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Habitat para a vida aquática 5. Aumenta o valor dos terrenos adjacentes 1. Requer grandes áreas 2. Possível poluição pelas enxurradas e sedimentação 3. Possível área de proliferação de pernilongos 4. Pode haver crescimento intenso de algas, como resultado da eutrofização 5. Possibilidade de ocorrência de afogamentos 6. Problemas de manutenção Armazenamento em telhado, empregando tubos condutores verticais estreitos 1. Retardo do deflúvio superficial direto 2. Efeito de isolamento térmico do edifício: a) água no telhado b) através de circulação 3. Pode facilitar o combate a incêndios. 1. Carga estrutural elevada 2. A tomada d'água dos tubos condutores requer manutenção 3. Formação de ondas e cargas devidas às mesmas 4. Infiltração de água do telhado para o edifício Telhado com rugosidade aumentada 1. Retardamento do deflúvio superficial direto e alguma redução do mesmo (detenção nas ondulações ou no cascalho) 1. Carga estrutural relativamente elevada DIRETRIZES BÁSICAS PARA PROJETOS DE DRENAGEM URBANA NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO FCTH Prefeitura do Município de São Paulo 18 Tabela 2.2 - Vantagens e desvantagens no emprego das diferentes formas de redução e retenção do escoamento superficial direto (continuação) Medidas Vantagens Desvantagens Pavimento permeável (estacionamento e vielas): a) estacionamento com cascalho b) furos no pavimento impermeável (diâmetro de cerca de 6 cm) enchidos com areia 1. Redução do deflúvio superficial direto 2. Recarga do lençol freático 3. Pavimento de cascalho pode ser mais barato do que asfalto ou concreto (a) 1. Entupimento dos furos ou poros 2. Compactação da terra abaixo do pavimento ou diminuição da permeabilidade do solo devido ao cascalho 3. Dificuldade de manutenção 4. Gramas e ervas daninhas podem crescer no pavimento Canais gramados e faixas do terreno cobertas com vegetação 1. Retardo do deflúvio superficial direto 2. Alguma redução do deflúvio superficial direto (recarga do lençol freático por infiltração) 3. Esteticamente agradável: 4. flores 5. árvores 1. Sacrifica-se alguma área do terreno para faixas de vegetação 2. Áreas gramadas devem ser podadas ou cortadas periodicamente (custos de manutenção) Armazenamento e detenção em pavimentos impermeáveis: a) pavimento ondulado b) bacias c) bocas de lobo estranguladas 1. Retardo do deflúvio superficial direto (a, b,c) 2. Redução do deflúvio direto (a e b) 1. Restringe um pouco o movimento de veículos 2. Interfere com o uso normal (b e c) 3. Depressões juntam sujeira e entulho ( a, b e c) Reservatório ou bacias de detenção. 1. Retardo do deflúvio superficial direto 2. Benefício recreativo: 3. quadras poliesportivas se o terreno for propício 4. Esteticamente agradável 5. Pode controlar extensas áreas de drenagem, liberando descargas relativamente pequenas 1. Requer grandes áreas 2. Custos de manutenção: a) poda da grama b) herbicidas c) limpeza periódicas (remoção de sedimentos) 3. Área de proliferação de pernilongos 4. Sedimentação do reservatório DIRETRIZES BÁSICAS PARA PROJETOS DE DRENAGEM URBANA NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO FCTH Prefeitura do Município de São Paulo 19 Tabela 2.2 - Vantagens e desvantagens no emprego das diferentes formas de redução e retenção do escoamento superficial direto (continuação) Medidas Vantagens Desvantagens Tanque séptico transformado para armazenamento e recarga de lençol freático 1. Custos de instalação baixos 2. Redução do deflúvio superficial direto (infiltração e armazenamento) 3. A água pode ser usada para: 4. proteção contra incêndio 5. rega de gramados e jardins 6. recarga do lençol freático 1. Requer manutenção periódica (remoção de sedimentos) 2. Possíveis danos a saúde 3. Algumas vezes requer um bombeamento para o esvaziamento após a tormenta Recarga