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encargos socais com horas-extras e adicional noturno ..................... 148 Quadro 33 – Exemplo de verificação de jogo de cronograma, com base na comparação entre os descontos do orçamento contratado em relação ao orçamento-base .......................................................................... 174 Quadro 34 – Exemplo de verificação de jogo de cronograma, com base na comparação entre o cronograma físico-financeiro elaborado pelo licitante/contratado e o elaborado pela Administração ..... 175 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO 8 Segedam – Secretaria-Geral de Administração BTCU ESPECIAL Brasília Ano xliv n. 19 22/ nov. 2011 \\_sarq_prod\Sistemas\Btcu (Sede) - \\_sarq_an\Sistemas\Btcu (Asa Norte) - \\srv-UF\Sistemas\Btcu (Estaduais) INTRODUÇÃO O Roteiro de Auditoria de Obras Públicas é resultado da evolução dos métodos e técnicas empregados pelo TCU nas fiscalizações de obras públicas. Na elaboração do presente Roteiro, foram consideradas as melhores experiências sobre o tema, bem como os entendimentos predominantes na jurisprudência e na doutrina. O Roteiro abrange padrões de auditoria a serem observados pelas Unidades Técnicas especializadas do TCU nas fases de planejamento, execução e relatório de fiscalizações de obras públicas. Contempla, ainda, orientações gerais sobre os assuntos mais relevantes nas fiscalizações de obras públicas, sem a pretensão de esgotar temas. Tais orientações relacionam-se à análise técnica de projetos, licitações, orçamentos, superfaturamento, aditivos contratuais, reajustamento, imputação de débitos, responsabilização, entre outros assuntos correlatos. Aprovado inicialmente em junho de 2010, por meio da Portaria-Segecex 20/2010, essa segunda versão atualiza os capítulos dedicados aos padrões de auditoria de obras públicas, acrescenta novas orientações temáticas, em uma nova estruturação e formatação de texto. OBJETIVO O objetivo deste Roteiro é estabelecer padrões específicos de auditoria, a serem observados nas fiscalizações de obras públicas a cargo das Unidades Técnicas do Tribunal, bem como apresentar orientações gerais acerca dos principais temas enfrentados nessas fiscalizações. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO 9 Segedam – Secretaria-Geral de Administração BTCU ESPECIAL Brasília Ano xliv n. 19 22/ nov. 2011 \\_sarq_prod\Sistemas\Btcu (Sede) - \\_sarq_an\Sistemas\Btcu (Asa Norte) - \\srv-UF\Sistemas\Btcu (Estaduais) PADRÕES DE AUDITORIA DE OBRAS 1. O presente Roteiro apresenta padrões de auditoria específicos aplicáveis às fiscalizações de obras públicas realizadas pelas unidades técnicas do TCU. Esses padrões de auditoria estão relacionados às fases de planejamento, de execução e de relatório. 2. As auditorias de obras públicas seguirão, ainda, os Padrões de Auditoria de Conformidade, aprovados pela Portaria-Segecex 26/2009, as Orientações para Auditorias de Conformidade, aprovadas pela Portaria-Adplan 1/2010, bem como as Normas de Auditoria do Tribunal de Contas da União (NAT), aprovadas pela Portaria-TCU 280/2010. I – FASE DE PLANEJAMENTO I.1 – ATIVIDADES PREVISTAS ANTES DO INÍCIO DA FISCALIZAÇÃO 3. A fase preliminar de auditoria objetiva obter detalhamento suficiente do órgão/entidade e do objeto a ser fiscalizado, de modo a delimitar o escopo da auditoria e definir os procedimentos e técnicas de auditoria a serem empregados, com vistas a maximizar a relação entre o provável benefício da fiscalização e o seu custo total. 4. A equipe de auditoria deve, preliminarmente, construir uma visão geral do objeto a ser fiscalizado. Para isso, pode fazer uso, dentre outras, das fontes de informação descritas no Roteiro de Auditoria de Conformidade, aprovado pela Portaria-Segecex 26/2009. 