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Caderno do Professor Educação Física 9 Ano vol. 1

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8a SÉRIE 9oANO
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
Caderno do Professor
Volume 1
EDUCAÇÃO
FÍSICA
Linguagens
8 SERIE 9ANO_EDFIS_CP.indd 18 SERIE 9ANO_EDFIS_CP.indd 18 SERIE 9ANO_EDFIS_CP.indd 18 SERIE 9ANO_EDFIS_CP.indd 18 SERIE 9ANO_EDFIS_CP.indd 18 SERIE 9ANO_EDFIS_CP.indd 18 SERIE 9ANO_EDFIS_CP.indd 18 SERIE 9ANO_EDFIS_CP.indd 18 SERIE 9ANO_EDFIS_CP.indd 18 SERIE 9ANO_EDFIS_CP.indd 18 SERIE 9ANO_EDFIS_CP.indd 18 SERIE 9ANO_EDFIS_CP.indd 18 SERIE 9ANO_EDFIS_CP.indd 18 SERIE 9ANO_EDFIS_CP.indd 18 SERIE 9ANO_EDFIS_CP.indd 18 SERIE 9ANO_EDFIS_CP.indd 18 SERIE 9ANO_EDFIS_CP.indd 18 SERIE 9ANO_EDFIS_CP.indd 1 11/7/13 7:22 PM11/7/13 7:22 PM11/7/13 7:22 PM11/7/13 7:22 PM11/7/13 7:22 PM11/7/13 7:22 PM11/7/13 7:22 PM11/7/13 7:22 PM11/7/13 7:22 PM11/7/13 7:22 PM11/7/13 7:22 PM11/7/13 7:22 PM11/7/13 7:22 PM11/7/13 7:22 PM
MATERIAL DE APOIO AO
CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO
CADERNO DO PROFESSOR 
EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
8a SÉRIE/9o ANO
VOLUME 1
Nova edição
2014-2017
governo do estado de são paulo
secretaria da educação
São Paulo
BOOK_EDFIS-SPFE-2014_8S_CP_vol1.indb 1 11/11/13 17:09
Governo do Estado de São Paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-Governador
Guilherme Afif Domingos
Secretário da Educação
Herman Voorwald
Secretário-Adjunto
João Cardoso Palma Filho
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Subsecretária de Articulação Regional
Rosania Morales Morroni
Coordenadora da Escola de Formação e 
Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP
Silvia Andrade da Cunha Galletta 
Coordenadora de Gestão da 
Educação Básica
Maria Elizabete da Costa
Coordenadora de Gestão de 
Recursos Humanos
Cleide Bauab Eid Bochixio
Coordenadora de Informação, 
Monitoramento e Avaliação 
Educacional
Ione Cristina Ribeiro de Assunção
Coordenadora de Infraestrutura e 
Serviços Escolares
Ana Leonor Sala Alonso
Coordenadora de Orçamento e 
Finanças
Claudia Chiaroni Afuso
Presidente da Fundação para o 
Desenvolvimento da Educação – FDE
Barjas Negri
Senhoras e senhores docentes,
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colabo-
radores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que 
permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula 
de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com 
os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abor-
dagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação 
— Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste 
programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização 
dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações 
de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca 
por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso 
do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb. 
Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orien-
tações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São 
Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades 
ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias, 
dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade 
da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas 
aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam 
a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avalia-
ção constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a 
diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico. 
Revigoram-se assim os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em seu 
trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofício de ensinar 
e elevar nossos discentes à categoria de protagonistas de sua história. 
Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo.
Bom trabalho!
Herman Voorwald
Secretário da Educação do Estado de São Paulo
BOOK_EDFIS-SPFE-2014_8S_CP_vol1.indb 2 11/11/13 17:09
Senhoras e senhores docentes,
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colabo-
radores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que 
permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula 
de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com 
os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abor-
dagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação 
— Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste 
programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização 
dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações 
de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca 
por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso 
do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb. 
Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orien-
tações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São 
Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades 
ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias, 
dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade 
da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas 
aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam 
a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avalia-
ção constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a 
diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico. 
Revigoram-se assim os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em seu 
trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofício de ensinar 
e elevar nossos discentes à categoria de protagonistas de sua história. 
Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo.
Bom trabalho!
Herman Voorwald
Secretário da Educação do Estado de São Paulo
BOOK_EDFIS-SPFE-2014_8S_CP_vol1.indb 3 11/11/13 17:09
Sumário
orientação sobre os conteúdos do volume 5
Tema 1 – Luta – Capoeira 7
Situação de Aprendizagem 1 – O que os alunos sabem sobre capoeira? 8
Situação de Aprendizagem 2 – Conhecendo a capoeira e seus movimentos 12
Situação de Aprendizagem 3 – Os instrumentos da capoeira 23
Atividade Avaliadora 27
Proposta de Situações de Recuperação 29
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão 
do tema 29
Tema2 – Atividade rítmica – Hip-hop e street dance: diferentes estilos, principais passos 
e movimentos 31
Situação de Aprendizagem 4 – “Todo o poder para o povo” 33
Situação de Aprendizagem 5 – São quatro elementos. Será que cabe mais um? 34
Situação de Aprendizagem 6 – Os manos e as minas: coisa do hip-hop ou coisa de 
paulista? 38
Atividade Avaliadora 40
Proposta de Situações de Recuperação 40
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema 41
Tema 3 – Atividade rítmica – Hip-hop e street dance: criando as próprias coreografias 43
Situação de Aprendizagem 7 – Coreografia com estilo livre 46
Atividade Avaliadora 51
Proposta de Situações de Recuperação 51
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema 52
Tema 4 – Esporte – modalidade coletiva: futebol de campo 54
Situação de Aprendizagem 8 – Futebol se joga em grupo 59
Situação de Aprendizagem 9 – O esporte coletivo na comunidade local 60
Situação de Aprendizagem 10 – De olho na telinha! 64
Atividade Avaliadora 70
Proposta de Situações de Recuperação 71
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão 
do tema 72
Quadro de Conteúdos do Ensino Fundamental – Anos Finais 74
BOOK_EDFIS-SPFE-2014_8S_CP_vol1.indb 4 11/11/13 17:09
5
Educação Física – 8ª série/9º ano – Volume 1
Professor, este volume foi elaborado para 
servir de apoio ao seu trabalho pedagógico 
cotidiano com a 8a série/9o ano do Ensino 
Fundamental. Os temas deste volume baseiam-se 
na concepção teórica da disciplina, já explicitada 
anteriormente, fundamentada nos conceitos de 
Cultura de movimento e Se-movimentar.
Assim, pretende-se que as Situações 
de Aprendizagem aqui sugeridas para os 
temas “Luta”, “Atividade rítmica” e “Es-
porte” possibilitem aos alunos diversificar, 
sistematizar e aprofundar suas experiências 
do Se-Movimentar no âmbito das culturas 
rítmica, esportiva e de lutas. Isso propor-
cionará aos alunos novas experiências de 
Se-Movimentar, nas quais eles estabelece-
rão novas significações e ressignificarão 
experiências já vivenciadas. Espera-se que 
o enfoque adotado para o desenvolvimento 
dos conteúdos deste volume seja compa-
tível com as intencionalidades do projeto 
político-pedagógico de cada escola.
No tema “Luta” será trabalhada a capoei-
ra. A essa manifestação também se atribuem 
características do jogo, do esporte e da dança, 
mas a opção de abordá-la como expressão de 
luta justifica-se pela importância histórica e 
cultural que têm seus elementos fundamentais: 
a sobrevivência de seres humanos escravizados, 
a luta de mulheres, homens, crianças, jovens e 
idosos que foram “arrancados” de suas terras, 
de seus reinos, de suas origens familiares e cul-
turais (identitárias) e trazidos para um lugar 
desconhecido chamado Brasil.
O tema “Atividade rítmica” abordará as 
manifestações rítmicas ligadas à cultura jovem, 
com destaque para o hip-hop e o street dance 
(dança de rua), que se tornaram populares no 
Estado de São Paulo em meados da década de 
1980. Serão trabalhados os diferentes estilos 
desses movimentos, tomados como expressões 
socioculturais. Contudo, outras manifestações 
rítmicas da cultura jovem poderão ser objeto 
das aulas.
Propõe-se abordar o street dance, com ên-
fase na elaboração de coreografias. Porém, o 
projeto político-pedagógico da escola poderá 
optar por outra manifestação rítmica associa-
da à cultura jovem neste volume, bem como 
por outra modalidade esportiva coletiva.
No tema “Esporte” será abordado o fute-
bol de campo para tratar do ensino do esporte 
coletivo. O futebol de campo é a modalidade 
esportiva mais intensamente propagada pela 
televisão, exemplificando a espetacularização 
do esporte no mundo contemporâneo. Ao 
mesmo tempo, tal modalidade, por alcançar 
e incorporar todas as camadas da população, 
permite iniciar a abordagem do trato do espor-
te na comunidade escolar e em seu entorno.
