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AULAS DE 6 A 8 CONTEUDO ON LINE

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AULA 6 FORMAÇÃO DE INSTRUTORES
Técnicas de apresentação
Já abordamos, em outra aula, as variáveis que envolvem o processo de ensino-aprendizagem com o adulto, além da especificidade da Andragogia. 
Logo, considerando que este personagem – o treinando – não pediu para estar em treinamento (na maioria das vezes é uma imposição da empresa), e ainda possui um histórico educacional em que não encontrou na sala de aula, de fato, oportunidades verdadeiras para aprender, mantê-lo atento durante todo o tempo é uma tarefa dificílima para o Instrutor.
E, para dificultar o trabalho, há estudos e pesquisas que mostram o pouco que o cérebro consegue reter depois de alguns minutos de palestra/aula. 
Então, seguem algumas orientações que podem ser usadas pelo Instrutor, no sentido de minimizar a dispersão e ampliar a possibilidade de foco do treinando, objetivando uma maior retenção do conteúdo que será apresentado.
Conheçer o público-alvo. Se o grupo estiver familiarizado com o tema, não simplificar as informações.
Nada de tecnofobia. Mostrar o quanto se está “antenado” com as tecnologias e ir direto ao computador. Com o sistema data show, dar um clique cada vez que se quer mudar a página. E se o computador pifar? Levar umas cartolinas com as principais informações da palestra.
Atenção com a comunicação. Corrigir problemas de dicção com dois exercícios bem simples. Morder o dedo indicador e ler em voz alta o mais claro possível. Dois minutos por dia bastam. Outra dica: ler poesias em voz alta. Além de melhorar a dicção, pode ser muito romântico. 
Se o instrutor fala rápido demais, repetir as mensagens mais importantes usando outras palavras. Quem não entendeu da primeira vez entenderá da segunda. Se falar devagar, não desviar o olhar da turma nos instantes de pausas mais prolongadas. Após o intervalo, voltar a falar com mais ênfase.
A comunicação é o processo de transmitir e receber ideias, impressões e imagens com o objetivo de se alcançar um perfeito entendimento.
Dentro do processo de aprendizagem, a comunicação é fundamental e se apresenta sob duas formas básicas: Verbal e Não-Verbal.
No trabalho do instrutor, espera-se que a comunicação verbal e a não verbal estejam sincronizadas, e que a linguagem adotada por ele seja objetiva e precisa, evitando-se, com isso, os possíveis ruídos ou barreiras por parte do instrutor ou dos próprios treinandos.
Formas básicas da comunicação:
Alguns aspectos da comunicação deverão ser levados em consideração:
Sobrecarga de informação:
As informações devem ser transmitidas paulatinamente se os treinandos não estiverem familiarizados com o assunto; caso contrário, serão perdidas, não havendo, portanto, o aprendizado.
Concentração de informações
Carga maciça sobre um mesmo assunto.
Dominio do assunto transmitido
Há necessidade de fluência verbal, ter firmeza no que diz e não se omitir perante questionamentos por parte dos treinandos.
Não ser chato
Uma história interessante é sempre uma excelente maneira de tornar uma conversa agradável desde que não consuma muito tempo. Procurar resumir os fatos e evitar os detalhes que não fariam falta ao entendimento da sua narrativa.
Como lidar com o “branco” do esquecimento.
Tudo está indo muito bem. As ideias estão concatenadas, o vocabulário fluente, os pensamentos organizados e, em um determinado momento, sem motivos aparentes, a palavra não aparece e o raciocínio não consegue prosseguir - deu o branco na comunicação. Ninguém está livre desse embaraço. Até os oradores mais traquejados, vez ou outra, são surpreendidos por esse terrível adversário. Se ocorrer o branco, procurar manter a tranquilidade e agir da seguinte maneira: insistir apenas uma vez para tentar descobrir qual é a palavra ou informação de que está precisando, se não encontrar nessa primeira tentativa, não persistir, pois poderá começar a se pressionar e ficar ainda mais nervoso.
A tática é repetir a última frase, de preferência com palavras diferentes, falando com mais energia, como se quisesse dar ênfase àquela mensagem. Ao chegar ao ponto onde o branco tinha ocorrido, provavelmente a informação aparecerá.
Se mesmo assim não conseguir se lembrar do que deveria dizer, continuar calmo e dizer aos treinandos que mais à frente voltará a comentar sobre o assunto. É quase certo que sem a pressão do momento do branco e mais tranquilo irá se lembrar da informação. Caso não se lembre, nada de mal ocorrerá, e, possivelmente, ninguém irá cobrar essa mensagem dizendo - "Você disse que voltaria a falar sobre esse tema e não voltou". Dependendo do envolvimento da turma, poderão imaginar que eles é que não entenderam bem a informação.
