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Administração financeira

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Administração financeira 
 
Aula 1 
 
 
Introdução 
A administração financeira preocupa-se com as tarefas do administrador financeiro. Estes 
administradores devem gerir ativamente os assuntos financeiros de qualquer tipo de 
empresa, mesmo se a empresa for: 
sem fins lucrativos, empresa pública ou privada. 
 
Mas afinal, o que são Finanças? 
Podemos definir finanças como a arte e a ciência da gestão do capital. Também podemos 
afirmar que todos os indivíduos e organizações recebem, gastam e investem o seu dinheiro. 
A área de finanças irá preocupar-se com a dinâmica do processo entre os indivíduos, 
empresas e instituições. Esta área é ampla e dinâmica, e afeta todos os setores da empresa, 
mas principalmente os setores: financeiro e de administração financeira. 
 
 
 
 
 
 
 
Função da administração financeira 
Para entender a função da administração financeira é importante conhecer as modalidades 
jurídicas de organização de empresa. 
 
 
 
Firma Individual 
É uma empresa de propriedade, com uma única pessoa. É muito mais 
simples criar este tipo de empresa, já que é sujeita a menos regulamentações. 
 
Responsabilidade da Firma Individual 
É uma responsabilidade sobre as dívidas da Empresa, é ilimitada e cabe 
ao proprietário o direito ao Lucro, assim como as obrigações com as 
dívidas. Desta forma, não há distinção entre rendimentos de pessoa física e de pessoa 
jurídica, desta forma o lucro da empresa é tributado como se fosse rendimento de pessoa 
física. 
 
 
Sociedade por cotas 
É uma empresa de propriedade, com dois ou mais proprietários. 
 
Responsabilidade da Sociedade por cotas 
A responsabilidade de uma sociedade por quotas é limitada, na qual 
cabe a um ou mais sócios gerais a responsabilidade pela gestão da 
empresa, mas haverá um ou mais sócios limitados que não terão participação ativa no 
negócio. O sócio limitado terá a responsabilidade pelas dívidas da empresa, e 
essa é restrita ao montante que tenha contribuído para o capital da 
sociedade, ou seja, ele só responderá na proporção da sua participação.( ex: se este sócio 
possui 50% das cotas, ele só responderá pelas obrigações na mesma proporção, ou seja, 
50% desta obrigação) 
 
 
 
Sociedade por ações 
A sociedade por ações é regida pela Lei 6404/76 (lei da S.A). É uma 
sociedade anônima com o capital dividido em ações. 
 
Responsabilidade da Sociedade por ações 
A responsabilidade dos sócios é limitada pelo preço da emissão das ações 
 subscritas ou adquiridas. 
Todas as áreas da empresa são obrigadas a interagir com o pessoal de 
finanças e com o procedimento da administração financeira. 
A função da administração financeira tem uma relação com a teoria 
econômica e com a contabilidade e as atividades básicas do administrador. 
 
 
Estrutura da função financeira 
Todos os setores da empresa interagem com o setor financeiro. 
 
 
 
 
Responsável pela gestão da atividade financeira. 
Tesoureiro: geralmente é responsável pela gestão de atividades financeiras, tais como 
planejamento financeiro e captação de fundos, tomada de decisões de investimentos, 
gestão de caixa e gestão de atividades de crédito, etc. 
Atividades fiscais e contábeis. 
Controller: lida com atividades contábeis, tais como: contabilidade gerencial, gestão de 
assuntos fiscais, contabilidade financeira, etc. 
 
 
Objetivo da administração financeira 
Alguns dizem que o objetivo da empresa é sempre maximizar o lucro, mas para 
alcançar este objetivo, o administrador financeiro deveria concentrar-se apenas no lucro 
geral da empresa, mas não é o que acontece. As Sociedades por ações medem seus lucros 
em termos de lucro por ação (LPA). 
 
Mas a Maximização do lucro não é o objetivo, pois sendo assim, 
ele ignoraria a distribuição dos resultados no tempo, os fluxos de caixa disponíveis aos 
acionistas e o risco. 
A administração financeira compete à gestão racional dos 
recursos financeiros da empresa. Quando os recursos são escassos, cabe ao departamento 
financeiro tomar as decisões, a fim de obter os melhores benefícios no futuro. 
 
O objetivo de uma empresa pode ser declarado de várias maneiras, como maximização 
dos lucros, participação de mercado, maximização das vendas e da riqueza dos 
proprietários, etc. 
O principal objetivo da Administração Financeira é o de maximizar a riqueza 
dos sócios/acionistas. Para que isso aconteça, as atribuições do Administrador Financeiro 
podem ser sintetizadas em três atividades básicas: 
1. Realização de análise e planejamento financeiro. 
2. Tomada de decisões de investimentos. 
3. Tomada de decisões de financiamento. 
 
 
Maximização dos lucros 
A Maximização dos Lucros é o objetivo principal de uma empresa, a ideia é ter lucros cada 
vez maiores em um curto prazo. 
 
 
 
Neste sentido o administrador pode tomar diferentes decisões, como minimizar as 
despesas com promoções de produtos, por exemplo: 
 Não realizar manutenção adequada em máquinas e equipamentos. 
 Substituir mão de obra qualificada de salários altos. 
 Substituir matéria prima de qualidade. 
 
Segundo Gitman (1997), a maximização do lucro não considera o risco, porém, a 
maximização da riqueza considera explicitamente o risco. 
 
Uma premissa básica na Administração Financeira é que existe uma relação entre risco e 
retorno, na qual: 
 
Acionistas 
Esperam perceber maiores retornos de investimento de maior risco, cada vez mais cedo. 
 
Administradores Financeiros 
Precisam levar em conta o risco, ao avaliarem investimentos potenciais. 
 
Maximização da Riqueza dos Proprietários 
Busca elevar o preço de mercado de ações ou da empresa. Essa elevação não resulta 
apenas dos lucros presentes, mas também do potencial de lucros futuros, da política de 
dividendos, da estrutura de capital, do crescimento, da segurança e outras variáveis. 
 
Maximização do lucro 
Não considera o risco, porém, a maximização da riqueza considera explicitamente no risco. 
 
 
Uma premissa básica na Administração Financeira é que existe uma relação entre risco e 
retorno: 
Risco x Retorno 
 
Os acionistas esperam perceber maiores retornos de investimento de maior risco e vice-
versa. 
Os Administradores Financeiros precisam, portanto, levar em conta o risco ao avaliarem 
investimentos potenciais. 
Indicar ano do autor e rever pontuação. 
 
 
A Companhia Drury está estudando a expansão de sua linha de produção em um de seus 
dois novos produtos, C ou D. 
O produto C parece ser um produto relativamente seguro para se investir. 
O produto D é considerado um item de moda altamente arriscado. 
 
Após considerar todos os custos, espera-se que os dois produtos gerem os seguintes lucros 
por ação ao longo de suas vidas de cinco anos. 
 
 
 
Se ignorarmos quaisquer diferenças no risco e usarmos uma abordagem de maximização do 
lucro, parece que o produto D seria o preferido. 
Contudo, se considerarmos que o produto D é altamente arriscado, enquanto que o 
produto C representa um investimento seguro, a conclusão poderá não ser tão direta. A 
empresa poderá apenas exigir um retorno de 10% sobre o produto C, ao passo que, como 
compensação para o maior risco do produto D, tenha que obter 15%. 
 
 Tendo em vista que os acionistas exigem maiores retornos para maiores riscos, é 
importante que o Administrador Financeiro considere adequadamente o impacto do risco 
sobre os retornos deles. 
 
A abordagem da maximização da riqueza considera o risco, enquanto que a maximização 
do lucro o ignora. A maximização da riqueza é, portanto, a abordagem preferida. 
 
 
 
 
Relações entre finança e contabilidade 
Asatividades do tesoureiro (financeiro) e do controller (contador) estão intimamente 
relacionados e com frequência. 
 
A diferença básica entre finanças e contabilidade é que uma está relacionada a fluxo de 
caixa e a outra está relacionada à tomada de decisão. 
 
 
Já o Administrador financeiro dá mais ênfase ao fluxo de caixa, ou seja, entrada e saída de 
capital, ele mantêm a solvência da empresa, sendo assim dizemos que ele trabalha com o 
regime de caixa. 
A função primordial do administrador financeiro é manter o grau de solvência da empresa, 
planejando seus fluxos de caixa. 
 
 
 
Em geral o contador trabalha com o regime de competência; ele prepara demonstrações 
financeiras que reconhecem receitas no momento da venda e reconhecem as despesas 
quando são realizadas. 
A função primordial do contador = produzir e divulgar dados para a mensuração do 
desempenho da empresa, avaliando sua posição financeira, e para o pagamento de 
impostos. 
 
 
Tomada de Decisão 
 
Tesoureiro 
O administrador avalia as demonstrações contábeis, produzindo dados para a melhor 
tomada de decisão, avaliando o risco e o retorno financeiro da empresa, com base em sua 
avaliação dos retornos e riscos correspondentes. 
 
Contador 
Os contadores se dedicam na coleta e apresentação de dados financeiros. 
 
A tomada de decisão é a segunda diferença básica entre finanças e contabilidade. 
 
 
A falta de planejamento e controle financeiro faz com que muitas empresas quebrem. Elas 
apresentam insuficiência e inexistência de suporte financeiro necessários para sua 
organização, sendo indiscutivelmente necessárias de informações do Balanço Patrimonial, 
no qual se contabiliza estes dados na gestão financeira, analisando-se detalhadamente para 
a tomada de decisão. 
 
A preocupação com a tomada de decisão, junto ao administrador financeiro, segue devido à 
decisão entre os investimento e financiamentos, além de determinar recursos para a 
empresa. 
 
Entretanto, as decisões são realmente tomadas com base nos efeitos de seus fluxos de 
caixa sobre o valor da empresa. 
 
 
Etapas do processo de decisão de investimento 
 
 
 
 
 
 
Exemplo: Imagine uma oportunidade da abertura de uma nova empresa, o que lhe trará 
expansão nas vendas e consequentemente retornos financeiros. 
 
Mas outros problemas podem exigir investimentos, como: máquinas, equipamentos, mão 
de obra. 
 
