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ANÁLISE DO PERFIL DO BIBLIOTECÁRIO DA CIDADE DE NATAL FRENTE ÀS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO

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ANÁLISE DO PERFIL DO BIBLIOTECÁRIO DA CIDADE DE NATAL FRENTE ÀS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO�
Andreza Cristina de Azevedo Borba – acadêmica do Curso de Biblioteconomia da UFRN –
email andrezacristina@yahoo.com.br
 Mônica Marques Carvalho – professora do Dep.Biblioteconomia –UFRN
Email monica_mcg@hotmail.com
Maria do Socorro de Azevedo Borba - professora do Dep.Biblioteconomia –UFRN
Email sosborba@ufrnet.br
RESUMO. Analisa o perfil do bibliotecário atual frente às novas tecnologias da informação. Descreve o conceito da informação e a importância de sua disseminação nos dias de hoje. Aborda os aspectos gerais da sociedade da informação, como ela usufrui e produz as informações que lhe são disponibilizadas. Enfoca a respeito das novas tecnologias, como elas estão sendo utilizadas e disponíveis na sociedade. Identifica os tipos de tecnologia dentre as novas tecnologias. Descreve sobre o mercado de trabalho e as tendências das novas tecnologias. Utiliza como metodologia a aplicação de questionários e entrevista com bibliotecários em instituições, fazendo comparações estatísticas. Constata que as novas tecnologias são indispensáveis para o bom funcionamento de uma instituição nos dias de hoje e que os profissionais da cidade de Natal são predominantemente jovens recém-formados do sexo feminino, que possuem domínio dessas ferramentas.
Palavras-chave: Perfil do bibliotecário. Mercado de Trabalho. Novas Tecnologias. Sociedade da Informação.
ABSTRACT. Analyze the actual librarian profile face to the new technologies of information. Describe the concept of information and the importance of your dissemination nowadays. Approach the general aspects of Society of Information, how does she enjoy and produce the information that are available for them. Hang about the new technologies, how they are being used and available in the society. Identify the types of technology among the new technologies. Describe about work’s market and the tendencies of the new technologies. Use as method the application of questionnaire and interview with librarians in institutions, making statistics comparisons. Establish that the new technologies are essential to the good functioning of one institution and that for many times the official training is expendable.
Keywords: Librarian Profile. Work’s Market. New Technologies. Society of Information.
1 INTRODUÇÃO
Com o advento das novas tecnologias de informação, surge um grande fluxo informacional, através do qual as pessoas sentem dificuldades em gerenciar as informações inseridas principalmente nas redes de informações, tais como a web. Para viabilizar o gerenciamento dessas informações se faz necessário um gestor da informação, ou seja, um bibliotecário. As novas tecnologias são suportes ou ferramentas que auxiliam profissionais e pesquisadores em suas atividades rotineiras.
Assim, deve-se comentar a respeito da Internet, pois a mesma é uma das grandes invenções no que concerne às novas tecnologias. Para Cendón (2000, p. 276) : “A Internet é uma rede global de computadores ou, mais exatamente, uma rede que interconecta outras redes locais, regionais e internacionais”. No futuro, acredita-se que muitas das informações só estarão disponibilizadas através dessa grande rede global, a qual será um grande repositório de conhecimentos de toda e qualquer natureza sejam eles científicos ou não. Para sistematizar as informações contidas ou inseridas na web, se faz necessário um profissional que saiba trabalhar este material disponível, e o profissional que entende como fazê-lo, pelo menos de acordo com os parâmetros curriculares definidos pelo Ministério da Educação, é o bibliotecário. Para que se possa entender o que seja bibliotecário, buscou-se a definição de Santos (2000a, p. 108), que entende ser os profissionais da informação aqueles que:
Os profissionais da informação aplicam seus conhecimentos sobre informação e tecnologia com uma finalidade básica em mente: obter a informação certa a partir da fonte certa, para o cliente certo, no tempo certo e na forma mais adequada para o uso a que se destina e a um custo que seja justificado pelo seu uso.
Perante esta definição da autora citada, percebe-se a importância deste profissional para a sociedade, no que diz respeito à disseminação da informação para os usuários, de forma mais acessível, quando na utilização das novas tecnologias da informação, pois o bibliotecário é responsável pela recuperação e organização dessas informações. Diante deste contexto, pretende-se analisar a importância da profissão inserida num mercado eletrônico, o qual está se expandindo em vários segmentos de nossa sociedade. Para se entender melhor a importância deste profissional da informação, pretende-se traçar também o perfil desse profissional para o mercado de trabalho na cidade de Natal, comparando profissionais que utilizam tecnologias de informação em seu ambiente de trabalho e os que estão em processo de aprimoramento dessas tecnologias.
O presente trabalho visa preencher uma lacuna a respeito do mercado de trabalho do bibliotecário em Natal, no qual devido às novas tecnologias da informação está cada vez mais atuante na sociedade, não só em bibliotecas, como também em empresas, escritórios, arquivos, dentre outros. Para se ter embasamento teórico sobre o tema, optou-se pelos tipos de pesquisa, a bibliográfica e eletrônica, bem como a pesquisa de campo, no intuito de se detectar o perfil dos bibliotecários, como eles encontram-se inseridos no mercado de trabalho e quais as ferramentas das novas tecnologias que eles estão trabalhando. Trata-se de uma pesquisa que tem como foco principal analisar a postura do bibliotecário da cidade de Natal frente às novas tecnologias da informação. Entende-se ser uma pesquisa de suma importância, pois é um material inédito, se tratando de uma pesquisa de campo na cidade de Natal, na qual serão abordadas as novas tecnologias que os bibliotecários devem saber.
2 METODOLOGIA
Através de pesquisa de campo, foi feito um estudo com o intuito de caracterizar o perfil dos bibliotecários da cidade de Natal. Para a viabilização da pesquisa, utilizou-se o método comparativo. A pesquisa foi desenvolvida em dois ambientes distintos, a saber, a primeira, optou-se por instituição pública, ou seja, uma biblioteca universitária pública e a segunda instituição, biblioteca universitária privada. Tendo em vista se tratar de um estudo que envolve duas entidades, entendeu-se a importância de mostrar as relações de disparidades e semelhanças entre elas para um melhor vislumbramento do presente trabalho perante a sociedade. Diante desse contexto, fez-se uma pesquisa em nível exploratório por se tratar de um trabalho cujo tema ainda não foi explorado na cidade de Natal.
