessoas não enquadradas nas hipóteses em que é obrigatória a apuração com base no Lucro Real (FABRETTI, 2008, p. 234). De acordo com Neves (2007, p. 18), a opção pelo Lucro Presumido será manifestada com o pagamento da primeira quota do imposto referente ao primeiro período de apuração e será aplicada a todo período de atividade da entidade no respectivo ano-calendário.
4.3 Lucros Arbitrados
 De acordo com Fabretti (2008, p. 235), “o Lucro Arbitrado é uma prerrogativa do Fisco”. E ocorrerá nas hipóteses em que a escrituração contábil e fiscal da empresa for desclassificada, tais como:
 a) se o contribuinte, obrigado ao lucro real, não mantiver escrituração ou deixar de elaborar as demonstrações contábeis exigidas pela legislação fiscal; 
b) se a escrituração obrigatória ao contribuinte revelar indícios de fraude ou vícios, erros ou deficiências que tornem inúteis para identificar sua movimentação financeira ou seu lucro real;
 c) se o contribuinte deixar de apresentar ao Fisco os livros e documentos da escrituração comercial e fiscal; 
d) se o contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no lucro presumido;
 e) se o representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de escriturar e apurar o lucro de sua atividade separadamente do lucro do comitente; 
 f) se o contribuinte não mantiver em boa ordem e de acordo com as normas contábeis o livro Razão para totalizar os lançamentos efetuados no Diário.
Nos casos em que a receita bruta é conhecida, o lucro arbitrado será determinado pela aplicação dos percentuais de presunção do lucro, acrescido de 20%, nos casos de instituições financeiras o porcentual aplicado sobre a receita bruta será de 45% (FABRETTI, 2008, p. 236). De acordo com Oliveira (2009, p. 114), quando a receita bruta não é conhecida será aplicado sobre a receita bruta um dos seguintes índices:
 a) 1,5 do lucro real relativo ao último período em que a empresa manteve escrituração de acordo com as leis comerciais e fiscais; 
b) 0,04 sobre o total do ativo circulante e não circulante existente no último balanço patrimonial conhecido;
 c) 0,07 sobre o valor do capital constante no último balanço patrimonial conhecido ou registrado; 
d) 0,05 sobre o valor do patrimônio líquido constante no último balanço patrimonial conhecido; 
e) 0,4 sobre o valor das compras de mercadorias efetuadas em cada mês do período de apuração;
 f) 0,4 sobre a soma de cada mês de apuração dos valores da folha de pagamento e das compras de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagens; 
g) 0,8 sobre a soma dos valores devidos em cada mês do período de apuração a empregados; 
h) 0,9 sobre o valor do aluguel devido em cada mês do período de apuração. Além disso, deverão ser acrescidos ao lucro arbitrados, independentemente de se conhecer a receita bruta, os seguintes valores: os ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras ou nos mercados de renda variável; juros recebidos a título de remuneração do capital próprio; juros ativos e descontos obtidos em pagamentos; os valores controlados na parte B do LALUR que, até o ano-calendário anterior, forem tributados pelo lucro real; e os valores recuperados referentes a 32 custos ou despesas que tenham sido deduzidos na apuração do lucro real em períodos anteriores (OLIVEIRA, 2009). 
4.4 Simples Nacional 
É o sistema de tributação, estabelecido a partir da Lei Complementar nº 123 de 2006, com tratamento diferenciado e destinado às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (NEVES, 2007, p. 26). 
De acordo com Oliveira (2009, p. 173), considera-se Microempresa, a pessoa jurídica que aufira em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00. Será considerada Empresa de Pequeno Porte, a pessoa jurídica que aufira em cada ano-calendário, receitabruta superior a R$ 240.000,00 e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00. O Simples Nacional consiste no recolhimento unificado dos seguintes impostos e contribuições: Imposto de Renda Pessoa Jurídica, Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, Cofins, PIS/Pasep, IPI, Contribuição Patronal Previdenciária, ICMS e ISS. O valor devido mensalmente pela empresa optante pelo Simples Nacional será determinado mediante aplicação das tabelas específicas com base no ramo de atividade, observando a utilização da receita bruta acumulada nos últimos doze meses (OLIVEIRA, 2009). 