 
A busca de alternativa de investimentos deve ocorrer independentemente das preferências 
de investimento do investidor. Mas lembrem-se: Estas alternativas mudam de investidor 
para investidor, em virtude de algumas variáveis e a aceitação do risco (renda fixa, ações, 
etc.). 
 
 
Após a busca das alternativas de investimento, cabe a análise das mesmas. Esta deve ser 
criteriosa e tecnicamente fundamentada, utilizando os métodos de Valor Presente Líquido, 
prazo de retorno do investimento e a taxa interna de retorno. 
 
 
 
A seleção da melhor alternativa indicará a opção do investimento, assim será a escolha da 
alternativa que trará o retorno financeiro mais elevado, com o nível de risco aceitável pelo 
investidor. 
 
 
Objetivo da empresa 
 
Maximização de Riquezas 
Podemos admitir que o objetivo principal da empresa, e, por conseguinte, de todos os 
administradores e empregados, é o de maximizar a riqueza de seus proprietários. 
A maximização da riqueza em uma sociedade por ações é medida pelo preço da ação, ou 
seja, pelo valor que seria alcançado na venda dos direitos de participação no seu capital. 
 
Minimização das despesas 
O objetivo de melhorar os resultados apresentados pela empresa e aumentar o valor do 
patrimônio, por meio da geração de lucro líquido. 
Como a empresa pode obter rendimento com os fundos que recebe, o recebimento 
preferido é aquele que vem mais rápido e com resultado satisfatório. 
 
 
Funções do administrador 
 
 O Administrador é o responsável pela execução das funções financeiras da empresa. 
As atividades do administrador financeiro podem ser relacionadas às demonstrações 
financeiras básicas da empresa. Suas atividades primárias fundamentais são: 
 
1 - Analisar e elaborar o planejamento financeiro 
Transformar os dados financeiros, de forma que possam ser utilizados para monitorar a 
situação financeira da empresa; Avaliar a necessidade de se aumentar ou reduzir a 
capacidade produtiva e determinar aumentos ou reduções dos financiamentos requeridos. 
 
2 - Tomar decisões de investimento 
Determinam a combinação e os tipos de ativos constantes do balanço patrimonial da 
empresa). 
Tais decisões são importantes porque afetam o sucesso da empresa na consecução de seus 
objetivos. 
 
3 - Tomar decisões de financiamento 
Primeiramente, lida com a combinação mais apropriada entre financiamentos em curto 
e longo prazos deve ser estabelecida. Uma segunda preocupação, igualmente importante, 
é que fontes individuais de financiamento, em curto ou longo prazos, são as melhores, em 
um dado instante. 
 
Posição do administrador financeiro junto à empresa 
 
 
 
Agency 
Quando a empresa cresce, o proprietário se afasta de algumas atividades operacionais, e 
para realizar essas funções contratam-se os gestores. 
 
Quando a empresa se torna grande demais, ela recorre à abertura de capital e assim capta 
recursos de terceiros por meio da emissão de ações. O proprietário se torna acionista e 
contrata um administrador responsável por esse gerenciamento e dá a ele o poder de 
tomar decisões. 
 
Administradores não proprietários 
São contratados como agentes dos proprietários, que os contratam e delegam poderes 
para tomar decisões e administrar a empresa em nome deles. Este é um problema, pois 
muitos não se preocupam com o objetivo da empresa e sim com seus objetivos pessoais. 
 
Riscos de custos de Agency 
Para minimizar o que chamamos de risco de custo de agency e contribuir para a 
maximização da riqueza do proprietário, os acionistas incorrem ao custo de monitoramento 
do comportamento do administrador. Como uma proteção contra os atos desonestos do 
administrador e a concessão de incentivos pecuniários a esses profissionais para maximizar 
o preço da ação. 
 
 
Separação de propriedade e gestão 
Quando a empresa é separada entre propriedade e gestão, passamos a ter a figura do 
principal e do agente. O principal representa os acionistas e o agente representa os 
administradores contratados. 
 
 
O que se espera do Agente? 
Espera-se que ele realize ações alinhadas com o modelo de gestão do principal e que suas 
decisões atendam os propósitos de maximização da riqueza. 
 
Algumas situações que resultam em conflito de interesses por divergirem dos interesses 
próprios desses atores: 
1 - O principal no comando da empresa pode implementar projetos de maior risco e 
retorno. 
O agente deve preferir projetos de menor risco, que não lhe causem problemas. 
 
2 - O ganho que a empresa proporciona ao principal é considerado residual e ao agente 
cabe o ganho contratual. 
 
3 - Já que a empresa é constituída sob o pressuposto da continuidade, as ações do agente, 
antes desenvolvidas pelo principal, devem ser empreendidas a fim de garantir a 
sobrevivência da empresa no longo prazo. 
 
 
 
 
 
Como reduzir os conflitos de agência 
Para minimizar os conflitos, ou até mesmo resolvê-los, devem ser criados mecanismos 
eficientes para a convergência de interesses entre o principal e o agente. 
 
Estes mecanismos são os incentivos e o monitoramento. O incentivo é a remuneração dos 
agentes. Eles podem ser remunerados com o recebimento de ações da empresa, ou com a 
opção de compra subsidiada pelasações. 
 
 
Aula 2 
 
 
Introdução 
Olá! Bem-vindo! 
 
Nesta aula, você compreenderá a análise de investimentos e fará uma alusão entre risco e 
retorno, a particularidade de cada um dentro do seu conceito, e o seu impacto na tomada 
de decisão do investimento, no projeto ou no mercado. 
 
Conhecerá os tipos de análise de projetos e sua finalidade em cada momento, assim como 
seus comparativos. 
 
Você poderá identificar o momento e avaliar os dados fornecidos pela área de finanças e irá 
interpretar e mensurar seus dados, comparando o risco e o retorno no projeto. 
 
Então, vamos lá? 
 
Análise de Investimentos 
Analisar investimentos ou elaborar um orçamento de capital nos leva a avaliar a viabilidade 
financeira dos investimentos... 
...e quando realizada envolve várias condições, critérios e objetivos. 
 
O primeiro método que utilizamos é o: VALOR PRESENTE LÍQUIDO 
O Valor presente líquido (VPL) é uma técnica que procura avaliar em valor atual os 
fluxos de caixa de um determinado projeto de investimento, onde todos os valores são 
trazidos para a data presente, por meio de uma taxa de desconto, também conhecida como 
taxa de atratividade. 
 
O Valor presente líquido proporciona uma comparação entre o valor do investimento 
 e o valor dos retornos esperados com todos os valores considerados no momento 
atual. 
 
Na análise de um projeto de investimento, é a técnica mais aceita por não deixar dúvidas 
sobre a decisão a ser tomada. 
 
Fórmula do VPL: 
 
 
Onde: Fc0 ou I = investimento realizado, está no tempo 0 (ZERO) por ser desembolso. 
 FCn = fluxos de caixa líquido, esperados como retorno do investimento, portanto, 
uma entrada. 
 I = taxa de desconto ou taxa de atratividade, a qual permite trazer o Fluxo de caixa a 
valor presente. 
 
 
Uma empresa pretende investir em um projeto o valor de $55.000,00, que deverão 
proporcionar receitas líquidas a partir de 
 2009 conforme tabela a seguir: 
 
 
Sabendo-se que o valor de revenda dos equipamentos no ano 2010 é estimado em 
US$9000,00 e que a taxa de retorno esperada é igual a 21% a. a., pede-se analisar se o 
investimento planejado é rentável. 
 
 
 
 
Temos: 
Investimento inicial = Co = 55000. 
 
Receitas: 
C1 = 15500, C2 = 18800, C3 = C4 = C5 = 17200; no sexto ano a receita será C3 = 13500 + 
9000 = 22500, pois teremos 13500 do ano mais o preço de revenda 9000. 
 
Teremos então: 
VPL para uma taxa de juros i = 21 % a. a. = 21 /100 = 0,21 a. a. \ 1 + i = 1 + 0,21 = 1,21 
 
Substituindo na fórmula do VPL vem: 
VPL = VP - Co = = 15500 / 1,211 + 18800 / 1,21 2 + 17200 / 1,21 3 + 17200 / 1,214 + 17200 / 
1,215 + 22500 / 1,21 6 - 55000 
 
Usando uma calculadora científica teremos: 
VPL = 12809,92 + 12840,65 + 9708,95 + 8023,93 + 6631,34 + 7169,19 - 55000 = + 2183,98. 
 
 
 
Usando a calculadora financeira HP 12C, a sequência de comandos seria: 
 
f CLEAR reg 
55000 CHS g Cfo 
15500 g CFj 
18800 g Cfj 
17200 g Cfj 
17200 g Cfj 
17200 g CFj 
22500 g Cfj 
RCL n (aqui vai aparecer no visor o número 6, pois são 6 valores no fluxo de caixa) 
21 i (lembre-se que a taxa i é 21%) 
f NPV (teclar f e em seguida NPV) 
 
Aparecerá no visor da calculadora o valor 2.183,9868 
 
 
 
Considerando um projeto da empresa Truke de mestre com Investimento Inicial de $ 1.500, 
fluxos de entrada de caixa de 200, 350, 450, 550, sabendo que o custo de capital é de 10%, 
e que o tempo que a empresa estipulou para recuperar o investimento é de 2 e 5 meses, 
pede-se: Determine o VPL. 
 
1500 CHS g CFo 
200 g CFj 
350 g CFj 
450 g CFj 
550 g CFj 
10i 
F NPV 
 
-315,17 
Neste caso, o VPL foi negativo. Desta forma o projeto de investimento deverá ser rejeitado. 
 
 
E se mudarmos a taxa de retorno do problema anterior para uma taxa de retorno esperada 
igual a 25% a. a. 
Quanto seria? 
 
 
 
 
O segundo método de orçamento capital: PRAZO DE RETORNO DE INVESTIMENTO 
(PAYBACK) 
 
É a medida do prazo de retorno do investimento. É onde encontramos a resposta de 
quanto tempo precisamos para recuperar o capital que foi investido. Este tempo é medido 
em meses, anos, dias, etc. 
 
