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DAS VÁRIAS ESPÉCIES DE CONTRATOS

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DAS VÁRIAS ESPÉCIES DE CONTRATOS
I - DA COMPRA E VENDA
I.1.- Conceito:
A definição do instituto pode ser extraída do art. 481, CC: “Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro”. Assim, trata-se de um contrato donde defluem obrigações recíprocas para cada uma das partes. Para o vendedor, a obrigação de transferir o domínio da coisa; para o comprador, a de entregar o preço.
I.2) O caráter obrigacional da compra e venda
No direito brasileiro, os efeitos derivados do contrato são meramente obrigacionais, e não reais, pois a compra e venda não transfere, por si só, o domínio da coisa vendida, mas apenas gera para o vendedor a obrigação de transferi-lo. Há a necessidade, portanto, no tocante aos bens móveis, da tradição para a transferência da propriedade. Demonstra tal tese o art. 1.267, CC, que afirma que a propriedade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes da tradição. Seguiu o nosso código a orientação do direito romano, desprezando a tradição francesa para quem do contrato de compra e venda derivam efeitos reais, visto que, através dele, e sem outras formalidades, o comprador adquire o domínio.
I.3) Natureza Jurídica
A compra e venda é contrato: Consensual; em oposição aos contratos reais, se aperfeiçoa independentemente da entrega do objeto, pela mera coincidência da vontade das partes sobre o preço da coisa (art. 482, CC).
Sinalagmático: envolvem prestações recíprocas de ambas as partes; Oneroso; implica sacrifício patrimonial para ambos os contratantes; Comutativo; a estimativa da prestação a ser recebida por qualquer das partes pode ser feita no ato mesmo em que o contato se aperfeiçoa.
Em alguns casos, no entanto, nos deparamos com contratos aleatórios – art. 458, CC e art. 459, CC. Exemplificamos a questão com a “venda de coisa futura”: frutos de uma colheita esperada. Alguns casos sujeito à forma prescrita em lei, mas no mais das vezes independendo de qualquer formalidade.
I.4) Elementos da Compra e Venda
Extraem-se do art. 482, CC três elementos: a) consensualismo: deve recair sobre o objeto e sobre o preço; b) preço: deve ser em dinheiro sob pena, em determinados casos, de caracterizar contrato de troca; deve também ser sério sob pena de ser entendido como doação. Deve ser determinado ou, ao menos, determinável. Nesse sentido, a lei autoriza que as partes deixem a sua fixação a critério de terceiros (art. 485, CC), ou a taxa de mercado (art. 486, CC). Não se admite, porém, que uma das partes exclusivamente posso fixar o preço (art. 489, NCC) c) coisa: engloba todas as coisas que não estejam fora do comércio.(escapam as insuscetíveis de apropriação e as legalmente inalienáveis).
I.5) Da Venda de Coisa Alheia:
De regra é nula, pois ninguém pode alienar o que não é seu. Duas exceções: a) o vendedor, ao depois e antes que o comprador sofra a evicção, torne-se proprietário da coisa. b) se as partes souberem desde o início que a coisa pertence a terceiro, o negócio valerá como promessa de fato de terceiro, uma vez que o alienante estará prometendo que obterá a anuência do proprietário para vender a coisa.
I.6) Conseqüências subsidiárias decorrentes da compra e venda:
a) obrigações acessórias: responsabilidade pela evicção e pelos vícios redibitórios: O alienante responde pela perda que o adquirente venha a sofrer ao ser privado da coisa comprada, em virtude de sentença judicial que a atribuir a terceiro, como também responde pelos vícios ocultos de que a coisa vendida por acaso seja portadora. b) despesas do contrato: As partes podem fixar quem deverá arcar com as despesas mas, no silêncio, o art. 490, CC, determina que as despesas de escritura ficarão a cargo do comprador e as de tradição a cargo do vendedor. c) o problema dos riscos: O art. 492, CC, determina que “até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do vendedor, e os do preço por conta do comprador” O parágrafo 1o. do art. 492 estipula que os casos fortuitos ocorridos no ato de contar, marcar ou assinalar coisa que já estiverem a disposição do comprador, correrão por conta destes. Veremos exceção a esta regra quando o comprador estiver em mora de receber a coisa comprada (parág. 2o. do art. 492, CC) d) a questão da garantia: Por seu um contrato bilateral, não sendo ajustado prazo diferenciado, a permuta das prestações deve ser simultânea. Nesse sentido, o art. 491, CC. Verifica-se, aqui, que a lei mune o vendedor de uma “direito de retenção”. O art. 495, CC, determina que o vendedor poderá sobrestar a entrega da coisa pactuada a termo sempre que o comprador estiver em insolvência, exigindo caução. Este artigo deve ser lido em consonância com o artigo art. 477, CC.
II.- Cláusulas especiais à compra e venda:
a) Retrovenda
A retrovenda é a cláusula adjeta à compra e venda pela qual o vendedor se reserva ao direito de reaver, em certo prazo, o imóvel alienado, restituindo ao comprador o preço ou valor recebido, mais as despesas por ele realizadas durante o período de resgate, desde que autorizadas por escrito, inclusive as empregadas em melhoramentos necessários do imóvel. Apenas admissível nas propriedades de bens imóveis. O adquirente terá propriedade resolúvel que se extinguirá no instante em que o alienante exercer o seu direito de reaver o bem. O CC, em seu art. 512, fala que o prazo para a resgate ou retrato é de três anos. Se as partes fixarem prazo com excesso será considerado não escrito. Se a coisa vier a perecer em virtude de caso fortuito ou força maior, extingue-se o direito de resgate, uma vez que houve perda do bem para o comprador, sem que ele seja obrigado a pagar o seu valor, e do direito para o vendedor. Se o imóvel se deteriorar, o vendedor não terá direito à redução proporcional do preço, que deverá restituir ao comprador. O comprador, enquanto detiver a propriedade sob condição resolutiva, terá direitos aos frutos e rendimentos do imóvel, não respondendo pelas deteriorações surgidas dentro do prazo reservado para resgate, salvo se agir dolosamente. Se a cláusula de retrovenda for nula, tal nulidade não afetará a validade da obrigação principal. Na retrovenda, o vendedor conserva a sua ação contra terceiros adquirentes da coisa retrovendida, ainda que eles não conhecessem a cláusula de retrato (art. 507, CC). Assim, se o vendedor fizer uso do seu direito de retrato, resolver-se-á a posterior alienação do imóvel feita pelo adquirente a terceiro, mesmo que o pacto de retrovenda não tenha sido averbado no registro imobiliário.
b) Venda a Contento
É a que se realiza sob a condição de só se tornar perfeita e obrigatória se o comprador declarar que a coisa adquirida lhe satisfaz. O negócio somente se aperfeiçoa com a manifestação de agrado da coisa pelo adquirente. O vendedor não poderá discutir a manifestação de desagrado do comprador que tem julgamento de caráter subjetivo e interno. Destina-se geralmente àqueles negócios que têm por objeto gêneros que se costumam provar, medir, pesar ou experimentar antes de aceitos. A matéria vem tratada nos artigos 509 a 512 do CC. O CC (art. 509) entende que é uma venda realizada sob condição suspensiva (ainda que a coisa lhe tenha sido entregue), somente se aperfeiçoando se o adquirente manifestar sua vontade.