Por Cultura de movimento entende-se o conjunto de significados, sentidos, símbolos e códigos que 
se produzem e reproduzem dinamicamente nos jogos, esportes, danças e atividades rítmicas, lutas, 
ginásticas etc., os quais influenciam, delimitam, dinamizam e/ou constrangem o Se-Movimentar dos 
sujeitos, base de nosso diálogo expressivo com o mundo e com os outros.
O Se-movimentar é a expressão individual e/ou grupal no âmbito de uma Cultura de Movimento; é a 
relação que o sujeito estabelece com essa cultura a partir de seu repertório (informações, conhecimentos, mo-
vimentos, condutas etc.), de sua história de vida, de suas vinculações socioculturais e de seus desejos.
oriEnTAção SobrE oS ConTEúdoS do VoLumE 
BOOK_EDFIS-SPFE-2014_8S_CP_vol1.indb 5 11/11/13 17:09
6
As estratégias escolhidas – que incluem a 
realização de gestos, movimentos e exercícios 
físicos, a busca de informações, a elaboração 
de materiais alternativos e a simulação de 
luta – procuram ampliar as possibilidades 
de aprendizagem e compreensão dos alunos 
no âmbito da Cultura de Movimento.
A avaliação é proposta de modo integra-
do ao processo de ensino e aprendizagem, 
sem se restringir a procedimentos isolados e 
formais (como provas, por exemplo). Suge-
re-se privilegiar a proposição de Atividades 
Avaliadoras que, integradas ao percurso da 
aprendizagem, favoreçam a elaboração de 
sínteses relacionadas aos temas e conteúdos 
abordados e a aplicação, em situações-pro-
blema, das habilidades e competências que 
se pretende formar nos alunos.
As Atividades Avaliadoras devem favo-
recer a geração, por parte dos alunos, de 
informações ou indícios – qualitativos e 
quantitativos, verbais e não verbais – que 
são, então, interpretados pelo professor, 
nos termos das expectativas de aprendi-
zagem em relação aos conteúdos. Nesse 
sentido, o professor pode valer-se de ob-
servações sistemáticas sobre interesse, par-
ticipação e capacidade de cooperação do 
aluno, autoavaliação, trabalhos e provas 
escritas, resolução de situações-problema, 
elaboração e apresentação de situações tá-
ticas nos esportes e dramatizações, entre 
outros recursos.
Por fim, é importante lembrar que a avalia-
ção não tem como finalidade primeira atribuir 
conceitos e notas aos alunos, mas conscientizá-
-los sobre suas aprendizagens, assim como pro-
blematizar e aperfeiçoar a prática pedagógica 
para que essas expectativas sejam atingidas.
A quadra é o tradicional espaço da aula de 
Educação Física, mas algumas Situações de 
Aprendizagem aqui sugeridas poderão ser de-
senvolvidas na sala de aula, de informática ou 
de vídeo, no pátio externo, na biblioteca, bem 
como em espaços da comunidade local, desde 
que compatíveis com as atividades programa-
das. Algumas etapas podem ser também reali-
zadas pelos alunos como atividade extra-aula 
(pesquisas, produção de textos etc.).
As orientações e sugestões a seguir têm a in-
tenção de oferecer-lhe subsídios no sentido de 
facilitar o desenvolvimento dos temas e conteú-
dos apresentados. Não pretendem definir as Si-
tuações de Aprendizagem como únicas a serem 
realizadas, nem restringir sua criatividade para 
elaborar outras atividades ou para variações de 
abordagem dos mesmos temas.
As Situações de Aprendizagem aqui pro-
postas também poderão ser enriquecidas com 
leitura de textos (adequados ao nível do Ensi-
no Fundamental) e exibição de filmes relacio-
nados aos temas. Sugestões nesse sentido são 
apresentadas ao longo deste volume.
Isso posto, professor, bom trabalho!
BOOK_EDFIS-SPFE-2014_8S_CP_vol1.indb 6 11/11/13 17:09
7
Educação Física – 8ª série/9º ano – Volume 1
Os povos de diferentes países que com-
põem a África lutaram bravamente e resisti-
ram por mais de quatro séculos (do século XV 
ao XIX) contra a expansãoe a dominação 
europeia. Trazidos em condições desumanas 
ao Brasil, os negros escravizados tiveram de 
reconstruir aqui os elementos culturais que fa-
ziam referência às suas origens. É possível acre-
ditar, com base em Iório (2004), que na África 
não existe a capoeira tal qual a praticada no 
Brasil. Logo, aqui essa modalidade constitui-se 
em uma manifestação da cultura afro-brasileira 
que caracteriza a luta de diferentes povos.
A capoeira, segundo Falcão (2003), per-
mite aos alunos o entendimento de diferentes 
realidades, como a compreensão de alguns 
preconceitos construídos socialmente e que 
extra polam conotações específicas. O trabalho 
pedagógico com a capoeira nas aulas de Edu-
cação Física requer do professor disponibilida-
de e intencionalidade para tratar de questões 
intrínsecas ao Se-Movimentar, influenciadas 
por diversas áreas do conhecimento, como His-
tória, Política, Religião, Estética e Cultura.
Há muitos anos temos a capoeira como ele-
mento de nossa cultura, mas ela é, sem dúvida, 
um dos conteúdos mais recentes do trabalho 
pedagógico na instituição escolar na disciplina 
de Educação Física. Por muito tempo, a capo-
eira sofreu alguns preconceitos, principalmente 
quando nos reportamos à figura do “capoei-
ra”. Muitas vezes, era tido como marginal e de-
linquente pela sociedade. 
A capoeira constituiu-se no Brasil por meio 
dos negros escravizados provenientes da Áfri-
ca Ocidental, que trouxeram consigo as suas 
tradições culturais. A homogeneização dos 
povos africanos sob a opressão da escravidão 
foi o catalisador da capoeira, desenvolvida pe-
los escravizados como forma de resistir a seus 
TEmA 1 – LuTA – CApoEirA
opressores. O processo de escravidão contou 
com o apoio do Estado e da Igreja, esta objeti-
vando a evangelização.
A prática da capoeira ocorria às escondi-
das, para que os negros escravizados pudes-
sem “treinar” os movimentos e preparar-se 
para fugir do cativeiro. “Esteticamente”, 
passava-se a ideia de uma dança ou de uma 
simples manifestação de “lazer” e “diversão”, 
porém, essa era uma das “armas” que eles ti-
nham para se defender.
O surgimento da capoeira funde-se com a 
história da resistência dos negros no Brasil. 
Muitos autores que pesquisam a questão associam 
o aparecimento da capoeira ao surgimento dos 
primeiros quilombos no país. Alguns chegam 
a identificar, especificamente, o Quilombo de 
Palmares como berço da capoeira. Supõe-se 
que esse quilombo, destruído em 1694, tenha 
reunido entre 25 e 50 mil pessoas.
Segundo Iório (2004), a partir da década de 
1930 já havia dois tipos de capoeira no Brasil: a 
angola e a regional. A angola caracterizava-se pelo 
uso de instrumentos musicais e vestes brancas. Já 
a regional, criada pelo mestre Bimba, ganhava 
contribuições de lutas como o jiu-jítsu e o caratê, 
permitindo uma movimentação mais rápida e a 
criação de métodos pedagógicos para o ensino de 
sequências de golpes.
Atualmente, a capoeira é retratada em filmes, 
videogames, desenhos, revistas etc. Mas como tra-
balhá-la dentro da escola? Que pontos podem ser 
abordados? Que relação a capoeira pode ter com 
outros temas? Como coordenar, consensualmen-
te, os diferentes ritmos durante a movimentação? 
Qual a intenção dos gestos elaborados? Por meio 
das atividades propostas, tentaremos dialogar so-
bre essas questões e contribuir para uma ressigni-
ficação quanto ao trato desse elemento cultural. 
BOOK_EDFIS-SPFE-2014_8S_CP_vol1.indb 7 11/11/13 17:09
8
possibilidades interdisciplinares 
Professor, o tema capoeira poderá ser desenvolvido de modo integrado com a disciplina de His-
tória, na medida em que envolve conteúdos a respeito do povo brasileiro e africano (construção 
de identidades), de tradições e costumes culturais dos povos africanos no contexto brasileiro, do 
processo de escravidão e das consequências percebidas nos dias atuais (a Lei no 10.639/03 torna obri-
gatória a inclusão da história e da cultura afro-brasileiras nos currículos escolares). Esse tema também 
dialoga com a disciplina de Geografia, já que envolve conteúdos a respeito da localização geográfica, 
da economia e do desenvolvimento humano do continente africano. Converse com os professores 
responsáveis por essas disciplinas em sua escola. Essa iniciativa facilitará a compreensão dos conteú-
dos de forma mais global e integrada pelos alunos.