Finalmente, o instrutor poderá usar uma expressão que quase sempre dá excelente resultado - se der o branco, é só dizer: "na verdade o que eu quero dizer é que". Ao fazer o teste irá constatar como a necessidade de explicar a informação de outra maneira acaba trazendo a mensagem à tona novamente. 
Se o instrutor sempre se preocupa com a possibilidade de esquecer a sequência da apresentação, é só fazer um roteiro com todas as etapas que pretende cumprir; assim, se não se lembrar de alguma, poderá consultar os tópicos relacionados. Só o fato de saber que poderá contar com o roteiro provavelmente não se esquecerá de nada.
Quando estamos falando em público e alguém levanta o braço, demonstrando o desejo de fazer uma pergunta, nós nos sentimos desafiados, por mais que conheçamos o assunto, por mais que estejamos preparados para a apresentação e por mais que tenhamos previsto a possibilidade de que as pessoas pudessem nos questionar. 
Nós nos sentimos desafiados porque aquele gesto carrega uma série de fatores que precisam ser considerados em um tempo muito rápido, em poucos segundos, antes, durante e depois de a pergunta ser formulada.
Por que uma pessoa resolve se expor fazendo uma indagação, mesmo correndo o risco, por menor que seja, de ser mal interpretada, de não conseguir concatenar bem suas ideias e formular mal a questão, de parecer despreparado pelo fato de a pergunta não estar no nível da exposição, de ser considerada inconveniente e tantos outros motivos que poderiam prejudicar sua imagem?
Algumas pessoas até nem chegam a se preocupar com esses perigos quando fazem uma pergunta, mas que eles existem, existem.
Por que as pessoas perguntam?
Entender qual o motivo que leva uma pessoa a fazer uma pergunta é importante também para que se possa analisar se a questão é adequada ou não ao assunto da apresentação, ou aos objetivos da turma (demais treinandos). 
Quando uma pergunta é feita motivada por dúvida ou vontade de aprender, as chances de que ela seja apropriada são maiores; quando, entretanto, é feita motivada por necessidade de se destacar no ambiente, para provocar, para testar os conhecimentos de quem fala, ou para se projetar ou valorizar a imagem, são grandes as possibilidades de que ela seja inadequada.
Link RESPONDENDO AS PERGUNTAS – ESTA NO PEN DRIVE – SO IMPRIMIR.
E quando bate o nervosismo?
Se o instrutor ficar nervoso no momento de falar, deve começar a desconfiar que pertence ao clube dos seres humanos. É perfeitamente normal que ele sinta o nervosismo no momento de falar. Por isso, se ficar nervoso, é bom saber que é natural e não deve entrar em pânico. Algumas pessoas ficam desesperadas quando percebem que estão nervosas, como se o fato fosse anormal. O nervosismo é maior no início quando ocorre a descarga de adrenalina provocada pelo medo. Com o transcorrer do tempo, a adrenalina vai sendo metabolizada e o nervosismo diminui. Se o instrutor se surpreender e se assustar com o nervosismo irá se pressionar ainda mais e realimentar o medo.
Deve procurar, então, se movimentar na sala para se dirigir à frente do grupo. O movimento do corpo ajudará a queimar a adrenalina. É importante ele não ter pressa de iniciar, respirar com a maior calma que puder, ajeitar as folhas com as anotações que pretende usar. Esses instantes iniciais são preciosos para conquistar um pouco de tranquilidade.Deve começar falando um pouco mais baixo e devagar, para que a instabilidade provocada pelo nervosismo não seja percebida pela plateia. Cumprimenta as pessoas devagar, pausadamente, para regular a respiração e se acostumar com o som da própria voz. Esses cuidados aliados a um bom conhecimento do assunto e a correta ordenação das informações ajudarão a combater o nervosismo inicial.
Se eventualmente cometer um engano, deve corrigir o erro ou continuar falando?
Depende do tipo de erro cometido. Se transmitir uma informação incorretamente e este fato prejudicar a compreensão do assunto, deverá corrigir o erro. Se pronunciar de maneira equivocada uma determinada palavra e essa falha não provocar prejuízo no entendimento da turma deverá continuar falando sem se interromper.
Problema no equipamento
Mesmo testando tudo com bastante antecedência, os problemas com equipamentos podem surgir. Às vezes é a lâmpada do projetor que queimou ou, a configuração do computador que não é compatível com o sistema de multimídia.
Planeje a apresentação com outros recursos e até sem nenhum deles. Por exemplo, se pretende usar o power point, não custa nada reproduzir as telas do programa também em transparência e deixá-las de reserva para uma eventualidade. Sempre poderá contar com um aparelho de retro projeção para contornar o transtorno de uma falha no equipamento. Além de transparência, procurar planejar também a apresentação sem nenhum visual. É difícil acontecer que nada funcione, mas não é impossível - aí o instrutor contará só com ele mesmo.