Consequências: a) enquanto não advier a manifestação de concordância do adquirente, e a despeito de ter havido a tradição, o domínio continua com o alienante, que sofre as perdas advindas do fortuito; b) não tendo adquirido o domínio, o comprador é, antes da ocorrência da tradição, mero comodatária, com o dever de restituir o bem respondendo por perdas e danos por culpa, sem ter direito a cobrar as despesas de conservação (salvo extraordinárias). A lei não determina tempo para a manifestação de interesse do comprador. Assim, se no contrato não tiver prazo, poderá o vendedor intimar o adquirente para que, num intervalo improrrogável, declare se a coisa lhe satisfaz ou não, sob pena de considerar perfeita venda (art.512, CC). c) Preempção: Preempção ou preferência é o pacto adjeto à compra e venda em que o comprador de uma coisa móvel ou imóvel fica com a obrigação de oferecê-la a quem lhe vendeu, para que este use de seu direito de prelação em igualdade de condições, no caso de pretender vendê-la ou dá-la em pagamento. Somente existirá se o comprador resolver vender a coisa, o vendedor quiser adquiri-la, e estivermos dentro de um prazo determinado. Caso contrário, não será exigível. A matéria vem regulada nos artigos 513 a 520 do CC. Alteração: art. 513, parágrafo único: o prazo para exercício do direito de preferência não poderá exceder 180 dias se for bem móvel ou 2 anos se for bem imóvel. O vendedor pode também exercer o seu direito de prelação, tendo conhecimento de que a coisa vai ser vendida, intimando o vendedor. (art. 514, CC) Não observado o direito de preempção, não se inibe a venda feita a terceiro mas responderá o alienante por perdas e danos. (art. 518, CC) Segundo o art. 516, CC, inexistindo outro prazo, o direito de preempção caducará se não exercido em 3 dias (bens móveis) ou 60 dias (bens imóveis). O art. 519, CC, estipula que se a coisa expropriada para fins de utilidade pública ou interesse social, se não for adotada para o destino desapropriatório, conferirá ao expropriado o direito de preempção pelo preço atual da coisa.
Diferenças para a Retrovenda: a) enquanto na retrovenda o negócio original se resolve, no pacto de preferência há uma aquisição feita pelo vendedor primitivo ao primitivo comprador; b) enquanto a retrovenda recai tão-só sobre bens imóveis, o pacto de preferência não sofre igual restrição; c) enquanto que na retrovenda o vendedor conserva o direito de readquirir a coisa, desde que o queira e pelo preço que vendeu, na preempção o pretendente só pode recomprar a coisa se o proprietário a quiser vender e pelo preço que for alcançado no mercado.
d) Reserva de Domínio A matéria vem regulada no CC nos artigos 521 a 528. Tem-se a reserva de domínio quando se estipula contrato de compra e venda, em regra de coisa móvel infungível, que o vendedor reserva para si a sua propriedade até o momento em que se realize o pagamento integral do preço. O comprador só adquire o domínio da coisa se integralizar o preço, momento em que o negócio terá plena eficácia. Negócio confere ampla garantia ao vendedor uma vez que, se não for pago o preço, poderá
optar entre reclamar o preço ou reaver a coisa, por meio de ação de busca e apreensão ou reintegração de posse. Caso decida pela recuperação do bem, nos termos do art. 527, CC, poderá reter as prestações pagas até o necessário para cobrir a depreciação da coisa, as despesas feitas e o mais de direito que lhe for devido, sendo o excedente devolvido ao comprador. Deverá ser o devedor constituído em mora mediante o protesto do título ou interpelação judicial antes do ajuizamento de qualquer ação. O comprador deverá suportar os riscos da coisa durante todo o período em que estiver como bem (pode se utilizar até de interditos), uma vez que, embora o vendedor conserve o domínio, com a tradição passou o adquirente a usar e gozar do bem, retirando todas as vantagens que a coisa puder lhe oferecer. A cláusula de reserva de domínio não impede que a coisa seja vendida a terceiro, desde que haja permissão do alienante, situação em que o ônus se transmitirá.
e) Venda sobre documentos
Em razão da ampla utilização nos negócios de importação e exportação da venda contra documentos, a matéria vem regulada pelo CC em seus artigos 529 a 532. A grande novidade é justamente a substituição da figura da tradição da coisa pela entrega de seu título representativo e dos outros documentos exigidos pelo contrato. O pagamento, salvo estipulação em contrário deverá ser feitos no ato da entrega dos documentos, e o comprador não poderá recusar-se ao pagamento, alegando defeito de qualidade ou de estado na coisa vendida, exceto se o vício já estiver comprovado. Exercício resolvido: O que significa o caráter obrigacional do contrato de compra e venda? No direito brasileiro, os efeitos derivados do contrato são meramente obrigacionais, e não reais, pois a compra e venda não transfere, por si só, o domínio da coisa vendida, mas apenas gera para o vendedor a obrigação de transferi-lo. Há a necessidade, portanto, no tocante aos bens móveis, da tradição para a transferência da propriedade. Demonstra tal tese o art. 1.267, CC, que afirma que a propriedade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes da tradição. Seguiu o nosso código a orientação do direito romano, desprezando a tradição francesa para quem do contrato de compra e venda derivam efeitos reais, visto que, através dele, e sem outras formalidades, o comprador adquire o domínio.
DA TROCA
I.1- Conceito:
A troca ou permuta, é o contrato pelo qual as partes se obrigam a dar uma coisa por outra, que não seja dinheiro. As prestações dos permutantes são em espécie e não em dinheiro como na compra e venda. Necessário a presença de dois bens, sendo certo que se um dos contratantes prestar um serviço, não será troca. Aliás, vale ressaltar que a compra e venda é espécie do contrato de troca uma vez que àquele é posterior a este, já que a compra e venda somente surgiu após o aparecimento da moeda. Da mesma forma que a compra e venda a troca é negócio jurídico bilateral, oneroso, comutativo, translativo de propriedade e consensual (de regra, podendo ser solene se forem permutadas coisas móveis). A matéria vem regulada pelo artigo 533 do CC.
I.2 – Regramento:
Aplicam-se para a troca, em geral, as mesmas disposições aplicáveis à compra e venda, vale dizer, evicção, vícios redibitórios, etc. Duas, porém, são as particularidades: a) Como ambas as partes são ao mesmo tempo adquirentes e alienantes, as despesas do contrato, salvo convenção em contrário, serão repartidas entre os permutantes. - Observa-se que na compra e venda, as despesas de escritura ficam a cargo do comprador e as da tradição correm por conta de vendedor (art. 490, CC). b) Da permuta de valores desiguais: Observa-se, a princípio, que nem sempre os valores permutados são equivalentes, razão
pela qual para compensar a diferença, necessário se faz a complementação em dinheiro da eventual diferença. Ainda assim, com quantias em dinheiro envolvidas no negócio, estaríamos diante de troca ou passaríamos a contar com a compra e venda? A corrente defendida por Silvio Rodrigues sustenta que até a concorrência de valores há permuta, sendo que se transforma o negócio em compra e venda se o desembolso em dinheiro é excessivo. Ainda que a distinção seja em parte meramente teórica na medida em que aplicam-se para a troca as mesmas disposições para a compra e venda. Assim, se houver diversidade de valores, o negócio, no que concerne ao excesso, constitui uma liberalidade (se não houver torna) ou, então, uma compra e venda no que diz respeito ao sobrepreço, se este for superior ao valor da permuta. b.1) Entre descendentes: Há necessidade de observação quando se tratar de negócio envolvendo ascendentes e descendentes, o artigo 496 do CC diz ser anulável a troca com valores desiguais neste caso ser não houver a concordância dos demais descendentes e do cônjuge do alienante. Note-se que o parágrafo único do artigo 496 do CC, dispensa o consentimento do cônjuge se o regime de bens for o da separação obrigatória.