Conteúdo e temas: movimentos, ritmos e gestos da capoeira; processo histórico dessa modalidade.
Competências e habilidades: identificar e relacionar informações e conhecimentos referentes à capoeira; 
criar e elaborar possíveis movimentos e associá-los à capoeira; compreender o processo histórico da 
capoeira, identificar os gestos nela realizados e relacioná-los com a condição de escravizados.
Sugestão de recursos: papel sulfite; caneta; instrumentos de capoeira (opcionais); aparelho de som; 
CD com músicas de capoeira; arcos; cordas; bolas e/ou rede de voleibol ou futebol.
SITuAçãO DE APRENDIzAGEM 1 
O QuE OS ALuNOS SABEM SOBRE CAPOEIRA?
A capoeira é um elemento cultural pre-
sente na vida cotidiana dos alunos, que en-
tram em contato com a luta nas ruas, nas 
escolas, nas academias, em campeonatos ou 
na TV. Alguns aspectos relativos à capoeira 
ainda beiram a ignorância, em função da 
ausência de expe riências significativas na 
escola. Nesta Situação de Aprendizagem, a 
intenção é saber quais são os conhecimentos 
e informações que os alunos têm a respeito 
do tema. Será que os movimentos e gestos 
característicos da capoeira são conhecidos 
pelos alunos? Primeiro, sugere-se que eles 
elaborem e compartilhem suas experiên-
cias. Após trocarem informações e viven-
ciarem, livremente, diferentes movimentos 
relativos à capoeira, na segunda etapa 
os alunos participarão de uma vivência na 
qual terão de fu gir e capturar uns aos outros 
por meio de um jogo de perseguição.
BOOK_EDFIS-SPFE-2014_8S_CP_vol1.indb 8 11/11/13 17:09
9
Educação Física – 8ª série/9º ano – Volume 1
desenvolvimento da Situação de 
Aprendizagem 1
Etapa 1 – A história da capoeira
Peça para os alunos se manifestarem, 
individualmente, no momento da chamada, 
dizendo uma palavra e/ou realizando um 
movimento que se relacione à capoeira 
(“chamada temática”). O objetivo é verificar 
o que eles conhecem sobre o tema. Todas 
as respostas podem ser registradas em uma 
folha para que sirva como material para 
posterior consulta pelos alunos, bem como 
para futuras intervenções.
Em seguida, solicite que todos se espa-
lhem em um espaço (quadra, gramado, pá-
tio etc.), com música de fundo (músicas de 
capoeira ou aluno tocando um instrumento 
característico ou cantando uma ladainha). 
Os alunos se movimentarão conforme o rit-
mo das músicas, podendo realizar os movi-
mentos que desejarem, de capoeira ou não. 
É importante que eles, nesse primeiro mo-
mento, não sejam motivados a reproduzir 
movimentos, mas a experimentar possibi-
lidades diversas. Estimule os alunos com 
questões como: Será que os negros também 
cantavam quando jogavam capoeira? Os 
movimentos que realizavam sempre tinham 
o acompanhamento de música? Que tipo de 
ritmo estava presente neles? Esses movimen-
tos eram parecidos com os atuais? Em se-
guida, procure destacar movimentos que, 
realizados por alguns alunos, se asseme-
lham aos da capoeira, estimulando todos a 
realizá-los.
Etapa 2 – Fui pego na capoeira
Proponha um jogo de perseguição com 
as seguintes regras: em uma área previa-
mente delimitada, um grupo deve tentar 
fugir da vigilância de dois fiscais, cujo 
papel é perseguir (correr atrás de) os que 
ultrapassarem o limite estabelecido. Para 
reconduzir os fugitivos à área delimitada, 
os dois fiscais deverão usar um arco, cor-
da, bola ou rede.
Permita que o jogo transcorra durante de-
terminado tempo e depois reorganize ogru-
po para que todos vivenciem e experimentem 
as duas funções. É importante que os alunos 
pensem em diferentes estratégias para fugir. 
Elabore com eles regras para capturas e fugas 
(por exemplo, quem estiver fazendo algum 
movimento característico da capoeira não 
pode ser pego).
Nesse momento de reorganização, pro-
cure atribuir significado à palavra capoeira 
(angola): “mato rasteiro” em tupi-guarani. 
Segundo Iório (2004), quando o capitão-do-
-mato voltava para a fazenda sem ter cap-
turado ninguém, o fazendeiro ou o senhor 
perguntava: “Cadê o escravo?”, ao que o 
capitão respondia: “Pegou-me na capoeira” 
(mato rasteiro). As clareiras abertas na mata 
serviram de canal para a fuga em busca de 
liberdade e melhores condições de vida nos 
quilombos (organização política).
Selecione e mostre algumas imagens re-
lacionadas à capoeira e discorra sobre o 
seu surgimento. À medida que as imagens 
são apresentadas, prepare os alunos para 
uma discussão sobre as condições de vida 
dos negros: Por que os negros vieram para o 
Brasil? De quais regiões do continente afri-
cano foram trazidos? O que faziam na Áfri-
ca? Que tipos de castigos sofreram? Quais 
eram as formas de organização (resistência) 
para fugir dos castigos e do cativeiro? Quem 
eram as figuras opressoras? Os movimentos 
da capoeira eram executados nos momentos 
de fuga?
BOOK_EDFIS-SPFE-2014_8S_CP_vol1.indb 9 11/11/13 17:09
10
Figura 1 – Isidore Laurent Deroy, seg. J.M. Rugendas – Jogar capoera ou danse de guerre (Jogo de capoei-
ra ou dança de guerra), 1827-1835 C. Litografia cor 29,7 x 422,4 cm – MEA 3300.
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Figura 2 – Isidore Laurent Deroy, seg. J. M. Rugendas – Nègres a fond de calle (Negros no porão de um navio), 
1827-1835 C. Litografia 35,8 x 55,4 cm – MEA 3559.
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Educação Física – 8ª série/9º ano – Volume 1
Professor, após as Etapas 1 e 2, su-
gerimos trabalhar com a seção 
“Para começo de conversa” do Ca-
derno do Aluno.
Falar da história da capoeira brasileira é 
reportar-se à história da resistência dos negros 
no Brasil.
Os negros escravizados, que vieram da Áfri-
ca Ocidental e trouxeram consigo suas tradições 
culturais, apresentavam-na como uma dança ou 
um divertimento para treinar seus movimentos e 
preparar-se para fugir do cativeiro. Era uma das 
“armas” que os escravos tinham para se defen-
der de seus opressores.
Grande parte dos autores que escrevem a 
Figura 3 – Danse de Nègres. Musiciens jouant les instruments de leur pays, obra de Paul Harro-Harring (c. 1840).
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respeito da questão associa o aparecimento da 
capoeira ao surgimento dos primeiros quilom-
bos, e alguns chegam a identificar o Quilombo 
dos Palmares como o berço dessa luta.
A capoeira, criada pelos negros escravizados 
para ser executada em situações arriscadas de 
confronto, é hoje praticada em diferentes espa-
ços públicos e privados. Os capoeiras, ou capoei-
ristas, geralmente representam um grupo do qual 
participam e que carrega um nome que, normal-
mente, simboliza a força negra nos tempos da 
escravidão. Os grupos costumam interpretar a 
capoeira de maneiras distintas, alguns trabalham 
a capoeira numa visão mais folclórica, outros en-
tendem que a modalidade é uma forma de luta; 
alguns dão maior ênfase à parte esportiva; outros 
valorizam principalmente o aspecto educativo.
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desenvolvimento da Situação de 
Aprendizagem 2
Etapa 1 – raízes da capoeira
Peça que os alunos organizem e apre-
sentem as informações a partir de vivências 
da Situação de Aprendizagem anterior. A 
Conteúdo e temas: movimentos característicos da capoeira; ritual da roda de capoeira.
Competências e habilidades: identificar os movimentos característicos da capoeira; identificar costumes 
e elementos ritualísticos da capoeira: a roda.
Sugestão de recursos: aparelho de som (opcional); CD com músicas de capoeira (opcional); instru-
mentos de capoeira (opcionais).
Figura 4 – Capoeira, Grupo Angoleiro Sim Sinhô.
SITuAçãO DE APRENDIzAGEM 2 
CONHECENDO A CAPOEIRA E SEuS MOVIMENTOS
Após um diálogo sobre os costumes e gestos da capoeira, os alunos participarão de uma roda 
que caracteriza o ritual presente nesse elemento cultural.
intenção é propiciar aos alunos momentos 
que lhes permitam perceber como determi-
nados elementos presentes na Cultura de 
Movimento da capoeira foram constituídos 
e elaborados.
Questione os alunos a respeito da ca-
poeira: Como ela foi praticada no passado? 
