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Como fazer: citação, referência bibliográfica, fichamento... LEAL, 2008.

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Leitura e Produção de Textos Acadêmicos – Profa. Virgínia Leal 
 
 
Versão provisória em PDF do conteúdo da disciplina. O autor é o titular dos direitos autorais desta obra. Reprodução não autorizada. Uso 
estritamente pessoal. Para outra utilização, solicitar autorização prévia do titular dos direitos autorais. 
 
>> DISCIPLINA 
A Disciplina 
Ementa 
Referências bibliográficas 
>> SUMÁRIO 
Introdução 
1. Entrando em contato com os gêneros acadêmicos 
2. Os principais gêneros acadêmicos 
3. Redação dos gêneros acadêmicos 
4. A escolha do tema para pesquisa 
5. Aspectos formais e normativos 
 5.1 Formatação 
 5.2 Tipos e normalização de citações 
 5.3 Normalização de referências bibliográficas 
6. Conhecendo melhor alguns gêneros acadêmicos 
 6.1. Fichamento, resumo e resenha 
 6.1.1 Fichamento 
 6.1.2 Resumo 
 6.1.3 Resenha 
 Leitura e Produção de Textos Acadêmicos – Profa. Virgínia Leal 
 
 
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 6.2 Artigo e pôster 
 6.2.1 Artigo científico 
 6.2.2 Pôster acadêmico/científico 
 6.3 Projeto de Pesquisa 
 6.4 Relatório de Pesquisa 
 6.5 Monografia 
 
A Disciplina 
 
 
Meus caros alunos, 
é um prazer voltar a conviver com vocês em 
mais uma disciplina deste curso de Letras a 
Distância. No caso específico desta nova 
disciplina, Leitura e Produção de Textos 
Acadêmicos, vamos nos familiarizar com os 
chamados gêneros textuais mais usados na 
graduação: fichamento, resumo, pôster, monografia, dentre outros. O mais 
importante, além da cuidadosa leitura do material conteudístico, é a 
observação dos exemplos reais de cada gênero enfocado para que a 
apropriação das suas características formais e funcionais se dê não apenas 
do ponto de vista conceitual, mas sobretudo através da observação direta de 
casos modelares. 
Como sempre, estarei à disposição. 
Tenhamos todos um excelente período letivo! 
 Virgínia Leal 
 Leitura e Produção de Textos Acadêmicos – Profa. Virgínia Leal 
 
 
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Ementa 
 
 
EMENTA: Compreensão e produção de textos acadêmicos na perspectiva da 
metodologia científica e da análise de gêneros. 
OBJETIVO GERAL: Apresentar os diversos gêneros acadêmicos, em seus 
aspectos históricos, formais e funcionais, de acordo com os padrões 
estabelecidos pela ABNT. 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: 
Parte I – Os Gêneros Textuais 
• Os principais gêneros acadêmicos: resumo, resumo para eventos científicos, 
resenha, monografia, relatório de pesquisa, projeto de pesquisa, dissertação, 
tese, artigo, ensaio. 
• Características históricas, formais e funcionais de: resumo, resenha, 
monografia, artigo, projeto e relatório de pesquisa, tendo em vista serem esses 
os gêneros mais utilizados em cursos de graduação em Letras. 
Parte II – A escrita acadêmica 
• Elaboração de projeto de pesquisa/ monografia. 
• Elaboração de artigos para periódicos especializados. 
• Elaboração de resumo para eventos científicos. 
• Apresentação de gráficos/tabelas/quadros/figuras. 
• Apresentação de trabalhos de pesquisa em pôster. 
Obs.: serão levadas em conta as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas 
(ABNT) para apresentação/citação de trabalhos acadêmicos. 
 Leitura e Produção de Textos Acadêmicos – Profa. Virgínia Leal 
 