LOCAÇÃO DE COISAS
I – CONCEITO
É o contrato pelo qual uma das partes se obriga a conceder à outra o uso e gozo de uma coisa não fungível, temporariamente e mediante remuneração (Carlos Roberto Gonçalves). II ) NATUREZA JURIDICA :
- Contrato bilateral oneroso, - comutativo (cada parte desde o momento do ajuste,pode antever a prestação que lhe será fornecida, a qual subjetivamente é equivalente a que se dispõem a dar), - consensual (tendo em vista que se aperfeiçoa com o acordo de vontades, gerendo um direito pessoal).
III) ELEMENTOS
A) TEMPO: A locação pode ser convencionada por tempo determinado ou indeterminado. B) REMUNERAÇÃO: A remuneração, na locaçãode coisas, é denominada de aluguel. C) OBJETO DO NEGÓCIO: a locação pode ter por objeto uma coisa móvel ou imóvel Exercício resolvido: O que é contrato de permuta? A troca ou permuta, é o contrato pelo qual as partes se obrigam a dar uma coisa por outra, que não seja dinheiro. As prestações dos permutantes são em espécie e não em dinheiro como na compra e venda. Necessário a presença de dois bens, sendo certo que se um dos contratantes prestar um serviço, não será troca.
Locação
Lei n. 8.245/91
(Dispõe sobre a locação de imóveis urbanos e os procedimentos a ela pertinentes) Analisaremos os artigos mais importantes e significativos acerca da lei de locação: Art. 1: Especifica casos em que a locação continuará regulada pelo Código Civil e leis especiais.
Art. 4: O prazo da locação deverá ser respeitado. O locatário poderá devolver o imóvel mediante o pagamento de multa proporcional (art. 924, CC). Observar a exceção do parágrafo único. Art. 5: O término da locação, judicialmente, se dá com a ação de despejo. Exceção: desapropriação – imissão de posse do expropriante Art. 6: O Locatário poderá denunciar a locação por prazo indeterminado mediante aviso por escrito (30 dias) ou pagar um aluguel mais os encargos. Art. 8: Regula a alienação do imóvel locado. Art. 9: Traz situações em que se autoriza seja a locação desfeita. Art. 10 e 11: Regula as hipóteses de falecimento do locador (continua a locação frente os herdeiros) e do Locatário (sub-rogação).
Sublocação
Art. 13, caput: Diz o dispositivo que a sublocação depende do consentimento (prévio e escrito) do locador. Art. 15: Depreende-se do dispositivo que rescindida a locação, resolve-se a sublocação.
Aluguel
Art. 17, caput: Autoriza a livre convenção de valores (moeda nacional). Não pode o valor ser fixado em moeda estrangeira, variação cambial ou salário mínimo. Parágrafo único: aduz que legislação específica regulará critérios de reajuste nas locações residenciais Art. 20: Determina que o pagamento será sempre tomando por base mês vencido. Exceção: Locação para temporada
Obrigações:
Art. 22: Traz as obrigações do Locador: Destacam-se: VI – fornecer recibo (consignação) VIII – pagar impostos e taxas (salvo disposição contrária em contrato) X – pagar despesas extraordinárias de condomínio Parágrafo único define essas despesas. Art. 23: Traz as obrigações do Locatário: Destacam-se: VIII – deveres de pagamento do inquilino XII – despesas ordinárias do condomínio Art. 26: determina que para reparos urgentes no imóvel, há a obrigação do locatário consentir. Parágrafo único: se o reparo for por tempo maior de 10 dias poderá haver o abatimento do preço.
Direito de Preferência
Art. 27: Locatário tem prioridade em igualdade de condições e preço, quanto a aquisição do imóvel locado que for colocado a venda. Caso não seja exercido esse direito de preferência em 30 dias, o direito de preferência caducará. Art. 33: traz a penalidade para a hipótese de não observância do direito de preferência.
Benfeitorias
Art. 35 e 36: Regulamenta a questão da indenização em casos de benfeitorias.
Garantias Locatícias
Art. 37: As espécies de garantias locatícias são: caução/fiança/seguro fiança locatícia
Locação residencial
Art. 46: Locações superiores a 30 meses admitem a denúncia vazia (independentemente de notificação ou aviso). Passados os 30 meses haverá a prorrogação automática, exigindo a denúncia com prazo de 30 dias para desocupação. Art. 47: Locações com prazo inferiores a 30 meses admitem apenas a denúncia cheia (motivada)
Locação para temporada
Arts. 48 a 50 regulamentam a locação para temporada: - pode receber o aluguel adiantado; - lei define o que é locação para temporada; - admite a liminar em ação de despejo (inciso III, art. 53).
Locação não residencial
Art. 51: Trata da ação renovatória. (direito a igual prazo para nova locação) Requisitos: - contrato escrito e com prazo determinado - prazo mínimo ou soma de 5 anos - locatário esteja explorando o mesmo ramo de comércio por 3 anos Prazo para a interposição da ação renovatória: 1 ano a 6 meses antes do final do contrato (prazao decadencial) Art. 52: traz as hipóteses de defesa do proprietário na ação renovatória.
Procedimentos
Art. 58 traz regras gerais que serão válidas para todos os procedimentos da lei de locação. Observar, com atenção, os incisos I, II, III e IV deste artigo.
AÇÃO DE DESPEJO
- será processada pelo rito ordinário - admite liminar na hipótese do parágrafo 1, do art. 59. - art. 61: traz regra segundo a qual a concordância na contestação com a desocupação dá ao réu o prazo de 6 meses para desocupação.
FALTA DE PAGAMENTO
Art. 62, I – admite a cumulação do pedido de rescisão da locação com o pagamento dos valores em atraso. A inicial desta ação deve trazer discriminativo de débito. Inciso II – trata do pagamento (purgação da mora). Execução provisória: exige a lei a prestação de caução, no importe de 12 a 18 vezes o valor do aluguel. Havendo o abandono do imóvel, será determinada a imissão de posse.
CONSIGNAÇÃO DE ALUGUEL E ACESSÓRIOS DA LOCAÇÃO
- após a citação do réu, o autor terá 24hs para depósito. - as parcelas que forem se vencendo durante o processo deverão ser depositadas nos mesmos autos. Art. 67, V: traz as matérias específicas da contestação. - cabível reconvenção requerendo o despejo – autor poderá complementar o depósito. - o réu pode, a qualquer tempo na ação, levantar os valores depositados.