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Educação Física – 8ª série/9º ano – Volume 1
Quadro 1 – Alguns movimentos da capoeira
Armada: na execução, pode-se pular com as duas pernas ou com uma perna giratória, 
mantendo-se o tronco ereto. Funciona como esquiva. Ao aplicá-lo, o capoeirista 
posiciona-se em pé; um pé firma no chão e o outro faz um movimento livre. Com um 
movimento de rotação, ele varre na horizontal e atinge o oponente com a parte lateral 
externa do pé.
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Como é praticada hoje? Em que locais foi ou 
pode ser praticada? Quantas pessoas pratica-
vam ou praticam a capoeira? O que é neces-
sário para organizar uma roda de capoeira?
São necessários instrumentos para compor 
uma roda? Quais são esses instrumentos? 
Em quais lugares do bairro/comunidade se 
pratica a capoeira?
Organize os alunos em duplas, trios 
ou quartetos. Sugira que elaborem mo-
vimentos associados à capoeira e simu-
lem um encontro ou um confronto sem 
contato. Proponha que imaginem estar 
em frente a um espelho: um aluno elabo-
ra o movimento e o outro reproduz, de-
pois trocam as funções. Questione-os: 
Se estivessem sendo perseguidos, realizariam 
que movimentos para se defender? Quais são 
os critérios de escolha de determinados mo-
vimentos em situações de fuga? Quais são os 
movimentos realizados para a defesa? Quais 
são os movimentos realizados para o ataque? 
Que partes do corpo são utilizadas para rea-
lizar os movimentos? Que tipo de posições o 
corpo assumiu no espaço: deitado, agachado, 
posição invertida, em pé, de costas, equilí-
brio em um só pé, giros?
Etapa 2 – roda de capoeira
Forme uma roda com todos os alunos e 
sugira que, de forma voluntária, no meio 
da roda, criem alguns movimentos. A for-
ma de acompanhamento dos movimentos 
pode ser decidida pelo próprio grupo: mú-
sica, instrumentos ou batidas de palmas. 
Em seguida, destaque os movimentos reali-
zados por alguns alunos e sugira que todos 
os vivenciem.
O Quadro 1 apresenta a descrição e as 
imagens de alguns golpes da capoeira. Vale 
lembrar que não é necessário saber realizar 
os movimentos, o objetivo é agregar informa-
ções a respeito do significado e da intenção 
de cada gesto.
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Aú: nesse movimento, conhecidocomo estrela, coloca-se as mãos no chão e joga-se os pés 
para o ar. É utilizado na entrada da roda.
bênção: tem como objetivo acertar o adversário do abdome para cima. A perna de trás da 
ginga é colocada para a frente com a intenção de empurrar o oponente.
Cabeçada: realizado para desequilibrar o adversário, normalmente, acertando-lhe o 
abdome ou o peito.
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Educação Física – 8ª série/9º ano – Volume 1
Chapa ou escorão: golpe executado com a “chapa” (região plantar) do pé.
Cocorinha: esquiva que consiste em agachar o corpo, posicionando-se de cócoras (com os joe-
lhos flexionados, mas sem tocar o dorso no chão). um dos cotovelos permanece flexionado e o 
respectivo antebraço é mantido levantado para bloquear golpes na cabeça.
Esquiva: forma de se livrar de um golpe. Pode ser lateral, diagonal, atrás ou com a mão no 
chão. Após a esquiva, pode-se realizar um salto mortal.
Ginga: sequência que mais se assemelha a uma dança. É comum esconder na ginga a malan-
dragem do capoeira, para enganar o adversário. Serve também para descanso, sem compro-
meter a possibilidade de ataque e contra-ataque.
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macaco: projeção de cócoras. uma das mãos pode estar apoiada no chão. Realiza-se um 
movimento completo (giro) sobre o corpo, de modo transversal ao adversário. Nesse gesto, é 
fundamental olhar nos olhos do oponente.
martelo: movimento que se executa erguendo-se a perna ao mesmo tempo que o corpo é in-
clinado lateralmente. O golpe é realizado com a parte superior do pé.
martelo cruzado: salto no qual o capoeira gira para o lado em que o oponente será atingido. 
Também conhecido como martelo rodado ou parafuso.
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Educação Física – 8ª série/9º ano – Volume 1
meia-lua de compasso: aqui se usa o calcanhar para acertar o adversário. Gira-se o corpo 
mantendo uma das mãos no chão, colocando-as para a parte de dentro da ginga.
meia-lua de frente: semelhante à meia-lua de compasso, mas aqui o corpo permanece ereto, 
formando a imagem de uma meia-lua para baixo.
ponteira: golpe frontal em que o capoeira usa a ponta do pé para atingir o adversário. 
Executa-se de baixo para cima, de modo semelhante ao martelo, diferindo por ser frontal, 
e não lateral.
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Quebra de rins: o capoeira finaliza um aú ou qualquer outro movimento similar, flexionando o mem-
bro superior de apoio (usado para “sair” do aú) e levando o cotovelo em direção ao abdome, na altu-
ra dos rins, de modo que o corpo fique apoiado sobre o antebraço e o cotovelo flexionado, enquanto 
o outro antebraço permanece na altura da cabeça, até que um dos pés toque no chão. Nesse mo-
mento, deve-se fazer o movimento chamado “negativa” para finalização. Ao chegar nessa posição 
(negativa), pode-se levantar usando-se o chamado rolê ou apenas “sair” da negativa, levantando-se 
e mantendo a posição de base da capoeira, dando sequência com outro golpe ou apenas gingando.
Queixada: são possíveis dois tipos de execução (lateral e frontal). Na queixada lateral, a perna 
de trás da ginga cruza com a da frente, que é levantada, simultaneamente, fazendo um semi-
círculo. Na queixada frontal, a perna de trás da ginga faz um movimento circular de dentro 
para fora a fim acertar o rosto do adversário com a parte externa do pé. A queixada frontal 
também é chamada meia-lua de frente.
rasteira: consiste em apoiar as mãos no chão e girar a perna, em um ângulo de 360º, até que 
se encaixe por trás do pé do adversário, arrastando-o com o objetivo de derrubá-lo.se encaixe por trás do pé do adversário, arrastando-o com o objetivo de derrubá-lo.
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Educação Física – 8ª série/9º ano – Volume 1
Existem muitos movimentos que 
caracterizam a capoeira. Tente 
exercitar a ginga, movimento tí-
pico a partir do qual se realizam 
todos os demais. É um movimento ritmado 
e constante que envolve todo o corpo do ca-
poeirista, que simula tentativas de ataque e 
contra-ataque. Inicie afastando lateralmen-
te os pés. Desloque um dos pés para trás, 
mantendo o braço contrário à frente, com o 
tronco em pequena inclinação. Retorne à 
posição inicial e repita o movimento com o 
outro pé. Veja na figura a seguir a movimen-
tação dos pés:
Primeira movimentação da ginga: um pé desloca-se 
para trás e volta à posição inicial.
Segunda movimentação da ginga: o outro pé 
desloca-se para trás e volta à posição inicial.
Agora, experimente! Faça o movimento 
de forma relaxada, descontraída. Você po-
derá convidar alguns amigos para praticar 
a ginga. Dividam-se em dois grupos, um 
que pratica a ginga e outro quefaz o ritmo; 
façam a ginga dois a dois, dentro de uma 
roda. Alguns instrumentos poderão ser 
adaptados: atabaque (balde), berimbau e 
cabaça (bambu, arame e latinha de alumí-
nio ou pote plástico), agogô (duas latinhas 
de alumínio), reco-reco e baqueta (madeira/
bambu talhado e vareta de bambu), caxixi 
(garrafa plástica pequena com grãos) e pan-
deiro (tampa de plástico resis tente com tam-
pinhas de garrafa). Fica o desafio de criar 
o acompanhamento rítmico a partir desses 
instrumentos adaptados. Se você tiver um 
CD com músicas de capoeira, também po-
derá utilizá-lo, fazendo os movimentos na 
cadência da música.
Figura 5 – Movimentos de capoeira.
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Caça-palavras com imagens.
1. Indique o nome de cada movimento da capoeira.
desafio!
a) Armada.
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b) Rasteira.
c) Cocorinha.
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Educação Física – 8ª série/9º ano – Volume 1
d) Bênção.
e) Martelo.
f) Escorão.
g) Ponteira.
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h) Macaco.
2. Agora, encontre os nomes dos movimentos, que podem estar na vertical, na horizontal, 
na diagonal ou invertidos.