Portanto, o intuito dessa pesquisa foi uma investigação mais ampla, que para melhores esclarecimentos a respeito, utilizou-se também de revisão bibliográfica. Como técnica de utilização da pesquisa, foram realizados questionários semi-estruturados com bibliotecários das instituições escolhidas para concretização do trabalho. O presente trabalho conta com uma aplicação de questionário, nas quais existem perguntas abertas e fechadas, por se tratar desse tipo de questionário, permitiu a viabilização do tratamento quantitativo dos dados.
Com o objetivo de analisar o perfil dos profissionais da informação que trabalham em instituições com o mesmo público-alvo e utilizando-se das novas tecnologias da informação, foi feita uma pesquisa com os bibliotecários de duas diferentes bibliotecas universitárias da cidade de Natal. Trata-se de uma pesquisa de campo feita com profissionais bacharéis formados em Biblioteconomia que exercem atualmente a profissão de bibliotecários em bibliotecas universitárias. O presente estudo abordou este universo devido a fatores tais como a necessidade de maiores pesquisas pelos estudantes e profissionais da área, haja vista que de acordo com dados disponíveis nosite da CAPES (www.capes.gov.br), mais de 50% das pesquisas são efetuadas em universidades. Nesse sentido para embasar tais pesquisas, torna-se necessário à aplicação de novas tecnologias da informação para suprir as necessidades dos seus usuários.
A Biblioteca Central Zila Mamede – BCZM, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte até chegar ao seu atual nome, por alguns outros nomes. A partir de 1985, passou a se chamar Biblioteca Central Zila Mamede (BCZM), como homenagem póstuma à bibliotecária Zila Mamede, idealizadora e organizadora do Sistema de Bibliotecas. A Biblioteca Central tem como missão fornecer suporte informacional em todos os formatos, às atividades de ensino, pesquisa e extensão da UFRN. Outro universo pesquisado foi a Universidade Potiguar – UnP, disponibiliza um Sistema Integrado de Bibliotecas – SIB, localizado nos cinco Campi do estado, sendo quatro em Natal e um em Mossoró, oferecendo serviços e produtos aos seus usuários. Os Campi da UnP são: Campus Floriano Peixoto, Campus Nascimento de Castro, Campus Salgado Filho, Campus Zona Norte e Campus Mossoró. O sistema permite acesso direto de informações, através de catálogos on-line, por autor e/ou título, além de dispor de consulta interna de materiais em cada biblioteca, reserva e renovação de materiais on-line. O acervo em todas as bibliotecas do Sistema está classificado de acordo com a CDU (Classificação Decimal Universal), distribuído de acordo com a área de interesse em cada Campus e ordenado por assunto, autor, título e demais detalhes técnicos. As bibliotecas escolhidas para aplicação dos questionários foram as que estão situadas nos Campus Salgado Filho, Campus Floriano Peixoto e Campus Nascimento de Castro.
Para que houvesse legitimidade e ética nesta pesquisa, foram consultadas, através de documento oficial da Coordenação do Curso de Biblioteconomia da UFRN as instituições envolvidas, ou seja, a administração das mesmas foi contatada e aprovaram a realização da pesquisa. Quaisquer que fossem os resultados obtidos os mesmos poderiam ser divulgados, por se tratar de pesquisa acadêmica. De posse da autorização institucional, a etapa seguinte foi entrar em contato com os sujeitos que foram selecionados para aplicação dos instrumentos. A pesquisa foi feita através de questionário com perguntas semi-estruturadas e elaboradas com planejamento prévio, no intuito de facilitar o trabalho do entrevistado e do entrevistador.
3 INFORMAÇÃO
Para embasamento sobre o tema “Informação”, se fez necessário uma abordagem histórica, ou seja, fazer uma “viagem” sobre a evolução da história da informação do homem ocidental. A partir da invenção da escrita plenamente desenvolvida, aproximadamente no quarto milênio antes de Cristo, o homem passou a se preocupar com os acontecimentos da história. Durante os séculos V até o século XII o material que o homem utilizava em suas inscrições foi-se modificando até chegar ao material utilizado nos dias de hoje. 
Assim, pode-se iniciar um conceito de informação como sendo: “O termo que designa o conteúdo daquilo que permutamos com o mundo exterior ao ajustar-nos a ele, e que faz com que nosso ajustamento seja nele percebido”. (MCGARRY, 1999, p.6). No momento em que se recebe uma informação não importando a sua natureza, há uma mudança nos indivíduos, pois se ganha um novo conhecimento, seja educacional, cultural ou econômico. Todo ser humano que recebe uma nova informação tem uma obrigação quase que moral de repassá-la para a sociedade como forma de aprendizado. Acredita-se que toda vez que acontece uma troca de informações as pessoas aprendem mais, porque cada vez que alguém narra um acontecimento o emissor pode ter mais informações sobre o ocorrido.
Por outro lado entende-se que:
Informação é algo de que necessitamos quando deparamos com uma escolha. Qualquer que seja seu conteúdo a quantidade de informação necessária depende da complexidade da escolha. Se depararmos com um grande espectro de escolhas igualmente prováveis, se qualquer coisa pode acontecer, precisamos de mais informação do que se encarássemos uma simples escolha entre alternativas. (MILLER, apud MCGARRY, 1999, p. 8).
Já Barreto (1994)� considera que:
A informação, quando adequadamente assimilada, produz conhecimento, modifica o estoque mental de informações do indivíduo e traz benefícios ao seu desenvolvimento e ao desenvolvimento da sociedade em que ele vive. 