Payback simples é o tempo necessário para a recuperação do investimento 
 
Um investidor coloca o capital de $ 1000,00 em um projeto que lhe dará um fluxo de caixa 
anual no valor de $ 300,00. Em quanto tempo ele recupera o seu capital? 
 
Quando as entradas de caixa forem iguais bastará dividir o valor do investimento por 
apenas uma das entradas líquidas de caixa. 
 
Sendo assim, teremos PB = 1000 /350 = 2.86 anos aproximadamente. 
 
Então o resultado é 2,86 anos, ou seja, maior que dois anos e menor do que 3 anos. Vamos 
supor que o investidor queira o resultado mais preciso. 
 
Então o tempo de recuperação do capital de $1000,00 será em: 2 anos, 10 meses e 10 dias 
 
 
 
 
Agora vamos supor que o mesmo investidor com o mesmo capital de $ 1000,00 investe em 
um projeto com as seguintes entradas líquidas de caixa: 
 
Ano 1: R$ 300,00 
Ano 2: R$ 250,00 
Ano 3: R$ 300,00 
Ano 4: R$ 300,00 
Ano 5: R$ 400,00 
 
Vamos lá! Entradas diferentes de caixa. Não poderemos fazer como o método anterior, mas 
é fácil. 
 
O capital investido é de R$ 1000,00. 
Nos três primeiros anos ele recupera $900,00. 
 
Se adicionar o 4 anos o valor ultrapassará o valor do capital. Sendo assim, vamos fazer 
diferente. 
 
Como já sabemos que em 3 anos temos $900,00, só faltam $ 100,00, mas no quarto ano o 
valor ultrapassa. Então vamos dividir o que falta ($100,00) pelo que o próximo ano nos 
oferece ($ 300,00). 
 
100/300 = 0,3333333 ano 
 
Agora o procedimento é o mesmo, aconselho a não “zerar “ a máquina, podemos utilizar 
todos os números e multiplicar por 12 que é a quantidade de meses que tem o ano. 
0,3333333333333x 12 = 4 meses 
 
O capital será recuperado em 3 anos e 4 meses. 
 
Chegamos à conclusão que o melhor investimento é o primeiro projeto! Isso mesmo, 
aquele que se recupera o capital mais rápido. 
 
Então chegamos a conclusão que os critérios para a tomada de decisão são os seguintes: 
 
Se o período de payback for menor que o período máximo aceitável de recuperação, o 
projeto será aceito. 
 
Se o período payback for maior que o período máximo aceitável de recuperação, o projeto 
será rejeitado. 
 
 
Taxa Interna de Retorno (TIR) 
 
 
(TMA) X (TIR) 
(TMA) é uma taxa de juros que representa o mínimo que um investidor se propõe a ganhar 
quando faz um investimento, ou o máximo que uma pessoa se propõe a pagar quando faz 
um financiamento. 
Se a TIR for maior que a taxa mínima de atratividade (TMA) utilizada como referencia. 
Então o investimento é classificado como economicamente atraente. Caso contrário, há 
recomendação técnica de rejeição. 
 
A Taxa Interna de Retorno (TIR), é um fórmula matemática-financeira utilizada para 
calcular a taxa de desconto que teria um determinado fluxo de caixa para igualar a zero seu 
Valor Presente Líquido. Em outras palavras, seria a taxa de retorno do investimento em 
analisado. 
 
calcular através de tentativas, mas para evitar perda de tempo, 
podemos utilizar a calculadora financeira. 
 
Exemplo 
Um investidor coloca o capital de $ 1000,00 em um projeto que lhe dará o seguinte 
fluxo de caixa anual: 
 
 
 
Qual a TIR deste projeto? 
 
 
 
A TIR desse projeto é igual a 7,56%, observe que o VPL é descontado na mesma taxa de 
atratividade (7,56%), assim demonstrando que a VPL é igual a zero. Então seu resultado é 
INDIFERENTE.Não esqueça!! A TIR é a taxa que mede o retorno do investimento. 
 
Retornando todas as parcelas (entradas e saídas) de um fluxo de caixa para o “momento 
zero” (hoje) e igualando ao valor presente. 
 
 
A solução algébrica desse tipo de cálculo é bastante trabalhosa. Perceba que a solução da 
incógnita ( i ) só será possível por tentativa e erro. Faríamos a substituição dos termos e, 
por meio de tentativas, iríamos nos aproximando da taxa ( i ). 
 
Para visualizar melhor o problema, será necessário esquematizar um fluxo de caixa para 
cada situação. 
 
Para visualizar melhor o problema, será necessário esquematizar um fluxo de caixa para 
cada situação. 
 
Um investidor recebeu uma proposta para entrar como sócio numa empresa que fez a 
seguinte previsão de lucro: 
 
 
Sabendo-se que o capital inicial investido por ele seria de R$ 20.000,00, calcule a taxa 
 
interna de retorno desse investimento. 
 
 
 
Usando a calculadora HP-12C, a sequência de comandos seria: 
f CLX 
 
20.000,00 CHS g CF0 (armazena o capital investido com sinal negativo, pois é um 
desembolso para 
o investidor) 
 
5.700,00 g CFj (valor da parcela – entrada de caixa) 
 
6.300,00 g CFj (valor da parcela – entrada de caixa) 
 
7.200,00 g CFj (valor da parcela – entrada de caixa) 
 
2 g Nj ( número de vezes que a parcela anterior ocorre) 
 
f IRR (nos traz a Taxa Interna de Retorno) 
 
11,57% a.m. 
 
Como a TIR deste exemplo foi maior que 1 deve-se aceitar o projeto. 
 
Obs.: 
A taxa encontrada foi a mensal, pois informamos os valores das parcelas em períodos 
mensais. 
 
 
 
 
 
 
VPL x TIR 
Quando os projetos são mutuamente exclusivos, ou quando há relacionamento de capital, 
esta classificação permite à empresa determinar qual deles é melhor pelo ponto de vista 
financeiro. 
Quando há necessidade de um racionamento do capital, devemos aplicar um dos dois ou 
até mesmo os dois tipos de cálculos (VPL e TIR) para determinar qual o projeto a ser aceito. 
Uma das causas mais conflitantes é o reinvestimento de entrada de caixa intermediaria, ou 
seja, quando a entrada é realizada ao término do projeto. 
 
Considerando um projeto da empresa Truke de mestre, com Investimento Inicial de $ 
1.500, fluxos de entrada de caixa de 200, 350, 450, 550, sabendo que o custo de capital é 
de 10%. 
 
 
 
Determine o VPL: 
1500 CHS g CFo 
200 g CFj 
350 g CFj 
450 g CFj 
550 g CFj 
10 i 
F NPV 
 -315,17 
 
 
Determine a TIR: 
1500 CHS g CFo 
200 g CFj 
350 g CFj 
450 g CFj 
550 g CFj 
F IRR 
 1,15 
 
Observe que o valor do VPL é negativo, ou seja, este projeto será rejeitado por este 
método, e como a TIR obteve um resultado menor do que a taxa de atratividade (10%), 
confirma a rejeição do projeto. 
 
VPL x TIR 
(Provão 2001) O diretor da Toalhas Joinville Ltda. deseja substituir uma empacotadora 
mecânica por outra eletrônica. Existem três empacotadoras 
candidatas. Apesar do investimento inicial ser o mesmo para todas as máquinas, a 
magnitude e a época de ocorrência dos fluxos de caixa intermediários diferem. O quadro e 
os perfis de Valor Presente Líquido (VPL) sintetizam os resultados encontrados: 
Sabendo que o custo de oportunidade é de 11% ao ano, quais Empacotadora(s)deve(m) ser 
escolhidas? 
 
 
 
 
As três empacotadoras seriam escolhidas, pois possuem um TIR superior ao custo de 
oportunidade. 
 
 
Risco 
Agora que relembramos tudo de análise de investimentos e entendemos a importância das 
ferramentas necessárias para a tomada de decisão, percebemos que nem tudo no mundo 
dos investimentos é só retorno positivo, e neste caso observamos que temos algo que nos 
leva a uma incerteza de investir em um determinado projeto, é o RISCO. 
 
 
Segundo Gitman, Risco é a possibilidade de perda financeira. 
 
Qualquer tipo de investimento gera Risco, a todo o momento podemos nos considerar 
nesta posição. No momento em que saímos de casa, já assumimos o risco até o nosso 
retorno, assim como em qualquer investimento. 
 
 
 
 
Aula 3 
 
 
Introdução 
 
Nesta aula, o aluno compreenderá a definição de risco e retorno, a particularidade de cada 
um dentro de seu conceito e o seu impacto na tomada de decisão do investimento no 
projeto ou mercado. 
 
Conhecerá os tipos de risco e sua finalidade em cada momento, assim como seus 
comparativos. 
O aluno identificará o momento e avaliar os dados fornecidos pela área de finanças e 
interpretar e mensurar seus dados, comparando risco e retorno. 
 
 
Risco 
RISCO é a possibilidade de perda financeira. 
 
Os conceitos de risco, retorno e custo de oportunidade devem nortear as decisões 
sobre investimentos. 
 
O risco pode ser 
considerado como sinônimo de incerteza e desta forma refere-se à variação das taxas de 
retorno. 
 
Já que, quando investimos podemos ter um retorno positivo ou negativo. Desta forma, 
podemos afirmar que quanto mais certo é o retorno do investimento, menor será o risco 
que ele oferecerá. 
 
Quando se trata de investimentos, geralmente, as pessoas apresentam um comportamento 
típico de aversão ao risco, mas 
 para esta aceitação exige-se uma taxa de retorno aceitável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No caso de um investimento no mercado acionário, o investidor poderá obter perda ou 
ganho. 
 
 
 
 
Podemos observar que no mercado temos vários tipos de riscos, como: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Risco 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Retorno 
 
 
O retorno sobre um investimento é a variação do valor (final-inicial) mais o seu fluxo de 
caixa gerado durante um período. É expresso como uma porcentagem do investimento no 
inicio do período. 
 
Podemos utilizar a o calculo de retorno para mensurar o retorno através do seguinte 
cálculo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relação Risco x Retorno 
Na verdade podemos imaginar uma moeda, essa mesmo que você possui em sua carteira. 
Ela tem dois lados não é mesmo? 
 
