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1. INTRODUÇÃO 
No brasil existe cerca de 25 milhões de cães e 7 milhões de gatos, inseridos em famílias de classe media e alta ,segundo dados do SINDAN (Sindicato Nacional das Indústrias de Produtos para saúde Animal).
Os animais de estimação (cães e gatos) representam a mais significativa e impactante parcela de espécimes introduzidos nas relações humanas, sendo grande o contingente de novos agregados no cotidiano dos grupos comunitários. 
Eles são mantidos nas residências ou em outros ambientes urbanos ou rurais, e estimulam o desenvolvimento de atitudes, hábitos e valores culturais das famílias e/ou dos indivíduos, devido à possibilidade de proporcionar maior interação, aos conhecimentos particularizados e a uma complementação de interesses afetivos e psicológicos com as pessoas.
Ser proprietário de um cão e/ou gato implica em responsabilidades como manter a saúde com vacinações, desverminações e visitas periódicas ao Médico Veterinário; manter o animal dentro de casa evitando acidentes de trânsito ou com outros animais ou pessoas; ao sair para passear conduzi-lo com coleira e guia e coletar as fezes em passeios públicos e parques.
2. Castração precoce
A castração precoce é um dos mais comuns procedimentos veterinários realizados nos Estados Unidos e em grande parte do mundo. 
Cada vez mais, proprietários de cães e Médicos veterinários têm questionado a idade ideal para o desempenho dessas cirurgias ou se deve ser realizada até mesmo como cirurgias eletivas.
Discretamente, nos últimos 25 a 30 anos, uns poucos abrigos mais avançados (nos Estados Unidos) começaram a implantar programas de esterilização precoce e passaram a colher resultados positivos. 
Se os animais fossem castrados antes de deixarem o abrigo, eles deixavam de contribuir para o problema da superpopulação. Filhotes de cães e de gatos passaram a ser castrados com apenas seis a oito semanas de vida. O desenvolvimento de novos anestésicos e de novas técnicas cirúrgicas fez com que este procedimento passasse a ser tão ou até mais seguro do que qualquer outro que costuma ser recomendável até os seis meses de vida. Os pacientes mais jovens se recuperam mais rapidamente e têm uma incidência menor de complicações cirúrgicas e pós-cirúrgicas do que os seus pares mais velhos, pois possui nenhuma ou muito pouca gordura corporal para sustentá-los, a incisão é menor, a duração da cirurgia é reduzida e a sua recuperação é bastante breve (SALMERI e BLOOMBERG, 1995).
2.1 Os prós da castração precoce
2.1.1. Piometra
A piometra é uma patologia que acomete o útero de cadelas e gatas não castradas, de meia idade a idosas. É responsável por um índice elevado de mortalidade, quando não diagnosticada, na clínica de pequenos animais. É caracterizada por ser uma infecção bacteriana, com presença de exsudato muco-purulento no lúmen uterino, essa patologia se dá no endométrio que sofreu hiperplasia endometrial cística em decorrência de uma estimulação prolongada de hormônios. É considerada uma patologia da fase de diestro, onde o aumento do nível da progesterona estimula o crescimento e a atividade secretora das glândulas endometriais e reduz a atividade miometrial, permitindo o acúmulo de secreções glandulares uterinas (HEDLUND, 2008). A progesterona também diminui a circulação uterina, dos sistemas de defesa do útero e das contrações uterinas que somadas ao fechamento do colo uterino produzem a retenção de líquido dentro do órgão e a abertura do colo uterino durante o estro permitindo a entrada de bactérias (SORRIBAS, 2006). 
2.2. Os contras da castração precoce
2.2.1. Incontinência urinária
As fêmeas castradas e raramente fêmeas inteiras ou machos ,sofrem incontinência urinária pois é uma condição debilitante. A manifestação clínica pode ocorrer em qualquer momento após a gonadectomia e resulta em graves problemas no manejo do paciente. A incidência de incontinência urinária estrógeno-dependente aumenta em cadelas castradas e há suspeitas que a castração de cadelas muito jovens pode aumentar este risco. A incontinência foi observada em 34 de 791 (4%) 25 cadelas castradas em idades convencionais e em 7 de 2.434 (0,3%) de cadelas sexualmente intactas (COIT, 2008). Os mecanismos que desencadeiam a incontinência após ovariectomia envolvem decréscimo na pressão de fechamento uretral, alterações hormonais, aumento na deposição de colágeno na musculatura lisa da bexiga, diminuição na contratilidade do músculo detrusor e redução na resposta aos estímulos elétricos e ao carbachol. O diagnóstico é realizado pelo histórico do animal, pelo exame físico, pelos exames laboratoriais, pelo perfil de pressão uretral, pela ultrassonografia e pelas radiografias abdominais. O tratamento clínico envolve utilização de fármacos-adrenérgicos, estrógenos, análogos de GnRH e agentes antidepressivos (REICHLER, 2006). As técnicas cirúrgicas recomendadas correspondem à uretropexia, cistouretropexia (WHITE, 2001), aplicação de colágeno na uretra e colpossuspensão (HOLT, 1990). A melhor compreensão da etiologia, da fisiopatologia, dos métodos de diagnóstico e tratamentos é fundamental em razão do pouco conhecimento e da identificação dessa condição no Brasil.