Presume-se então que se deve sempre associar informação com conhecimento, pois do que vale ter várias informações, mas não ter conhecimento sobre o que as mesmas irão repercutir em suas vidas? Para se ter uma tomada de decisões em uma determinada empresa, o gerente precisa pesquisar dentre várias informações relevantes sobre determinado assunto o que é mais atrativo perante todas, caso faça uma escolha errônea por falta de conhecimento na área pode por a perder seu emprego e de várias outras pessoas nessa empresa. 
Portanto, pode-se constatar que hoje em dia informação é poder, vários países desenvolvidos já atentaram para esse fato e talvez seja por isso que são considerados países de primeiro mundo, pois para eles a sua principal “arma” está na educação desde o ensino fundamental. Atualmente vive-se em um mundo globalizado, onde a informática gera muitos empregos e que representa um grande passo para a sociedade. 
A essa nova era dá-se o nome de era da informação ou Sociedade da Informação, na qual o mundo digital domina grande parte da organização social do trabalho humano. 
3.1 SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
Sob a faceta de inúmeras transformações ocorridas na sociedade, verifica-se um aumento inexorável da rapidez e volume com o qual as informações são veiculadas atualmente. Tal fato decorre principalmente, da integração da informação com os avanços tecnológicos, formando a chamada Sociedade da Informação. 
Segundo Campos (1992, p.8)
A participação da sociedade é definitiva no processo de geração e utilização da informação, é ela quem lhe dá valor e é em função da sociedade que a informação vai valer. Quando falamos de sociedade, nos referimos a ela em seu conjunto ou a alguns de seus subconjuntos: donas de casa, operários, jornalistas, cientistas, etc.
Logo, entende-se que o papel da sociedade é de suma importância no produto final da informação, ou seja, o modo como ela será escrita, expressa e/ou repassada. Dependendo do nível de conhecimento de uma população, o uso dessa informação poderá ser bem ministrada ou não. Assim, percebe-se que apenas um público restrito da população tem acesso às novas tecnologias de informação, fazendo com que uma grande parte das pessoas sintam-se excluídos da chamada Sociedade da Informação. 
Com isso, o desenvolvimento tecnológico nos países subdesenvolvidos tende a ser muito baixo em relação aos países desenvolvidos, cujo índice de pessoas que tem acesso às novas tecnologias é bem maior que em países de terceiro mundo.
Portanto, pode-se dizer que:
Na sociedade capitalista (...) a desigualdade econômica engendra a desigualdade de acesso aos outros bens produzidos pela sociedade, inclusive a cultura. Deste modo, os dominados economicamente também o são política e culturalmente. (AYALA; AYALA, apud ALMEIDA JÚNIOR, 1997, p.11).
Paralela à Sociedade da Informação existe uma outra sociedade, pouco retratada na área da Biblioteconomia por não “atender” aos seus objetivos primordiais, é a chamada Sociedade da Desinformação, que de acordo com autores pesquisados, foi assim denominada de acordo com a da primeira citada e muito encontrada em países subdesenvolvidos.
Os países subdesenvolvidos apresentam dificuldades em levar educação para sua população, gerando um alto nível de analfabetismo funcional, ou seja, as pessoas passam a buscar informações através de suportes audiovisuais como televisão e rádio, sem se preocupar com a leitura. 
Assim, pode-se comentar que:
A sociedade brasileira caracterizada historicamente por alarmantes índices de desigualdadesregionais, sociais, educacionais, culturais, provavelmente não nos permite, no momento, generalizarmos que estamos em uma sociedade de informação. (CASTRO, 1997, p.21).
Portanto, mesmo com as mudanças ocorridas no Brasil no que concerne às novas tecnologias da informação, ainda não pode ser considerado de uma maneira geral um país que vive na Sociedade da Informação, pois grande parte de sua população ainda encontra-se inserida na Sociedade da Desinformação, marginalizada de qualquer tipo de tecnologia. 
Há no Brasil uma grande parcela de indivíduos que desconhece o poder e o valor da informação. Vivem num mundo do analfabetismo, não tendo acesso à informação escrita, possivelmente, sem poder fazer juízo de valor. Tendo em vista este fato, os governantes dos países subdesenvolvidos precisam mostrar para a comunidade o valor que a informação possui através de iniciativas de técnicas de alfabetização, trabalhos comunitários, práticas estimuladoras de leitura, dentre outras atividades. 
Por outro lado, em países desenvolvidos por reconhecerem o valor que a informação possua, eles a exigem como requisito fundamental para pesquisas científicas para produção de desenvolvimentos científicos e tecnológicos. No Brasil, assim como em países desenvolvidos existem profissionais que lidam constantemente com a informação e reconhecem o seu valor para a humanidade, são os profissionais da informação, no qual os bibliotecários estão inseridos. 
Nessa era do conhecimento eles estão cada vez mais atuantes, pois precisam recuperar e disseminar a informação seja em que suporte ela se encontre para facilitar a geração de novos conhecimentos para a sociedade. 	
De modo que:
A presença da tecnologia no cotidiano das pessoas, formando opinião, criando necessidades e determinando comportamentos, torna a atuação do profissional de Biblioteconomia extremamente importante no processo de formação reflexiva dos sujeitos no que se refere ao uso de informações alocadas nos mais diversos suportes. (SANTOS, 2002, p.103).
Portanto, se o profissional da informação possui uma certa autoridade para modificar o comportamento das pessoas no que concerne ao processo de formação reflexiva quanto ao uso de informação, logo também cabe a eles fazerem trabalhos de incentivo a leitura e técnicas de alfabetização com a comunidade. Atualmente tudo o que se faz necessita de informação, mas, infelizmente nem todo mundo reconhece esse fato, principalmente nos países menos desenvolvidos. Outro fato relevante, diz respeito ao valor dessa informação, pois para se ter cada informação, há sempre um custo. 
Entretanto, Valentim (1997, p. 43) se posiciona sobre o custo da informação dando a esta a seguinte conotação:
O valor da informação é inegável, porém quando se tentar mensurar quanto de informação está contida em um determinado produto, não se obtêm respostas claras e objetivas. (VALENTIM, 1997, p.43).