REVISIONAL
- atinge locações residenciais ou não residenciais - será processada pelo rito sumário - art. 68: na petição inicial o autor deverá indicar o valor do aluguel que pretende - aluguel provisório poderá ser fixado em até 80% dos valores pretendidos. art. 69, parágrafo segundo: admite a execução da diferença entre os alugueis provisórios e os definitivamente fixados nos próprios autos - Na audiência de instrução e julgamento a contestação será apresentada. - art. 19: traz o prazo de 3 anos de contrato, como período mínimo para a apresentação da ação revisional.
RENOVATÓRIA
Admite-se essa ação somente para locações não residenciais Requisitos para a propositura da ação: - 5 anos de contrato - 3 anos de mesmo ramo de comércio - contrato escrito e com prazo determinado art. 51, parágrafo 5: fala do prazo decadencial para o ajuizamento desta ação. art. 52: traz as hipóteses de matérias que poderia ser alegadas na defesa do locador Exercício resolvido: O que é direito de preferência do locatário? Locatário tem prioridade em igualdade de condições e preço, quanto a aquisição do imóvel locado que for colocado a venda.
DO EMPRÉSTIMO
I – Conceito:
Empréstimo é o contrato pelo qual uma pessoa entrega a outra, gratuitamente, uma coisa, para que dela se sirva, com a obrigação de a restituir.
II – Espécies:
Duas são as espécies de empréstimo: o Comodato e o Mútuo.
III – Do Comodato:
Comodato é o contrato unilateral, a título gratuito, pelo qual alguém entrega a outrem coisa infungível, para ser usada temporariamente e depois restituída. (art. 579 do CC).
IV - Características:
- unilateral: coloca só uma das partes na posição de devedor, ou seja, o comodatário. - gratuito: é um contrato gratuito, observando-se, porém, que o comodatário poderá assumir a obrigação de pagar impostos ou taxas que recaiam sobre o bem, sem que com isso se descaracterize o contrato. - real: é um contrato que só se complementa com a tradição da coisa. Recorde-se que a posse indireta ficará com o proprietário. - intuito personae: o objeto do contrato de comodato não poderá ser cedido pelo comodatário a terceiro. O contrato é feito tendo em vista características do próprio contratante, daí o seu caráter personalíssimo. - infungibilidade e não consumibilidade do bem: o bem objeto do contrato de comodato deve ser infungível e não poderá ser consumido, tendo em vista que, ao final do contrato, deverá haver a restituição do mesmo ao proprietário. - temporariedade: Diz o art. 581 do CC que “se o comodato não tiver prazo convencional, presumir-se-lhe á o necessário para o uso concedido;não podendo o comodante, salvo necessidade imprevista e urgente, reconhecida pelo juiz, suspender o uso e gozo da coisa emprestada, antes de findo o prazo convencional, ou o que se determine pelo uso outorgado”. - obrigação de restituir a coisa emprestada: caso não haja a devolução pacífica do bem objeto , poderemos dizer que está havendo esbulho, sendo cabível reintegração de posse.
V - Requisitos:
1) Subjetivo: Exige-se dos contratantes a capacidade genérica para praticar os atos da vida civil. Observar que o art. 580 do CC traz restrições a algumas figuras de representação no ato de praticar o comodato. 2) Objetivo: só podem ser dados em comodato bens infungíveis e inconsumíveis, móveis ou imóveis. 3) Formal: a forma do contrato de comodato é livre, não exigindo qualquer solenidade. Admite-se que seja feito, também, sob a forma oral, observando-se que a jurisprudência tem decidido que, na dúvida, entre este e a locação, presume-se a última.
VI - Obrigações do Comodatário:
São obrigações do comodatário: 1o.) guardar e conservar a coisa emprestada como se fosse sua (art. 582 do CC); 2o.) limitar o uso da coisa ao estipulado no contrato; 3o.) restituir a coisa empregada in natura; 4o.) responder pela mora derivada da não devolução do bem no prazo estipulado; 5o.) responder pelos riscos da coisa no caso do art. 583 do CC; 6o.) responsabilizar-se, solidariamente, se houver mais comodatários.
VII - Obrigações do Comodante:
1) não pedir a restituição do bem dada em comodato antes do prazo ajustado, salvo as hipóteses previstas no art. 581 do CC. Se o prazo for indeterminado, o bem poderá ser retomado a qualquer tempo sem qualquer justificativa. 2) pagar as despesas extraordinárias e necessárias feitas pelo comodatária na conservação da coisa. 3) responsabilizar-se pela posse útil e pacífica da coisa por parte do comodatário. Não terá, porém, o comodante, responsabilidade pela evicção ou pelos vícios redibitórios, que se presumem comutativos (art. 441 do CC) e onerosos (art. 447 do CC).
VIII – Extinção do comodato:
1) advento do prazo. 2) resolução por inexecução contratual: O comodante poderá requerer a resolução antes do final do contrato, pleiteando perdas e danos, se o comodatário utilizar o bem de maneira diversa da estipulada. 3) resilição unilateral: a) O comodante, devido a gratuidade do contrato, poderá resolve-lo, se provar a superveniência de necessidade urgente e imprevista à época do negócio; b) o comodatário poderá, a qualquer tempo, resilir tal negócio porque, se foi contratado em seu interesse, não está obrigado a conservar objeto de cujo uso se desinteressou. 4) distrato. 5) morte do comodatário se fora convencionado que o uso da coisa era estritamente pessoal. 6) a alienação da coisa emprestada (exceto quando o adquirente assumir a obrigação de manter o comodato).
Mútuo:
I – Conceito:
Mútuo é o contrato pelo qual um dos contratantes transfere a propriedade de bem fungível ao outro, que se obriga a lhe restituir coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade (art. 586 do CC).
II - Características:
- unilateral: uma vez entregue o bem emprestado, apenas o mutuário contrairá obrigações. - gratuito: de regra o mutuante nada recebe do mutuário em troca do favor que lhe faz. Pode, porém, vir a se tornar oneroso se houver a estipulação de juros. - real: o contrato de mútuo só se perfaz com a tradição da coisa. - translatividade do domínio do bem emprestado: por ser fungível, e em regra, consumível, se possibilita a transferência de sua propriedade para terceiros. Assim, o mutuário pode consumi-lo, abandoná-lo, aliená-lo, sem autorização do mutuante. - Fungibilidade da coisa emprestada: o bem objeto do contrato de mútuo deve ser fungível. - temporariedade: O art. 592 do CC, traz hipóteses de prazos do contrato de mútuo: I – até a próxima colheita, se o mútuo for de produtos agrícolas; II – de trinta dias, pelo menos, se for de dinheiro; III – do espaço de tempo que declarar o mutuante, se for de qualquer outra coisa fungível. - obrigação de restituição de outra coisa da mesma espécie, qualidade e quantidade. Não há que se falar em devolução in natura, ou seja a própria coisa emprestada. O mutuário, conforme o art. 590 do CC, poderá exigir garantia dessa restituição, se, antes do vencimento do prazo, o mutuário vier a sofrer notória mudanças na sua situação econômica.
