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Educação Física Adaptada: um olhar sobre a deficiência Prof. Alexandre Carriconde Marques Universidade Federal de Pelotas Núcleo de Estudos em Atividade Física Adaptada Inclusão Estilo de Vida Qualificação Preconceito Oportunidades Olhar sobre a deficiência! • A busca de uma qualidade de vida tem sido uma constante na maioria das propostas sociais modernas. • Em razão do aumento das oportunidades de educação, lazer, emprego e inclusão, a qualidade de vida das pessoas com deficiência tem mudado ao longo das últimas décadas. Introdução A idéia atual é não perceber a pessoa em razão da sua deficiência, mas, sim, procurar estimulá-la para que possa desenvolver-se na medida de suas capacidades, no ambiente em que vive. Mudança do Paradigma Conhecimento Profissional Conteúdo Inclusão Preconceito Qualificação Competência Saúde Esporte Sociedade Família Escola Futuro Profissional Educação Física Adaptada Preconceito discriminação é a formalização... a consolidação... a ação... Numa escola, estabelecer um horário exclusivo para pessoas deficientes utilizarem espaços de atividades físicas A desinformação causa as seguintes ideias: • só algumas pessoas deficientes podem beneficiar-se da educação; • outros poderiam apenas ser "treinados" a executar tarefas simples e básicas; • os deficientes são pessoas tão "especiais" que exigem professores especializados, escolas especiais, conteúdos e métodos especiais, porque aprendem (quando aprendem) por "mecanismos" diferentes. • Desconhecimento e medo é um obstáculo na convivência com os demais. Família Escola Sociedade Facilitadores e barreiras Interação Família Ao nascer a criança........... Criança idealizada; Filho deficiente; Rejeição, sentimento de culpa; Separação; Tempo para aceitação; Medo/superproteção; Falta de conhecimento; Subestima; Oportunidades; Descoberta; Preparação para vida, escola, sociedade, trabalho, envelhecimento..... • É bom lembrar a importância da participação da família. • Por mais simples que sejam, os parentes mais próximos, como pais e irmãos, podem, querem e devem participar. • E os professores devem ajudá-los nessa tarefa, prestando-lhes informações, orientações, e fazendo-os sentirem-se partes integrantes e indispensáveis do processo. Aceitar e compreender, para depois convencer. Sociedade "Nós não devemos deixar que as incapacidades das pessoas nos impossibilitem de reconhecer as suas habilidades." • A pessoa com deficiência, no seu processo de socialização, pode incorporar as crenças da sociedade e desenvolver uma auto-imagem de pessoa incapaz. • A oportunidade de convívio com pessoas não deficientes torna possível uma vida de normalidade para o deficiente, que pode se perceber como uma pessoa capaz e se desenvolver em todos os aspectos. Pertencimento • A segregação vivenciada pelas pessoas com deficiência acontece também por causa da desinformação generalizada da sociedade a respeito das deficiências. • Sabe-se que quanto mais cedo se estabelecer essa informação, tanto melhor e mais fácil será para crianças com deficiência como para os não deficientes experimentarem positivamente essa convivência. Escola Escola Porteiro Ambientes Comunidade Inclusiva Professores Direção pedagógico secretaria pastoral orientação merendeiras colegas pais cantina funcionários Todos são agentes no processo de inclusão! O que faríamos com esse aluno em nossas aulas de Educação Física na escola? 20 • Na verdade, embora haja os alunos com deficiência que de fato necessitam de medidas especiais, a grande maioria tem condição de ser atendida em escolas ou classes comuns. Escola Inclusiva Pedagogia da Diferença A multiplicidade é um movimento que estimula a diversidade que se recusa a se fundir com idêntico. • A Escola, depois da família, é o espaço primeiro e fundamental para o processo de socialização da criança. É imprescindível o envolvimento dos profissionais A sala de aula deve ser uma comunidade de aprendizes, onde todos aprendem com todos. Permita que cada um faça o “melhor que puder”(arrisque-se a ter metas diferentes para diferentes alunos”). • Exercite um novo conceito de liberdade, e também um novo conceito de sujeito (humano, individual e autônomo), que precisa estar dotado de direitos para ser livre. • O que as pessoas com deficiência não precisam é de professores bonzinhos. Desenvolvimento • Todos podem se desenvolver, todos podem aprender, desde que ensinados e mediados nesse processo. • Para que isso ocorra, temos que garantir igualdade de condições. • No caso da sala de aula, isso significa que é imprescindível que conheçamos as necessidades e as características de cada aluno, e a partir delas, fundamentar nossos planos de ação e nossa ação propriamente dita. Pessoas com necessidades especiais Deficiência (intelectual, auditiva, visual, motora e múltipla); Transtorno do Espectro Autista Condutas típicas de síndromes neurológicas, psiquiátricas ou psicológicas (com manifestações comportamentais que acarretam prejuízos no relacionamento social); Altas habilidades (qualidades de superdotados); Distúrbios de saúde (obesidade, diabetes, cardiopatias etc.); Problemas de comunicação, fala e