No momento em que as pessoas atentarem a se educar para esse fato, talvez comecem a entrar em um mundo mais competitivo e mais justo frente aos países desenvolvidos. Quando se fala de Sociedade da Informação logo vem se à mente os novos aparatos tecnológicos existentes em nossa atualidade. Portanto, é imprescindível comentar sobre as novas tecnologias, que são recursos tecnológicos na qual se utiliza no dia-a-dia para facilitar pesquisas e trabalhos. 
4 NOVAS TECNOLOGIAS
	As novas TIC’s (tecnologias de informação e comunicação) dizem respeito a aparatos tecnológicos, utilizados pela sociedade com o intuito de incrementar ou melhorar os trabalhos do dia-a-dia, a fim de recuperar e disseminar informações a curto prazo, suprimindo o fator distância.
Dessa forma elas:
[...] apresentam-se como os meios que possibilitam que a forma de transmitir e o conteúdo transmitido possam ser agregados e veiculados num novo espaço e num novo tempo, perfeitamente adequados a esta época em que as noções de espaço-tempo estão passando por um revolucionamento sem precedentes. (BIANCHETTI, 2001, p. 33).
Dentro dessa perspectiva, percebe-se que as novas TIC’s, assim como a sociedade em si, encontra-se em constante processo de mudança. No entanto, até chegar a atual tecnologia existente na atual sociedade, a humanidade passou por profundas transformações.
4.1 BREVE HISTÓRICO
Em meados do século XIX, com a necessidade de se fazer cálculos rápidos, devido à expansão do comércio, no qual visualizava um mundo totalmente industrializado; o pesquisador Charles Babbage juntamente com o matemático George Boole, idealizaram o primeiro computador, que ia além das funções básicas de somar, subtrair e multiplicar poderia executar ações especificadas pelo usuário. 
Essa máquina ocupava uma grande sala da Universidade da Pensilvânia, pesava trinta (30) toneladas e ocupava uma área equivalente a cento e quarenta metros (140m2) quadrados. 
Entretanto, assim como os livros passaram por várias transformações e ultimamente existem em diversos tamanhos, o mesmo acontece com os computadores, a diferença é que estes, a cada mês que passa surge uma nova pesquisa para “inová-lo”. (MCGARRY, 1999).
Após alguns anos da criação do primeiro computador, na década de 1960 durante a Guerra Fria, o governo americano teve a iniciativa de criar uma rede experimental de computadores, com o intuito de obter maior segurança caso tivessem ataques nucleares. Depois desse projeto, originaram-se as ferramentas e tecnologias usadas na rede atual e o termo passou a ser Internet.
Com a criação da Internet, várias outras tecnologias surgiram para recuperar e disseminar a variedade de informações que se encontram atualmente na rede. Alguns exemplos são: as revistas eletrônicas, os livros eletrônicos, as bibliotecas eletrônicas, as bases de dados e os correios eletrônicos (e-mails). Citam-se também os softwares, que podem ser entendidos como: “Conjunto de programas, procedimentos, regras e qualquer documentação associada com a operação de um sistema de processamento de dados”. (SANTOS; RIBEIRO, 2003, p.196).
E ainda, pode-se dizer que:
Essa conexão em massa de computadores significa novas possibilidades de acesso a numerosos recursos informacionais neles armazenados (catálogos informatizados de bibliotecas, bancos de informações bibliográficas, numéricas, genéricas, oceanográficas, de imagens, sons, etc.), que não param de proliferar. (LE COADIC, 2004, p. 96).
Dessa maneira, fazendo usos desses recursos, os bibliotecários podem não só informatizar as bibliotecas em que atuam, auxiliando seus usuários, mas também podem fazer uma ponte de informações com outras bibliotecas, utilizando um tipo de consórcio entre suas bibliotecas. 
Com isso, os usuários de ambas as bibliotecas saem ganhando, pois terão mais informações para pesquisar.
Diante desse fato, surge um novo modo de comunicação entre as pessoas, chamado rede de informações, que pode ser interpretado como:
Conjunto de componentes inter relacionados que, de comum acordo, promovem a transmissão de informação dos produtores aos usuários da mesma, de conformidade com normas e procedimentos compatíveis. (CARVALHO, 2004).
	Esse novo modelo de comunicação facilita e melhora a transmissão de informações para os produtores e consumidores da mesma. 
No entanto, devido à avidez das pessoas de implantarem em suas unidades de informação as novas TIC’s, acredita-se que a conservação de materiais seja um dos principais problemas no qual bibliotecas e centros de documentação vêm enfrentando nos dias de hoje.
Por outro lado, outro ponto a ser ressaltado, quanto ao sistema de gerenciamento de acervos documentais: “É o contexto em que é muito provável que os gerentes de informação tenham de tomar decisões quanto à seleção e gestão de sistemas de gerenciamento de documentos”. (ROWLEY, 2002, p. 264). 
Logo, o bibliotecário terá que decidir o que deverá ser digitalizado e futuramente o que será descartado da biblioteca em que atua. Se atualmente os profissionais da informaçãoutilizam-se das novas TIC’s, visualiza-se que no futuro passem a usar essas ferramentas com mais freqüência e que estarão disponíveis outros recursos facilitadores para a recuperação da informação.
Para Le Coadic:
No final desta década, a partir de nossa estação de trabalho, compulsaremos a distância o acervo de uma biblioteca, centro de documentação ou museu eletrônicos, que oferecerão, em linha, serviços de consulta e fornecimento eletrônico de informação. Armazenando informações selecionadas em diferentes fontes, os usuários formarão assim ‘manuais’ personalizados. (LE COADIC, 2002, p. 97).
Essas mudanças afetarão positivamente as estruturas das unidades informacionais, pois além de dinamizá-las farão com que os usuários analisem mais a respeito do custo da informação.
Neste caso, pode-se afirmar que na atual sociedade a utilização das novas TIC’s é imprescindível e cabe ao profissional da informação saber utilizá-las.
Outras pesquisas realizadas a nível internacional e nacional, garantem que a educação continuada destes profissionais em sua grande maioria utiliza destas performances para se atualizarem (TARAPANOFF, 1997, p. 36). 