Então, assim podemos exemplificar o risco e retorno; são faces de uma moeda onde de um 
lado termos o retorno, mas sempre conviveremos com o outro lado: o risco. 
 
 Para uma boa tomada de decisão, não podemos desprezar nenhum dos dois lados, afinal o 
retorno de um investimento sempre apresentará um risco. 
 
 
 
 
Os tipos de investimentos e administradores diferem uns dos outros. 
Os brasileiros geralmente são avessos a risco. Não é a toa que usamos mais os 
investimentos de poupança ou invés de investimentos em mercado de ações. 
Alguns preferem o “pouco, mas certinho”, e o medo do risco é tanto que nem ao menos” 
pulveriza“ seu capital. 
 
 
Níveis de Risco 
 
 
 
 
 
Para o administrador indiferente ao risco, o retorno exigido não varia quando o nível de 
risco vai de x1 para x2. 
Essencialmente, não haveria nenhuma variação de retorno exigida em razão do aumento 
de risco. É claro que essa atitude não faz sentido em quase nenhuma situação empresarial. 
 
 
Para o administrador avesso ao risco, o retorno exigido aumenta quando o risco se eleva. 
Como esse administrador tem medo do risco, exige um retorno esperado mais alto para 
compensar o risco mais elevado. 
 
 
Para o administrador propenso ao risco, o retornoexigido cai se o risco aumenta. 
Teoricamente, como gosta de correr riscos, 
 esse tipo de administrador está disposto a abrir mão de algum retorno para assumir 
maiores riscos. Entretanto, esse comportamento não tenderia a beneficiar a empresa. 
 
 
 
 
Em sua maioria, os administradores são avessos ao risco. Para certo aumento de risco, 
exigem aumento de retorno. 
 
Geralmente, tendem a serem conservadores, e não agressivos, ao assumir riscos em nome 
de suas empresas. 
 
Portanto, neste aula será feita a suposição de que o administrador financeiro tem aversão a 
risco e exige retornos maiores para correr riscos mais altos. 
 
 
Analise de sensibilidade 
Cada investidor tem suas preferências pessoais em relação a risco. 
 
Mais arrojados - Ou seja, aqueles que aceitam níveis mais elevados de risco, esperam ser 
recompensados com ganhos maiores para seus investimentos 
 
Mais conservadores - Ou seja, aqueles que se sujeitam a níveis mais baixos de risco, 
contentam-se com ganhos menores. Para avaliar o nível de risco o investidor utiliza a 
análise de sensibilidade de cenários e de análise estatística. 
 
 
A análise de sensibilidade busca oferecer ao tomador de decisão uma percepção do risco. 
Para fazer a análise de sensibilidade se faz necessário a criação de cenários diferentes e a 
associação de retornos a eles. 
 
São considerados três cenários: 
 
 
 
A análise de sensibilidade de um determinado projeto sai a testá-lo em situações ou 
cenários futuros não esperados pelo investidor, mas que possuem probabilidade de 
ocorrência. 
 
O risco de um ativo pode ser medido pela amplitude dos retornos e esta é encontrada 
apenas subtraindo o resultado do retorno pessimista do resultado do retorno otimista. 
 
Quanto maior o resultado, maior será o RISCO do ativo. 
 
Exemplo: A Cia. Tudo de Bom está considerando duas alternativas de investimento, para as 
quais fez as estimativas abaixo: 
 
A empresa Tudo de Bom apresentou dois ativos onde cada um deles exige um dispêndio 
inicial de 20.000,00. 
 
 
 
A administração fez uma estimativa pessimista e uma otimista para os retornos associados 
a cada investimento. 
Um tomador de decisões avesso a risco preferiria ao ativo A ao ativo B, porque o A oferece 
o mesmo retorno mais provável que o B (15%), mas com o menor risco. 
 
 
Distribuição de probabilidades 
A probabilidade de um evento é a possibilidade de ele ocorrer. 
 
 
Imagine um evento com 70% de probabilidade de ocorrência: poderá acontecer sete vezes 
em cada dez. 
 
Atenção: eventos 100% certeza total. 
 
Eventos iguais a zero nunca ocorrem. 
 
Uma distribuição de probabilidades é um modelo que associa a probabilidade aos eventos 
correspondentes. 
 
O tipo mais comum para ilustrar é o gráfico de barras. 
 
Este mostra somente o número limitado das de combinações entre eventos e 
probabilidades. 
 
Distribuição contínua de probabilidades é utilizada para grandes números de eventos. 
 
Exemplo: A Cia. Tudo de Bom está considerando duas alternativas de investimento, para as 
quais fez as estimativas abaixo: 
A empresa Cia Tudo de Bom, indica a que em suas estimativas passadas as probabilidades 
dos eventos pessimistas, mais prováveis e otimistas são de 25%,50% e 25%, 
respectivamente. 
 
 
 
Exemplo 2: Uma avaliação das estimativas pessimistas, mais prováveis e otimistas dos 
resultados passados pela Companhia em estudo, indica que: 
 
 
A soma dessas probabilidades precisa igualar-se a 100%, ou seja, elas devem basear-se em 
todas as alternativas consideradas. 
 
 
A Tabela abaixo apresenta os cálculos exigidos para se achar os valores esperados dos 
retornos para os ativos A e B: 
 
 
A figura abaixo apresenta um gráfico de distribuição probabilística contínua para os ativos A 
e B. 
 
 
 
Há vários pontos a se observar. 
 
 
Este exemplo visa somente esclarecer certos aspectos do risco. 
É por esta razão que os retornos esperados para os ativos diferentes são idênticos. 
 
 
Valor esperado de retorno (K) 
Se multiplicarmos as expectativas de retorno pelas respectivas probabilidades, obteremos o 
retorno esperado. 
 
O Valor esperado de retorno é o retorno mais provável de um ativo, segue a fórmula: 
 
 
Kj = Valor do retorno na ocorrência j 
Prj = probabilidade de ocorrência j 
n = número de ocorrências consideradas 
 
 
 
Exemplo: 
 
 
Os valores esperados dos retornos dos ativos A e B da Cia Tudo de Bom contêm os valores 
de retornos possíveis de cada ativo 17%. Mas não podemos esquecer que a amplitude do 
ativo A é menor, devido a isso a preferência a este ativo. 
 
Para resultados conhecidos e probabilidades iguais: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 4 
 
 
Introdução 
Nesta aula, o aluno compreenderá como se aplica o perfil de risco utilizando o Beta das 
carteiras, o risco sistemático e não sistemático, e o seu reflexo no retorno do investimento. 
 
Compreender as características de risco e retorno de uma carteira, em termos de 
correlação e diversificação, bem como o impacto de ativos internacionais sobre ela. 
 
Rever os dois tipos de risco, o desenvolvimento e o papel do beta na mensuração de risco. 
 
 
Desvio Padrão – σ 
Aprendemos na última aula o retorno esperado , calculo que utilizaremos aqui em desvio 
padrão. 
 
O desvio padrão é uma medida que representa o grau de dispersão dos retornos esperados 
em relação a média. 
 
O desvio padrão é o indicador de risco de um ativo mais comum, pois ele mede a dispersão 
em torno do valor esperado do retorno . 
 
A expressão do calculo do desvio- padrão dos retornos, σ é: 
 
 
 
Quanto maior o desvio padrão, mais alto é o risco. 
 
 
 
Sabemos que o valor do retorno esperado é de 17%. Sendo assim, vamos aplicar a 
expressão de desvio padrão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coeficiente de Variação- CV 
O coeficiente de variação é uma medida de dispersão útil que compara os riscos com os 
retornos esperados diferentes. 
 
 
 
Exemplo 
Quanto maior o coeficiente de variação, maior o risco. 
 
 
 
 
Custo de oportunidade 
O custo de oportunidade é utilizado pelos investidores no processo de escolha de 
determinada aplicação. 
 
Exemplo 
 
Investidor 
Um investidor que possua $50 mil aplicados no mercado financeiro, com uma remuneração 
de 15% ao ano, caso ele não faça o investimento e reverta este capital par o seu próprio 
negocio e se ao final do período considerado o retorno seja menor do que o mercado 
oferece (15%). 
 
Ele perdeu dinheiro, mas se a taxa de retorno superar os 15%, ele terá ganho. 
 
 
Empregado 
Imagine um empregado de uma empresa qualquer, e que ele decide sair do seu emprego e 
abrir seu próprio negócio. Quando ele toma esta decisão deverá incluir no custo do 
empreendimento o salário que não receberá mais, pois sua remuneração seria o uso 
alternativo de sua mão de obra. 
 
 
Carteira de ativos 
Para administrar o risco o investidor deve diversificar seus investimentos em um conjunto 
de ativos. 
 
Com isso, retornos insuficientes proporcionados por um ativo, podem ser compensados por 
retornos maiores, proporcionados por outros. 
 
Combinando os ativos com o objetivo de montar uma carteira eficiente, o investidor obterá 
maior retorno possível e terá o menor risco possível, para que haja a combinação de ativos 
se faz importante o uso da correlação. 
 
 
 
 
 
Correlação de uma carteira (ρ) 
Para construir uma carteira eficiente, o investidor deve buscar ativo cujos retornos tenham 
movimentações diferentes.Isso é possível por meio de avaliação da relação entre as taxas 
de retornos dos ativos, utilizando a medida estatística, chamada correlação. 
 
Correlação 
É um conceito estatístico utilizado para saber como duas ou mais variáveis se relacionam e 
comparam o movimento dos retornos, ou seja, como um retorno de um ativo se 
movimenta em relação a outro. 
Também se é utilizada quando pretendemos saber se existe alguma relação entre, por 
exemplo, duas variáveis. 
 
Objetivos 
 
 Correlação positiva -> Os dois ativos oscilam no mesmo sentido. 
 Correlação negativa -> As variáveis se movem em sentido contrário. 
 Valor zero -> Não há relação entre os ativos. 
 
 
Apesar do sentido, não podemos dizer dentro do universo estatístico que os eventos estão 
interconectados, ou seja, correlação não implica em causalidade. 
 