R R Z U V B N A K L U S Ã P R D S Q V N O K J
A X Y A M T S A R S L A J R P O N T E I R A Ç
S S N Z N A I V A S F F K T N C L N S K N L T
T Q O E T W C W D Ç C N L A H C A A C X A O T
E W T A I A X A W O I H O C R Ç I A O Z H I R
I P Ã V H L Q X C N R P O C L A F A R N K P J
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Educação Física – 8ª série/9º ano – Volume 1
SITuAçãO DE APRENDIzAGEM 3 
 OS INSTRuMENTOS DA CAPOEIRA
Os alunos adaptarão instrumentos utili-
zados em uma roda de capoeira a partir de 
objetos utilizados no cotidiano. Na defini-
ção e caracterização de dois tipos de capoei-
ra, a angola e a regional, pode-se questionar 
alguns aspectos dessa modalidade, que per-
mitirão aos alunos identificar e perceber 
como determinados elementos da nossa cul-
tura desenvolveram-se em função das condi-
ções e contextos de vida dos praticantes e de 
sua necessidade de sobrevivência e reconhe-
cimento social. 
Conteúdo e temas: os instrumentos como elementos do ritual da roda de capoeira; capoeira angola e 
capoeira regional – contextos.
Competências e habilidades: identificar e adaptar instrumentos utilizados em uma roda de capoeira; 
identificar, relacionar, caracterizar e analisar a transformação e/ou necessidade do surgimento da ca-
poeira angola e da regional.
Sugestão de recursos: papel sulfite; caneta; objetos diversos: balde, bambu, arame, latinhas de alumínio 
ou potes plásticos, garrafas plásticas, tampas de recipientes plásticos e tampinhas de garrafa.
desenvolvimento da Situação de 
Aprendizagem 3
Etapa 1 – o AbC dos instrumentos: 
agogô, berimbau, caxixi...
Sugira, previamente, que os alunos tragam de 
casa diferentes objetos para improvisar e cons-
truir alguns instrumentos utilizados na capoeira. 
Organizados em grupos, os alunos poderão fazer 
uma apresentação a partir do que foi produzido, 
movimentando-se ao som e ao ritmo sugeridos 
pelos objetos confeccionados. Questione-os: Há 
necessidade de instrumentos para acompanhar 
uma roda de capoeira? Os instrumentos de capoei-
ra podem ser produzidos por vocês? 
Cada grupo entregará a você, professor, 
uma folha avulsa na qual indicará o nome 
dos instrumentos que conseguiram adaptar. 
Os instrumentos confeccionados poderão 
ficar expostos na escola para que outros 
alunos os conheçam e os experimentem. Al-
guns objetos poderão ser adaptados: ata-
baque (balde), berimbau e cabaça (bambu, 
arame e latinha de alumínio ou pote plás-
tico), agogô (duas latinhas de alumínio), 
reco-reco e baqueta (madeira/bambu ta-
lhado e vareta de bambu), caxixi (garrafa 
plástica pequena com grãos) e pandeiro 
(tampa de plástico resistente com tampi-
nhas de garrafa).
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24
berimbau
De origem africana, o berim-
bau, instrumento-símbolo da 
capoeira, é composto de um 
arco, um dobrão (moeda de 
cobre) e uma baqueta. Os afro-
descendentes brasileiros de-
senvolveram estilos próprios 
para tocar o instrumento, que 
diferem da maneira como é to-
cado nas regiões africanas de 
ocupação banta.
pandeiro
De origem asiática, foi trazido 
para o Brasil pelos coloniza-
dores portugueses, que os uti-
lizavam nas procissões. Este 
instrumento hoje faz parte das 
composições de várias mani-
festações musicais. Nas rodas 
de capoeira, tem presença cer-
ta ao lado de atabaques, be-
rimbau e caxixi.
Atabaque
Presente nos rituais de can-
domblé, o atabaque, de origem 
afro-brasileira, é tocado com 
as mãos e dita, com outros ins-
trumentos de percussão, o rit-
mo na capoeira angola.
reco-reco
O reco-reco, de som peculiar, 
se incorpora a outros instru-
mentos de percussão e, na 
capoeira angola, produz uma 
variação sonora combinada 
com o agogô.
Agogô
O agogô é de origem africana, 
tem som metálico e faz con-
traponto com o berimbau e o 
atabaque. Também foi incor-
porado a outras manifestações 
musicais.
Caxixi
De origem ambígua (atribuem-
-se influências dos índios brasi-
leiros e de africanos), este cesto 
com sementes é utilizado, na 
capoeira, com o berimbau.
Fonte: Grupo Nzinga de Capoeira Angola. Disponível em: <www.nzinga.org.br>. Acesso em: 27 maio 2013.
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Educação Física – 8ª série/9º ano – Volume 1
Professor, para que os alunos am-
pliem seus conhecimentos, sugira 
que realizem a atividade proposta 
nas seções “Para começo de con-
versa” e “Pesquisa de campo”, do Caderno do 
Aluno. Nela, a turma terá a oportunidade de 
identificar músicas relacionadas à capoeira. 
Você conseguiria identificar cada um dos 
instrumentos a seguir pelo nome?
A música e o canto são elementos 
fundamentais para uma roda de 
capoeira, acompanhando e ca-
denciando os movimentos dos 
capoeiristas. Você conhece alguma música ou 
letra de música utilizada na capoeira? Para 
ampliar seu campo de conhecimento, conver-
se com colegas e verifique quem conhece e/ou 
tem músicas utilizadas na capoeira. Se consi-
derar necessário, anote a letra e tente cantá-
-la acompanhada de palmas. Talvez você 
consiga encontrar algum site ou CD com es-
sas canções. Tente realizar alguns dos movi-
mentos da capoeira enquanto alguém canta a 
música. Durante as aulas de Educação Físi-
ca, é possível usar músicas e letras ao traba-
lhar a capoeira; nessas ocasiões, você poderá 
contribuir propondo que sejam utilizadas 
aquelas que você encontrou na sua pesquisa. 
Aproveite para apresentar os movimentos 
que aprendeu.
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a) Berimbau.
b) Pandeiro.
c) Atabaque.
d) Agogô.
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26
Etapa 2 – Capoeira angola e capoeira regional 
Apresente o Quadro 2, que oferece algumas informações a respeito da capoeira regional 
e angola:
Quadro 2 – Características das capoeiras regional e angola
regional Angola
Criada pelo mestre Bimba. Criada pelo mestre Pastinha.
Mais recente. Menos recente.
Movimentos rápidos. Movimentos lentos.
Movimentos semelhantes aos das lutas e artes 
marciais.
Movimentos originais da capoeira.
Aproxima-se da condição de esporte. Procura preservar as tradições.
Contexto de desenvolvimento: espaço privado 
(academia).
Contexto de desenvolvimento: espaço público 
(rua).
Depois de apresentar o Quadro 2, sugira 
que os alunos conversem a respeito dos mo-
vimentos vivenciados e experimentados an-
teriormente. Ajude-os a relacionar e analisar 
a transformação e/ou a necessidade do surgi-
mento da capoeira regional e angola.
Se possível, convide um aluno que tenha 
uma vivência anterior, um membro da co-
munidade ou até algum mestre de capoeira 
para realizar uma demonstração na escola, 
destacando as diferenças entre os dois tipos 
de capoeira.
Peça que os alunos identifiquem, nessa vi-
vência, as principais características da capoeira 
e sua relação com o jogo, a dança e o espor-
te. Faça algumas perguntas do tipo: A capoei-
ra tem características da dança? Quais? Parece 
com uma modalidade esportiva ou jogo?
Professor, antes da Ativida-
de Avaliadora, você pode re-
comendar à turma a seção 
“Você aprendeu?”, do Ca-
derno do Aluno, para que ampliem a com-
preensão do tema estudado.
1. O estilo de capoeira que até hoje está mais pró-
ximo das tradições africanas relacionadas é:
( X ) capoeira angola.
( ) capoeira regional.
2. Qual das capoeiras tem uma metodologia 
própria para ensinar os golpes a seus parti-
cipantes?
( ) capoeira angola. 
( X ) capoeira regional.
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Educação Física – 8ª série/9º ano – Volume 1
3. Assinale os instrumentos que costumam 
integrar as atividades de acompanhamento 
musical e rítmico das rodas de capoeira.
( ) bateria. ( X ) atabaque. 
( X ) agogô. ( X ) reco-reco. 
( ) flauta. ( X ) berimbau. 
( ) sanfona. ( X ) caxixi. 
( X ) pandeiro.
4. Assinale os nomes dos movimentos que in-
tegram o jogo de capoeira.
( X ) martelo. ( ) serrote.
( X ) bênção. ( ) kata.
( X ) aú. ( X ) armada.
( X ) ponteira. ( X ) rasteira.
( ) gancho.
5. No jogo de capoeira, o movimento ritmado 
e constante que simula tentativas de ataque 
e contra-ataque e do qual partem todos os 
outros movimentos é chamado de:
( ) armada. ( ) bênção. ( X ) ginga.