Requisitos:
1) Subjetivo: Necessária a capacidade dos contratantes. Pelo art. 558 do CC, o mútuo feito a pessoa menor, sem prévia autorização daquele sob cuja
guarda estiver, não poderá ser reavido nem do mutuário, nem de seus fiadores. Referida norma deixa de ser aplicada: a) 589, I, do CC: se houver ratificação posterior da pessoa responsável pelo menor; b) 589, II, do CC: se o empréstimo contraído for para alimentos (abrangendo estudos, vestuário, etc.); c) 589, III, do CC: se o menor tenha adquirido bens com seu trabalho, situação em que a execução não poderá ultrapassar o patrimônio do menor; d) 588, IV do CC: se o empréstimo se reverteu em benefício do menor; e) 180 do CC: se o menor obteve o empréstimo maliciosamente, por exemplo, ocultando a sua idade. (ninguém pode invocar a sua própria malícia – art. 589, V, do CC). 2) Objetivo: o objeto do contrato de mútuo deve ser fungível, por se tratar de empréstimo de consumo. 3) Formal: o contrato de mútuo não requer forma especial, exceto se oneroso, situação em que se exigirá seja convencionado expressamente.
Efeitos Jurídicos:
1o) gera obrigações ao mutuário: a) restituir o que recebeu em coisa da mesma espécie, qualidade e quantidade, dentro do prazo estipulado e; b) pagar juros, se oneroso. 2o.) confere direitos ao mutuante: a) exigir garantia da restituição nos termos do art. 590 do CC; b) reclamar a restituição de coisa equivalente, uma vez vencido o prazo ajustado. No silêncio, pode haver o reclamo em qualquer tempo; c) demandar a resolução do contrato se o mutuário deixar de pagar os juros. Extinção: 1o.) vencimento do prazo convencionado para a sua duração. 2o.) resolução por inadimplemento das obrigações contratuais: ex: não-pagamento dos juros convencionados no tempo e forma devidos. 3o.) resilição unilateral por parte do devedor: presume-se que se o prazo foi concedido em seu favor, poderá pôr fim ao negócio a qualquer momento.(art. 133 do CC) 4o.) distrato. 5o.) ocorrência das hipóteses do art. 592 do CC (prazos). Exercício resolvido:
O que é contrato de comodato? Quais são as suas características? Comodato é o contrato unilateral, a título gratuito, pelo qual alguém entrega a outrem coisa infungível, para ser usada temporariamente e depois restituída. As suas características são: gratuidade é um contrato gratuito, observando-se, porém, que o comodatário poderá assumir a obrigação de pagar impostos ou taxas que recaiam sobre o bem, sem que com isso se descaracterize o contrato; rea, já que é um contrato que só se complementa com a tradição da coisa; intuito personae, pois o objeto do contrato de comodato não poderá ser cedido pelo comodatário a terceiro. O contrato é feito tendo em vista características do próprio contratante, daí o seu caráter personalíssimo; infungibilidade e não consumibilidade do bem, uma vez que o bem objeto do contrato de comodato deve ser infungível e não poderá ser consumido, tendo em vista que, ao final do contrato, deverá haver a restituição do mesmo ao proprietário; temporariedade:
DO DEPÓSITO
I – Conceito:
O depósito é o contrato pelo qual uma pessoa – depositário – recebe, para guardar, um objeto móvel alheio, com a obrigação de restituí-lo quando o depositante o reclamar (art. 627 do CC). A “guarda da coisa alheia” é a finalidade precípua do contrato de depósito. Daí ser, em regra, vedada a utilização da coisa emprestada pelo depositário. Essa, aliás, a principal diferença para o contrato de comodato.
Uma das diferenças entre esses dois institutos reside no fato de que o comodatário goza do benefício de preservar a coisa até o final do contrato (art. 581 do CC), ao passo que o depositário é obrigado a devolvera coisa pedida de imediato (art. 627 do CC).
II – Natureza Jurídica:
a) unilateral: (excepcionalmente o contrato pode ser bilateral) b) gratuito: (excepcionalmente o contrato pode ser oneroso) c) real: (para se aperfeiçoar, depende da entrega de coisa móvel corpórea pelo depositante ao depositário) d) intuito personae: (o contrato é personalíssimo)
III – Requisitos:
a) Subjetivo: Capacidade genérica para praticar atos da vida civil. b) Objetivo: o bem deve ser móvel, corpóreo e infungível. Exceção: em algumas situações admite-se, excepcionalmente, bens imóveis e fungíveis. Ao estipular a regra do bem móvel, quis o legislador observar que quando se trata de bens móveis há atos de administração, o que faz com que o instituto se situe mais no campo da locação de serviços. c) Formais: o contrato de depósito tem forma livre. Exceção: instrumento escrito para a prova de depósito voluntário (art. 646 do CC)
IV - Espécies:
a) Depósito Voluntário ou Convencional (arts. 627 à 646 do CC) É aquele livremente ajustado pelas partes, visto que o depositante escolhe livremente o depositário sem pressão das circunstâncias externas. b) Do Depósito Necessário (arts. 647 à 652 do CC) É aquele em que o depositante, não podendo escolher livremente a pessoa do depositário, é forçado pelas circunstâncias a efetuar o depósito com pessoas cujas virtudes desconhece.
Subdivide-se, nos termos do art. 647 do CC em: 1) Depósito Legal: Se realizado em desempenho de obrigação legal. Ex: arts. 647, I, 1.233, 345, 1.435, V e 648 do CC. 2) Depósito Miserável: Se efetuado por ocasião de alguma calamidade, que, deixando a pessoa ao desabrigo, impõe-lhe a necessidade de se socorrer da primeira pessoa que aceite, para com ela depositar os bens que porventura salvou (arts. 647, II, 648, parágrafo único do CC). No mais das vezes é oneroso (art. 651 do CC). 3) Depósito do Hospedeiro: arts. 649, parágrafo único, 650 e 651 do CC. O hospedeiro responde por culpa presumida. A própria lei prevê casos de exoneração de responsabilidade. I - se provar que os fatos prejudiciais aos hóspedes, viajantes ou fregueses não poderiam ser evitados; II – se ocorrer força maior, como nas hipóteses de escalada, invasão da casa, roubo a mão armada, ou violência semelhante.
c) Do Depósito Judicial:
Aquele depósito determinado por mandado do juiz, que entrega a terceiro a coisa litigiosa, móvel ou imóvel, com o intuito de preservar a sua incolumidade, até que se decida a causa principal, para que não haja prejuízo aos direitos dos interessados. (art. 635 do CC)
Ex: art. 822, 998, 1016, parág. 1o. do CPC. Quanto à coisa depositada: a) Depósito Regular: Se atinente a coisa individuada, infungível e inconsumível, que deve ser restituída in natura. b) Depósito Irregular: Se recai sobre bem fungível ou consumível, que deverá ser restituído por outro do mesmo gênero, qualidade e quantidade. Pela sua semelhança rege-se de acordo com as regras do mútuo (a principal diferença refere-se ao fato do depositário poder requerer a devolução do bem a qualquer tempo). Ex: depósito bancário nas hipóteses em que este se compromete a restituir a importância depositada a qualquer tempo, depósito de mercadorias nos armazéns gerais.
V – Obrigações do Depositário:
a) guardar a coisa como se fosse sua (sobrevindo boa razão para romper o contrato, tal como a ocorrência de fato que obrigue o depositário a viajar ou que, de qualquer maneira, torne impossível ou penosa a guarda da coisa, pode ele devolvê-lo ao depositante, ou requerer o depósito judicial, caso esbarre com a recusa no recebimento); b) restituir a coisa quando reclamada; c) não se utilizar do bem depositado sem autorização expressa do depositante sob pena de responder por perdas e danos (art. 640 e par;agrafo único do CC).
