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T x s x ¶ = ¶ a (3.9) ( ) ( ) ( )1 2, exp / exp /T x s c x s c x s= + -a a (3.10) Aplicando as condições de contorno das equações (3.6) e (3.7) para determinar as constantes c1 e c2, equações (3.11) e (3.12), e substituindo estas equações na equação (3.10), obtém-se a equação (3.13) do perfil de temperatura em termos de funções hiperbólicas. ( ) ( ) ( ) ( )1 0 exp / exp / exp / L s c T s L s L s - = - - - a a a (3.11) ( ) ( ) ( ) ( )2 0 exp / exp / exp / L s c T s L s L s = - - - a a a (3.12) ( ) ( )( ) ( ) ( )00 sinh / , sinh / L x s T x s T s L s - = a a (3.13) O subscrito 0 na equação (3.13) indica que o perfil de temperatura é resultado da influência da função 0T (s), que é aplicada na face x=0. Com o perfil de temperatura, tem- se o fluxo de calor pela equação (3.14). ( ) ( )( ) ( ) ( )00 cosh / , / sinh / L x s q x s k s T s L s - = a a a (3.14) 29 Seguindo os mesmos procedimentos para a situação 2 de condições inicial e de contorno, a temperatura e o fluxo de calor são dadas pelas equações (3.15) e (3.16), onde o subscrito L indica que o perfil de temperatura e o de fluxo de calor são resultado da função LT (s), aplicada na face x=L. ( ) ( ) ( ) ( ) sinh / , sinh / LL x s T x s T s L s = a a (3.15) ( ) ( ) ( ) ( ) cosh / , / sinh / LL x s q x s k s T s L s = - a a a (3.16) Com as equações (3.14) e (3.16) é possível conhecer o fluxo de calor em cada face da estrutura como resultado da aplicação das funções 0T (s) e LT (s), como apresentado nas equações (3.17) a (3.20). ( ) ( ) ( ) ( )00 cosh / 0, / sinh / L s q s k s T s L s = a a a (3.17) ( ) ( ) ( )00 1 , / sinh / q L s k s T s L s = a a (3.18) ( ) ( ) ( )10, / sinh / LL q s k s T s L s = - a a (3.19) ( ) ( ) ( ) ( ) cosh / , / sinh / LL L s q L s k s T s L s = - a a a (3.20) Pela sobreposição das respostas, o somatório dos fluxos nas equações (3.17) e (3.19) dá o fluxo total na face x=0, enquanto o somatório das equações (3.18) e (3.20) dá o fluxo total na face x=L, conforme equações (3.21) e (3.22). ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )00 00, 0, 0, 0, 0, LL Lq s q s q s Q s T s Q s T s= + = + (3.21) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )00 0, , , , , LL Lq L s q L s q L s Q L s T s Q L s T s= + = + (3.22) 30 Onde: ( ) ( ) ( )0 cosh / 0, / sinh / L s Q s k s L s = a a a ( ) ( ) 1 0, / sinh /L Q s k s L s = - a a ( ) ( )0 1 , / sinh / Q L s k s L s = a a ( ) ( ) ( ) cosh / , / sinh /L L s Q L s k s L s = - a a a As equações (3.21) e (3.22) podem ser reescritas em forma matricial: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 00 0 0, 0,0, , , , L LL Q s Q sq s T s q L s T sQ L s Q L s é ù ì üì üï ï ï ï = ê úí ý í ý ï ï ï ïê úî þ î þë û (3.23) Como a parede pode ser considerada um sistema, Figura 3.2, cujos dados de entrada são as funções de temperatura 0T (s) e LT (s) e os dados de saída são os fluxos de calor q (0,s) e q (L,s), a matriz de coeficientes na equação (3.23) corresponde às funções de transferência do sistema, relacionando os dados de entrada e saída (UNDERWOOD e YIK, 2004). Figura 3.2 - Parede representada como um sistema com dados de entrada e saída As funções 0T (s) e LT (s) podem representar tanto as temperaturas nas faces da parede como as temperaturas do ar dos ambientes interno e externo, as quais serão definidas mais adiante. Por enquanto, 0T (s) e LT (s) representam apenas as temperaturas nas faces. 