Mesmo quando fazemos um estudo entre ativos com correlação próxima de +1 ou –1, não 
é possível afirmar que há uma relação entre causa e efeito, especificidade que deve ser 
lembrada quando o investidor iniciar a interpretação dos dados. 
 
 
 
 
 
Em uma carteira pouca diversificada, quando os cálculos apontam para uma correlação 
próxima de +1, existe um potencial de risco por não diversificação. 
 
 
Utilizamos o conceito de correlação 
O Quadro elaborado a seguir demonstra o retorno esperado da carteira formada com 
diferentes participações das ações A e B e o risco da carteira adotando-se coeficientes de 
correlação extremos (ρAB = +1 e ρAB = - 1). 
 
 
 
O risco da carteira (σp) foi calculado de acordo com o modelo de Markowitz, o qual leva em 
consideração o risco de cada ativo, sua participação na carteira e a correlação. 
 
Assim, para: 
WA = 80%, 
WB = 20% e ρAB = +1 
 
 
Tipos de risco 
Imagine que você coloca todo o seu dinheiro em um único investimento (ativo),o que 
acontece com o risco? Ele será muito maior. 
 
Para isso “pulverizamos” nossos investimentos, pois se tivermos uma perda em um ativo 
em outro nos recuperamos. Mas dependendo do acontecimento poderemos não recuperar. 
 
 
 
 
 
 
Coeficiente beta 
De um ativo pode ser determinado a partir de seus retornos históricos em relação aos 
retornos históricos da Carteira de Ativos do mercado. 
Na verdade é uma regressão linear dos retornos dos ativos com o retorno do mercado. O 
valor do beta serve para indicar qual será a variação de um ativo. 
É uma medida relativa de risco não diversificável. É um indicador de variabilidade do 
retorno de um ativo em resposta a uma variação do retorno do mercado. 
Trabalha a rentabilidade de um ativo. O valor de beta é obtido a partir de dados de retorno. 
Os retornos históricos de um ativo são utilizados no calculo do coeficiente beta. 
 
 
Interpretação dos Betas 
Os betas podem ser negativos ou positivos, mas os mais comuns são este último. 
A maioria está entre 0,5 e 2,0. 
 
 
Tipos de Beta 
 
 
 
 
BETA DEFENSIVO 
Se o beta for menor do que 1,0. 
Ex: imagine se o Ibovespa varia 5% durante a semana e o beta da ação varia 0,75. Então 
teríamos: 
5% X 0,75 = 3,75% está seria a variação da ação neste período. 
 
BETA AGRESSIVO 
Se o beta for maior do que 1,0. 
Ex: imagine o IBOVESPA variando em 4% na semana e o valor do beta da ação em 1,80%, 
então teríamos: 7,2% esta seria a variação da ação. 
 
BETA NEUTRO 
Se beta for igual a 1,0 a rentabilidade da ação acompanha o mesmo parâmetro do índice. 
 
A carteira de ativos do mercado, por conter unicamente riso sistemático, apresenta 
coeficiente beta igual a 1. Assim, o coeficiente beta das ações individuais é comparável ao 
da carteira de ativos do mercado. 
 
 
Coeficiente beta 
A carteira de ativos do mercado, por conter unicamente riso sistemático, apresenta 
coeficiente beta igual a 1. Assim, o coeficiente beta das ações individuais é comparável ao 
da carteira de ativos do mercado. 
 
 
 
 
 
 
 
Resumindo podemos afirmar que: 
Quando o Beta é 1 (um), temos o retorno do ativo igual ao retorno de 
mercado. 
Quando o Beta é nulo, temos o risco de um ativo igual ao retorno de 
um ativo livre de risco. 
Ex1: De acordo com a expectativa de retorno para uma carteira 
composta pelas seguintes ações, nas proporções a seguir. 
 
 
 
 
 
Qual o valor do Beta de Carteira? 
Resposta: 
Beta: = 0,3.1,5 + 0,5.1 + 0,2.0,4 = 0,45 + 0,5.0,08 = 1,03 
 
 
 
Resumindo podemos afirmar que: 
Quando o Beta é 1 (um), temos o retorno do ativo igual ao retorno de 
mercado. 
Quando o Beta é nulo, temos o risco de um ativo igual ao retorno de um ativo 
 livre de risco. 
Ex 2: Uma empresa possui uma carteira composta por 40% de A, 35% de B e 
25% de C. Dado o beta de A de 1,3, de B 0,5 e de C 0,3. 
 
Calcular o beta de carteira. 
Resposta: 
B = 0,4 x 1,3 + 0,35 x 0,5 + 0,25 x 0,3 
B = 0,52 + 0,175 + 0,075 
B = 0,77 
 
 
Aula 5 
 
 
Introdução 
Nesta aula, você compreenderá o custo de capital , como se aplica os tipos de custo de 
capital utilizando os diferentes métodos, o modelo Gordon, o reflexo que se dá em todos 
os tipos de custos, como de capital próprio e capital de terceiros, evidenciando as 
debêntures e empréstimos. 
 
Modelo de Precificação de Ativos – CAPM 
Utilizamos o coeficiente beta para medir o risco não diversificável. 
 
O Capital Asset Pricing Model (CAPM) 
 
Modelo de Precificação de Ativos de Capital, O CAPM busca demonstrar, de maneira 
objetiva, o relacionamento da rentabilidade esperada de um ativo qualquer num mercado 
em equilíbrio, com o risco não diversificável demonstrado pelo coeficiente beta. 
 
O CAPM é construído sobre a premissa de que a variância de retornos é a medida de risco 
apropriada, mas somente a variação que é não-diversificável é recompensada. 
 
O CAPM mede essa variância não-diversificável utilizando uma estimativa beta; ou seja, no 
CAPM mede-se o investimento em duas dimensões: 
 
1 - O rendimento esperado sobre o investimento que nada mais é do que a recompensa por 
essa aplicação. 
 
2 - E a variância nos ganhos esperados, que reflete o risco existente no investimento. 
A variância mede a diferença entre os retornos efetivos e os esperados, podendo essa 
medida ser capturada estatisticamente na distribuição dos ganhos. 
 
 
O modelo CAPM É o modelo que mostra que o retorno esperado de um determinado 
investimento ou ativo depende de três fatores: 
 Valor puro do dinheiro no tempo. Medido pelo retorno ou taxa livre de risco, Rf , 
mostra a recompensa exigida por simplesmente esperar pela devolução do dinheiro, 
sem assumir risco nenhum. (poupança). 
 Recompensa por assumir o risco não-diversificável que é medido pelo prêmio por 
risco de mercado. Corresponde a recompensa que o mercado oferece para se 
assumir um nível de risco. 
 Nível de risco não-diversificável que é representado pelo Beta, b. Pode ser entendido 
como a reação da empresa em relação ao mercado. 
 
 
O Retorno esperado de um título é a medida correta da contribuição dele ao rendimento 
esperado da carteira. 
 
A partir do coeficiente beta, o CAPM consegue medir o retorno exigido sobre o mesmo, 
através da seguinte equação: 
 
O Retorno esperado de um título é a medida correta da contribuição dele ao rendimento 
esperado da carteira. 
 
A partir do coeficiente beta, o CAPM consegue medir o retorno exigido sobre o mesmo, 
através da seguinte equação: 
 
 
 
 
 
Exemplo 1 
A empresa SORTE S.A está em processo de crescimento e deseja determinar o retorno 
exigido de um ativo X com beta igual a 1,2 . A taxa de juros livre de risco é 8% ; o retorno da 
carteira demercado é 11%. 
 
kj = RF + [bj x (km – RF)], 
RF = 8% 
bj = 1,2 
Km = 11% 
 
Kj = 8% + [1,2 x ( 11%-8%)] 
Kj = 8% + [ 1,2 x ( 3%)] 
Kj = 11,6% 
 
O prêmio de risco do mercado de 3% ( 11%-8%), quando ajustado pelo indicador de risco ( 
beta) do ativo 1,2, resulta em um prêmio por risco de 3,6% [1,2 x 3%] . esse premio de 
risco adicionado a taxa livre de risco de 8% , produz um retorno exigido de 11,6%. 
 
Prêmios por risco é a diferença entre o rendimento de um investimento arriscado em 
comparação com um investimento seguro. (km – RF) 
 
 
Exemplo 2 
Conforme a expectativa de retorno para uma carteira composta pelas seguintes ações nas 
seguintes proporções. 
Considerando o Beta de Carteira, qual Será o Retorno da Carteira dado prêmio por risco de 
5% e retorno livre de risco de 6,5%? 
 
Beta: = 0,3.1,5 + 0,5.1 + 0,2.0,4 = 0,45 + 0,5.0,08 = 1,03. 
 
Kj= RF + [bj x (Km - RF)] 6,5 + 1,03 x 5 = 11,65% 
 
 
 
 
 
Linha de Mercado de Títulos (LMT ou SML) 
Quando o modelo de formação de preços de ativos (CAPM) é representado graficamente, 
recebe o nome de linha de mercado de títulos. 
Esta linha é uma reta e reflete o retorno exigido no mercado para cada nível de risco não – 
diversificável (beta). 
 
A relação entre risco e retorno é representada pela SML. 
 
Exemplo 
Vamos assumir que a taxa livre de risco seja 5%, e o mercado de ações global produzirá 
uma taxa de retorno de 12,5% no próximo ano. A empresa possui um beta de carteira no 
valor de 1,7. Utilizando a formula do modelo CAPM teremos: 
 
Kj = 5% + [ 1,7x (12,5% - 5%)] 
Kj = 17,75% 
 
Se você fizer um gráfico desta situação, ele se parecerá com isto: 
 
 
 
A linha de mercado de títulos não permanece estável, quando o tempo passa os 
deslocamentos podem levar a mudança do retorno exigido. O que leva esta mudança pode 
ser uma expectativa de inflação ou até mesmo a aversão a risco. 
A variação por expectativa de inflação pode resultar em mudanças da política monetária , 
afetam na importação e exportação 
 
 
O Capital 
 
Segundo Gitman - O termo capital denota os fundos de longo prazo de uma empresa, no 
balanço patrimonial tudo que aparece no lado do passivo é capital, sendo que se divide em 
capital de terceiro e capital próprio. 
 