VI – Obrigações do Depositante:
- pagar a remuneração do depositário, se convencionada. - dar caução idônea no caso do art. 644, parágrafo único do CC.
VIII – Da extinção do depósito
a) vencimento do prazo; b) manifestação unilateral do depositante; c) iniciativa do depositário (art. 635 do CC); d) perecimento da coisa depositada; e) morte do depositário (quando o contrato for intuito personae). f) decurso de prazo de 25 anos (Lei 2.313/54 regulamentado pelo Dec. 40.395/56).
DO MANDATO
I – Conceito:
O mandato é o contrato pelo qual alguém – mandatário – recebe de outrem – mandante – poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses. (art. 653 do CC). A idéia da “representação” é o que distingue este contrato dos demais, em especial, o de locação de serviços. Neste último, o locador atua para o locatário, ao passo que no mandato, o mandatário age em nome, no lugar e pelo mandante. Da idéia de representação decorrem quatro conseqüências: a) os atos do mandatário vinculam o mandante, se dentro dos poderes constantes da procuração, ainda que contravenham suas instruções; b) se o mandatário obrar em seu próprio nome, não vincula o mandante; c) os atos praticados além dos poderes conferidos no mandato não vinculam o mandante, se por ele não forem ratificados; d) os atos do mandatário, praticados após a extinção do mandato, são incapazes de vincular
o mandante. Alguns atos não admitem representação, como, por exemplo, o testamento, o exercício de cargo público e a prestação de serviço militar. O casamento admite procuração. Casos há de representação sem que haja mandato, como na hipótese do representante legal (pai, tutor ou curador) ou judicial (inventariante, depositário judicial).
II – Natureza Jurídica:
a) unilateral: (admite-se que, às vezes, seja bilateral) b) gratuito: (admite-se que, às vezes, seja oneroso) – O art. 658 do CC, presume gratuito o mandato quando não se estipulou retribuição, exceto se o objeto do mandato for daqueles que o mandatário trata por ofício ou profissão. O mandato confiado ao advogado deve ser presumido oneroso. c) consensual: se aperfeiçoa pelo mero consentimento das partes) d) intuito personae: (ter carácterísticas personalíssimas) e) não solene: embora determine a lei ser a procuração o instrumento de mandato (art. 653 do CC), admite ela tanto o mandato tácito, como o verbal (art. 656 do CC). Exceção: art. 657 do CC – atos que a lei exige certa solenidade. e) depende da aceitação, a qual pode ser presumida, que se dá com o início das atividades (art. 659 do CC).
III – A Procuração e o Substabelecimento:
A procuração é o instrumento do mandato (art. 653, in fine do CC). Pode ser outorgada tanto por instrumento público como particular. Ainda quando se outorgue mandato por instrumento público, pode substabelecer-se mediante instrumento particular (art. 655 do CC). O substabelecimento é o ato pelo qual o mandatário transfere, ao substabelecido, os poderes que lhe forem conferidos pelo mandante. Pode ser efetuado reservando-se ao procurador os mesmos poderes para si, ou sem reserva. Questão relevante é a da fixação da responsabilidade por atos praticados pelo substabelecido e de que resultam prejuízos para o mandante. O legislador figura três hipóteses diferentes: a) procurador tem poderes para substabelecer: não responde ele pelos danos causados, a não ser que o mandante prove que a escolha recaiu em pessoa notoriamente incapaz, ou notoriamente insolvente (art. 667, parágrafo 2o., do CC). b) procurador substabelece a despeito de não haver sido autorizado para tanto: sua responsabilidade aumenta, pois responde pelos prejuízos que o mandante experimentar em virtude do comportamento negligente do substabelecido (art. 667 do CC). c) a despeito de proibição, o procurador substabelece: Nessa hipótese, por ser mais grave, o mandatário responderá pelos atos de seu substituto, não só pelos derivados da culpa ou dolo, como também pelos verificados em razão de caso fortuito e força maior, salvo se provar que o dano teria ocorrido ainda que não houvesse substabelecimento (art. 667, parágrafo 1° do CC). Obs: Se a proibição de substabelecer constar da procuração, os atos praticados pelo substabelecido não obrigam o mandante, salvo ratificação expressa,que retroagirá à data do ato (art. 667, parágrafo 3° do CC). Se omissa a procuração quanto ao substabelecimento, o procurador será responsável se o substabelecido proceder culposamente (art. 667, parágrafo 4°. do CC).
IV – Poderes conferidos no mandato:
Mandato ad negocia ou extrajudicial (autorização para a prática de atos extrajudiciais da vida civil). Mandato ad judicia ou judicial autorização para a prática de atos judiciais).
V – Obrigações do Mandatário
a) agir em nome do mandante, com o necessário zelo e diligência; b) transferir ao mandante as vantagens que em seu lugar auferir (art. 668 do CC): conseqüências: b.1) pelas somas que deveria entregar ao mandante mas empregou em proveito próprio, pagará o mandatário juros desde o momento em que abusou (art. 670 do CC); b.2) se o mandatário comprar em nome próprio, algo que deveria comprar para o mandante, terá a obrigação da entrega da coisa (art. 671 do CC) c) prestar, a final, contas de sua gestão (art. 668 do CC). Não é possível compensar os prejuízos a que deu causa com os proveitos que tenha granjeado ao seu constituinte (art. 669 do CC) d) concluir os negócios já iniciados no caso da hipótese do artigo 674 do CC. e) direito de retenção pelo que despendeu no exercício do encargo: art. 681 do CC.
VI) Dois ou mais mandatários:
Observar da regra do art. 672 do CC que diz que qualquer dos mandatários poderá exercer os poderes outorgados, se não forem expressamente declarados conjuntos, nem especificadamente designados para atos diferentes, ou subordinados a atos sucessivos.
VII – Obrigações do Mandante
a) honrar as obrigações assumidas pelo mandatário, dentro dos poderes conferidos no mandato (art. 675 do CC). Sobre essa passagem, observar, também, atentamente, a regra excepcional do art. 679 do CC que fala nas perdas e danos em razão da inobservância das instruções por parte do mandatário. b) pagar o mandatário, quando oneroso o contrato (art. 676 do CC); c) reembolsar as despesas efetuadas pelo mandatário, ainda que o negócio não surta os efeitos esperados (art. 676 do CC); d) indenizar o mandatário dos prejuízos experimentados na execução do mandato (art. 678 do CC). Seguro No contrato de seguro, uma pessoa – segurador – se compromete, mediante o pagamento de parcelas periódicas – prêmio –, a indenizar uma outra – segurado – de prejuízos ou danos futuros – sinistro. O instrumento do contrato de seguro é a apólice ou o bilhete do se¬guro, que deverá conter, segundo a lei: os riscos assumidos, o início e o fim de sua validade, o limite da garantia e o prêmio devido, e, quando for o caso, o nome do segurado e o do beneficiário. Como alerta Maria Helena Diniz, existem três espécies de apólice e bilhete de seguro no tocante à sua titularidade: a) nominativos, que men¬cionam o nome do segurador, do segurado e de seu representante, se for o caso, ou de terceiro beneficiário; b) à ordem, quando forem transmissíveis por endosso em preto; ou c) ao portador, quando transmissíveis por simples tradição, espécie inadmissível nos seguros de vida ou de pessoas, casos em que é relevante a identidade do beneficiário. Trata-se de contrato aleatório, posto que a obrigação da seguradora de indenizar se concretizará apenas com o acontecimento de um evento futuro e incerto, que é a ocorrência do sinistro. É claro que os riscos pelo qual se obriga a segu¬radora serão previamente estabelecidos na apólice, podendo estar rela¬cionado com pessoas ou coisas. Ademais, salientamos que para que a seguradora esteja efetivamente vinculada ao cumprimento da sua obrigação, qual seja a de pagar a indenização em caso de ocorrência de sinistro, deve o segurado cumprir a sua parte do contrato, pagando, no tempo, forma e modo devidos, o valor do prêmio. Nesse sentido, caso ocorra o sinistro, estando o segurado em mora, não haverá o pagamento da indenização.