Ouvir e escutar
Pesquisas recentes indicam que, de maneira geral, usamos apenas 25% da nossa capacidade de audição, e, segundo estudo realizado pelo pesquisador Larry Barker, depois de dois meses, se a comunicação for de muito boa qualidade, do total ouvido, só 25% serão lembrados.
Porque temos dificuldade para escutar - Existe uma grande diferença entre ouvir e escutar. Ouvir é apenas uma atividade biológica, que não exige maiores esforços do nosso cérebro; escutar pressupõe um trabalho intelectual, pois, após ter ouvido, é preciso interpretar, avaliar e reagir à mensagem.
Por que é importante escutar ?
Só o fato de saber que muito do que conhecemos foi aprendido ouvindo as pessoas já justificaria mais dedicação para escutar melhor. S. Moss e S. Tubbs revelam uma pesquisa que mostra como dividimos o tempo em que passamos acordados –
 17% lendo, 16% falando, 14% escrevendo e 53% ouvindo. É muito tempo para ser desperdiçado. A maneira como escutamos pode interferir de forma decisiva no sucesso profissional e na qualidade do nosso relacionamento pessoal.
As pessoas que têm dificuldade para escutar apresentam baixa produtividade no trabalho e dificuldade para se relacionar. Ao se submeter a um processo de seleção de emprego, por exemplo, o fato de saber escutar irá se constituir em um importante diferencial para perceber, de maneira correta, quais são as intenções da empresa e o que ela espera do candidato.
Como escutar melhor
Procure entender antes de interpretar ou criticar: 
O primeiro passo para escutar melhor é refrear a tendência de interpretar ou criticar uma mensagem, antes mesmo que ela tenha sido concluída ou perfeitamente entendida. Nas primeiras tentativas poderá parecer meio desanimador, porque, ao prestar atenção em toda mensagem e tê-la entendido bem, a conclusão a que se chega, às vezes, é que o resultado foi muito semelhante ao que se tinha suposto no primeiro momento e que o esforço, talvez, não tenha valido tanto a pena. Com o tempo, entretanto, a conclusão a que se chega, em alguns casos, é que se estava equivocado e que esses enganos poderiam trazer irreparáveis prejuízos à própria capacidade de julgar as situações.
Meça a sua compreensão:
Pelo fato de termos, de maneira geral, uma audição passiva, quase sempre não nos preocupamos em saber quanto do que ouvimos efetivamente conseguimos lembrar.  Um bom exercício para escutar melhor é procurar lembrar quais as informações que ouviu e quanto da mensagem conseguiu guardar. Com o tempo, a quantidade de informações retidas passa a aumentar e naturalmente a habilidade de escutar também. Durante alguns dias, procure fazer uma revisão das pessoas que falaram com você, o que pretendiam e de como se comportou ao ouvi-las.
Faça anotações:
Um bom método para se concentrar nas informações que se ouve é fazendo anotações dos tópicos que julgar mais importantes. É evidente que esse exercício deverá ser reservado para a participação em palestras, aulas e reuniões, pois, por mais incrível que possa parecer, há pessoas que, em situações informais, conversam e fazem anotações ao mesmo tempo.
Saia um pouco de si mesmo:
De maneira geral, ficamos tão preocupados conosco que acabamos nos esquecendo que as outras pessoas necessitam ser reconhecidas e consideradas. Por isso, para melhorar a capacidade de escutar, deve-se procurar aceitar as pessoas como elas são e não como se gostaria que fossem. É preciso reconhecer que existe a possibilidade de se estar enganado em algumas opiniões e dar um voto de confiança para a maneira de pensar dos outros. Assim, é importante estar preparado para se empenhar nessa empreitada porque, com frequência, poderá ficar tentado a desistir e se voltar novamente para si mesmo.
Sugestão de Leitura: 
- WEISS, Donald H., - Como falar em público: técnicas eficazes para discursos e apresentações – São Paulo – Nobel, 1991. 
Nesta aula, você:
Conheceu as diversas possibilidades de agir tecnicamente com o treinando, no sentido de facilitar a retenção da informação, mantendo a atenção dele, focada na aula.
AULA 7
Planejamento, pesquisa do conteúdo e recursos necessários
Nesta aula você identificará os caminhos que permitirão uma pesquisa adequada em relação aos assuntos e informações que deverão compor o material didático a ser apresentado ao aluno.
Você também identificará os recursos necessários ao desenvolvimento do programa.
O ato de planejar é uma preocupação que envolve toda a possível ação ou qualquer empreendimento da pessoa. Não se pode pensar em um planejamento pronto, imutável e definitivo, pois ele representa uma primeira aproximação de medidas adequadas a uma determinada realidade, tornando-se, através de sucessivos novos planejamentos, cada vez mais apropriado para enfrentar a problemática da realidade.
 