Ao estudar o custo de capital devemos primeiramente entender o que é capital e o seu 
custo. 
 
O capital divide-se em capital próprio e capital de terceiros. 
 
Capital próprio - É aquele que faz parte do Patrimônio Líquido da empresa registrado no 
balanço patrimonial. 
 
Capital de terceiros - Que também está registrado no balanço patrimonial do lado do 
passivo, pode-se definir como o dinheiro que tomo emprestado para abrir uma empresa ou 
até mesmo aplicar nela algum recurso emprestado para melhoria de sua estrutura, ou 
compra de mercadorias a prazo. por exemplo. 
 
Exemplo 
Se eu e você abrimos uma sociedade e temos juntado R$ 50.000,00, então o nosso Capital 
Próprio é de R$ 50.000,00. 
 
Podemos concluir que: o Capital Próprio, é o dinheiro que é de propriedade do dono da 
empresa, ou dos sócios que a abriram. 
 
Quando se trata de investimentos, geralmente as pessoas apresentam aversão ao risco, 
mas para que este investidor aceite o risco ele quer em troca um retorno satisfatório. 
 
Vamos por em prática: 
 
Imagine que um investidor que possui uma quantia no banco e deseja investir em um titulo, 
o gerente apresenta vários, e que alguns a remuneração é pré- fixada (o investidor já sabe 
antecipadamente quanto será a remuneração)e outros a remuneração é pós- fixada, esta 
última possui um rendimento incerto. 
 
Considerando esse caso, se eu e meu sócio só tivéssemos R$ 45.000,00 para iniciar um 
negócio e será preciso que nós tenhamos R$ 50.000,00, teremos que conseguir os R$ 
5.000,00 restantes. Busca-se essa quantia através de um empréstimo bancário, por 
exemplo, digo que tal quantia é o Capital de Terceiros. 
 
Ou seja, “peguei” o dinheiro de terceiros. Mas podemos também considerar capital de 
terceiros a água, luz, telefone, Mercadorias, ou seja, tudo que você ou utiliza primeiro para 
pagar depois, isso significa que você está utilizando o serviço primeiro (o crédito) para 
depois saldar o compromisso. 
 
 
 
Mas o que é melhor para o empresário? Capital Próprio ou Capital de Terceiros? 
 
Ambos são importantes para uma empresa ou para quem a administre 
 
O principal é saber o melhor momento para adquirir o empréstimo ou para usar o recurso 
próprio. Nem sempre o Capital de Terceiros será ruim, principalmente se tal aquisição 
acontecer numa boa negociação, onde a taxa de juros compense, e para qual finalidade 
será aplicada a quantia requisitada. 
 
Quando utilizamos o capital de terceiro para pagar dividas fica complicado, pois 
continuamos endividados, apenas substituímos o passivo. Mas quando este capital é 
tomado para ampliar o negocio, ou adquirir bens, este capital é bem – vindo a nossa 
empresa, pois haverá um retorno. 
 
Vale lembrar que temos como: 
 
 
 
Fontes de capital 
- Adição de capital social. 
- Maior prazo nas compras com fornecedores. 
- Sócio acionistas. 
- Obtenção de recursos no sistema financeiro. 
 
Fontes de financiamento em curto prazo 
Com e sem garantias: 
- Empréstimos com garantia. 
- Caução de duplicatas a receber. 
- Factoring de duplicatas a receber. 
- Empréstimo com alienação de estoques. 
- Empréstimo com certificado de armazenagem. 
 
Fontes de financiamento a longo prazo 
- Empréstimos. 
- Debênture: com garantia e sem garantia. 
- Ações. 
 
 
Custo de capital 
 
Segundo Gittman - O Custo do capital é a taxa de retorno que uma empresa deve conseguir 
nos projetos em que investe para manter o valor de mercado de sua ação. 
 
Podemos enterder o custo de capital como a taxa de retorno exigida pelos investidores de 
capital, pois só assim eles serão atraidos para o determinado ativo. 
 
O custo de capital é estimado em um momento específico, ele reflete o custo médio de 
fundos em longo prazo em uma data futura. 
 
Exemplo 
Se uma empresa opta recursos de terceiros. 
 
 
As principais fontes de custo de capital 
 
 
 
 
Custo de capital de terceiros = este custo é formado por empréstimos e financiamentos 
contraídos em instituições financeiras e pelas obrigações emitidas pelas empresas, tais 
como as debêntures (As debêntures são valores mobiliários ativos emitidos por ações, de 
capital aberto ou fechado.) 
 
Custo de capital de terceiros em longo prazo ( ki) é o custo após o imposto de renda, hoje 
de levantar recursos emprestados a longo prazo. 
 
Os juros pagos às fontes de capital de terceiros são dedutíveis da base de calculo do 
imposto de renda, o que torna o custo destas fonte menor que nos juros contratuais 
correspondentes. 
 
Exemplo 1 
Imagine que a empresa Monta TUDO tenha em sua estrutura de capital, $200 mil de 
empréstimos, com juros de 20% ao ano, e que a empresa TOPA TUDO, seja totalmente 
financiada com capital próprio. 
 
 
Seguindo o ultimo demonstrativo, temos: 
 
 
 
 
 
Exemplo 2 
A empresa GINGA paga juros, R$ 200.000,00 ao ano, sobre um empréstimo de R$ 
1.000.000,00. 
Calcule o seu custo de capital de terceiros, sabendo-se que o IR é de 25%. 
 
 
 
 
Custo das debêntures 
Quando uma empresa emite debêntures ela assume os encargos relativos a operações 
desse tipo. Este tipo pode ser negociado com ágio ou 
deságio, ou seja, podem ser vendidos com valores superiores ou inferiores, em relação ao 
valor nominal. 
 
Para determinar o custo dessa fonte de financiamento, é necessário elaboraro fluxo de 
caixa. 
 
Exemplo 
Imagine que a Empresa Topa tudo tenha emitido debêntures nas seguintes condições: 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 6 
 
 
Introdução 
 
Nesta aula, o aluno compreenderá o custo de capital, como se aplicam os tipos de custo de 
capital utilizando os diferentes métodos, o modelo Gordon, o reflexo que se dá em todos os 
tipos de custos como de capital próprio e capital de terceiros, evidenciando as debêntures e 
empréstimos. 
 
Custo de ações preferenciais 
 
 
 Ação que oferece dividendos e/ou, no caso de dissolução da empresa no reembolso 
de capital. 
 Em geral, não concede direito a voto em assembleia. 
 A ação preferencial (PN) não dá direito ao acionista de participar da administração da 
empresa. Para compensar, o acionista tem preferência de receber os dividendos 
(lucros) da empresa antes dos outros acionistas que detêm ordinárias. 
 
O custo das ações preferenciais Kp é o quociente entre o dividendo da ação e o 
recebimento líquido com a venda dela pela empresa. 
 
Para calcular o custo dessas ações, utilizamos o modelo Gordon e Shapiro, descontando o 
fluxo de dividendos futuros esperados. 
 
 
 
No qual: 
Po = Preço corrente da ação 
 D1= dividendo por ação esperado Ao final do ano 1 
k= taxa de desconto compatível ao risco assumido pelos fornecedores de capital próprio, na 
qual para as ações ordinárias usa-se Ko, e para ações preferenciais usa-se Kp. 
g = taxa anual esperada de crescimento dos dividendos das ações 
 
Então para a determinação da taxa de desconto, vamos reorganizar a fórmula, ficando 
assim: 
 
 
 
 
Exemplo 
 
A Invetest S.A. possui uma taxa de capital próprio de 14%. 
A taxa de crescimento da ação é de 8% e o valor do último dividendo pago foi de $ 4,50. 
Calcular o preço atual da ação. 
 
 
 
 
Uma ação preferencial da Cia. Invetest tem um dividendo de $ 100, um preço de emissão 
de $ 1200 e incorre em um custo de emissão de $ 4 por ação. Calcule o seu custo. 
 
 
 
 
 
 
Custo de novas ações 
Uma empresa inscrita sob forma de sociedade anônima de capital aberto pode subscrever, 
ou seja, emitir ações. Para isso, ela adquire alguns gastos com a emissão, e para determinar 
este custo utilizamos a seguinte fórmula: 
 
 
 
Na qual: 
 
K= custos de novas ações 
Ko= custos de novas ações ordinárias 
Kp= custos de novas ações preferenciais 
D1 = dividendo por ação esperado ao final do ano 1 
VL = Valor líquido recebido pela venda da nova ação 
g = taxa anual esperada de crescimento dos dividendos 
 
 
Custo de novas ações 
Imagine que a empresa TOPA TUDO S.A. pretenda lançar novas ações ordinárias, que terão 
o valor de emissão de $ 15,00, cada. Haverá um deságio de R$ 0,80 por ação, e estima-se 
que o total de gastos com a colocação no mercado seja de $ 0,55 por ação. O dividendo 
previsto para o próximo ano é de $ 3,00 por ação e os dividendos distribuídos pela empresa 
têm crescido à taxa média anual de 3,5% nos últimos anos. 
 
Desta forma, o valor líquido recebido de cada ação será de: 
R$ 13,65 (15,00-0.80 – 0,55). 
 
 
 
 
 
Custo médio ponderado de capital (CMPC) 
 Representa o custo dos financiamentos em longo prazo da empresa, isto é, seu custo 
de capital. 
 Ele corresponde à média dos custos das fontes de capital (próprio e de terceiros), 
ponderados pela participação relativa de cada uma delas na estrutura de capital da 
empresa. 
 
O custo médio ponderado de capital reflete o custo médio futuro de fundos esperado a 
longo prazo, seu cálculo é bastante simples, basta que multiplicar o custo específico de 
cada modalidade de financiamento por sua proporção na estrutura de capital da empresa e 
somam-se com os valores ponderados. 
 