2.2.2. Obesidade
Estudo feito no Reino Unido com 11 clínicas veterinárias com dados sobre 8.000 cães durante seis meses mostraram que as cadelas castradas tiveram propensão duas vezes maior ao ganho de peso do que 26 as não castradas. SALMERI et al. (1991) responsáveis pelo estudo, não encontraram diferenças no consumo de alimento entre os animais castrados e intactos durante os 15 meses de estudo. Uma correlação de causa e efeito entre a gonadectomia e obesidade nos cães não está claramente definido. Cadelas castradas têm um aumento na ingestão de alimentos e aumento do apetite indiscriminado após OHE, em comparação com os de operação simulada ou comparados por idade de animais controle. O estrogênio pode agir como um fator de saciedade, o que poderia explicar essas mudanças, o que não explica a relação entre a obesidade e a castração em cães machos. Em ambos, cães e gatos, a obesidade não é uma consequência obrigatória da gonadectomia, em vez disso, pode-se controlar tudo com uma dieta adequada, regime alimentar, e exercícios (HOUPT et al, 1979).
2.2.3. Retardo no Crescimento
A maturidade do esqueleto está muito relacionada à puberdade e sofre ação direta dos hormônios sexuais, além de outros. Embora não essenciais os hormônios sexuais influenciam em todo o metabolismo do esqueleto. Dessa forma foi constatado que a castração precoce atrasa o fechamento das epífises ósseas, o que quer dizer que o animal permanece em fase de crescimento por mais tempo e com isso tem estatura ligeiramente maior do que teria se não fosse castrado; além disso, essa característica pode não 27 ocorrer em todos os animais castrados antes da puberdade, e este efeito não traz nenhum problema uma vez que não estamos falando de padrões de raça em animais que participam de competições, pois, os animais para exposição devem ser intactos e destinados à reprodução (NAGAKURA, 1991). Quanto ao maior risco de fraturas, nada foi comprovado a respeito e, na experiência dos autores onde mais de 13 filhotes castrados, entre cães e gatos, nenhum apresentou qualquer alteração significativa (SALMERI et al., 1991).
2.2.4. Dermatite Perivulvar
Em fêmeas, as dermatites peri-vulvares e as vaginites são frequentemente associadas à esterilização cirúrgica, particularmente quando realizada antes da puberdade, resultando um desenvolvimento insatisfatório da vulva, no entanto, não existem estudos comparativos da incidência em fêmeas inteiras e castradas (LIEBERMAN, 1987). Esse problema ocorre pelo recesso vulvar e o excesso de pele que promovem o acúmulo de urina e secreções vaginais, favorecendo o crescimento bacteriano e a inflamação local, o que pode resultar não apenas em dermatite peri-vulvar mas também em vaginite ascendente (SALMERI et al.,1991). 28 Na espécie felina, o efeito da castração sobre a incidência de dermatite peri-vulvar foi clinicamente insignificante (STUBBS e BLOOMBERG, 1995).
2.2.5. Obstrução urinária
A obstrução urinária em gatos tem sido usada como motivos para a não castração de animais jovens. Animais castrados com sete semanas de vida e com sete meses tiveram o diâmetro uretral com diferenças pouco significativas em relação aos animais intactos, no exame de uretrograma retrograda realizada em cães e gatos usados neste estudo. De 263 gatos castrados e com obstrução urinaria não houve diferença significativa entre os castrados antes de 24 semanas ou mais (ROOT et al, 1996).
2.2.6. Tumores adrenais
Assim como acontece com ratos castrados muito jovens, alguns estudos apontam que cães e gatos castrados muito jovens podem desenvolver tumores nas glândulas adrenais. Os Poodles, Dachshunds, Boston Terriers e Boxers são predispostos, embora todas as raças possam ser afetadas. Não se observa nenhuma predileção sexual nos cães com hiperadrenocortiscismo hipofisário dependente. Contrariamente, 70% dos cães com tumores adrenais são fêmeas (BICHARD e SHERDING,1998).
3. CONCLUSÃO
É recomendado que animais de pequeno porte (cães e gatos) ,sejam castrados com sete semanas de vida. É imprescindível a capacitação de profissionais para a execução deste procedimento que, de longe, mostra-se vantajoso em relação ao tempo tradicional para castração (seis a sete meses), tanto para o animal, que terá um trans e pós-operatório mais tranqüilo e rápido. Outro fator é o financeiro, tanto para os profissionais veterinários como para os proprietários que é a redução dos custos e tempo cirúrgico, podendo assim, tornar a castração de animais jovens o método mais comum de controle reprodutivo em contraste com os métodos anticoncepcionais existentes e mais utilizados.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BIRCHARD, S. J., SHERDING, R. G. Clínica de Pequenos Animais, cap. 16, pp. 1045, 1998. 
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