Entende-se por planejamento um processo de previsão de necessidades e racionalização de emprego de meios materiais e de recursos humanos disponíveis, a fim de alcançar objetivos concretos, em prazos determinados e em etapas definidas, a partir do conhecimento e da avaliação científica da situação original.
Em treinamento e desenvolvimento, todo planejamento exige:
A- Esclarecimento dos desempenhos pretendidos.
B- Conhecimento da realidade (urgências, necessidades e tendências).
C- Definição clara dos objetivos.
D- Determinação específica dos recursos necessários.
E- Definição dos critérios/princípios de avaliação.
F- Estabelecimento dos prazos e etapas para sua execução.
Ao se elaborar um planejamento, alguns critérios devem ser observados, destacando-se:
• Assegurar coerência nas ações da entidade executora.
• Basear-se no conhecimento da realidade que envolve os treinandos.
• Interagir com outros elementos que se relacionam com o mesmo assunto.
• Ter caráter específico para a coletividade do treinando a quem se destina.
• Ser exequível.
As etapas são integradas como em um conjunto e compreendem, sistematizam e integram todas as ações necessárias para que os objetivos do treinamento e do desenvolvimento sejam atingidos.
Assim, um Projeto de Treinamento e Desenvolvimento compreende as ações de Identificação de Necessidades, Estabelecimento de Objetivos, Planejamento e Programação, Execução, Avaliação, Acompanhamento pós-projeto e Aprimoramento.
O planejamento é um instrumento para canalizar todos os conhecimentos que foram aprendidos sobre determinado assunto, visando à ação futura, com base no exame das condições passadase atuais.
Para se obter um bom planejamento, é necessário passar por algumas etapas:
Diagnóstico da necessidade - Levantamento das razões que originam o treinamento.
Estabelecimento de objetivos - Expectativas de comportamento do aluno ao final do treinamento.
Planejamento das estratégias - Unidades programas para um treinamento (assuntos a serem abordados, como será feita a abordagem e o que se pretende alcançar).
Recursos - Meios que serão utilizados para treinar (visuais, áudio...).
Implementação do programa - Logística para a realização do treinamento. Devem ser observados: local destinado para o evento, material didático que será utilizado, agenda da programação, equipamentos que serão utilizados, quantidade de participantes, carga-horária, público-alvo (funcionários e convidados).
Avaliação de resultados - Verificação quanto ao alcance dos objetivos propostos para o treinamento.
Acompanhamento - Período pós-treinamento em que o participante deverá ser acompanhado e monitorado quanto à aplicação prática do conhecimento adquirido em sala de aula.
Período pós-treinamento em que o participante deverá ser acompanhado e monitorado quanto à aplicação prática do conhecimento adquirido em sala de aula.
Identificação das necessidades de treinamento e desenvolvimento
Vale ressaltar que nem sempre uma necessidade identificada representa uma deficiência ou uma carência dos futuros participantes dos projetos de Treinamento e Desenvolvimento. Em muitas situações, representa uma oportunidade de investimento em um colaborador promissor, criativo e que se destaca dos demais, passando a merecer atenções especiais.
O processo de identificação
Bastos (1995) e diversos autores concordam que uma das melhores formas de serem identificadas as necessidades de Treinamento e Desenvolvimento é a realização de inventários de situações que podem indicar a presença dessas necessidades.
 