Estando o contrato com regular cumprimento dado pelas partes, ocorrendo o sinistro, deverá a seguradora apresentar o pagamento da indenização em dinheiro, salvo disposição expressa em contrário de reposição da coisa. Veja-se, nessa passagem, o art. 776, do Código Civil sobre o pagamento da indenização; e, uma vez pago o devido ao segurado, a seguradora terá direito de regresso em face do causador do dano, segundo a Súmula 188, do Supremo Tribunal Federal: “O segurador tem ação regressiva contra o causador do dano, pelo que efetivamente pagou, até ao limite previsto no contrato de seguro” Importante destacar outras figuras do contrato de seguro, como leciona Silvio Luís Ferreira da Rocha: “Como espécies de seguros, mas com finalidades diversas, temos o resseguro e o co-seguro. Ambos visam a repartir os riscos. Com o resseguro o segurador transfere para outros seguradores parte dos riscos que ele assumiu, mediante a celebração de outro contrato de seguro ou mediante a cessão do contrato de seguro. Já no co-seguro, o segurador propõe ao segurado que escolha, para a cobertura global do risco, diversos seguradores, de modo que cada um deles assume uma parte do risco. A diferença entre um e outro está que, no primeiro, o segurado é alheio ao contrato, pois a operação de resseguro diz respeito com exclusividade ao segurador e ressegurados, enquanto no segundo, o co-seguro, o segurado é parte, pois concordou em escolher vários seguradores”. Por fim, o seguro mútuo (mutual corporations) é aquele que se constitui “de um grupo de pessoas que se dispõem a proteger determinado prejuízo, a fim de que sua repercussão se atenue pela dispersão dos valores vertidos em favor da coletividade restrita. Forma-se uma entidade de auxílio mútuo para a qual contribuem todos os integrantes em benefício dos sócios atingidos pelo infortúnio”.
DO JOGO E DA APOSTA
I – Conceito: Nota-se, desde logo, contradição na ação do legislador que cuida no jogo e da aposta dentro do título do Código Civil destinado aos contratos, mas nega os efeitos almejados pelas partes a estas espécies de pactos. Lembrar que a sua exigência em juízo leva a extinção do processo sem julgamento de mérito em razão da impossibilidade jurídica do pedido. O jogo é o ato pelo qual duas ou mais pessoas se obrigam a pagar certa soma àquela que resulte vencedora na prática de determinado ato, a que todos se entregam. Aposta é o ajuste em que suas ou mais pessoas, de opinião diferente sobre qualquer assunto, concordam em perder certa soma, ou certo objeto, em favor daquela, entre os contraentes, cuja opinião se verificar ser verdadeira. O jogo se distingue em lícito ou ilícito conforme seja permitido ou vedado por lei.
II - Conseqüências Jurídicas do Jogo e da Aposta: As dívidas de jogo, ou de aposta, não obrigam o pagamento. Não se pode recobrar a quantia que voluntariamente se pagou, salvo se foi ganha por dolo, ou se o perdente é menor ou interdito (art. 814 do CC). – obrigação natural. Ë ineficaz não só qualquer negócio que encubra ou envolva reconhecimento, novação ou fiança de dívida de jogo, como também é incobrável as dívidas resultantes de empréstimos destinados à aposta ou ao jogo, feitos na hora de apostar ou de jogar (art. 815 do CC). Não pode, no entanto, o devedor opor a inexigibilidade da dívida a terceiro de boa-fé. Se o perdente emitiu, por exemplo, cheque para resgate de seu prejuízo e o beneficiário transferiu o título a terceiro, que o recebeu ignorando sua origem espúria, não pode este,
que agiu de boa-fé, ser lesado pelo recusa do emissor em efetuar o pagamento.
III - Contratos diferenciais: analisar a regra do art. 816 do CC. IV – O Sorteio: A lei permite a utilização do sorteio para dirimir questões ou dividir coisas comuns. (art. 817 do CC).
DA FIANÇA
I – Conceito:
É uma espécie do gênero garantia. A garantia pode ser real, quando o devedor fornece um bem móvel ou imóvel para responder pela dívida (penhor, hipoteca), ou pessoal (fidejussória), quando uma terceira pessoa se propõe para pagar a dívida. A garantia pessoal chama-se fiança e sua definição vem trazida no art. 818 do CC. II – Espécies: Convencional: resultante de contrato Judicial: determinadapelo juiz Legal: imposta pela lei (ex: tutor) III – Natureza Jurídica: Contrato acessório - segue sempre o principal (art. 824 do CC); - não pode ser de valor superior ao principal. Se for maior, reduz-se o seu montante até o valor da obrigação afiançada (art. 823 do CC); unilateral; - admite-se, mesmo contra a vontade do devedor (art. 820 do CC) - não é obrigado o credor aceitar se não for pessoa idônea (art. 825 do CC) - se o fiador se tornar insolvente ou incapaz, pode o credor exigir que seja substituído (art. 826 do CC) solene – - depende de forma escrita, prevista em lei (art. 819 do CC) gratuito (de regra) - inspirado no propósito de ajudar; - nada impede que o fiador exija remuneração (ex: fiança bancária) IV – Exceção da lei de bem de família.: Lei 8.009/90 – art. 3o. V – Dos Efeitos da Fiança: a) benefício de ordem: consiste na prerrogativa, conferida ao fiador, de exigir que os bens do devedor principal sejam excutidos antes dos seus. Tal idéia funda-se no postulado de que a fiança é obrigação subsidiária (salvo disposição em contrário – art. 828, II do CC) .
