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ADMINISTRAÇÃO APLICADA À PRODUÇÃO DE ALIMENTOS Webconferência III Professor(a): Thaís Aires Elaboração de projeto Fonte: Sagah, 2018 UAN Planta baixa para uma UAN, elaborado pelo Programa Alimento Seguro – PAS, 2003. Ministério da Saúde – ANVISA. FORMA MAIS INDICADA: RETANGULAR ÁREA: TÉRREO Controles de Qualidade em segurança Alimentar • BOAS PRÁTICAS NA MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS; • APPCC; • ISO 22 000 Controle e avaliação Fonte: Sagah, 2018 Avaliação • Processo técnico-administrativo destinado a tomada de decisão. • Avaliar significa expor um valor assumido a partir de um julgamento realizado com base em critérios previamente definidos. • Deve ser entendida como uma estratégia para decidir como enfrentar e resolver problemas. • A avaliação deve servir para direcionar ou redirecionar a execução de ações e atividades. Avaliação dos processos • Identifica quais práticas de trabalho levam ao desempenho superior • Mede o alcance e a qualidade do serviço proposto em relação ao oferecido • Avaliar o processo de uma UAN: 1. Há planejamento de cardápio? 2. Receituário padrão(existe na unidade? É aplicável? É aplicado?) 3. Controle de estoque (é manual ou informatizado?). Avaliação dos processos 4. Requisição de materiais e alimentos (há um planejamento? É realizado? Qual a periodicidade? 5. Fornecedores (são cadastrados? Existe vistoria técnica?) 6. Ergonomia e salubridade dos empregados (há controle? São avaliadas as condições de trabalho? Há avaliação de saúde? Há utilização de EPI?) 7. Garantia da qualidade sanitária (há critérios para controles e monitoramento?) Padronização • É a condição primordial para a avaliação de todo o processo. • O que pode ser padronizado em uma UAN: Os produtos (gêneros alimentícios, material de limpeza e descartáveis) - Gêneros alimentícios: o tamanho, a qualidade, a quantidade, a variedade, a frequência de utilização, os melhores fornecedores, a meta de custo - Material de limpeza: a variedade, a qualidade, forma de utilização, quantidade, fornecedores e meta de custo. - Material descartável: quantidade, variedade, qualidade, fornecedor e meta de custo. 2. Os procedimentos Avaliação da produção de refeições • Medir a eficiência de produção utilizando indicador que relaciona o número de refeições previstas com o número de refeições servidas, mais a margem de segurança. • A margem de segurança será calculada a partir da média de variação dos picos máximos e mínimo de usuário do restaurante. Desperdício • Em uma UAN o desperdício é sinônimo de falta de qualidade. • Desperdício: alimento, água, energia, materiais de higiene, descartáveis, materiais de escritório, telefone, tempo, mão de obra. Avaliação do desperdício para alimentos • Existem três fatores indicadores de desperdício de alimentos: 1. Fator de correção: é a perda em relação ao peso inicial, pela remoção de partes não comestíveis. 2. Sobras (ou excedentes de alimento): alimentos produzidos e não distribuídos. 3. Restos: alimentos distribuídos e não consumidos. Avaliação do fator de correção • Servirá para medir qualidade dos gêneros adquiridos, eficiência e treinamento da mão de obra, qualidade dos utensílios e equipamentos. • FC = PB_ PL Avaliação das sobras • Mede a eficiência do planejamento: • Maior quantidade de sobras poderá indicar falhas no número de refeições a serem ser dimensionamento do per capta, falhas no porcionamento, utensílios para servir inadequados, preparações incompatíveis com o padrão do cliente, ou com seus hábitos alimentares. • Mede a eficiência da produção de alimentos: má aparência ou apresentação dos alimentos. Determinar a quantidade de sobras • % sobras = (total produzido – total distribuído) X 100 total produzido Não existe um percentual ideal de sobras Deve-se estabelecer o parâmetro da própria unidade Deve-se estabelecer a margem de segurança x número de clientes atendidos Ex: margem de segurança de 10% e o número de clientes esteve no pico mínimo, uma sobra de 10% é aceitável. -Avaliar a sobra individualizada de cada preparação, não somente o todo. -Pico máximo: dado pelos dias de maior movimento -Pico mínimo: menor movimento. Exemplo • Uma unidade que produziu para o almoço 200 kg de alimentos, e ao final da distribuição apresentou 15 kg de sobras, qual o percentual de sobras da unidade: % sobras = (total produzido – quantidade servida) × 100 Total produzido % sobras = (200 – 185) x 100 = 7,5% 200 Determinar a quantidade de sobras • Avaliar aceitabilidade: - Admitem-se como aceitáveis percentuais de até 3% ou de 7 a 25g por pessoa, para sobra suja (VAZ, 2006). Avaliação dos restos de ingesta • O tamanho do prato ou vasilhas induz a se servirem em maior quantidade que a de consumo, e consequentemente gerar restos. • Talheres e pegadores podem interferir na quantidade que a pessoa se serve. • Índice de resto (IR)= peso da preparação rejeitada (PR) X 100 peso da refeição distribuída (PRD) Exemplo • Uma unidade, onde foram servidas 3000 refeições, com peso individual estimado de 500g cada uma, e que ao final do recolhimento das bandejas, foram pesados 147 Kg de restos comestíveis deixados pelos clientes e 20 kg de ossos de frango e cascas de banana, possui que percentual do resto de ingesta: Inicialmente se calcula a quantidade de alimento distribuído: 0,5 kg x 3.000 = 1.500 kg IR = Peso da refeição