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meio da articulação, pois a flexibilidade dos músculos isquiotibiais pode ser referida como o alcance do movimento em flexão de quadril ou a extensão do joelho, já que os músculos cruzam duas articulações (ACHOUR, 1999). Para Alter (1999), flexibilidade é a capacidade de mover os músculos e articulações em todas as possíveis amplitudes de movimento. Sendo classificada em diversas categorias básicas, onde as mais comuns são: a) estática, em que há uma amplitude de movimento ao redor de uma articulação, sendo resultado de um alongamento estático, como por exemplo o espacate; b) balística, composta por seus movimentos pendulares, rebotes e movimentos rítmicos; um balançar de braços seria um exercício para representar este tipo; c) funcional, referindo-se à capacidade de usar movimentos articulares em uma velocidade normal; d) ativa, em que a amplitude de movimento atingida é obtida pelo uso voluntário de músculos. 1.6.1 Fatores que influenciam a flexibilidade da coluna vertebral 30 Para haver uma boa amplitude de movimento, variando com a necessidade de cada um, é preciso haver uma boa flexibilidade e elasticidade adequada dos tecidos moles, que vem a favorecer o desempenho dos movimentos sem restrições (KISNER; COLBY, 1998). De forma geral, alguns fatores influenciam na flexibilidade de forma negativa, como formatos das superfícies que se articulam em músculos ou ate mesmo, o tecido adiposo que acaba se interpondo nas articulações que podendo enfraquecer o movimento ao extremo de uma amplitude de movimento. Também frouxidão relativa dos tecidos colágenos e músculos, que cruzam uma articulação, além de ligamentos e músculos, muitas vezes tensos, ocasionam a amplitude de movimento, limitando o ganho de flexibilidade (HALL, 2009). Outros fatores que podem influenciar na flexibilidade são: a) idade; b) sexo c) somatótipo; d) individualidade biológica; e) condição física; e f) respiração e concentração. A flexibilidade e a mobilidade da coluna vertebral podem ser prejudicadas principalmente por motivos muitas vezes cotidianos, como maus hábitos posturais, atividades longas nos locais de trabalho, práticas esportivas incorretas, acarretando desgaste e estresse da coluna vertebral, gerando assim diversas patologias (SLEUTJES, 2004). Para uma boa flexibilidade da coluna, Marchand (1992) ainda cita o treinamento regular de exercícios de alongamento, excedendo o normal, estimulando assim a elasticidade muscular como a mobilidade articular. Todavia algumas técnicas de alongamento podem influenciar de forma positiva a flexibilidade da coluna, quando empregadas da maneira correta e consciente. 1.7 Medidas de Mobilidade e Flexibilidade Para medir a flexibilidade da coluna vertebral podem-se utilizar diversas avaliações, uma delas é o Banco de Wells (BW), mais conhecido como o teste 31 de sentar e alcançar na posição sentada: colocam-se os pés na parede do banco, com os joelhos em extensão total e as mãos unidas à frente, num movimento único sem compensações se faz uma inspiração, e em seguida se fazendo uma expiração e assim realiza uma flexão total do tronco sobre a escala, com medidas em centímetros (WELLS; DILLON, 1952). Figura 7: Classificação Banco de Wells Fonte: Wells; Dillon,1952, p.53. De acordo com Wells e Dillon (1952), é utilizada uma classificação de idade e resultados, que trás por sua vez se o individuo tem uma boa flexibilidade ou não, a figura acima associa a idade em relação aos níveis de flexibilidade em centímetros, considerando fraco; regular; médio; bom e ótimo. Já a segunda avaliação, muito utilizada é Terceiro Dedo ao Solo (TDS), individuo na posição inicial ortostática e os pés juntos. A distância do terceiro dedo ao solo é medida com o paciente em flexão máxima de tronco, sem flexão de joelhos e com a cabeça relaxada. Com uma fita métrica, mede-se a distância do terceiro dedo das duas mãos e o solo, com finalidade de medir a flexibilidade global do indivíduo (MARQUES, 2003). Quando o avaliado tem uma boa flexibilidade, a distância é diminuída, tocando ao solo, ou chegando bem próximo ao solo. Já quando a mesma se encontra aumentada, a distância entre os dedos e o solo é maior, podendo ter uma hipomobilidade global. 32 2 O EXPERIMENTO 2.1 Recursos Metodológicos O Projeto foi submetido à Plataforma Brasil, atendendo a resolução 466 do Ministério da Saúde e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – Parecer nº 2.091.281 - data da relatoria: 30 de Maio de 2017. 2.2 Casuísticas e Método A pesquisa foi realizada no Campus do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de Lins-SP, de agosto a setembro de 2017, no período noturno das 20h50min - 21h15min de segunda-feira a sexta-feira, utilizando-se duas salas, a Sala 1 - Clínica de Educação Física (CEF) e Sala 2 - Grupo de Extensão. Foram selecionados 20 indivíduos aleatoriamente, quando seletos preenchiam a Ficha de Dados (APÊNDICE A), todos os participantes com média de idade entre 18 a 30 anos, do sexo masculino. Submetidos aos testes e as técnicas voltados a mensurar a mobilidade e a flexibilidade da coluna vertebral, visando a comparar qual das técnicas seriam mais benéficas no presente estudo. 2.3 Condições ambientais Tomaram-se as devidas precauções em relação à climatização de ambas as salas, entre 23 a 24°C. Sendo assim, estavam devidamente adequadas, com espaços proporcionais para os testes e técnicas, não havendo delimitação e possibilitando condições favoráveis tanto para os analisadores, quanto para os voluntários. 2.4 Amostra, critérios de inclusão e exclusão Nos critérios de inclusão, foram selecionados para participar aqueles que possuíssem: disponibilidade para a realização dos testes e técnicas propostos 33 nos horários estabelecidos e locais definido, que fizessem a leitura da Carta de Informação ao Participante (APÊNDICE B), que assinassem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE C) e que apresentassem hipomobilidade aos testes de flexibilidade que seria uma limitação ou um encurtamento dos tecidos moles, além de se enquadrarem a idade proposta. Já nos critérios de exclusão, eram exclusos os participantes que tivessem lesões musculoesqueléticas evidentes nos músculos, ossos, ligamentos e anexos, lesões teciduais que os impedissem de realizar a metodologia proposta pelos autores, que apresentassem hipersensibilidade que seria um excesso de desconforto na região a ser manipulada, que tivesse hipermobilidade, ou seja, uma amplitude maior de movimento e que não apresentassem os propósitos estabelecidos pela inclusão do mesmo, nesse âmbito 5 participantes foram exclusos da pesquisa pelo excesso de mobilidade articular. 2.5 Materiais Durante a execução dos testes e técnicas referentes ao projeto de pesquisa, foram utilizados alguns materiais voltados à mensuração da flexibilidade: a) Banco de Wells: para mensurar a flexibilidade da coluna vertebral; b) colchonete; c) fita métrica: para mensurar os centímetros de distância do terceiro dedo até o solo; d) maca: para realizar as técnicas; e) scripts: instruções a serem seguidas; e f) fichas de coletas de dados. 2.6 Procedimentos 2.6.1 Distribuição dos Grupos Os 20 participantes foram divididos em dois grupos: Grupo Liberação Miofascial (GLM) e Grupo Alongamento (GA) de forma aleatória, quando os indivíduos entravam na Sala 1 – (CEF) para realização