De acordo com Oliveira (2009, p. 174), não poderão optar pelo Simples Nacional a Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte que:
 • explore atividade de prestação de serviços de assessoria de crédito, gestão de crédito, administração de contas a pagar e a receber, gerenciamento de ativos, compras de direitos creditórios resultantes de vendas ou prestação de serviços; 
• tenha sócio domiciliado no exterior; 
• cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indiretamente;
 • exerça atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando a prestação de serviços tributados pelo ISS;
 • possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social ou as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal;
• preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros;
 • seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia elétrica; 
• desempenhe atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas; de importação de combustíveis; de produção ou venda no atacado de cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo, munições e pólvoras, explosivos, bebidas alcoólicas, refrigerantes; 
• preste serviço do exercício de atividade intelectual, de natureza, científica, desportiva, artística ou cultural, que preste serviço de instrutor, corretor, despachante ou de qualquer tipo de intermediação de negócios; 
• realize cessão ou locação de mão-de-obra; 
• exerça atividade de consultoria; • realize atividade de loteamento e incorporação de imóveis. Também não poderá se beneficiar do Simples Nacional a pessoa jurídica (OLIVEIRA, 2009):
 • seja filial, sucursal, ou agência de pessoa jurídica com sede no exterior; • cujo capital participe pessoa física inscrita como empresário ou sócio de outra empresa optante pelo Simples Nacional, desde que a receita global ultrapasse a R$ 2.400.000,00; ou cujo sócio participe com mais de 10% do capital de outra empresa não beneficiada pelo Simples Nacional, desde que a receita global ultrapasse a R$ 2.400.000,00; 
• cujo sócio seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, se a receita global ultrapasse a R$ 2.400.000,00; 
• constituída sob a forma de cooperativas, exceto as de consumo; 
• exerça a atividade de banco comercial, investimentos e desenvolvimento, caixa econômica, sociedade de crédito, corretora de títulos, valores mobiliários e câmbio, arrendamento mercantil, seguros privados, de capitalização ou de previdência complementar;
 • resultante ou remanescente de cisão de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos cinco anos-calendário anteriores; • sociedade por ações.
5. DIREITO TRIBUTÁRIO
5.1 Início e término do serviço
Para definirmos a tributação do serviço de transporte, ISS ou ICMS, primeiramente, precisamos conceituar início e término do serviço, a fim de determinar se o percurso é municipal, intermunicipal ou interestadual.
O serviço de transporte inicia quando o prestador do serviço carrega, apanha ou coleta a carga no local determinado pelo contratante ou usuário do serviço.
O simples ato de contratar ou “entrar em contato” com um prestador de serviço de transporte não faz com que o serviço inicie para fins de tributação. O serviço de transporte só tem início quando o prestador coleta efetivamente a carga a ser transportada.
O serviço termina quando o prestador do serviço descarrega, deixa ou entrega a carga no local determinado pelo contratante ou usuário do serviço, ou nos casos em que tenta descarregar, levando a carga até o destino, e o destinatário não a aceita e a devolve.
5.2Termos que auxiliam na interpretação da tributação
Para aplicação correta das legislações estaduais e municipais, em relação à prestação de serviço de transporte, considera-se:
a) remetente: a pessoa que promove a saída inicial da carga;
b) destinatário: a pessoa a quem a carga é destinada;
c) tomador do serviço: a pessoa que contratualmente é a responsável pelo pagamento do serviço de transporte, podendo ser o remetente, o destinatário ou um terceiro interveniente;
d) emitente: o prestador de serviço de transporte que emite o documento fiscal relativo à prestação do serviço de transporte.
5.3 Tributação do ISS
O ISS ou ISSQN é um imposto devido aos municípios e incide quando o serviço de transporte iniciar e terminar no mesmo município, independentemente dos estados e/ou municípios onde estejam estabelecidos os prestadores e contratantes. É o que chamamos de serviço intermunicipal, ou seja, dentro do mesmo município.
5.3.1 Município onde é devido o ISS
O ISS a ser recolhido deve ser calculado de acordo com as regras determinadas pelo município onde for realizado o transporte. Assim, se uma empresa transportadora estabelecida no Município do Belém (PA) for contratada por empresa estabelecida no Município de Ananindeua (PA), para apanhar uma carga no Município de Marituba (PA), e descarregá-la também no Município de Marituba (PA), incidirá o ISS de acordo com as regras do Município de Marituba (alíquota, base de cálculo e recolhimento).
O serviço é intramunicipal, pois inicia e termina no Município de Duque de Caxias, sendo o ISS será devido ao Município onde o serviço foi prestado, ou seja, Duque de Caxias.
5.4 Tributação pelo ICMS
O ICMS é um imposto devido aos estados e incide quando o serviço de transporte tiver as seguintes características:
a) iniciar em um município e terminar em outro município: é o que chamamos de serviço intermunicipal, ou seja, entre municípios;
b) iniciar em um estado e terminar em outro: é o que chamamos de serviço interestadual, ou seja, entre estados; ou
c) iniciar fora do Brasil e ocorrer um trecho intermunicipal ou interestadual no Brasil.
Ressaltamos que deve ser observada a legislação estadual, para verificação de possível isenção de ICMS na prestação de serviço de transporte intermunicipal de cargas.