do lençol freático: a) tubo ou mangueira furada b) dreno francês c) cano poroso d) poço seco 1. Redução do deflúvio superficial direto (infiltração) 2. Recarga do lençol freático com água relativamente limpa 3. Pode suprir água para jardins ou áreas secas 4. Pequena perda por evaporação 1. Entupimento dos poros ou tubos perfilados 2. Custo inicial de instalação (material) Grama com alta capacidade de retardamento ( elevada rugosidade) 1. Retardo do deflúvio superficial direto 2. Aumento de infiltração 1. Dificuldade de poda de grama Escoamento dirigido sobre terrenos gramados 1. Retardo do deflúvio superficial direto 2. Aumento de infiltração 1. Possibilidade de erosão 2. Água parada em depressões no gramado 2.1.6. MEDIDAS ESTRUTURAIS E NÃO ESTRUTURAIS Em se tratando de técnicas de controle do escoamento superficial direto, é freqüentemente feita uma distinção entre duas medidas que se complementam: as estruturais e as não estruturais. As estruturais são constituídas por medidas físicas de engenharia destinadas a desviar, deter, reduzir ou escoar com maior rapidez e menores níveis as águas do escoamento superficial direto, evitando assim os danos e interrupções das atividades causadas pelas inundações. Envolvem, em sua maioria, obras hidráulicas de porte com aplicação maciça de recursos. Entretanto, não são projetadas para propiciar proteção absoluta, pois estas seriam física e economicamente inviáveis na maioria das situações. As não estruturais, como o próprio nome indica, não utilizam estruturas que alteram o regime de escoamento das águas do escoamento superficial direto. São representadas, basicamente, por medidas DIRETRIZES BÁSICAS PARA PROJETOS DE DRENAGEM URBANA NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO FCTH Prefeitura do Município de São Paulo 20 destinadas ao controle do uso e ocupação do solo (nas várzeas e nas bacias) ou à diminuição da vulnerabilidade dos ocupantes das áreas de risco dos efeitos das inundações. Nesta última buscam-se maneiras para que estas populações passem a conviver melhor com o fenômeno e fiquem melhor preparadas para absorverem o impacto dos prejuízos materiais causados pelas inundações. As medidas não estruturais envolvem, muitas vezes, aspectos de natureza cultural, que podem dificultar sua implantação a curto prazo. O envolvimento do público é indispensável para o sucesso dessa implantação. A inexistência do suporte de medidas não estruturais é apontada, atualmente, como uma das maiores causas de problemas de drenagem nos centros mais desenvolvidos. A utilização balanceada de investimentos, tanto em medidas estruturais quanto não estruturais, pode minimizar significativamente os prejuízos causados pelas inundações. Na tabela 2.3 são apresentados, de maneira sucinta, exemplos de medidas de controle. DIRETRIZES BÁSICAS PARA PROJETOS DE DRENAGEM URBANA NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO FCTH Prefeitura do Município de São Paulo 21 Tabela 2-3 Medidas de controle das inundações Medidas Estruturais Aumento da capacidade de escoamento das calhas Diques marginais ou anulares Melhoria das calhas (aumento da seção transversal, desobstruções e retificações) Canalização (melhoria da calha e revestimento, substituição da calha por galeria / canal, canal de desvio) Redução das vazões de Reservatórios nos cursos d'água principais cheias Medidas para controle do escoamento superficial direto: Medidas para detenção das águas pluviais Medidas locais ( armazenamento em telhados, cisternas, bacias de detenção em parques, etc.) Medidas fora do local ( armazenamento em leitos secos ou em reservatórios implantados em pequenos cursos d'água ) Medidas para infiltração das águas pluviais Medidas locais ( poços, trincheiras, bacias de infiltração, escoamento dirigido para terrenos gramados, etc) Medidas Não Estruturais Regulamentação do uso e