31 Manipulando as equações (3.21) e (3.22), e reescrevendo-as em forma matricial, é possível relacionar temperatura e fluxo na face x=0 com temperatura e fluxo na face x=L, conforme equação (3.24). A matriz na equação é chamada de matriz de transmissão da parede, cujos elementos estão indicados abaixo, e cujo determinante é igual a um (STEPHENSON e MITALAS, 1971), sendo válida para cada camada de material. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 0 0, , j j L j j A s B sT s T s q s q L sC s D s é ùì ü ì üï ï ï ï = ê úí ý í ý ï ï ï ïê úî þ î þë û (3.24) Onde: j: corresponde ao material da camada ( ) ( )cosh /j j jA s L s a= ( ) ( )sinh / / j j j j j L s B s k s a a = ( ) ( )/ sinh /j j j j jC s k s L sa a= ( ) ( )cosh /j j jD s L s a= A matriz de transmissão de uma parede formada por várias camadas de material é igual ao produto das matrizes de transmissão de cada uma das camadas que a compõem (STEPHENSON e MITALAS, 1971). Isto pode ser exemplificado para o caso de uma parede formada por três camadas homogêneas de materiais diferentes, dispostas lado a lado como na Figura 3.3, sendo cada camada representada pela equação (3.24). Chamando de (1, )T s e (1, )q s a temperatura e o fluxo de calor na interface das camadas 1 e 2, e (2, )T s e (2, )q s a temperatura e o fluxo de calor na interface de 2 e 3, escrevem-se as equações (3.25), (3.26) e (3.27) para as camadas 1, 2 e 3, respectivamente. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 1 10 1 1 1, 0, 1, A s B sT s T s C s D sq s q s ì ü ì üé ùï ï ï ï =í ý í ýê ú ï ï ï ïë ûî þ î þ (3.25) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2 2 2 2 1, 2, 1, 2, A s B sT s T s C s D sq s q s ì ü ì üé ùï ï ï ï =í ý í ýê ú ï ï ï ïë ûî þ î þ (3.26) 32 ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 3 3 3 3 2, 2, , LA s B sT s T s C s D sq s q L s ì ü ì üé ùï ï ï ï =í ý í ýê ú ï ï ï ïë ûî þ î þ (3.27) Figura 3.3 - Fluxo de calor (q) em uma parede com três camadas homogêneas de materiais diferentes Substituindo a equação (3.27) na equação (3.26) e esta na equação (3.25), obtém- se a equação (3.28) que relaciona temperatura e fluxo de calor na face x=0 com temperatura e fluxo de calor na face x=L para a parede como um todo. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 1 1 2 2 3 30 1 1 2 2 3 30, , LA s B s A s B s A s B sT s T s C s D s C s D s C s D sq s q L s ì ü ì üé ù é ù é ùï ï ï ï =í ý í ýê ú ê ú ê ú ï ï ï ïë û ë û ë ûî þ î þ (3.28) Assim, para um número N qualquer de camadas vale a equação (3.29), onde o subscrito ss indica a matriz das camadas entre a superfície em x=0 à superfície em x=L. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 0 0, , ss ss L ss ss A s B sT s T s C s D sq s q L s ì ü ì üé ùï ï ï ï =í ý í ýê ú ï ï ï ïë ûî þ î þ (3.29) Onde: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 1 1 2 2 1 1 2 2 ...ss ss N N ss ss N N A s B s A s B s A s B s A s B s C s D s C s D s C s D s C s D s é ù é ù é ù é ù =ê ú ê ú ê ú ê ú ë û ë û ë û ë û Percebe-se que a ordem das camadas é de grande importância para caracterizar a parede, uma vez que esta ordem influencia a multiplicação das matrizes das camadas. 33 A equação (3.29) pode ser rearranjada para relacionar de forma mais direta os fluxos de calor com as temperaturas nas faces, equação (3.30). ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 0 1 0, , 1 ss ss ss Lss ss ss D s B s B sq s T s q L s T sA s B s B s é ù -ê ú ì üì üï ï ï ïê ú=í ý í ýê úï ï ï ïî þ î