Observe-se que admite a lei a renuncia a esse direito. (art. 828, I, do CC) Para ser exercito, exige-se os requisitos do art. 827, caput e parágrafo único do CC. b) solidariedade dos co-fiadores: Se a fiança for prestada por dois ou mais fiadores, sem se especificar a parte da dívida que cada qual garante, determina a lei a sua solidariedade. (art. 829 do CC) VI – Obrigações Impostas e direitos deferidos ao fiador: A obrigação básica do fiador é pagar a dívida, a qual é transferida a seus herdeiros. (não pode ultrapassar as forças da herança) – art. 836 do CC. - sendo compelido a pagar a dívida, fica o fiador com direito de regresso contra o afiançado (art. 831 do CC), para dele reclamar não apenas a importância que desembolsou, como também todas as perdas e danos que houver pago e ainda os prejuízos que sofrer em razão da garantia prestada. (arts. 832 e 833 do CC) - vencida a dívida, pode o fiador exigir que o devedor satisfaça a obrigação para com o credor, ou de qualquer modo o exonere de sua responsabilidade. - confere a lei possibilidade ao fiador de promover o andamento da ação executiva iniciada contra o devedor, quando o credor, sem justa causa, suster tal andamento ou demorar em sua promoção (art. 834 do CC) - tem direito o fiador de exonerar-se da fiança assinada sem limitação de tempo. Observar que o art. 835 aduz a responsabilidade por mais 60 dias após notificação. VII – Da extinção da fiança: - extingue-se com o término do contrato principal; - moratória concedida ao devedor, sem o consentimento do fiador; (observar que moratória é a concessão expressa de prazo ao devedor e não a mera tolerância) – art. 838, I, do CC - ato do credor que torne impossível a sub-rogação do fiador em seus direitos e preferências; (ex: crédito garantido por penhor e fiança e o credor abre mão do penhor); - art. 838, II, do CC. - dação em pagamento, consentida pelo credor; (aceita a dação pelo credor, extingue a obrigação da fiança, ainda que haja evicção). – art. 838, III, do CC. - retardamento do credor na execução. (ex: fiador mostra bens do devedor que, com a demora da Outros Contratos: Contrato Estimatório
É o negócio jurídico em que alguém (consignatário) recebe do consignante, bens móveis, e está autorizado a vendê-los em seu próprio nome, onde se obriga a pagar um preço estimado previamente, se não reconstituir as coisas consignadas no prazo combinado (CC, art. 534).
Contrato de Doação
Conceito – é um contrato em que uma pessoa, por liberalidade, entrega ou transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o patrimônio de outra pessoa. Do conceito extrai-se que:
- tem natureza jurídica contratual, unilateral, pois se aperfeiçoa por meio da manifestação de vontade dos contratantes. - gratuito, salvo exceção da construção da creche por ex. - unilateral - Formal ou solene e consensual. Para a doação de bens imóveis a lei exige a escritura pública e o respectivo registro no cartório de registro imobiliário; a doação de bens móveis faz-se por instrumento público ou particular. Mas a doação de bens móveis de pequeno, faz-se de forma verbal (art. 541, par. único). - Aceitação do beneficiário. A aceitação pode ser: *Expressa. *Tácita. *Presumida. Art. 539 e art. 546 *Ficta. (consentimento para a doação ao incapaz, desde que doação pura)
Elementos da doação:
1. O animus donandi, ou seja, a intenção de praticar a liberalidade (elemento subjetivo). 2. A transferência de bens, acarretando a diminuição do patrimônio do doador (elemento objetivo). Objeto da doação. Como dispõe o art. 538, é objeto da doação à prestação de dar coisa ou vantagens. Prestação de Serviços
É o contrato cujo prestador se obriga com o tomador por certa prestação mediante remuneração; é bilateral, oneroso e consensual. Empreitada É o contrato onde o empreiteiro se obriga sem subordinação, ou dependência, ou seja, sem vinculo empregatício a realizar pessoalmente ou por terceiro uma obra para o contratante.
Comissão
É o contrato pelo qual uma pessoa (comissário) que vende ou compra bens em seu próprio nome e responsabilidade, por ordem do comitente por remuneração, gerando vínculo obrigacional para com terceiros contratantes.
Agência
É o contrato pelo qual uma pessoa se obriga para com a outra mediante retribuição, a realizar certos negócios em determinada zona, com caráter de habitualidade, em favor e por conta de outrem sem subordinação.
Distribuição
O fabricante vende ao distribuidor, para posterior revenda, o distribuidor age por conta própria, adquirindo o produto do fabricante para revende-lo no mercado consumidor, com exclusividade em certa zona, é bilateral, oneroso, comutativo e consensual.
Corretagem
É a convenção na qual uma pessoa, que não está ligada por mandato ou prestação de serviços, etc, se obriga mediante remuneração, a obter para outrem um ou mais negócios, conforme instrução recebida, ou a fornecer-lhe as informações necessárias para celebração de contrato.
Transporte
Contrato de transporte (CT) é aquele em que alguém se obriga, mediante retribuição, a transportar, de um lugar para outro, pessoas ou coisas (CC730). A relação de transporte pode apresentar-se como acessória de outro negócio jurídico, como a compra e venda, em que o vendedor se obriga a entregar a coisa no domicílio do comprador. Nesse caso, o primeiro não se qualifica como transportador, cuja obrigação é exclusivamente a de efetuar o translado de uma coisa ou pessoa, regendo-se a sua responsabilidade pelas normas que disciplinam a compra e venda.
Constituição de renda
É o contrato pelo qual uma pessoa se obriga a pagar outra, a título gratuito, uma prestação periódica (art. 803). Em sua modalidade onerosa, uma pessoa recebe de outra, certo capital, consistente em bens móveis ou imóveis, obrigando-se a pagar a esta ou a um terceiro, eleito beneficiário, uma prestação por determinado prazo (art. 804).
Contrato de Seguro
Contrato de seguro é aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado), mediante o pagamento de um prêmio, a indenizá-lo de prejuízo decorrente de riscos futuros, previstos no contrato (CC, art. 757).
Transação
É um negocio jurídico bilateral, pelo qual as partes interessadas, fazendo-se concessões mútuas, previnem ou extinguem obrigações litigiosas ou duvidosas.
Compromisso
Segundo Maria Helena Diniz “Um acordo bilateral em que as partes interessadas submeterem suas controvérsias jurídicas à decisão de árbitros, comprometendo-se a acatá-la, subtraindo a demanda da jurisdição da justiça comum.” (Diniz: 2011)
Contrato de Alienação Fiduciária em Garantia
Alienação fiduciária é a transferência da propriedade de um bem móvel ou imóvel do devedor ao credor para garantir o cumprimento de uma obrigação.
Leasing
O leasing é um contrato denominado na legislação brasileira como “arrendamento mercantil”. As partes desse contrato são denominadas “arrendador” e “arrendatário”, conforme sejam, de um lado, um banco ou sociedadede arrendamento mercantil e, de outro, o cliente. O objeto do contrato é a aquisição, por parte do arrendador, de bem escolhido pelo arrendatário para sua utilização. O arrendador é, portanto, o proprietário do bem, sendo que a posse e o usufruto, durante a vigência do contrato, são do arrendatário. O contrato de arrendamento mercantil pode prever ou não a opção de compra, pelo arrendatário, do bem de propriedade do arrendador.
Factoring
É a prestação continua e cumulativa de assessoria mercadológica e creditícia, de seleção de riscos, de gestão de crédito, de acompanhamento de contas a receber e de outros serviços, conjugada com a aquisição de créditos de empresas resultantes de suas vendas mercantis ou de prestação de serviços, realizadas a prazo. Esta definição foi aprovada na Convenção Diplomática de Ottawa-Maio/88 da qual o Brasil foi uma da 53 nações signatárias, consta do Art. 28 da Lei 8981/95, ratificado pela Resolução 2144/95, do Conselho Monetário Nacional. (http://www.pa.sebrae.com.br/sessoes/pse/tdn/tdn_fac_oque.asp).

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