Para o melhor atendimento aos usuários, torna-se imprescindível a capacitação do profissional bibliotecário frente às novas tecnologias da informação. Por isso, em meio a tantas mudanças sofridas na humanidade, o perfil do bibliotecário precisou passar por algumas alterações para assim, se adaptar ao mundo atual das tecnologias emergentes.
5 PERFIL DO BIBLIOTECÁRIO
De acordo com a história da humanidade ocidental, a profissão do bibliotecário, vai se confundindo com a história do registro do próprio conhecimento. As primeiras escritas eram mais presentes na antiguidade, no Egito Antigo, Mesopotâmia, Grécia e Roma. De tal modo: “Os imperadores não se limitavam a dotar seus próprios palácios e templos de grandes bibliotecas. Eles também as ofereciam ao povo de Roma”. (BATTLES, 2003, p.53).
Essa estratégia de disseminação da informação ocorria não só em Roma, mas também na Grécia, Egito e Mesopotâmia. Nessa época os governantes já tinham consciência do valor da informação que continham os livros. Durante a Idade Média, os livros eram escritos por monges (monges-copistas), que geravam e guardavam informações de forma a não disponibilizar ao povo – principalmente os de baixo poder aquisitivo. Essa clausura de dados e conhecimentos, fez com que o poder da Igreja Católica prevalecesse, gerando toda uma era de obscuridade. 
No século XV, com a invenção da imprensa pelo alemão Johannes Gutemberg, o livro “saiu” dos mosteiros, começando aos poucos a popularização da leitura, com isso a plebe inicia um contato com a escrita. 	Devido a essa invenção, foi possível a produção de material bibliográfico em quantidade bem superior do que anteriormente era factível. 
Em função dessa grande disponibilização de material bibliográfico, foi necessário um controle para que fosse viável o armazenamento e a recuperação das informações. No entanto, foi a Revolução Francesa por volta de 1789 que provocou a quebra do monopólio da Igreja Católica, este acontecimento culminou com o surgimento da profissão do bibliotecário fora do ambiente das igrejas.
Portanto, estes acontecimentos, ficam bem evidentes na seguinte citação:
[...] com o fim da Revolução, bibliotecas foram distribuídas entre os centros urbanos e províncias da extensão de Paris […] A grande contribuição para o desenvolvimento da biblioteca do século dezenove, além da continuação do crescimento e expansão, foi o surgimento do movimento da biblioteca pública. (SHERA, 1976, p.30)�.
Com o advento da Revolução Industrial ocorrida em meados do século XIX, houve o surgimento e expansão das bibliotecas públicas, principalmente na Inglaterra. Este acontecimento foi relevante em nível mundial no tocante ao conhecimento intelectual.
Tem-se conhecimento, através do relato da história da humanidade ocidental, que inicialmente, só existiam bibliotecários do sexo masculino. Após a Revolução Industrial, teve início a inserção da mão de obra do sexo feminino na profissão de bibliotecário. 
A importância foi acentuada com a consolidação da Revolução Industrial, pois após o fim da 2ª Guerra Mundial, houve carência de mão de obra masculina, então, as mulheres começaram a se inserir no trabalho mecanicista nas fábricas, havendo necessidade de trabalharem também em bibliotecas.
Visto que: “Em 1871, a biblioteca de Manchester foi a primeira da Grã-Bretanha a empregar mulheres.” (GROGAN, 2001). De acordo com Cunha (1981), a profissão de bibliotecário é predominantemente do sexo feminino, contrária ao que se vislumbrava na Antiguidade, como coloca a seguir:
Esse caráter feminino, em parte é responsável pelos baixos níveis de salários da classe. Não só no Brasil, mas em países desenvolvidos como os Estados Unidos e a Suécia, já foi constatado o caráter essencialmente feminino da profissão. Isto porque a biblioteconomia se enquadra dentro das profissões que se adaptam melhor à natureza feminina, às qualidades espirituais, ao instinto de dona de casa da mulher. (CUNHA, 1981, p.24).
Quando a profissão ainda não era regulamentada, os bibliotecários tinham a função de organizar a informação desejada nas estantes para os seus usuários, com o intuito de sempre encontrá-las. No entanto, este novo cenário trouxe uma mudança de perfil dos bibliotecários, pois havia a demanda reprimida de bibliotecários para trabalhar principalmente com crianças. 
Assim, o bibliotecário teve que se adequar, ou seja, os bibliotecários na Europa e nos Estados Unidos começaram a trabalhar principalmente com programas de leitura para crianças e jovens. (ZILBERMAN, 1999).
Na década de 50 do século XX iniciou o desenvolvimento tecnológico com a introdução de meios de comunicação de massa tais como a televisão e outros. Quanto mais se aperfeiçoava a tecnologia, mais necessidade o bibliotecário teve que se adequar as mesmas. Este cenário era em nível internacional. Para se adequar a este novo fenômeno, o Brasil foi se inserindo neste mercado. Nas décadas de 1950 e 1960, o país mergulhava em um crescente ritmo de expansão de escolas /cursos de Biblioteconomia, adquirindo um grande avanço científico.
No entanto, a influência tecnológica só foi ter um impacto no ensino e profissão da Biblioteconomia no Brasil a partir de meados dos anos de 1970. Nessa época o bibliotecário era visto como um mero guardião de livros, que não possuía outras funções dentro da biblioteca que não fosse arrumá-los e manter a ordem no recinto. Para desmistificar esse conceito, a postura a ser assumida pelos bibliotecários diante dos avanços das pesquisas científicas passa a ser outra. Pois, a partir dessa gama de aprendizagem, esse profissional se vê na necessidade de aprofundar seus conhecimentos em diversas áreas para melhor atender seus usuários.
Segundo Valentim:
Para o terceiro milênio o profissional da informação deverá ser mais observador, empreendedor, atuante, flexível, dinâmico, ousado, integrador, proativo e principalmente mais voltado para o futuro. (VALENTIM, 2000).