ATIVIDADE AVALIADORA
A partir das informações e dos conhe-
cimentos disponibilizados nas aulas, com-
plementados por pesquisa na internet e/ou 
outras fontes, os alunos, divididos em gru-
pos, deverão demonstrar o desenvolvimento 
das seguintes habilidades:
 f identificar os nomes dos movimentos da 
capoeira (cinco nomes cada grupo);
 f identificar, nas músicas de capoeira, os ins-
trumentos utilizados;
 f relacionar e descrever as dificuldades que 
encontraram para realizar os movimentos 
da capoeira;
 f estabelecer relações entre os movimentos 
da capoeira atual e as necessidades dos 
capoeiristas durante a escravidão, questio-
nando se os movimentos da capoeira foram 
úteis para resistir a situações de opressão;
 f identificar e descrever as condutas espera-
das durante a realização dos movimentos 
em uma roda de capoeira (ritual);
 f descrever os aspectos que identificam ou 
caracterizam a capoeira como esporte.
Não é necessário que todos os grupos 
atendam a todos os tópicos. O resultado da 
pesquisa de cada grupo (que poderá incluir 
textos, imagens, desenhos etc.) pode ser apre-
sentado em um mural ou página na internet.
Professor, após a avaliação, você pode 
propor um momento de leitura que 
ajude os alunos a se conscientizar acer-
ca de sua postura corporal. Para isso, 
sugira-lhes a seção “Aprendendo a aprender”.
Para você não perder a postura!
Nas aulas de Educação Física, você 
deve experimentar diversos movimentos, 
inclusive alguns que caracterizam a capo-
eira, como os tratados neste tema. Será 
que você prestou atenção em seu corpo? 
Sentiu que nem sempre consegue fazer 
os movimentos porque não tem tanta fle-
xibilidade ou força? Será que em alguns 
momentos você sentiu uma dorzinha nas 
costas, na coluna? Pois é, temos uma co-
luna vertebral que funciona como uma 
haste cuja parte inferior equilibra-se sobre 
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uma base, que é o quadril; na outra ponta ela 
equilibra a cabeça. Há ainda as partes que 
ficam presas à região intermediária da co-
luna, como o tórax, os ombros e os braços. 
Parece um edifício. Por ser tão importante, 
precisamos cuidar muito bem dela.
Vejamos algumas dicas para você não 
perder a postura!
Você sabe como a coluna vertebral funciona?
Imagine um tubo flexível, composto de 
33 vértebras (ossos). Entre elas há um disco 
de cartilagem, parecido com uma borracha, 
chamado disco intervertebral. Dentro dessa 
“borracha” fica uma parte gelatinosa (nú-
cleo pulposo). Esse disco é responsável pelo 
amortecimento dos impactos que a coluna 
vertebral sofre.
Observe, na figura a seguir, o movimen-
to do tronco e o deslocamento do núcleo 
dentro do disco intervertebral.
Para amortecer o peso, o núcleo pulposo 
desloca-se em várias direções. Esse desloca-
mento é sempre contrário ao movimento. O 
núcleo vai para trás quando inclinamos otronco para a frente e vice-versa.
Alguns movimentos são prejudiciais para 
a coluna vertebral quando realizados por 
muito tempo!
Devemos evitar as posturas que levem o 
núcleo muito para trás. Por exemplo: ficar 
sentado em uma cadeira mantendo o tron-
co inclinado para a frente.
O disco possui pouca resistência para o 
movimento de rotação (torção do tronco). 
Evite o excesso desse movimento.
Manter o núcleo centralizado para não 
sobrecarregar uma parte do disco é a me-
lhor maneira de cuidar da sua coluna.
Agora que você já conhece o funciona-
mento da coluna vertebral, evite realizar 
movimentos incorretos!
Você pode equilibrar um livro de capa dura 
sobre a cabeça. Esse exercício estimula os mús-
culos responsáveis pela manutenção da postura.
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Fonte: SANTOS, Angela. Postura 
corporal: um guia para todos. São Paulo: 
Summus, 2005, p. 79. 
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Educação Física – 8ª série/9º ano – Volume 1
Durante o percurso pelas várias etapas 
das Situações de Aprendizagem, alguns alu-
nos poderão não apreender os conteúdos da 
forma esperada. É necessário, então, que 
novas Situações de Aprendizagem sejam 
propostas, permitindo ao aluno revisitar o 
processo de outra maneira. Tais estratégias 
podem ser desenvolvidas durante as aulas ou 
em outros momentos, individualmente ou em 
pequenos grupos, envolvendo todos os alu-
nos ou apenas os que apresentaram dificul-
dades. Por exemplo:
 f roteiro de estudos com perguntas nor-
teadoras elaboradas por você, para 
posterior apresentação por escrito;
 f apreciação e análise de filmes ou documen-
tários, orientadas por você;
 f apreciação e registro, por parte do aluno, 
de movimentos próprios e dos colegas;
PROPOSTA DE SITuAçõES DE RECuPERAçãO
 f elaboração e apresentação (pode-se op-
tar pelo registro com uso de palavras, 
desenhos, audiovisual etc.) de exercícios, 
pequenas coreografias, jogos etc., a par-
tir de referenciais e elementos sugeridos 
por você;
 f resolução de outras situações-problema, 
não contempladas na Atividade Avaliado-
ra, referentes aos gestos e movimentos da 
luta proposta;
 f reapresentação da Atividade Avaliado-
ra, desenvolvida em outra linguagem 
(por exemplo: descrever verbalmente e/
ou com desenhos as atividades realiza-
das na quadra);
 f atividade-síntese de um determinado con-
teúdo, em que as várias tarefas sejam refei-
tas em uma única aula e discutidas poste-
riormente (por exemplo: ritual da roda de 
capoeira).
RECuRSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR 
E DO ALuNO PARA A COMPREENSãO DO TEMA
Livros
AREIAS, Almir. O que é capoeira. São Paulo: 
Brasiliense, 1993. Apresenta o processo histó-
rico da capoeira, associando-o ao período da 
escravidão negra no Brasil.
FALCãO, José Luiz C. unidade didática 2: ca-
poeira. In: KuNz, Elenor. Didática da Educa-
ção Física 1. Ijuí: Editora unijuí, 2003. p. 55-94. 
Aborda a possibilidade de organizar unidades 
temáticas sobre conteúdos da capoeira, a partir 
de um enfoque crítico-emancipatório.
PASTINHA, Mestre. Capoeira angola. 3. ed. 
Salvador: Fundação Cultural do Estado da 
Bahia, 1988. Traz comentários sobre a capoei-
ra angola, na perspectiva de seu maior mestre.
SILVA, G. O. Capoeira: do engenho à univer-
sidade. São Paulo: Cepeusp, 1985. Apresenta 
um pouco da história e do desenvolvimento 
dos movimentos da capoeira.
SOuzA, Thiago V.; SOuzA NETO, Samuel; 
SILVA, Melissa F. G. O mestre de capoeira an-
gola ensina pegando pela mão: saberes, artefatos 
e rituais no processo de formação. São Paulo: 
Cultura Acadêmica, 2011. Apresenta e discute 
os processos formativos da capoeira angola e re-
gional na visão dos mestres de capoeira.
dissertação
IÓRIO, Laércio S. Capoeira e Educação Fí-
sica escolar: novos olhares e perspectivas., 
2004. Dissertação (Mestrado em Ciências 
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da Motricidade). Rio Claro: Faculdade de 
Educação Física, universidade Estadual 
Paulista Jú lio de Mesquita Filho (unesp), 
2004. Trata das relações entre a capoeira e 
a Educação Física escolar, analisando pos-
sibilidades pedagógicas para elaborar dife-
rentes dimensões dos conteúdos nas aulas.
Sites
Capoeira Brasil. Disponível em: <www. 
capoeiradobrasil.com.br>. Acesso em: 27 
maio 2013. Apresenta informações básicas 
sobre a capoeira caracterizada como moda-
lidade esportiva.
Grupo Nzinga de Capoeira Angola. Dispo-
nível em: <www.nzinga.org.br>. Acesso 
em: 27 maio 2013. Apresenta informações a 
respeito da origem e da história da capoeira 
angola e também disponibiliza artigos, dis-
sertações e teses.
Museu Afro Brasil. Disponível em: <www.
museuafrobrasil.org.br>. Acesso em: 27 
maio 2013. O museu, localizado no Parque 
do Ibirapuera, na cidade de São Paulo, pos-
sui um significativo acervo no que se refe-
re à cultura dos povos africanos. Recebe 
mostras temáticas e, além de ser um espaço 
de formação continuada para professores 
e oferecer oficinas educativas para alunos, 
realiza visitas monitoradas para estudantes 
de escolas públicas.
Filmes 
Besouro. Direção: João D. Tikhomiroff. 
Brasil, 2009. 90 min. Na Bahia, por volta 
dos anos 1920, os negros continuavam a ser 
tratados como escravos. O filme aborda, ao 
tratar da educação de uma criança e da ca-
poeira, as contradições da justiça, a opres-
são e o preconceito.