 
Onde: 
Ki: Custo de capital de terceiros, de longo prazo, na estrutura do capital. 
Wi: Proporção de capital de terceiros de longo prazo na estrutura do capital 
Kp: Custo das ações preferenciais 
Wp: proporção de ações preferenciais na estrutura de capital 
Ks: Custo do capital próprio na estrutura de capital 
Ws: proporção de capital próprio na estrutura de capital 
g = taxa anual esperada de crescimento dos dividendos 
 
 
Vamos considerar um Balanço Patrimonial com as seguintes informações de cada fonte de 
capital da empresa, que se apresente desta forma: 
 
Custo da dívida de curto prazo: 7% aa; 
Custo da dívida de longo prazo: 9,2% aa; 
Custo das debêntures: 10,1% aa; 
Custo das ações preferenciais (Kp): 14% aa; 
Custo do capital ordinário (Ks): 16% aa; 
Alíquota do IR: 40%. 
 
 
 
Temos três tipos de dívidas, cada uma com um custo distinto. Podemos fazer um cálculo de 
média ponderada para podermos substituir; essas três dívidas por uma que tenha um custo 
equivalente. O custo da dívida equivalente (Kd) pode ser calculado: 
 
(Ki x Wi) + (Kp x Wp) + (Kd x Wd) 
 
Kd = 0,07 x 0,264 + 0,092 x 0,604 + 0,101 x 0,132 = 0,087 ou 8,7% 
 
O total das dívidas corresponde ao valor absoluto de $ 91.000 e o custo da dívida é de 8,7% 
 
A estrutura de capital resumida, bem como o CMPC associado (destacado em amarelo), 
podem ser vistos abaixo. 
 
 
 
Se dividirmos o valor do total da dívida, $91.000,00, pelo total do capital 
investido pela empresa $ 250.500,00, teremos o peso ou proporção que 
representam esta dívida na estrutura de capital (91000/250.500 x100 = 36,3%). 
 
 
Para calcularmos o CMPC, basta substituir os valores na fórmula: 
 
Como em nossa estrutura temos uma alíquota de IR de 40%, utilizaremos a seguinte 
fórmula: 
CMPC = Kd x Wd x (1 - T) + Kp x Wp + Ks x Ws 
 
O fator (1-T) que multiplica Kd x Wd representa o benefício fiscal da dívida, 
onde T é a alíquota do IR (Imposto de Renda). Os juros pagos são deduzidos do lucro 
para cálculo do IR, desse modo, o custo efetivo da dívida, para a empresa que se financia, é 
menor que o custo contratado junto ao credor, já que a mesma pode deduzir os juros da 
base para cálculo do IR. 
 
CMPC = 0,087 x 0,363 x (1 - 0,4) + 0,14 x 0,18 + 0,16 x 0,457 = 0,117 ou 11,7% 
 
 
Exemplo 
A empresa TUDO DOCE apresenta a estrutura de capital abaixo: 
 
CMPC (9,76% x 0,1406) + (19,51% x0,1461)+ (48,78%x 0,1850) + (21,95%x 0,1650) = 16,86% 
 
O custo de capital de 16,86% considera os recursos de longo prazo captados no passado, 
porém avaliados pelos atuais valores de mercado. Na verdade, ele passa a considerar as 
mudanças ocorridas no mercado, assim atualizando o custo. Estrutura ótima de Capital. 
Acredita-se que o valor da empresa é maximizado quando o custo de capital é minimizado. 
 
Para que a empresa tenha uma estrutura ótima de capital, ela substitui o capital próprio 
por capital de terceiros. Quando este é mais barato, há um declínio no custo médio 
ponderado de capital. 
 
Exemplo 
Imagine que um administrador financeiro da empresa TUDO DOCE S.A. elaborou uma 
simulação dos custos de capital da empresa, conforme o quadro a seguir: 
 
 
O Administrador desenvolveu7 simulações. Observe que a estrutura de número 4 foi a que 
apresentou menor CMPC. Sendo assim, ela é considerada uma estrutura ótima de capital. 
 
 
 
 
Representação Gráfica da Estrutura Ótima de Capital, baseada no Máximo Valor da 
Empresa. 
 
 
 
De acordo com o gráfico, observamos que a faixa de estrutura ótima de capital é quando o 
endividamento encontra-se reduzido, assim a empresa trabalhando o seu capital próprio 
consegue uma alavancagem. 
 
 
Custo Marginal ponderado de capital (CMgPC) 
Imagine que uma empresa planeja realizar investimentos em novos ativos imobilizados e o 
administrador financeiro pode escolheras fontes para a captação dos recursos necessários. 
Desta forma, ele deverá escolher o menor custo de capital para financiar os projetos. Esses 
custos são associados aos novos financiamentos captados pela empresa 
 
O custo marginal ponderado de capital é muito importante para a tomada de decisões de 
investimento. A empresa deverá fazer em que o retorno esperado é superior ao custo 
médio ponderado de capital e é baseado nisso que o administrador decide se decide se o 
investimento ou financiamento podem ser tomados ao mesmo tempo. 
 
O que devemos ter atenção é que o custo médio marginal ponderado de capital pode variar 
a qualquer momento, só dependerá do volume de capital que a empresa deseja levantar. 
 
Desta forma, pode-se afirmar que o custo marginal ponderado de capital nada mais é do 
que o custo médio ponderado de capital da empresa, combinado com a próxima unidade 
monetária do total do novo financiamento. 
 
Para encontrar o CMgPC, devemos encontrar o seu ponto de quebra (também conhecido 
por ruptura). 
 
 
No qual: 
 
PQi = ponto de ruptura para o financiamento i 
VFi = total de fundos disponíveis da fonte de financiamento i a um dado custo. 
Wi = peso da estrutura de capital - histórica ou meta - para a fonte de financiamento i. 
 
Quando a empresa exaurir seus lucros retidos disponíveis de R$ 300.000,00 (kr = 13 %), 
terá que usar um novo financiamento de ações ordinárias mais dispendioso (kn = 14% ) 
para suprir as necessidades do seu capital próprio. Além disso, a empresa espera emprestar 
somente R$ 400.000,00 a um custo de 5,6 %; Um empréstimo adicional terá um custo após 
o IR de 8,4 %. Assim sendo, existem dois pontos de ruptura: 
 
 Quando os lucros retidos, R$ 300.000,00, que custam 13 %, forem exauridos e 
 Quando empréstimo a longo prazo, R$ 400000,00, que custa 5,6%, for exaurido: 
 
PQ capital próprio = 300.000,00 / 0,50 = 600000,00 
PQ empréstimo a longo prazo = 400.000,00 / 0,40 = 1000000,00 
 
 
 
 
Escala de oportunidades de investimento 
Em um determinado momento, a empresa dispõe de certas oportunidades de 
investimento. 
 
Essas oportunidades diferem, no que diz respeito ao tamanho do investimento antecipado, 
do risco e do retorno (Uma vez que o custo médio ponderado de capital não é aplicável aos 
investimentos com risco variável). 
 
A escala das oportunidades de investimento (POI) da empresa é mostrar as possibilidades 
de investimento indo do melhor, retornos mais altos, ao pior, retornos mais baixos. 
 
À medida que a empresa aumenta o montante de recursos disponíveis para investimento 
em projetos de capital, o retorno (TIR) sobre os projetos diminuirá, visto que, geralmente, o 
primeiro projeto aceito terá o retorno mais elevado, o projeto seguinte escolhido será o 
segundo com retorno mais elevado, e assim por diante. 
 
Ou seja, o retorno dos investimentos diminui à medida que os projetos adicionais forem 
aceitos. 
 
Exemplo 
Suponhamos que uma empresa disponha das seguintes oportunidades de investimento: 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 7 
 
 
 
Introdução 
Nesta aula, compreenderemos a administração financeira de curto prazo e o ciclo de 
conversão de caixa, além de conhecer a necessidade de utilizar fundos do ciclo de caixa e as 
estratégias para minimizar as obrigações. 
 
Saberemos entender a gestão de capital de giro e de ativos circulantes e poder decidir se 
devem financiar as necessidades de fundos, de maneira agressiva ou conservadora. 
 
Capital de Giro 
O balanço patrimonial é uma das principais demonstrações contábeis. É por meio dele que 
se pode observar a saúde financeira da empresa. 
 
Neste demonstrativo está evidenciado o Ativo, passivo e patrimônio Líquido. 
 
Ativo 
O Ativo compreende os Bens e direitos da entidade e o passivo compreende as obrigações. 
 
Patrimônio liquido 
Já o patrimônio Líquido é a diferença entre o ativo e passivo 
 
As contas registram os aumentos e diminuições nos componentes do balanço. O 
lançamento de uma conta é chamado débito ou crédito. 
 
 
 
O lado esquerdo do razonete de uma conta é chamado débito. 
O lado direito é chamado de crédito. 
 
Método das partidas dobradas 
 
É a operação que demonstra a correspondência entre crédito e débito. Onde diz que para 
cada crédito existe um debito de igual valor, de forma que a soma dos valores debitados 
seja sempre igual aos valores creditados. Financiamento por sua proporção na estrutura de 
capital da empresa e somam-se com os valores ponderados. 
 
O capital de giro pode ser definido como o montante de recursos que a empresa precisa 
desembolsar para antes de receber pela venda de seus produtos ou serviços. 
 
A gestão do capital de giro reflete como está a empresa, pois demonstra a capacidade que 
a empresa possui em pagar suas obrigações em dia, e de gerar retorno aos acionistas. 
 
Uma empresa, quando se encontra “descapitalizada”, é o mesmo que não dispor de capital 
de giro suficiente para cumprir com seus compromissos. 
 
Para que possamos analisar a capacidade ou necessidade de capital de giro, devemos 
conhecer os demonstrativos, pois é nele que nos apoiamos para tirar os indicadores que 
nos dará apoio nas decisões. 
 
Mas, afinal! Por que chamamos de capital de giro? 
 
Bem, quando uma empresa é formada, iniciamos com o capital social, ou seja, recursos dos 
sócios que formam a empresa). 
 
Uma parte deste capital é destino à formação da empresa, no que tange o investimento 
fixo, ou seja, aquisição das máquinas, móveis, prédio, ferramentas, enfim, para investir em 
itens do ativo imobilizado. 
 
A outra parte formará o estoque e ficará distribuído entre o caixa e banco. 
 