	Portanto, acredita-se que para atender os usuários nessa nova era da informação, o bibliotecário precisa ter alguma dessas características citadas pela autora acima. Com o surgimento das novas tecnologias, tornou-se um fator importante para o profissional da informação dominar os saberes biblioteconômicos, mas não suficiente para sua permanência no mercado de trabalho.
	Para isso,
A evolução tecnológica da sociedade não mais aceita bibliotecas tradicionais estacionadas na concepção de desenvolvimento e de gestão e fechadas em si mesmas, desdenhando novas alternativas e recursos de acordo com as necessidades do meio em que se situa. (SILVA, 2004, p.85).
As bibliotecas são meios de formação de opiniões, elas servem de intercâmbio de informações para a sociedade. De acordo com as mudanças sofridas na humanidade, nada mais “lógico” que asbibliotecas e também os profissionais que nela trabalham, passarem por transformações.
	Com o advento das novas TIC’s, o profissional da informação não só atende melhor a seus usuários, como se capacita melhor em seu dia-a-dia, pois essas ferramentas oferecem possibilidades para o desenvolvimento de estratégias no trabalho e disseminação da informação. 	Para confirmar o perfil do bibliotecário diante das mudanças pelas novas TIC’s, serão analisados os dados obtidos dos instrumentos utilizados na pesquisa, com o intuito de identificar a postura do profissional bibliotecário da cidade de Natal frente às novas tecnologias.
6 ANÁLISE DOS DADOS
Como fora mencionado anteriormente o cenário da pesquisa foi composta por profissionais bibliotecários atuantes em bibliotecas universitárias. Foram aplicados para a coleta dos dados, questionários com perguntas semi-estruturadas a dez (10) bibliotecários das Instituições selecionadas, através de sorteio para a composição da amostra. Primeiramente foi feito contato telefônico com os gestores, a fim de conhecer a disponibilidade dos sujeitos. Após este contato inicial, foram agendados os encontros. 
Vale destacar que a pesquisadora teve retorno total dos questionários, ou seja, teve retorno de 100% dos questionários aplicados. Os dados estão dispostos em gráficos, quadros e tabelas que permitem a confrontação dos fatos. Foi realizada uma análise levando-se em consideração os percentuais indicados e oportunamente os dados foram confrontados com os indicadores do referencial teórico. Pode-se perceber que a profissão ainda é eminentemente feminina, ou seja, 80% são do sexo feminino e apenas 20% do sexo masculino. 
Isso pode ser corroborado por Cunha (1981, p.24), quando coloca que:
Esse caráter feminino, em parte é responsável pelos baixos níveis de salários da classe. Não só no Brasil, mas em países desenvolvidos como os Estados Unidos e a Suécia, já foi constatado o caráter essencialmente feminino da profissão. Isto porque a biblioteconomia se enquadra dentro das profissões que se adaptam melhor à natureza feminina, às qualidades espirituais, ao instinto de dona de casa da mulher. (CUNHA, 1981, p.24).
Portanto, tendo em vista que o perfil dos bibliotecários neste contexto continua inalterado, vislumbra-se que no futuro o quadro biblioteconômico permanecerá com pessoas do sexo feminino em maior quantidade.
Pode-se constatar que a predominância é dos mais jovens, ou seja, 50% têm idade menor que 30 anos, ou seja, estão iniciando a carreira. Mediante aos altos índices de aposentadorias na área, muitas vezes precocemente, devido à política governamental vigente, vislumbra-se essa predominância de jovens no mercado de trabalho atual.
Quanto ao ano que se graduou, predomina a década de 2000, pois 70% dos sujeitos concluíram entre 2000 a 2003. Percebe-se que os sujeitos que participaram da pesquisa, em sua maioria concluíram o curso recentemente. Isso indica que a maioria foi submetida a novos currículos que contam com as disciplinas que tratam de conteúdos que abordam as novas tecnologias, ou seja, tiveram oportunidade de cursar disciplinas da grade curricular implantada pelo Ministério da Educação, nas quais eram privilegiadas novas tecnologias. 
Em relação à Instituição em que se graduou : Sete pessoas, ou seja, 70% dos sujeitos, são formados pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); Três pessoas, ou seja, 30% são formados pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Pode-se perceber que os alunos egressos do Curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte estão se inserindo no mercado de trabalho local, quer por concurso público ou inserção através de avaliação curricular em empresa privada. Pois, diante dos resultados obtidos na pesquisa, observou-se que a maioria dos profissionais atuantes formaram-se recentemente pela UFRN.
Pessoas formadas pela UFPB:
Sujeito 01: Sim - Disseminação Seletiva da Informação (1992)
Sujeito 02: Sim - Ciência da Informação (1993)
Sujeito 03: Sim - Serviço de Informação e Introdução à Informática (1999)
Possivelmente os sujeitos que concluíram no início da década de 90, tiveram menos oportunidade de serem contemplados com disciplinas que abordassem novas tecnologias, haja vista que a grade curricular encontrava-se em estudo, então o currículo passava por inovações tecnológicas, para ser implantado, ou seja, para se adequar às novas tecnologias.
Pessoas formadas pela UFRN
	Sujeito 04: Sim - Redes e Sistemas Informação - Serviços de Informação (2003); Sujeito 05: Não (2000); Sujeito 06: Sim - Serviços de Informação I - Serviços de Informação II (2000);Sujeito 07: Sim - Introdução à Informática - Redes e Sistemas de Serviços de Informação (2002); Sujeito 08: Sim - Redes e Sistemas de Serviços de Informação (2003); Sujeito 09: Sim - Introdução à Informática - Software Aplicativos - Redes e Sistemas de Serviços de Informação (2002); Sujeito 10: Sim - Serviços de Informação - Redes e Sistemas de Serviços de Informação (2003)
 Constata-se que praticamente todos os sujeitos tiveram oportunidade de cursar disciplinas que abordavam aspectos relevantes acerca das novas tecnologias. Apenas um sujeito que se formou na UFRN respondeu negativamente a esta questão. Constatou-se dissonância, pois outro informante da mesma Instituição e do mesmo ano de conclusão respondeu afirmativamente e citando inclusive, ressaltando as disciplinas Serviços de Informação I e II. Por ser um Curso relativamente novo no cenário nacional, o Curso de Biblioteconomia da UFRN, criado em 1997, teve total apoio institucional da Associação Brasileira de Ensino de Biblioteconomia e Documentação (ABEBD), atual Associação Brasileira de Ensino de Biblioteconomia e Ciência da Informação.