5. O supervisor e a equipe de auditoria devem, nessa fase, realizar as seguintes atividades: a) cadastramento da fiscalização no Sistema Fiscalis Planejamento; b) associação da fiscalização ao apelido adequado (no âmbito do Fiscalis, podemos definir uma obra como um conjunto de objetos (convênios, contratos, editais, projetos) aos quais são aplicados procedimentos de auditoria; o apelido da obra é o nome do agrupamento desses objetos, e a associação da fiscalização a um apelido é feita pelo Serviço de Informações sobre Fiscalização de Obras (Siob), mediante solicitação); c) detalhamento suficiente das ações previstas para a fase de planejamento, execução e relatório da fiscalização; d) discussão suficiente, no âmbito da equipe e entre esta e o supervisor, a respeito da delimitação do escopo e dos procedimentos e técnicas a serem utilizados; e) estimativa de HDF necessários para a realização das atividades de planejamento, execução e relatório da fiscalização; f) emissão de portaria de fiscalização, indicando o órgão auditado (no caso de convênio ou contrato de repasse, também deve constar da portaria, como auditado, o órgão repassador de recursos), os integrantes da equipe, o coordenador e o supervisor da fiscalização, bem como os períodos previstos para cada uma das fases da fiscalização (planejamento, execução e relatório); e g) autuação do processo de fiscalização, na data de emissão da portaria de fiscalização. 6. As auditorias de obras têm consumido cerca de 50 HDF, distribuídos em 10 dias úteis de planejamento, 10 dias úteis de execução e 5 dias úteis de relatório, para uma equipe de dois auditores. No entanto, o prazo deve ser definido considerando as situações específicas de cada fiscalização, como quantidade de contratos e de lotes a serem analisados, bem como outros aspectos que podem impactar a execução dos trabalhos. Obras mais complexas podem exigir um quantitativo de HDF maior. Obras paralisadas, sem execução orçamentária ou incluídas no quadro de bloqueio da LOA, costumam exigir um esforço de fiscalização menor, em torno de apenas 10 HDF. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO 10 Segedam – Secretaria-Geral de Administração BTCU ESPECIAL Brasília Ano xliv n. 19 22/ nov. 2011 \\_sarq_prod\Sistemas\Btcu (Sede) - \\_sarq_an\Sistemas\Btcu (Asa Norte) - \\srv-UF\Sistemas\Btcu (Estaduais) 7. Conforme estabelecido nos Padrões de Auditoria de Conformidade, nas auditorias com mais de 20 dias úteis, é obrigatório emitir duas portarias diferentes, uma específica para a fase de planejamento e outra para as fases de execução e relatório. 8. Após a emissão da portaria de fiscalização, a Unidade Técnica deve encaminhar os ofícios de comunicação de fiscalização e de apresentação da equipe de auditoria, informando o período de realização da fiscalização e o escopo dos trabalhos de auditoria e solicitando a disponibilização de um local apropriado para o desenvolvimento das atividades, bem como a indicação de um servidor para servir de interlocutor. 9. Em seguida, a equipe de auditoria deve encaminhar o primeiro ofício de requisição de documentos, solicitando a documentação inicial para análise. Sempre que possível, o prazo final para entrega de documentos deve corresponder à data inicial da fase de planejamento definida em portaria. Nesse caso, a emissão da portaria de fiscalização, bem como dos ofícios de comunicação de fiscalização e de apresentação, devem ocorrer antes da expedição dos ofícios de requisição de documentos. 10. Os modelos dos ofícios de comunicação, de apresentação da equipe de auditoria e de requisição de documentos encontram-se nos Anexos IV, V e VI dos Padrões de Auditoria de Conformidade, aprovados pela Portaria-Segecex 26/2009. 11. O ofício de apresentação deve informar sobre a possibilidade de aplicação de multa em caso de obstrução aos trabalhos de fiscalização ou de sonegação de informações. Já o ofício de requisição deve