Alguns exemplos:
a) Alterações no quadro de pessoal.
b) Aumento nos custos.
c) Aparecimento de concorrentes mais bem preparados.
d) Devolução de produtos.
e) Deficiências no desempenho.
f) Inclusão de novos equipamentos, tecnologias, mercados, culturas. etc.
g) Novos clientes.
h) Indicadores de Clima Organizacional.
i) Introdução de novos produtos ou serviços.
j) Mudanças no programa de trabalho.
k) Ocorrência de acidentes.
l) Perda de clientes.
m) Problemas de qualidade e de produtividade.
n) Redução da rentabilidade.
o) Reclamação de clientes.
Para se obter as conclusões necessárias que fundamentarão o projeto de Treinamento e Desenvolvimento a ser implementado, podem ser usados alguns dos seguintes instrumentos:
• Avaliação de desempenho
• Discussões em grupo
• Entrevistas
• Observação direta
• Pesquisa de clima organizacional
• Questionários específicos
• Reuniões 
• Solicitações diretas
O método mais utilizado para coletar dados que vão determinar a necessidade de treinamento são as entrevistas com os funcionários. Essas informações geralmente são complementadas pelos superiores imediatos. O próprio funcionário tem consciência de algumas carências, mas o seu chefe imediato também tem suas percepções sobre aquilo em que o seu subordinado pode ser treinado para melhorar o seu desempenho.
A avaliação de desempenho, quando formalizada na organização, também fornece muitos indicadores importantes para que sejam montados os treinamentos.
A análise do desempenho dos setores ou a análise conjunta (feita pelos gestores de diferentes áreas da empresa) dos problemas da empresa também costumam fornecer boas indicações para o treinamento do pessoal. A partir dos problemas que o setor enfrenta, podemos identificar aqueles que têm possibilidade de ser resolvidos através de treinamentos. É o caso, por exemplo, de um setor que vem apresentando baixo rendimento de alguns funcionários, ou mesmo um alto índice de produtos ou serviços com defeitos.
Para saber mais sobre esse assunto, leia o texto “Treinamento de funcionários”. ESTÁ NO PEN DRIVE. 
A PESQUISA
Durante esta etapa do processo, o profissional de T&D, responsável pela busca das informações que permitirão o desenvolvimento do conteúdo programático e a consequente formatação do material didático, deve considerar as diversas hipóteses já exploradas quando da realização do Levantamento das Necessidades de Treinamento.
Ler os materiais técnicos disponíveis – manuais, procedimentos, bibliografia específica, periódicos e revistas especilizadas; entrevistar profissionais de referência naquelas práticas objeto do treinamento em questão; fazer benchmarking nas empresas consideradas modelos positivos naquele tipo de atividade; buscar textos e cases na internet, que servem para ajudar na composição da abordagem técnica, a qual deverá ter o conteúdo validado pela área cliente do Treinamento.
Entretanto, muita atenção também deve ser dedicada aos aspectos comportamentais que envolvem o processo, o que implicará incluir elementos sociais, econômicos e até políticos na busca por outras informações que possam agregar valor ao espaço reflexivo que todo treinamento com abordagem atitudinal e comportamental exige.
Conteúdo programático
Consiste no elenco de temas, assuntos, informações, habilidades e competências a serem transmitidas aos participantes para que os objetivos sejam atingidos. É definido a partir dos objetivos de ensino. Em outras palavras, é tudo que compartilha como os participantes para elevar-lhes as competências e posicioná-las em um nível adequado às necessidades da Organização.
Por ser um assunto complexo e inerente a cada caso, cabem poucas considerações específicas, mas alguns princípios gerais devem ser observados durante a definição do Conteúdo Programático, a saber:
a) Deve estar ligado diretamente a cada objetivo (específico e geral).
b) Deve conter assuntos adicionais que permitam maior abrangência de conhecimento aos participantes (sobre o assunto base do Treinamento).
c) Deve ser distribuído dentro de uma ordem lógica e de fácil entendimento.
Os recursos multimeios
A expectativa durante a aplicação de um programa de T & D é, naturalmente, o alcance dos objetivos gerais e específicos definidos para o evento em si. 
Em outro momento da apostila, compreendemos as diferenças que envolvem o processo com o adulto em relação às crianças e também vimos que há elementos intrínsecos que podem funcionar como dificultadores ao estabelecimento positivo da relação ensino-aprendizagem.
Logo, faz-se necessário o uso de algumas alternativas para reforçar a passagem das informações e de assuntos referentes ao conteúdo programático que possibilitarão as mudanças esperadas após a realização do evento.
Os recursos multimeios funcionam neste sentido: ajudar o instrutor a reforçar o conteúdo apresentado e facilitar a absorção deste pelo treinando participante.
 Os recursos logísticos devem ser compreendidos como a estrutura física do ambiente onde ocorrerá o evento, contemplando carteiras universitárias, mesas, cadeiras, quadro branco/negro, caneta piloto/giz, apagador, flip-chart, micro/laptop ,etc.
 Os recursos instrucionais podem ser associados ao material didático propriamente dito – as apostilas, os livros e/ou textos de leitura complementar, os materiais que serão utilizados para alguma atividade lúdica associada ao tema.
 Os recursos visuais podem ser entendidos como sendo os vídeos em dvd/vhs, os slides para apresentação, figuras em painéis ou banners, quadros e/ou cartazes, telão para projeção, retroprojetor.
 Os recursos audiovisuais, como microfone, aparelho reprodutor de cds, data-show, caixas de som, etc.
Sugestão de Leitura:
MIRANDA, Simão de – Professor, Não Deixe a Peteca Cair: 63 idéias para aulas criativas – Campinas, SP – Editora Papirus, 2005. 
 Nesta aula, você:
Identificou as práticas mais adequadas para a realização do Planejamento, podendo realizar uma minuciosa pesquisa do conteúdo, além de compreender quais são os recursos necessáriospara a implementação do programa de Treinamento.
 