5.4.1 Estado onde é devido o ICMS
O ICMS incidente sobre o serviço de transporte é devido ao estado onde for iniciada a prestação do serviço, ou seja, onde o caminhão for carregado, exceto, quando o início do serviço de transporte acontecer fora do Brasil. Nesse último caso, o ICMS será devido ao estado onde o serviço terminar.
Diante do exposto, se uma transportadora estabelecida no Estado do Pará for contratada para apanhar uma carga em Tocantins e entregar no Estado do Pará, o ICMS incidente será devido ao Estado do Tocantins, de acordo com as regras estabelecidas na legislação deste Estado.
5.4.2 Incidência do ICMS 
Quando uma empresa comercial ou industrial possui veículos e os utiliza para entregar a seus clientes as mercadorias que revende ou industrializa, ainda que faça cobrança do frete na nota de venda, NÃO estará prestando serviço de transporte para ser tributado pelo ISS ou ICMS separadamente. Se o transportador ou vendedor cobrar o frete em separado, preenchendo o campo frete da nota fiscal, este valor sofrerá tributação pelo ICMS, junto com a mercadoria, que estiver sendo transportada.
5.4.3 Incidência do ISS 
Nos casos de empresa que conserta equipamentos e que, com veículo próprio, recolhe os equipamentos nos seus clientes e os devolve já consertados, este transporte também não se sujeita à tributação do ISS separadamente como serviço de transporte. O frete integrará o valor do serviço de consertoe será tributado pelo ISS junto com toda a operação.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Lei Complementar 87, de 13-9-96 – artigos 2º, caput e inciso II; 12,caput e inciso V; e 13, caput e inciso III (Portal COAD); Lei Complementar 116, de 31-7-2003 – artigos 1º, caput e § 2º; e Anexo Único, item 16 (Portal COAD); Convênio 6 Sinief, de 21-2-89 – artigo 58-A (Portal COAD).
6. Tipos de sociedade
 As empresas podem ser classificadas de acordo com a sociedade escolhida, podendo ser, Limitada, Sociedade Anônima, Empresaria Individual e Empresaria Individual de Responsabilidade Limitada. A seguir relataremos cada uma delas.
6.1 Sociedade Limitada
 A Sociedade com responsabilidade limitada é aquela em que duas ou mais pessoas se juntam para criar uma sociedade empresária, mediante um contrato social, no qual constam seus atos constitutivos, forma de operação, normas da empresa e o capital social, sendo este último dividido em cotas, de modo que a responsabilidade pelo pagamento das obrigações da empresa é limitada à participação dos sócios.
 Assim, as sociedades limitadas são aquelas cujo capital social é representado por quotas, e a responsabilidade dos sócios no investimento é limitada ao montante do capital social investido.
 É uma sociedade com uma categoria de sócios, os de responsabilidade limitada, que respondem apenas pela integralização do capital e, realizando este, sem maior responsabilidade, quer para a sociedade, quer para com terceiros.
 A responsabilidade direta de cada sócio limita-se à obrigação de integralizar as quotas que subscreveu, embora exista a obrigação solidária pela integralização das quotas subscritas pelos demais sócios.
6.2 Sociedade Anônima 
É normalmente abreviado por S.A., SA ou S/A, é uma forma jurídica de constituição de empresas na qual o capital social não se encontra atribuído a um nome em específico, mas está dividido em ações que podem ser transacionadas livremente, sem necessidade de escritura pública ou outro ato notarial. Por ser uma sociedade de capital, prevê a obtenção de lucros a serem distribuídos aos acionistas.
6.3 Empresário Individual
O empresário individual é aquele que exerce em nome próprio uma atividade empresarial. É a pessoa física (natural) titular da empresa. O patrimônio da pessoa natural e o do empresário individual são os mesmos, logo o titular responderá de forma ilimitada pelas dívidas. Hoje é representado como Microempreendedor Individual (MEI).
6.4 EIRELI
 Conhecida como EIRELI é aquela constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não poderá ser inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. O titular não responderá com seus bens pessoais pelas dívidas da empresa.
 A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade.
7. Controladoria
A Controladoria como órgão complementar de uma corporação organizacional é incumbida de controlar as consequências dos atos da administração econômica interna, verificando que os resultados aconteçam e se desenvolvam de forma a propiciar a continuidade da entidade.
 É evidente que o objetivo da controladoria é buscar meios para que o funcionamento da empresa possa ser avaliado e verificado, mas para isso é imprescindível analisar as atividades de outras empresas, a fim de demonstrar ao gestor um parâmetro para o caminho da busca da melhoria nos resultados.
A Controladoria não é apenas um método contábil, ele envolve todo o sistema de gestão organizacional, a começar do planejamento até o controle efetivo das operações, assegurando assim uma coleta de dados importante para o desenvolvimento da missão, com a finalidade de agrupar o máximo de informações para a tomada de decisão.