 
 
Vendas à vista geram dinheiro no caixa e vendas a prazo geram duplicatas a receber. 
 
O conceito de capital de giro está associado aos recursos que estão em constante 
movimentação do capital de giro que envolve dois ciclos: o operacional e o financeiro. 
 
 
 
Administração de capital de giro 
A administração de capital de giro contempla as decisões do administrador financeiro, em 
relação aos ativos e passivos circulantes. Diante desses dois grupos de contas do balanço 
patrimonial é que podemos dizer se uma empresa possui liquidez ou não. 
 
A liquidez de uma empresa é quando ela consegue honrar suas obrigações. Para isso, a 
empresa deve manter um saldo disponível, representado por dinheiro em caixa, em conta 
corrente e aplicações em títulos de alta liquidez. Estes são registrados como 
disponibilidades no balanço patrimonial. 
 
Podemos observar no próprio balanço patrimonial que, quanto maior for o montante de 
recursos investido em cada uma das contas de disponibilidades, maior será a capacidade de 
liquidez da empresa e menor será o risco de inadimplência por falta de pagamentos dos 
credores. 
 
 
 
No balanço temos duas fontes de recursos, são elas: 
 
 
 
As Fontes onerosas são aquela que fornecem recursos sobre os quais se exige 
remuneração, na forma de juros ou dividendos. 
Ex.: Empréstimos, as debêntures e o capital próprio. 
 
As Fontes não onerosas são aquelas que fornecem recursos que não apresentam custos 
explícitos. 
Ex.: salários, impostos a recolher, duplicatas a pagar, etc. 
 
 
 
Observe que o ativo circulante é maior do que o passivo circulante. Esta diferença é 
denominada CCL ou capital de giro líquido. 
 
 
Capital de giro líquido 
Os ativos circulantes, comumente são chamados de capital de giro, já que eles representam 
parte da empresa que circula na condução dos negócios da empresa. 
 
Para medir o capital da empresa, podemos observar algumas questões:Já que o capital de giro parte dos investimentos que circulam no ciclo operacional da 
empresa, ou seja, capital circulante (ativo circulante). 
 
Capital circulante líquido será a diferença entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante, e 
assim podemos observar se a empresa possui, ou não, capacidade de saldar seus 
compromissos em curto prazo. 
 
CGL = Ativo Circulante – Passivo Circulante 
 
 
Imagine uma empresa com seu Ativo Circulante no valor de $1.200,00 e seu Passivo 
Circulante no valor de $ 1000,00; Isto significa que seu CCL é positivo em $ 200,00; Ou seja, 
o valor do Ativo circulante supera o passivo circulante. 
 
Quando o CCL POSITIVO a parcela do Ativo Circulante é financiada com recursos de Longo 
Prazo. 
 
As necessidades de capital de giro, além de ser fundamental para a análise do ponto de 
vista financeiro (caixa), assim como também das estratégias de financiamento, crescimento 
e lucratividade da entidade. 
 
Para calcular a Necessidade de capital de giro, utilizamos os demonstrativos contábeis: 
 
 
 
 
Os recursos oriundos de fontes de longo prazo foram agrupados (exigível a longo prazo e 
patrimônio líquido), e representam que o CCL é financiado por recursos dessas fontes. 
 
Quando a soma dos elementos do ativo corrente é maior que a soma dos elementos do 
passivo corrente, dizemos que o CCL é positivo. 
 
Em caso contrário, o CCL é negativo. 
 
Quando a soma dos elementos do ativo corrente é igual à soma dos elementos do passivo 
corrente, o CCL é nulo. 
 
Exemplo Gráfico: 
 
 
 
 
 
 
Ao analisar a empresa KDM, durante o ano de 2004, o ativo circulante foi de $ 650 e o 
passivo circulante de $ 345. No ano seguinte, o ativo circulante foi para $ 870 e o passivo 
circulante para $ 505. 
 
Calcule a variação do capital de giro em 2005. 
 
 
 
Neste caso o CCL foi positivo. 
 
Mas se no caso, a empresa KDM apresentasse durante o ano de 2004, o ativo circulante de 
$ 870 e o passivo circulante de $ 505. 
 
 No ano seguinte, o ativo circulante foi para $ 650 e o passivo circulante para $ 345. 
Calcule a variação do capital de giro em 2005. 
 
 
 
Neste caso o CCL foi negativo. 
 
 
Mas se no caso, a empresa KDM apresentasse durante o ano de 2004, o ativo circulante de 
$ 870 e o passivo circulante, de $ 505. 
 
No ano seguinte, o ativo circulante foi para $ 770 e o passivo circulante para $ 405. 
Calcule a variação do capital de giro em 2005. 
 
 
 
 
Neste caso o CCL é nulo. 
 
 
 
Necessidade de capital de giro 
Para se calcular a necessidade de capital de giro de uma empresa, com base em seu 
balanço patrimonial, é necessário reclassificar algumas contas, tanto do ativo como do 
passivo. 
 
A equação mostra que a NCG corresponde à diferença entre o capital de giro e 
o saldo de tesouraria. 
 
NCG = Ativo Operacional – Passivo Operacional 
 
Algumas contas do AC e do PC se renovam de maneira cíclica, juntamente com as 
operações. 
 
 
As contas do AC com esta característica são chamadas de aplicações cíclicas. 
O exemplo típico de fonte cíclica (operacional) são os fornecedores. 
 
As contas do PC com esta característica são chamadas de fontes cíclicas. 
O exemplo típico de aplicação cíclica são os clientes e os estoques. 
 
São chamadas também de Ativo Circulante Operacional e Passivo 
Circulante Operacional, respectivamente, justamente por esta característica de renovação 
de saldos, no decorrer da atividade operacional. 
 
 
A necessidade de capital de giro (NCG) é a diferença entre as aplicações cíclicas (AC) e as 
fontes cíclicas (FC): 
 
 
 
A necessidade de capital de giro (NCG) indica o montante de recursos necessários para se 
manter o giro dos negócios, devido à insuficiência das fontes operacionais. 
 
A necessidade de capital de giro (NCG) indica o montante de recursos necessários para se 
manter o giro dos negócios, devido à insuficiência das fontes operacionais. 
 
Havendo insuficiência de FC, em relação às AC, a empresa terá que buscar novas fontes de 
financiamento para continuar operando. Estas novas fontes serão as fontes do sistema 
financeiro, como veremos à frente. 
 
 
Quando apresentar AC = FC, ou mesmo AC < FC, não haverá necessidade da empresa buscar 
novas fontes de financiamento para as suas operações. 
 
 
NCG: 25.000 + 40.000 – 30.000 – 5.000 = 30.000 
 
A necessidade de capital de giro (NCG) pode ser calculada pela utilização dos saldos das 
contas cíclicas, constantes do Balanço Patrimonial, conforme a definição acima. 
 
 
Ciclo de conversão de caixa 
 
 
Ciclo Operacional 
Corresponde ao intervalo de tempo que compreende desde a compra da matéria-prima 
para a produção ou de mercadorias para revenda até o recebimento do valor gerado pela 
venda. 
 
Ciclo Financeiro 
Envolve as entradas e saídas de caixa. 
 
Exemplo 
Imagine que uma empresa adquira matéria-prima de fornecedores, e que o prazo de 
pagamento seja 30 dias. Essa matéria-prima vai imediatamente para a produção, cujo 
processo dura 15 dias. 
 
Após a fabricação, o produto é imediatamente vendido, também a prazo, para o 
recebimento em 30 dias. Assim, o ciclo operacional é de 45 dias. 
 
Imagine que uma empresa adquira matéria-prima de fornecedores, e que o prazo de 
pagamento seja 30 dias. Essa matéria-prima vai imediatamente para a produção, cujo 
processo dura 15 dias. 
 
Após a fabricação, o produto é imediatamente vendido, também a prazo, para o 
recebimento em 30 dias. Assim, o ciclo operacional é de 45 dias. 
 
Sendo assim, o ciclo financeiro é de 15 dias e o ciclo operacional é de 45 dias. 
 
 
Portanto, o Ciclo Operacional é igual ao prazo médio de estocagem, mais o prazo médio de 
recebimento das vendas a prazo. 
CO = PME + PMR 
 
Ciclo Financeiro 
Corresponde ao intervalo de tempo entre o pagamento de compras e o recebimento de 
vendas. O Ciclo Financeiro é soma do prazo médio de estocagem com o prazo médio de 
recebimento e em seguida deduz o prazo médio de pagamento. 
 
Ciclo Financeiro: CF = PME + PMR – PMP 
 
 
Exemplo 
Ex.: A empresa JUJU tem um ciclo operacional de 60 dias e um ciclo financeiro de 38 dias. 
Determine o nº de dias que, em média, a empresa leva para pagar seus fornecedores. 
 
 
 
 
Estratégias de gestão de ciclo de conversão de caixa 
 
Quando as empresas fazem elevado investimento no circulante podem apresentar um uso 
ineficiente de recursos, como: 
 
• Manter saldos de caixa acima do mínimo necessário não traz melhoria à rentabilidade da 
empresa; 
 
• Manter o saldo de duplicatas a receber elevado pode sinalizar ineficiência na cobrança, 
ou uma política de crédito desajustada; Por isso é importante cobrar as contas com a maior 
rapidez possível; 
 
• O saldo do estoque elevado não aumenta as vendas, por isso é importante girar o 
estoque com a maior velocidade possível; 
 
• Efetuar pagamentos de contas a pagar com a maior lentidão possível, sem prejudicar o 
crédito da empresa. 
 
 
Aula 8 
 
 
Introdução 
 
Nesta aula, o aluno compreenderá como funciona a administração financeira de curto 
prazo, como se utiliza os fundos do ciclo de caixa, como se utiliza o processo de seleção de 
crédito e sua concessão, além de aprender como funciona o financiamento do capital de 
giro. 
 
A administração de caixa 
A administração de caixa. também conhecida com administração das disponibilidades, 
mantém os recursos alocados no saldo de caixa e nas aplicações financeiras em títulos de 
alta liquidez. 
 
Essas disponibilidades são mantidas por vários motivos, vamos citar aqui alguns

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