AULA 8
Os objetivos, o programa e o plano de aula
Nesta aula você aprenderá como definir um Objetivo de Treinamento e ainda identificará os elementos componentes de um Plano de Aula.
Para Bastos (1994), “(...) todo programa de Treinamento e Desenvolvimento deve basear-se no diagnóstico de necessidades que, em última análise, tem de responder à pergunta: para que treinar ou com que objetivo treinar? Isto é, devem estar bem claros os objetivos ou os resultados esperados”.
 
Execução de programa de T&D
Identificadas as necessidades e programadas as ações de treinamento, cabe a área de treinamento executar as ações programadas.
Nessa fase do processo de treinamento, o profissional deverá comunicar às chefias dos treinandos e convidar os próprios treinandos para realizar os treinamentos. Nesse momento, são preparados os recursos instrucionais (apostilas, filmes etc.).
Nessa fase é que o profissional de treinamento entra em contato com os profissionais e com as entidades que irão realizar os treinamentos. Aqui também cabe a tarefa de providenciar as inscrições dos treinandos em eventos (cursos, congressos), reservar hotéis, providenciar passagens, providenciar os recursos financeiros etc.
Planejamento de ensino
O INICIO
No início procure conquistar os ouvintes desarmando suas resistências e conquistando seu interesse e atenção. Para isso poderá usar algumas das seguintes "dicas":
• Conte uma pequena história que tenha estreita relação com o conteúdo da sua mensagem. Histórias normalmente despertam o interesse.
• Elogie sinceramente os ouvintes.
• Use uma frase que provoque impacto.
• Diga que não irá consumir muito tempo.
• Faça uma citação de autor respeitado pelos ouvintes.
• Use um fato bem humorado. Entretanto, evite piadas.
• Levante uma reflexão.
• Demonstre sutilmente que conhece o assunto e possui experiência.
• Aproveite uma circunstância fazendo um comentário sobre alguém presente ou que tenha falado há pouco, ou ainda sobre um acontecimento conhecido dos ouvintes.
No início você não deverá:
• Pedir desculpas por estar com problemas físicos (gripes, resfriados, dor de cabeça etc.) ou por não estar devidamente preparado para falar.
• Contar piadas.
• Tomar partido sobre assuntos polêmicos.
• Começar com "chavões" ou frases muito usadas. Por exemplo: “a união faz a força”, “uma andorinha só não faz verão” etc.
• Fazer citações de autores muito polêmicos. 
• Saiba ainda que o início deverá ser breve, neutro e guardar interdependência com o restante da fala.
O MEIO
Na primeira parte do meio, prepare o tema a ser abordado:
 