Cordão de ouro. Direção: Antônio Carlos 
Fontoura. Brasil, 1977. 77 min. Em Eldorado, 
onde a Companhia Progresso reúne técnicas 
modernas e formas primitivas de trabalho, Jor-
ge, um escravo de uma mina de selênio, con-
segue escapar valendo-se de suas habilidades 
na capoeira.
Os grandes aventureiros (Zulu Dawn). Di-
reção: Douglas Hickox. África do Sul/Ho-
landa/ EuA, 1979. 117 min. Épico baseado 
em fatos reais. Narra a história da batalha de 
Rouke’s Drift, ocorrida em janeiro de 1879, 
quando aproximadamente cem soldados in-
gleses tiveram de defender um posto militar 
de um ataque maciço realizado por guerreiros 
zulus (mais de 4 mil homens). 
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31
Educação Física – 8ª série/9º ano – Volume 1
A intenção, ao tratar de hip-hop e street 
dance, é enfatizar suas características rítmicas, 
mas, para isso, é necessário identificar aspectos 
mais amplos dessas manifestações, que não se 
restringem a um estilo musical ou de dança. 
A dança de rua tornou-se popular no 
Estado de São Paulo em meados da década 
de 1980. As primeiras manifestações ocor-
reram na capital paulista, nos arredores de 
estações de metrô no centro da cidade. O 
principal local que agrupava os interessados 
nessa manifestação sociocultural era a Es-
tação São Bento, devido ao amplo espaço 
externo ali disponível, no formato de “con-
cha acústica” e com pavimentação em már-
more, o que facilitava tanto a acústica para 
a música rap (sigla para rhythm and poetry 
 – ritmo e poesia) quanto a movimentação no 
solo para a dança dos b-boys (dançarinos de 
street dance). Nesse sentido, houve uma rá-
pida associação entre o movimento hip-hop, 
cuja origem foi em Nova Iorque, nos EuA, e 
sua repercussão inicial em São Paulo e, pos-
teriormente, em todo o Brasil.
O hip-hop surgiu nos Estados unidos da 
América no início da década de 1980, após a 
intensificação da luta dos cidadãos negros da-
quele país pelos direitos civis desde o final da 
década de 1960 e por toda a década de 1970, 
com a criação do Partido dos Panteras Negras. 
O aumento da população imigrante provenien-
te da América Latina e do Caribe foi determi-
nante para a miscigenação cultural nos grandes 
centros urbanos e regiões metropolitanas, espe-
cialmente em Nova Iorque, criando as condi-
ções para que o hip-hop se constituísse ali comomanifestação sociocultural urbana. Há indí-
cios de que na Jamaica já havia manifestações 
semelhantes ao que os mestres de cerimônia 
(MCs) fazem, para organizar eventos popula-
res com música e discussão política.
O estilo mais conhecido dessa cultura 
urbana e metropolitana tornou-se sinônimo 
da dança de rua na época: o break dance. 
Há duas interpretações para a nomencla-
tura, já que break em inglês significa “que-
brar” ou “interromper” (fazer um intervalo 
de tempo). A dança simulava movimentos 
como se as articulações estivessem “quebra-
das” e ocorria nos intervalos das apresenta-
ções de cantores de rap e disc jockeys (DJs). 
O hip-hop é uma manifestação sociocul-
tural que pode ser compreendida somente no 
próprio contexto dos grupos interessados 
no seu processo coletivamente e na história 
de vida de cada uma dessas pessoas. Atual-
mente, há grupos interessados também nos 
produtos derivados do hip-hop e na sua 
“imagem” para comercialização. 
Há quatro principais elementos constituin-
tes do hip-hop: o DJ (disc jockey responsável 
pela produção musical), o MC (mestre de ce-
rimônia ou apresentador do evento), o b-boy 
ou a b-girl (break boy/girl, street dancer ou 
dançarino de rua) e o grafiteiro (interessado 
na expressão gráfica da cultura urbana). A as-
sociação desses elementos ocorreu pela apro-
ximação dos interesses dos jovens pela música 
mais falada que cantada (rappers e também 
cantores de R&B – rhythm and blues), pela 
discotecagem e produção de música a partir 
de fragmentos ou samples (DJs), pela dança 
(estilos de street dance pelos b-boys), pela or-
ganização e produção de eventos (pelos MCs) 
e pela expressão gráfica com um sentido esté-
tico diferenciado (grafite). 
TEmA 2 – ATiVidAdE ríTmiCA – Hip-Hop E Street 
Dance: diFErEnTES ESTiLoS, prinCipAiS pASSoS 
E moVimEnToS
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Figura 6 – Os quatro principais elementos do hip-hop.
Há, ainda, a aproximação de outros gru-
pos socioculturais ao hip-hop, acrescentan-
do elementos a essa dinâmica na chamada 
“cultura de rua”, por exemplo: os jovens in-
teressados no street ball (basquete de rua) street ball (basquete de rua) street ball
ou no uso de skates. Em todos os casos há 
destaque para o protagonismo juvenil de 
forma muito ampla, pois o movimento foi 
criado por jovens como manifestação de um 
estilo de vida que confronta certos valores 
tradicionais.
Embora a questão étnica predominante 
no contexto original do hip-hop fosse a rea-
lidade vivida por negros em uma região ur-
bana e tenha se popularizado por evidenciar 
seus conflitos (McLAREN, 2000), em todo 
o mundo parece haver associação entre o 
hip-hop e a luta por poder e representativi-
dade. Por exemplo, entre os rappers há esta-
dunidenses, judeus e negros que moram em 
regiões rurais, franceses muçulmanos e brasi-
leiros umbandistas.
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Educação Física – 8ª série/9º ano – Volume 1
Conteúdo e temas: manifestações rítmicas ligadas à cultura jovem – hip-hop e street dance; diferentes 
estilos como expressão sociocultural.
Competências e habilidades: identificar os diferentes elementos constitutivos do hip-hop; compreender 
o contexto sociocultural do hip-hop e suas manifestações rítmicas.
Sugestão de recursos: papel sulfite; canetas.
A frase “Todo o poder para o povo” foi pro-
ferida por Angela Yvonne Davis, a primeira mu-
lher a concorrer à vice-presidência dos Estados 
unidos da América, e incorporada no discurso 
dos rappers estadunidenses e brasileiros. A músi-
ca Fight the power (Combata o poder), do grupo 
Public Enemy, de Nova Iorque, nos anos 1980, e 
a sigla “4P” (Poder Para o Povo Preto), em uma 
música do grupo paulistano DMN, nos anos 
1990, são exemplos dessa incorporação. 
A busca pelo poder para garantir o direito 
à expressão livre e a reivindicação de repre-
sentatividade política pelo próprio povo foi 
declarada, abertamente, pelos jovens naqueles 
tempos. A música Política, do grupo Athaly-
ba e a Firma, é um exemplo nesse sentido. 
Alguns desses jovens encontraram no hip-hop 
um modo de expressão. 
O propósito desta Situação de Aprendiza-
gem é que os alunos identifiquem e vivenciem 
algumas formas de expressão comuns ao hip-hop. 
São apresentadas, inicialmente, duas vivên-
cias relacionadas à produção de sons com o 
próprio corpo e, a seguir, uma terceira com a 
elaboração de movimentos que acompanham 
os sons produzidos.
SITuAçãO DE APRENDIzAGEM 4 
“TODO O PODER PARA O POVO”
desenvolvimento da Situação de 
Aprendizagem 4
Etapa 1 – percussão corporal
Peça aos alunos que se expressem com rit-
mos e sons produzidos por seus corpos, expe-
rimentando, assim, uma “percussão corporal”. 
Sugira que todos comuniquem alguma ideia 
para os demais, individualmente ou em grupos. 
Peça que identifiquem as partes do corpo que 
emitem sons, classificando-os. Questione-os 
sobre como podemos produzir sons que não 
percebemos no cotidiano e quais sons são mais 
valorizados no convívio social.
Etapa 2 – Beat box
O beat box (caixa de sons) é um termo uti-
lizado para se referir a um rádio de grandes 
dimensões, também chamado, nesse caso, 
de boom box, ou aos sons produzidos com o 
próprio corpo, principalmente com a boca, 
simulando efeitos sonoros das pick-ups 
e dos scratches nos discos. Solicite aos alu-
nos que comuniquem ideias utilizando o 
estilo sonoro beat box, produzindo sons 
com a boca.
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SITuAçãO DE APRENDIzAGEM 5 
SãO QuATRO ELEMENTOS. SERÁ QuE CABE MAIS uM?
No hip-hop, o MC é o responsável pela or-
ganização e apresentação do evento: uma ba-
talha entre DJs, um duelo entre rappers, um 
desafio de b-boys ou um concurso de grafite. 
