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CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM
SERVIÇO SOCIAL
3º SEMESTRE
 
ANIELLE A. DA S. GONÇALVES 	 RA 9527394013.
ALINE R. BARROS	 RA 9368309944.
JAQUELINE V. ANDRADE RA 8526951509.
JOSIANE DE SOUZA PROBIO 	 RA 9573418637.
DESAFIO PROFISSIONAL.
DISCIPLINAS NORTEADORAS: A ORGANIZAÇÃO SOCIAL NO BRASIL; ANTROPOLOGIA APLICADA AO SERVIÇO SOCIAL; DIREITO E LEGISLAÇÃO.
PROFESSOR-TUTOR EAD (FABIANA DALL’ORTO)
HORTOLÂNDIA/SP
2015
 Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz De Direito Da Vara Da Infância e da Juventude de Campo Grande-MS.
 Venho por, meio deste relatório à presença de Vossa Excelência expor a conclusão do caso 0698. Analisando o caso da guarda provisória dos dois irmãos, um de três e outro de oito anos de idade, da cidade de Campo Grande em Mato Grosso do Sul. Segundo o artigo Art. 17 do Estatuto da Criança a do Adolescente: “O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.”, portanto é necessário, que os dois irmãos sejam preservados e que possam viver e crescer em um ambiente saudável, sem ser expostos a brigas, confusões, que possam ter um espaço onde serão respeitados, e ter condições de estudar, de higiene, alimentação e cuidados, para que possam se desenvolver em um ambiente de harmonia e paz.
 De acordo com o Art. 18 do Estatuto da Criança e do Adolescente: “É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.”
Com essas considerações fica claro que os dois irmãos precisam de um lugar seguro para viver, já que os pais se encontram presos por tráfico de drogas, as crianças estão provisoriamente em um lar de crianças, mantido pela Prefeitura do Município de Campo Grande – MS. Foi verificado que os avós paternos das crianças já faleceram, e os avós maternos se encontravam com a saúde debilitada, e os demais familiares e parentes das crianças residem em outros Estados.
 Considerando a existência deste abrigo, onde crianças em situação de vulnerabilidade, são encaminhadas até ser dado a elas um encaminhamento correto, visando o seu bem-estar, o mesmo pode atender as necessidades dos menores, já que, os irmãos poderão continuar no mesmo estado dos avos, e sendo observadas e cuidadas pelo abrigo.
 Ainda, visando a proteção dos direitos das crianças e adolescentes, determina o Estatuto da Criança e do Adolescente o Art. 15: “A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.”
identifica-se irmãos têm direitos em leis e na constituição, de terem todo apoio e condições dignas para viver na sociedade.
 De acordo com a Constituição Federal Brasileira, no Art. 227: “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e o adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
Analisando o caso foi verificado que os avós maternos poderiam ser uma boa opção para ficarem com a guarda das crianças, por terem vínculo familiar, e residirem no mesmo estado, porem como dito anteriormente os mesmos não apresentam condições de saúde adequadas para ficar e zelarem pelas crianças.
 Foi analisado também, a possibilidade de manter o irmão de três anos de idade na cidade em que a mãe está presa, a mesma se encontra no presídio feminino em Campo Grande e outro irmão de oito anos, fosse viver com os familiares em outro estado, porem isso seria inviável, já que o estatuto da criança e do adolescente no Art. 92 inciso V fica definido o não desmembramento de grupos de irmãos; Considerando também, que futuramente a mãe e o pai possam se integrar novamente ao convívio com os filhos e a sociedade.
 Depois da análise do caso feito, a opção adequada e cabível no presente momento, é encaminhar as crianças para o abrigo público, mantido pelo estado de Mato Grosso do Sul, onde os irmãos terão seus direitos adquiridos, com um local seguro e com condições para que possam viver com respeito e dignidade, garantindo assim o direito a cidadania, e condições necessárias para que as crianças possam receber todo o apoio e ter suas necessidades atendidas e acompanhadas. É importante ressaltar que mantendo as crianças no estado do Mato grosso do sul preservaremos a convivência com os avós e garantiremos o acesso a Lei 2785/11, que assegura a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o pai preso.
 Pelo texto, os filhos poderão fazer visitas periódicas aos pais, promovidas pelo responsável, ou, quando estiverem em acolhimento institucional, pela entidade responsável, independentemente de autorização judicial. O abrigo apresentado, já atende crianças em situações de vulnerabilidade e presta todo atendimento necessário para que a segurança e o bem-estar físico e mental dos mesmos sejam preservados, e acompanhará todo o seu desenvolvimento e buscará atender as necessidades dos irmãos descritos no caso e ficarão responsáveis pelos mesmos.
 Sabendo que o Estatuto da Criança e Adolescente, apresenta a medida de abrigamento (Art. 101, inciso VII, do ECA), que somente deverá ser aplicada após se esgotarem as demais medidas de proteção ali previstas, ou seja, a opção do abrigo só deve ser tomada, quando todas as outras opções forem descartadas, o que aconteceu no caso dos irmãos.
 Sabendo que o Art. 101 do ECA afirmar que: “O abrigo é medida provisória e excepcional, utilizável como forma de transição para a colocação em família substituta, não implicando privação de liberdade”. O abrigo ficará responsável em iniciar outra etapa do trabalho, que terá como objetivo encaminhar as crianças para o retorno à família natural ampliada, aí sim eles poderão analisar com propriedade o caso dos irmãos irem juntos a possibilidade de viverem em outro estado com a família, tios, padrinhos, etc.
 Então o abrigo ficará responsável pelos irmãos de acordo com o Art. 92 do Estatuto da Criança e do Adolescente: “O dirigente de entidade de abrigo é equiparado ao guardião, para todos os efeitos de direito”. O abrigo deverá seguir princípios obrigatórios: “I – preservação dos vínculos familiares; II – integração em família substituta, quando esgotados os recursos de manutenção na família de origem III – atendimento personalizado e em pequenos grupos; IV – desenvolvimento de atividades em regime de coeducação; V – não desmembramento de grupos de Irmãos; VI – evitar, sempre que possível, a transferência para outras entidades de crianças e adolescentes abrigados; VII – participação na vida da comunidade local; VIII – preparação gradativa para o desligamento; IX – participação de pessoas da comunidade no processo educativo”.
 Com a devida análise do caso dos irmãos, buscou-se atender as necessidades do caso e principalmente manter os direitos da criança e do adolescente, visando o conforto e segurança dos mesmos.
Em suma, fica definido após a análise técnica que os irmãos deverão permanecer em acolhimento pelo abrigo do município.
Campo Grande, 25 de Maio de 2015.
Mariana Souza Rodrigues da Silva Andrade
CRESS 230496
Referências Bibliográficas
Constituição Federal do Brasil de 1988. 
Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº 8.069 de 13 de Julho de 1990.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069compilado.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
http://www.cfess.org.br/arquivos/CEP_CFESS-SITE.pdfhttp://www.scielo.br/pdf/mana/v12n1/a08v12n1.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8742.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm
http://www.cfess.org.br/
http://www.youtube.com/watch?v=y5r6vThH_XU
GOMES, Mércio Pereira. Antropologia: ciência do homem, Filosofia da cultura. 2. ed. 
São Paulo: Contexto, 2010. 
PALAIA, Nelson. Noções Essenciais de Direito. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. 
SANTIAGO, Gabriel Lomba. Três leituras básicas para entender a cultura brasileira. 2. 
ed. São Paulo: Alínea, 2011.

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