• Conte numa única frase sobre a matéria que irá abordar. Por exemplo: “Vou falar sobre o lazer do homem moderno”. 
• Em seguida, faça um relato histórico do tema, ou levante um problema para o qual dará solução.
• Fale sobre as etapas do assunto que irá desenvolver. Por exemplo: se o tema fosse lazer, as etapas poderiam ser: o lazer no campo, o lazer na praia e o lazer no clube.
Na segunda parte, desenvolva o assunto principal atendendo ao que foi preparado:
• Se fez um relato histórico, fale do presente; se levantou um problema, dê a solução. Se dividiu o tema, agora cumpra as etapas prometidas. Use comparações, exemplos, estatísticas, testemunho, enfim, tudo que puder para confirmar o conteúdo da sua exposição.
• Se pressentir alguma objeção às suas afirmações, este é o momento de refutá-la.
O FIM
No final, faça uma breve recapitulação. Em apenas uma ou duas frases, faça um resumo do que apresentou. Em seguida, para encerrar, use os mesmos recursos sugeridos para iniciar: elogiar o auditório, fazer uma citação, aproveitar uma circunstância, um fato bem-humorado, levantar uma reflexão etc. Além disso, poderá pedir que ajam de acordo com suas propostas.
 
Não encerre dizendo “era isso que eu tinha para falar” ou outras formas vazias, sem objetividade.
Plano de aula
Neste campo deve-se registrar o nome do curso que será ministrado, identificando o Treinamento de maneira a servir de referência para o próprio Instrutor, para a turma e, principalmente, para as possíveis fiscalizações dos órgãos reguladores (se houver), ou auditorias para o sistema de Qualidade e Certificação, evidenciando de maneira concreta o evento em questão.
Alguns autores costumam considerar este campo através do termo Aula. 
Na verdade, a denominação não é tão importante quanto a informação que deverá ser registrada nele, principalmente se estivermos tratando de um curso com duração longa e, em face desta realidade, precise ser dividido em diversas aulas.
 Ou ainda, quando temos um curso que pela natureza do conteúdo que precisa ser transmitido, e a obrigatoriedade da aplicação imediata do que foi aprendido, exija uma divisão do assunto em Módulos, criando até pré-requisitos (exigências para participação), obrigando o treinando a realizar o módulos inicial – e ser aprovado – para continuar a ser convocado para os demais.
 
Portanto, neste campo, deve-se registrar o número da aula (ou Módulo, se for o caso), especificando – quando necessário – o título daquele conteúdo que será tratado dentro daquela experiência de ensino-aprendizagem a ser realizada.
Como já tratado em aula específica, deve-se registrar neste campo, os Objetivos do Treinamento (ou Aula, Módulo ou Unidade), lembrando que a premissa para a redação destes termos, deve pressupor uma ação do Treinando, após a experiência de aprendizagem a qual será submetido.
 
Se este for o sentido, a redação deverá ser produzida como no exemplo: Ao final do treinamento o Aluno será capaz de executar as tarefas, corretamente, como previstas no Manual...
 
Vale registrar também que alguns autores optam por considerar a possibilidade da redação, registrar o objetivo contido no trabalho de instrutoria que será realizado, permitindo que o Instrutor/Professor, assuma a responsabilidade pelo alcance aquilo a que está se propondo, como por exemplo: “Instruir o treinando acerca das corretas operações, conforme descrito no Manual...”
É essencial que o Instrutor esteja atento à duração do programa, já que o item carga-horária é muito bem observado em auditorias e/ou fiscalizações.
 
E, obrigatoriamente, esta preocupação está vinculada à quantidade de conteúdo que precisa ser tratado, ao tipo de grupo que será treinado, ao ambiente físico onde ocorrerá o treinamento e ainda, aos recursos que forem disponibilizados – de fato – para que o trabalho aconteça.
 