linguagem; Dificuldades de aprendizagem. O que fazer quando uma criança ou adolescente com deficiência chegar ao nosso programa? Ter uma conversa com a própria criança para conhecer os seus interesses, necessidades e expectativas. Perguntas simples podem ser feitas para entender do que a criança gosta. Conversar com a família e perceber a sua realidade. Porque quer participar das atividades da escola, acompanhada ou sozinha? Não será obrigatório conhecer todos os tipos de deficiência, mas pelo menos entender as dificuldades e as possibilidades dos alunos que frequentam o seu núcleo. . A escola apresenta-se como um espaço em que todos, sem exceção, participam das atividades esportivas, desenvolvendo-se um trabalho pedagógico direcionado para atender a todos sem distinção, garantindo igualdade de condições. Para o desenvolvimento das atividades, é necessário a utilização de um planejamento pedagógico que esteja focado na criação de situações dinamizadoras e de experimentação, na busca da participação dos alunos envolvidos no processo. A Perspectiva da Funcionalidade e a Valorização das Potencialidades Torna-se necessário uma mudança de atitude, ao interagir com pessoas com deficiência. Devemos nos perguntar: O que ela pode? O que ela sabe? O que ela consegue? A partir de então, norteia-se a programação para seu atendimento. Mesmo aqueles com grande dificuldade motora e intelectual, podem praticar esportes, sob a orientação adequada. Atividade física e esportiva Autonomia; independência; resgate da auto-estima; aptidão física; as relações pessoais; equilíbrio emocional. Na avaliação geral, observa-se ainda um número reduzido de crianças e jovens com algum tipo de deficiência nas escolas regulares. Para mudar essa realidade, é necessário que se desenvolvam meios e métodos que viabilizem o prazer pela prática esportiva de crianças e jovens. A qualificação profissional é um passo fundamental no atendimento de crianças e jovens com deficiência. A Educação Física tem muito a oferecer a crianças e jovens com deficiência, nas mais variadas formas de atividade. Importante... ...a mudança de atitude não significa, no entanto, desconsiderar suas características inerentes à deficiência, tais como: limitações, incapacidades, restrições a determinadas atividades, restrições médicas, entre outros aspectos que devem ser considerados sim, mas não como primeiro passo. • A EF aponta na busca de desafios, permitindo a participação de todos sem distinção, respeitando suas limitações, promovendo autonomia e enfatizando o potencial de cada um enquanto pessoa. • A postura pessoal é importante, para que esse adquira atitudes positivas e busque a capacitação profissional necessária para atuar como agente de inclusão. • A oportunidade de participar de aulas de EF deverá modificar o estilo de vida de crianças e jovens com deficiência envolvida nas atividades. • Com tal mudança, o futuro desses alunos se apresentará mais brilhante do que nunca, contendo a promessa de oportunidades e realizações. Caminhos da Educação Física (EF)... Bibliografia AMARAL, L. A. Conhecendo a deficiência (em companhia de Hércules). São Paulo: Robe, 1995. BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2008. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br> Acesso em: 02 de maio de 2013. _____________. Ministério da Justiça. Declaração Universal dos Direitos Humanos. In: Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948. Disponível em: <http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm>. Acesso em: 5 de maio 2013. _______________. Ministério da Educação. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: UNESCO, 1994. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf>. Acesso em: 10julho de 2013. CONDE, Antonio João Manescal; SOUZA SOBRINHO, Pedro Américo de e SENATORE, Vanilton. Introdução ao Movimento Paraolímpico: Manual de Orientação para Professores de Educação Física. Brasília : Comitê Paraolímpico Brasileiro, 2006. MARQUES, A. C. O perfil do estilo de vida de pessoas com Síndrome de Down e normas para avaliação da aptidão física. 2008. (Doctor). Educação física Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre -RS. MITTLER, Peter. Educação inclusiva: contextos sociais. Tradução: Windyz Brazão. Porto Alegre: Artmed, 2008. RODRIGUES, David. A Educação Física Perante a Educação Inclusiva: reflexões conceptuais e metodológicas. Rev. da Educação Física/ UEM Maringá, v. 14, nº 1, p. 67 – 73. 2003. UNESCO (1994) Declaração de Salamanca e enquadramento da acção na área das Necessidades Educativas Especiais, Lisboa, IIE. Vídeos O link abaixo inclui toda coletânea de livros do Programa Segundo Tempo, a maioria dos livros possuem sugestões de atividades e possíveis adaptações, o download do livro completo está disponível de forma gratuita. http://www.ufrgs.br/ceme/pst/site/publicacoes/livros O portal do professor, possui uma plataforma de troca entre professores, na qual é possível registrar e organizar suas aulas e ver sugestões de aulas de outros professores, é uma ferramenta eficaz de troca de experiências. http://portaldoprofessor.mec.gov.br/espacoDaAula.html
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