8. Auditoria e Pericia Contábil
 A auditoria fiscal ou de impostos passou a ser um instrumento de controle para organizações, e não mais apenas pelos agentes fiscais junto aos contribuintes.  A competição entre os grupos empresariais, cada vez mais acirrada, desperta para uma nova filosofia e gerenciamento operacional do fluxo de operações comerciais, industriais e prestações de serviços, haja vista que com os mesmos instrumentos financeiros que geram receitas e despesas. 
Para efetuar o trabalho de elaboração da auditoria fiscal, obrigatoriamente faz-se necessário ter em mãos documentos que dão suporte ao bom andamento do trabalho desenvolvido, antes de iniciar a auditoria, como Notas Fiscais de saídas, Livros Fiscais, Guias de ICMS, ISS, etc., Notas Fiscais de Entradas de Fornecedores, Notas Fiscais de Entradas Emitidas pela empresa, entre outros.
 Os procedimentos de auditoria são o conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidências ou provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas e abrangem testes de observância e testes substantivos. 
O auditor deve documentar as questões que foram consideradas importantes para proporcionar evidência, visando a fundamentar seu parecer da auditoria e comprovar que a auditoria foi executada de acordo com as Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis. Os papéis de trabalho constituem a documentação preparada pelo auditor ou fornecida a este na execução da auditoria. Eles integram um processo organizado de registro de evidências da auditoria, por intermédio de informações em papel, meios eletrônicos ou outros que assegurem o objetivo a que se destinam. Tratando-se de perícia Fiscal os últimos anos, o ambiente fiscal tem se revelado crítico no que tange a manutenção da conformidade fiscal em negócios e empresas de diversos segmentos. 
 A partir do advento da Nota Fiscal eletrônica e o SPED (Sistema Público de Escrituração Digital), as empresas tiveram que adotar procedimentos e controles mais refinados para segurança da operação fiscal.Somado a isto, o fisco vem adotando, ano após ano, processos de controle e fiscalização, que lhe permite tempestividade no enquadramento legal de operações fiscais suspeitas, em níveis municipal, estadual e federal.
 Neste contexto a defesa técnica precisa ser célere e eficaz na defesa em ambiente administrativo (autos de infração) e judicial (fazenda pública), para que a perda patrimonial, e os altos custos decorrentes das multas aplicadas, possam ser anuladas ou mitigadas pela coesão e conhecimento da matéria aplicada no embate (PIS/COFINS, ISS, IPI, ICMS, IR/CSLL).
9.CONCLUSÃO
O presente trabalho teve por objetivo verificar como a realização de um planejamento tributário eficaz pode contribuir para a redução da carga tributária da empresa e aperfeiçoar seu resultado.
Concluímos aos nossos investidores – JCRW, que a empresa de transportes de pessoas ao qual estarão adquirindo deve ser uma Sociedade Limitada, com quotas aos dois sócios, e que a mesma será do regime tributário Lucro Presumido, e será uma EPP – Empresa de Pequeno Porte, de acordo com o faturamento que a empresa gerar no mês.
 De acordo com a Lei Complementar 123/06: II - no caso de empresa de pequeno porte aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais). 
Como a empresa dos nossos investidores chegará a R$ 420.000,00 (quatrocentos e vinte mil reais) sua receita bruta mensal e um total de 5.040.000,00 (cinco milhões e quarenta mil reais) de recita bruta total anual, justificamosassim o enquadramento como uma EPP. Tanto quanto também assim pelo faturamento justificamos que a empresa JCRW até pode fazer parte do Simples Nacional, pois o tipo de atividade desenvolvido e ser uma EPP não a impedem disso, porém não poderá recolher os tributos de tal regime visto que as empresas que ultrapassam os limites de faturamento bruto anual de R$ 3.600.000,00 ficam desenquadradas do Simples Nacional. Também de acordo com o faturamento pretendido o regime de Lucro Real não traria benefícios a empresa no momento. 
Por fim, sugere-se que todas as empresas adotem a prática do planejamento tributário, independente do seu porte, pois desta forma poderão fazer comparações e escolher a forma de tributação que resulte na maior economia tributária e num melhor resultado.
REFERÊNCIAS
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BRASIL. Lei Nº 10.637, de 30 de dezembro 2002. Dispõe sobre a nãocumulatividade na cobrança da contribuição para os Programas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), nos casos que especifica; sobre o pagamento e o parcelamento de débitos tributários federais, a compensação de créditos fiscais, a declaração de inaptidão de inscrição de pessoas jurídicas, a legislação aduaneira, e dá outras providências.
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ELEANDRO ESGODA RIBEIRO
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Trabalho de produção textual interdisciplinar em grupo apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas de Perícia e Auditoria; Perícia e Auditoria, Direito Tributário, Contabilidade e Planejamento Tributário, Controladoria e tópicos Especiais em Contabilidade.
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