Portanto, é fundamental que o Instrutor busque planejar de maneira inteligente, o uso do tempo em consonância com os outros aspectos já mencionados no parágrafo anterior.
 
Isto quer dizer que o Instrutor precisa distribuir o conteúdo, através das estratégias e recursos, de forma a cumprir satisfatoriamente, o tempo previsto para o Treinamento, procurando respeitar os horários de intervalos, mas, principalmente, o do encerramento!
Sabemos que, iniciar no horário é uma tarefa difícil a ser – rigorosamente – cumprida, embora todas as literaturas sobre o assunto recomendem a importância de criar a imagem da pontualidade e ser reconhecido por isso. Mas, o encerramento deve ser “religiosamente” respeitado pelo Instrutor, caracterizando-se pela preocupação com a agenda extraclasse que o treinando possa ter.
 
Ser pontual é estar atento à seriedade que o trabalho recomenda sem, entretanto, agir de forma inflexível e insensível. Há que se ter um equilíbrio entre os dois aspectos.
Neste campo, especificamente, deverão ser registradas todas as informações, assuntos e temas que serão tratados ao longo do treinamento, atendendo ao que foi identificado durante a realização do Levantamento das Necessidades de Treinamento (ou Diagnóstico), e a análise precisa do público-alvo e do contexto de atuação.
 
Os assuntos, temas e informações, precisam ser dispostos em ordem lógica, num crescente de dificuldade, procurando iniciar de maneira simples eabrangente, tornando-se gradativamente mais complexo ao longo do desenvolvimento do programa.
 
Neste campo, pode-se usar o recurso da Itemização (disposição dos assuntos através de itens/tópicos), facilitando ao Instrutor a identificação da sequência que precisa adotar, dispensando o uso de textos.
Este é o campo onde o Instrutor irá registrar as ações planejadas para que o(s) Objetivo(s) possa(m) ser alcançado(s).
 
Isto significa dizer que é neste espaço, onde deverão ser registradas as atividades lúdicas que poderão ser usadas, os vídeos e/ou músicas que serão utilizados, os exercícios que serão feitos... procurando associar cada circunstância desta natureza, com os temas que serão tratados, procurando criar uma ligação entre o conteúdo e a forma como será aplicado aos treinando participantes.
É importante lembrar que, para que as estratégias possam ser implementadas e os assuntos chegarem até aos treinandos de maneira compreensível – foco maior – alguns recursos precisarão fazer parte desta experiência.
 
E, é neste campo em que eles devem ser registrados, de maneira que possam ser percebidos como instrumentos de viabilização das estratégias para a transmissão do Conteúdo.
 
Portanto, este é o campo onde devem estar contidos os equipamentos necessários (laptop, datashow, retroprojetor, quadro branco, flipchart, canetas, blocos, canetas para uso no quadro/flip, apostilas, material extra para atividades lúdicas, garrafas de café, água, copos, carteiras universitárias...)
 
Tudo deve ser previsto e, registrado neste espaço.
Este é o campo em que devem estar mencionadas, as formas de avaliação de aprendizagem que serão adotadas naquela aula/unidade/módulo.
 
Isto quer dizer que, mesmo sendo um trabalho cujo foco possa ser comportamental, ainda assim, o Instrutor deve preocupar-se em registrar qual o tipo de avaliação será adotada, procurando alimentar a consciência acerca da seriedade do trabalho, do grau de expectativa da empresa com o “investimento” naquele programa e, principalmente, a responsabilidade que ambos os personagens da história (tanto o Treinando quanto o Instrutor), precisam reconhecer que possuem na busca pelos resultados necessários.
 
Afinal, enquanto o retorno do resultado não aparecer, não é possível reconhecer que houve investimento, e durante este período, o treinamento é considerado como um custo, apenas isto.
 
Portanto, sugiro a sua atenção para o tema “Avaliação”, objeto que ainda será tratado neste curso, para poder identificar qual o tipo que pode/deve ser registrado neste campo, dependendo do trabalho que será realizado.
Sugestão de Leitura:   
MIRANDA, Simão de. Professor, não deixe a peteca cair: 63 ideias para aulas criativas. Campinas: Editora Papirus, 2005.
Aula 9

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