rejeitada (PR) × 100) IR = 147 x 100 = 9,8%. Peso da refeição distribuída (PRD) 1.500 Avaliação dos restos de ingesta • São aceitáveis, como percentual de resto-ingestão, taxas inferiores a 10%. • Quando o resultado apresenta-se acima de 10% em coletividades sadia e 20% em enfermas, pressupõe-se que os cardápios estão inadequados (CASTRO, 2003). • Resto ingesta per capita, que segundo VAZ (2006) é de 15 a 45g. • Maior quantidade de sobras: - Algum prato não esteve de acordo com os hábitos dos clientes? - Houve redução de clientes nesse dia? - Houve erro do cálculo da quantidade de alimentos? • Maior quantidade de restos: - Algum alimento não atendeu as características sensoriais esperadas? - Porcionamento excessivo? Importante!!! • Sobra é diferente de resto! • As preparações que não chegaram a ser distribuídas no refeitório são chamadas de sobras-limpas, já aquelas que foram distribuídas, sem possibilidade de serem reaproveitadas, são chamadas de sobras-sujas. • Os restos apresentam maior dificuldade de controle que as sobras, já que envolvem diretamente o comensal. • Ossos e outras partes não comestíveis não são contabilizadas nos restos. Avaliação dos resultados • Permite decidir por alternativas que reproduzam melhores resultados. - Custos: deve ser planejado de acordo com o orçamento, deve-se calculá- lo diariamente e compará-lo ao orçamento, para não ultrapassar os gastos previstos. - Lucro: permite manter o serviço em funcionamento. Saldo positivo. - RH: fazer avaliação do desempenho, e treinamento. - Satisfação do cliente: é um dos quesitos mais importantes da avaliação. Avaliação da produtividade? • Padronização • Gerenciamento dos processos A produtividade é efeito: - Tipologia da UAN; - Quantidade de refeições produzidas; - Da complexidade do cardápio servido;- Da tecnologia dos equipamentos; - De suas disposições nos espaços físicos; - Da qualificação dos funcionários; - Da supervisão. • Categoria: ambiental, tecnológica e humana Categoria ambiental • Ambiente em que se realizam as operações dentro da UAN, nos seus diversos setores. • Condições de equipamentos e sua manutenção • Cor, luz, ventilação, ruído.... • Layout (retangular mais indicado) Categoria tecnológica • Máquinas, equipamentos, métodos de trabalho empregados • Transporte de mercadorias, armazenamento. • Pré-produção, produção • Fluxos (pode a produtividade e a contaminação) Categoria humana • O fator humano é o mais importante da UAN • Voltada para a qualidade – capacitação e treinamento • Equipe O controle!! • Função de supervisão permanente da chefia • Responsabilidades • Verificar se as coisas acontecem como programado Sistema de fluxos • Conduto pelo qual devem acontecer as operações da UAN, ao mesmo tempo em que mostram a capacidade da empresa de ajustar aos objetivos a que se propôs. • Correções dos tempos gastos e o percurso de cada operação. • Fluxo de atividades e operações, fluxo de pessoal, fluxo de higienização, fluxo de material, fluxo de resíduos Vantagem conhecimento do fluxo • Permite racionalizar os métodos de trabalho, podendo chegar até a fixação de padrões para execução dos processos. • qualidade e o rendimento da produção. • Verificar os pontos de ajustes • Distribuir o trabalho de maneira uniforme • Verificar sobras e eventuais desperdício • Adotar procedimentos mais eficazes e racionais durante o recrutamento, seleção e treinamento do pessoal. • Eliminar os passos inúteis. • Os fluxos podem e devem ser desmembrados dentro dos processos da UAN: Indicadores 1. Indicador de rendimento de mão de obra – IRd - Visa avaliar o rendimento da mão de obra em função de tempo previsto para o preparo e distribuição de uma refeição (em minutos). IRd = nº empregados x horas totais trabalhadas por dia x 60 minutos número de refeições servidas por dia Exemplo • Em uma UAN com 20 empregados que trabalham 8h/dia e que serve 1000 refeições por dia, apresenta IRd: IRd = n de empregados x horas totais trabalhadas por dia x 60 minutos número de refeições servidas por dia IRd = 20 x 8 x 60 minutos = 9600 = 9,6 minutos por refeição 1000 1000 Produtividade Número de refeições Número de minutos 300 -500 15 -14 500 -700 14 – 13 700 – 1000 13 – 10 1000 – 1300 10 -9 1300 – 2500 9 – 8 2500 e mais 7 Número de minutos para a produção de uma refeição para população sadia: Fonte: Gandra e Gambardella (1983). ATENÇÃO!!! Depende: • número de refeições • tipo de serviço • das opções oferecidas • recursos tecnológicos • materiais • humanos empregados na produção Serve para se adaptar á realidade de cada UAN Produtividade será maior ou menor Indicadores • 2. Índice de produtividade individual – IPI - É outra maneira de avaliar a produtividade e tem por objetivo avaliar o rendimento da mão de obra em função do número de refeições produzidas e servidas. IPI = número de refeições servidas por dia número de empregados da UAN Exemplo • Uma UAN com 20 empregados e que serve 1000 refeições por dia, tem IPI: IPI = 1000 = 50 refeições por empregado 20 A produtividade aumenta quanto maior o número de refeições e simplicidade do serviço. Produtividade Número de refeições IPI Até 100 30 100 a 300 35 300 a 500 40 500 a 1000 50 1000 a 1500 55 1500 a 3000 60 Acima de 3000 66 Número refeições produzidas e/ou servidas, por empregado da UAN para população sadia Fonte: Abreu, Spinelli e Pinto (2003).
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