Para tanto, o Curso de Biblioteconomia da UFRN foi implantado com o que já havia de moderno nas Diretrizes Curriculares que estavam sendo trabalhadas junto ao Ministério da Educação�. 
Nessa questão todos os sujeitos responderam afirmativamente. Como as bibliotecas universitárias brasileiras trabalham basicamente com bases de dados, tais como Scielo, Proquest, Dotlib, COMUT dentre outras, os bibliotecários estão sempre sendo treinados e atualizados no que se refere às novas tecnologias, para poder repassar estas ferramentas aos seus usuários.
Para reforçar a questão anterior, nesta questão, a de número 7, no que diz respeito a ferramentas das novas tecnologias de informação e comunicação utilizadas no ambiente de trabalho, foram respondidas as seguintes:
Em periódicos eletrônicos, 70% trabalham com esta ferramenta, possivelmente para atender as suas próprias necessidades de informação para atualização profissional, bem como para atender as necessidades informacionais de seus usuários. Quanto ao quesito sobre “Redes de informação”, 50% das pessoas questionadas responderam trabalhar com este material, presume-se que, como não se pode trabalhar sem redes de informação em uma biblioteca ou unidade de informação com o seguinte binômio: bibliotecários versus usuários. 
Então, acredita-se que este número poderia ter sido até 100% de respostas dos bibliotecários, possivelmente os sujeitos não analisaram com maior profundidade esta questão e não quiseram responder sem ter certeza do que responderiam. Em relação a trabalhar com bases de dados, neste quesito 100% responderam afirmativamente. Como foi descrita em questão anterior, as bibliotecas universitárias brasileiras trabalham basicamente com bases de dados já citadas.
Questionados sobre trabalharem com correspondência eletrônica, conhecida internacionalmente como “e-mail“, 100% dos entrevistados responderam trabalhar rotineiramente. E quanto a trabalhar com softwares, 90% respoderam fazer uso desta tecnologia. Possivelmente, todos os sujeitos fazem uso desta ferramenta computacional, haja vista as respostas anteriores.
Em relação à questão 8, na qual foi questionado de que forma o bibliotecário se institui ou aprende quanto ao uso das novastecnologias da informação e comunicação:
Em periódicos eletrônicos, 90% dos entrevistados.
Em congressos, 80% dos sujeitos afirmaram utilizar deste expediente.
Através de cursos, 80% afirmaram utilizar deste artifício.
Em livros, 50% responderam utilizar os livros.
E através da aprendizagem na prática, apenas 20% respondeu este tópico.
Estes percentuais estão de acordo com outras pesquisas realizadas a nível internacional e nacional, pois a educação continuada destes profissionais em sua grande maioria utiliza–se destas performances para se atualizarem (TARAPANOFF, 1997, p. 36). 
Portanto, é de suma importância para o profissional bibliotecário manter-se sempre atualizado sobre as novas tecnologias, para atender melhor a necessidade dos seus usuários. No que diz respeito à leitura sobre as novas tecnologias da informação e comunicação, questionadas no item 9, todos os entrevistados responderam afirmativamente. A leitura está presente no cotidiano das pessoas. Então, todos os profissionais para poder se atualizar, visando aprimoramento em suas atividades profissionais precisam ler, e como as novas tecnologias estão inseridas em praticamente toda profissão, a leitura prescinde como ferramenta necessária. 
Presume-se que, para a atualização do bibliotecário, no que concerne às novas tecnologias, a leitura faz parte de suas atividades profissionais.
Finalizando as questões, perguntou-se “Qual o papel das novas tecnologias da informação e comunicação no ambiente de trabalho”.
Mediante pergunta aberta, na qual, nem todas as respostas alcançaram o objeto de pesquisa, foram selecionadas as mais pertinentes para a análise dos dados. Com isso, ficam as seguintes frases a serem analisadas:
	Sujeito 1
	Sujeito 2
	Sujeito 3
	
Hoje as novas tecnologias têm um papel fundamental tanto na recuperação, no armazenamento e divulgação da informação. Além da atualização profissional.
	
Possui relevante papel, visto que os trabalhos são realizados diretamente por tais instrumentos.
	
As novas tecnologias da informação e comunicação estão inteiramente relacionadas e associadas com nosso ambiente de trabalho, desta forma elas dão um suporte e facilitam na mediação da informação.
Diante dessas respostas, percebe-se que para os três sujeitos entrevistados, as novas tecnologias da informação são indispensáveis em seu ambiente de trabalho, visto que elas auxiliam na recuperação da informação, dando um suporte a mais em suas pesquisas. Para isso, pode-se comparar com Silva com a seguinte constatação:
A evolução tecnológica da sociedade não mais aceita bibliotecas tradicionais estacionadas na concepção de desenvolvimento e de gestão e fechadas em si mesmas, desdenhado novas alternativas e recursos de acordo com as necessidades do meio em que se situa. (SILVA, 2004, p.85).
	Portanto, o modelo ideal para a biblioteca do novo milênio acredita-se ser aquela automatizada, com pelo menos o mínimo de tecnologia. Enquanto que o perfil do profissional bibliotecário deverá ser aquele que aplique seus conhecimentos sobre tecnologia e informação para obter a resposta desejada para seu usuário da maneira mais adequada, com o menor custo.
	Sujeito 4
	Sujeito 5
	Sujeito 6
	
O principal papel é dar ao usuário um meio a mais para ele buscar a informação desejada, além dos livros e periódicos impressos.
	
Oferecer aos usuários informações que não estão ao alcance das mesmas na biblioteca, diminuindo a distância entre o usuário e a informação atualizada.
	
O papel das novas tecnologias da informação e comunicação é de facilitar a interação dos serviços de informação junto aos nossos usuários.