Os DJs são responsáveis pela produção musi-
cal; os rappers, pela elaboração das rimas; os 
b-boys, pelos passos de dança; e os grafiteiros, 
Professor, não é necessário que você sai-
ba executar os movimentos do street dance. 
Se for preciso, peça aos alunos que já pos-
suem vivências das danças de rua para au-
xiliá-lo em algumas etapas da Situação de 
Aprendizagem. A mesma estratégia pode ser 
utilizada para qualquer outra manifestação 
rítmica que seja abordada em aula. 
pela expressão gráfica.
Nesta Situação de Aprendizagem, os alu-
nos vivenciarão um evento característico do 
hip-hop, elaborando os elementos culturais 
que constituem essa manifestação e, a seguir, 
relacionarão os elementos do hip-hop aos es-
tilos de street dance.
Peça que criem passos de dança ao som do 
beat box, harmonizando o ritmo com os sons e 
os movimentos criados, os quais podem ser no-
meados e registrados por escrito (ou por meio de 
desenhos), para que possam ser aproveitados para 
discussão nas próximas aulas e também avaliados.
Professor, para este momento você pode 
sugerir que os alunos leiam o texto do box 
“Você sabia?”, do Caderno do Aluno.
possibilidades interdisciplinares
Professor, o tema hip-hop poderá ser desenvolvido de modo integrado com as disciplinas de Ar-
tes, Geografia, História, LínguaPortuguesa e Língua Estrangeira, na medida em que os conteúdos 
remetem a costumes brasileiros e de outros países, localização geográfica e situação econômica, 
expressões idiomáticas, termos estrangeiros e representações estéticas. Converse com os professores 
responsáveis por essas disciplinas em sua escola. Essa iniciativa facilitará a compreensão dos conteú-
dos de forma mais global e integrada pelos alunos.
Você sabia?
Que é possível fazer música com o corpo? Palmas, marcação com os pés, sons com a boca 
etc. Essa técnica é chamada percussão corporal. Experimente “tirar” sons graves, médios e agu-
dos do seu corpo. Por exemplo, se você bater com a palma das mãos no peito, encontrará 
sons graves; no abdome, médios; nas coxas, agudos. Experimente! Para saber mais acesse o site 
<http://www.barbatuques.com.br/br> (acesso em: 27 maio 2013), mantido por um grupo brasi-
leiro de percussão corporal internacionalmente reconhecido. Confira, você vai gostar!
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Educação Física – 8ª série/9º ano – Volume 1
Conteúdo e temas: manifestações rítmicas ligadas à cultura jovem – hip-hop e street dance; diferentes 
estilos como expressão sociocultural; principais passos e movimentos.
Competências e habilidades: identificar os diferentes elementos constitutivos do hip-hop; compreender o con-
texto sociocultural do hip-hop e suas manifestações rítmicas; identificar os diferentes estilos de street dance; 
perceber e nomear passos e movimentos característicos de street dance; criar e nomear movimentos de street 
dance; perceber e compreender o ritmo individual e coletivo na construção dos movimentos de street dance.
Sugestão de recursos: imagens sobre hip-hop; aparelho de som; CD sobre hip-hop; TV; aparelho de 
DVD; DVD sobre hip-hop; cartolina; giz; lousa. 
desenvolvimento da Situação de 
Aprendizagem 5
Etapa 1 – os quatro elementos do hip-hop
Apresente, rapidamente, aos alunos os ele-
mentos do hip-hop, se possível com imagens 
(verifique as apresentadas neste Caderno). Se 
preferir, peça para que eles pesquisem, pre-
viamente, o assunto ou verifique se já têm al-
gum envolvimento com o hip-hop.
Organize os alunos em grupos, associando-os 
a um dos elementos constitutivos do hip-hop e às 
suas respectivas funções: MC, DJ, rapper, grafi-
teiro e b-boy (ou b-girl, no caso das alunas). Cada 
grupo será responsável por uma das funções. O 
grupo de MCs organizará eventos envolvendo 
os demais, propondo temas ou desafios. Os DJs 
providenciarão a música (com aparelhos de som 
eletrônicos ou com o recurso do beat box e da 
percussão corporal ou, ainda, improvisando ob-
jetos disponíveis). O grupo de rappers elaborará 
as rimas (poderão escrevê-las ou improvisá-las). 
Os grafiteiros farão as ilustrações gráficas (po-
dem ser criações a partir dos temas que surgirem 
nas músicas) em cartazes ou utilizando bastões 
de giz em uma lousa, por exemplo. E os b-boys e 
as b-girls elaborarão os passos de dança.
Peça para os grupos apresentarem suas 
produções. Pode haver um rodízio entre eles, 
para que todos possam experimentar diferen-
tes elementos do hip-hop. Se for possível, peça 
para que tragam outros objetos que possam 
ser associados ao hip-hop e/ou “cultura de 
rua” contemporânea, como patins e skates. 
Alguns movimentos de capoeira podem ser 
também associados aos passos dos b-boys.
Etapa 2 – São quatro estilos, mas cada um 
tem o seu
Há quatro estilos principais de street dance: 
no breaking, a impressão é de que as articula-
ções estão sendo “quebradas” nos movimentos; 
no popping, parece que as articulações estão 
“saltando” em espasmos musculares; no locking, 
as articulações estão “trancadas”, restringindo 
os movimentos; e, no freestyle, a improvisação 
assemelha-se a uma coreografia.
Figura 7 – Popping.
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Figura 8 – Breaking.
Figura 9 – Locking.
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Figura 10 – Freestyle individual.
Apresente aos alunos uma produção audio-
visual: trechos de filmes ou videoclipes sobre o 
street dance nos quais sejam apresentados mo-
vimentos específicos (veja a seção “Recursos 
para ampliar a perspectiva do professor e do 
aluno para a compreensão do tema”), conten-
do movimentos específicos. 
A seguir, proponha que analisem a com-
plexidade e o significado dos movimentos, 
vivenciando-os e registrando suas impressões 
e sensações enquanto os realizam. 
A dinâmica da aula poderá ser agilizada se 
os alunos tiverem em mãos os nomes dos prin-
cipais movimentos e as respectivas imagens para 
que possam associá-los à vivência. Procure ela-
borar esse material com antecedência ou solicite 
que os próprios alunos pesquisem e tragam seus 
registros (textos e figuras) para a aula.
Professor, neste momento você pode-
rá solicitar ao aluno a leitura e a rea-
lização das atividades “Para começo 
de conversa”, “Pesquisa individual” e 
“Lição de casa” sugeridas no Caderno do Aluno.
Se você mora ou já viajou para alguma das re-
giões metropolitanas do Estado de São Paulo, já 
deve ter visto apresentações informais de b-boys 
pelas ruas. O movime nto hip-hop em São Paulo, 
influenciado pelo hip-hop de Nova Iorque, asso-
cia manifestações culturais como música, grafite 
e dança de rua ou street dance (recentemente, o 
basquete de rua e o skate foram agregados) a 
questões sociais como racismo, livre expressão e 
maior representatividade política dos segmentos 
sociais presumidamente desfavorecidos.
Os quatro elementos principais do hip-hop são:
 f MC – mestre de cerimônia ou apresenta-
dor do evento;
 f DJ – disc jockey, responsável pela produ-
ção musical; 
 f grafiteiro – realiza a expressão gráfica da 
“cultura de rua”;
 f b-boy – dançarino de rua (se for menina, b-girl).
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Educação Física – 8ª série/9º ano – Volume 1
1. Identifique nas imagens a seguir os quatro elementos principais do hip-hop:
b) DJ.
c) MC ou rapper. d) B-boy.
a) Grafiteiro.
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Você sabia que existem quatro 
estilos de street dance? Pesquise 
na internet ou em outras fontes 
vídeos e fotos dos quatro estilos, 
observe as características dos movimentos e 
responda:
1. Você se identifica com algum deles? Com 
qual?
2. Se pudesse ter aulas de street dance, qual 
estilo gostaria de aprender? Por quê?
Respostas pessoais. A intenção, nestas questões, é perceber 
se os alunos se identificam com algum dos estilos. De posse 
dessa informação, as práticas poderão ser propostas a partir 
das preferências da turma.
Mano que é mano sabe...
Escreva um rap falando da sua expe-
riência com o hip-hop na sua escola. 
Não se esqueça das rimas.
Espera-se que o aluno consiga construir, a partir do conteúdo 
desenvolvido, um dos elementos do hip-hop, no caso um rap.
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Conteúdo e temas: manifestações rítmicas ligadas à cultura jovem: hip-hop e street dance; diferentes 
estilos como expressão sociocultural; principais passos e movimentos.
Competências e habilidades: identificar os diferentes elementos constitutivos do hip-hop; compreender 
o contexto sociocultural do hip-hop e suas manifestações

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