	De acordo com as repostas desses sujeitos, entende-se que as novas tecnologias da informação possuem um papel importante nas Instituições. Percebe-se que esses sujeitos enfocaram mais o aspecto da informação para o usuário, ou seja, que as novas tecnologias são importantes para seus clientes, considerando ser uma alternativa a mais de busca atualizada da informação. 	Dessa maneira, faz-se uma comparação com Santos quando destaca que:
A presença da tecnologia no cotidiano das pessoas, formando opinião, criando necessidades e determinando comportamentos, torna a atuação do profissional de Biblioteconomia extremamente importante no processo de formação reflexiva dos sujeitos no que se refere ao uso de informações alocadas nos mais diversos suportes. (SANTOS, 2002, p. 103).
	Assim sendo, o profissional da informação da cidade de Natal está cada dia mais preocupado com a qualidade da informação disponível para seus usuários, dessa forma, busca novas maneiras de subsidiar meios de informatizar sua biblioteca para melhor atender seus clientes.
6.1 RESULTADOS
	Percebe-se que a representação desses profissionais, em sua maioria, é de pessoas recém-formadas na própria cidade de Natal, e do sexo feminino. Desse universo, por serem formados há pouco tempo, os bibliotecários tiveram oportunidade de cursar disciplinas relacionadas às novas tecnologias da informação e comunicação já durante seus cursos de formação, demonstrando, assim, domínio e uma certa experiência na área. 	Tratam-se de profissionais preocupados com o bem-estar e necessidades informacionais de seus clientes. De tal modo, estão sempre se atualizando, seja com leituras a respeito das novas tecnologias, seja informatizando ainda mais seu ambiente de trabalho. Dessa forma, buscando novas opções para a disponibilização de informações atualizadas e até mesmo em tempo real para seus usuários.
6.1.1 Perfil do bibliotecário de Natal
	Diante dos resultados obtidos, percebe-se que o bibliotecário atuante na capital do Rio Grande do Norte é um profissional empreendedor, observador, dinâmico e moderno diante das novas tecnologias de informação e comunicação. 	Apresenta preocupação com tais competências desde os tempos acadêmicos, onde a necessidade quanto às novas tecnologias da informação vem-se enfocando no começo de sua carreira e tem continuação na capacitação profissional com leituras e congressos na área.
	Mostra interesse sobre as necessidades informacionais de seus usuários e, por isso, encontra-se sempre influente e informado sobre as novas ferramentas disponíveis no mercado referente à unidades de informação.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo geral desta pesquisa foi analisar a postura do bibliotecário natalense frente às novas tecnologias da informação, e de uma forma geral, baseada nos resultados obtidos nesta pesquisa, pode-se afirmar que os profissionais de biblioteconomia, que atuam na cidade de Natal, encontram-se inseridos nas novas tecnologias, possuem habilidades de uso nas novas tecnologias buscando atualizar-se e as utilizando de forma adequada. Assim, tornam-se fácil a busca e a disponibilização das informações. O empenho destes profissionais geram inúmeros resultados. Entre eles pode-se apontar ganhos em pesquisas para os usuários dessas instituições.
Note-se que este é um fato de enorme relevância, não só para os usuários, mas também para toda a categoria dos bibliotecários, pois estes mostram, através de seu trabalho, a sua importância para a sociedade como um todo. Pode-se constatar que hoje em dia informação é poder, e que vários países desenvolvidos já atentaram para esse fato, podendo ser essa a razão pela qual, são considerados países de primeiro mundo, pois para eles a sua principal “arma” está na educação desde o ensino fundamental. No momento em que as pessoas considerarem esse fato, ou seja, de que a informação é importante, começarão a entrar em um mundo mais competitivo e mais justo frente aos países desenvolvidos.
Constata-se que com as novas tecnologias, o bibliotecário terá que decidir o que deverá ser digitalizado e futuramente o que será descartado da biblioteca em que atua. Dessa maneira, o profissional da informação não só atende melhor aos seus usuários, como se capacita melhor em seu dia-a-dia, pois essas ferramentas oferecempossibilidades para o desenvolvimento de estratégias no trabalho e disseminação da informação. Portanto, se nos dias de hoje esses profissionais da informação utilizam-se das novas TIC’s, visualiza-se que futuramente comecem a usar essas ferramentas com mais freqüência e que as mesmas estarão disponíveis, juntamente com outros recursos facilitadores para a recuperação da informação, pois além de dinamizá-las farão com que os usuários analisem mais a respeito do custo da informação.
Neste caso, pode-se afirmar que na atual sociedade a utilização das novas TIC’s é imprescindível e cabe ao profissional da informação saber utilizá-las, em prol desta mesma sociedade. 
Assim sendo, o modelo ideal para a biblioteca do novo milênio, acredita-se ser aquela automatizada, com pelo menos o mínimo de tecnologia. Enquanto que o perfil do profissional bibliotecário deverá ser aquele que aplique seus conhecimentos sobre tecnologia e informação para obter a resposta desejada para seu usuário da maneira mais adequada, com o menor custo. Por conseguinte, em meio a tantas mudanças sofridas pela humanidade, o perfil do bibliotecário precisou passar por algumas alterações para assim, se adaptar ao mundo atual das tecnologias emergentes, mudanças contínuas e evolução vertiginosa.
Observa-se que o profissional da informação, da cidade de Natal, está cada dia mais preocupado com a qualidade da informação disponível para seus usuários, dessa forma, busca novas maneiras de subsidiar meios de informatizar sua biblioteca para melhor atender seus clientes.
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� Apresentado no XXI Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação, na cidade de Curitiba, Paraná, em julho de 2005.
� Artigo publicado por BARRETO, Aldo de Albuquerque. A questão da informação. In: Revista São Paulo em Perspectiva. São Paulo: Fundação SEADE, v. 8, n. 4, 1994, mas só foi possível consulta do mesmo no site http///. www.alternex.com.br, acesso 30 out. 2004. Não tem suas páginas numeradas.
� Tradução nossa (SHERA, 1976, p.30). 
� Informações fornecidas pela atual Coordenadora do Curso de Biblioteconomia da UFRN, profª Socorro Borba.

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