 
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Referências bibliográficas 
 
 
Bibliografia básica: 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: informação e 
documentação: citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002. 
______. NBR: 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio 
de Janeiro, 2002. 
______. NBR: 6022: informação e documentação: artigo em publicação 
periódica científica impressa: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. 
______. NBR: 6028: informação e documentação: resumo: apresentação. Rio 
de Janeiro, 2003. 
______. NBR: 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: 
apresentação, 2005. 
BAUER, M. W. & GASKELL, G. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e 
som. Petrópolis: Vozes, 2004. 
CALDAS, M.A. E.; VIDAL, M.M.G.; VASCONCELOS, M.V.B. de A.; CASTRO, L.C.C. 
de. Documentos Acadêmicos: um padrão de qualidade. Recife: Ed. da UFPE, 
2006. 
DIONISIO, A. P.; BEZERRA; M. A.; MACHADO, A. R. (Orgs.). Gêneros Textuais 
e Ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002. 
HENRIQUES, C. C.; SIMÕES, D. M. (Orgs.). A redação de trabalhos 
acadêmicos: teoria e prática. Rio de janeiro: Ed. da UERJ, 2008. 
KOCH, I. V. Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 
2006. 
______. Desvendando os segredos do texto. São Paulo: Cortez, 2006. 
______. A coesão textual. São Paulo: Contexto, 2002. 
______; TRAVAGLIA, L. C. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 2004. 
MACHADO, A. R.; LOUSADA, E.; ABREU-TARDELLI, L.S. Resenha. Rio de 
Janeiro: Lucerna, 2004. 
______. Resumo. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004. 
______. Planejar gêneros acadêmicos. Rio de Janeiro: Parábola Editorial, 
2005. 
 Leitura e Produção de Textos Acadêmicos – Profa. Virgínia Leal 
 
 
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MARCUSCHI, L. A. Linguística de Texto: o que é e como se faz. Recife: Ed. 
UFPE, 1983. 
______. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: 
Parábola, 2008. 
MESQUITA, M. L. de A pesquisa e a construção do conhecimento científico 
– do planejamento aos textos, da escola à academia. São Paulo: Rêspel, 2005. 
MOTTA-ROTH, D. (org.) Princípios básicos: redação acadêmica. Laboratório de 
redação. Santa Maria: Ed. da UFSM, 2004. 
 
Bibliografia complementar: 
BENNETT-KASTOR, T. Analysing children’s language: methods and theories. 
Oxford: Basil Blackwell, 1988. 
BIAJI, M. L. de. Técnicas para coleta de dados linguísticos. Recife: 
Dissertação de Mestrado em Letras, UFPE, 1981. 
BIBER, D.; CONRAD, S.; REPEN, R. Corpus linguistics – investigations 
language structure and use. Cambridge: Cambridge University Press, 1998. 
CASTRO, M. F. P. (org.). O método e o dado em aquisição da linguagem. 
Campinas: Ed. da UNICAMP, 1996. 
DASCAL, M. (org.). Fundamentos Metodológicos da Linguística. São Paulo: 
Global. Vol. I – Concepções Gerais da Teoria Linguística, 1978. 
GARSIDE, R.; LEECH, G.; MCENERY, A. (orgs.). Corpus Annotation – linguistic 
information from computer text corpora. London: Longman, 1997. 
INDURSKY, F. A quantificação na análise do discurso: quantidade equivale a 
qualidade? D.E.L.T.A 6 (1): 19-40. 
MARCUSCHI, L. A. Aspectos da questão metodológica na avaliaçãoverbal: o 
continuum qualitativo-quantitativo. Revista latinoamericana de estudios del 
discurso. 1(1): 23-42. 
______. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONÍSIO, A. P.; 
MACHADO, A. R.; BEZERRA, M. A. (orgs.). Gêneros Textuais e Ensino. Rio de 
Janeiro: Lucerna, 2002. 
MATÊNCIO, M.L.M. Atividades de (re)textualização em práticas acadêmicas: um 
estudo do resumo. Scripta, vol 6, nº 11, Belo Horizonte: PUC Minas, pp. 109-
122. 
MILROY, L. Observing and analysing natural language. Oxford: Basil 
Blackwell, 1987. 
NEWMAN, I. & BENZ, C. R. Quantitative-quantitative research 
methodology – exploring the interactive continuum. Carbondale and 
Edwardsville: Southern Illinois University Press, 1998. 
 Leitura e Produção de Textos Acadêmicos – Profa. Virgínia Leal 
 
 
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estritamente pessoal. Para outra utilização, solicitar autorização prévia do titular dos direitos autorais. 
 
ORLANDI, E. Análise do Discurso - princípios e procedimentos. Campinas: 
Pontes, 1998. 
PEDRO, E. R. Análise Crítica do Discurso: aspectos teóricos e metodológicos. In: 
Emilia Ribeiro Pedro (org.) Análise Crítica do Discurso. Lisboa: Caminho, 
1997. 
SILVA, J.Q.G.; MATA, M.A.A. da. Proposta tipológica de resumos: um estudo 
exploratório das práticas de ensino da leitura e da produção de textos 
acadêmicos. Scripta, vol 6, nº 11, Belo Horizonte: PUC Minas, pp. 123-133. 
TURATO, E. R. Tratado da Metodologia da Pesquisa Clínico-Qualitativa. 
Petrópolis: Vozes, 2003. 
VERSSHUEREN, J.; ÖSTAMN, J.; BLOMMAERT, J. Handbook of Pragmatics – 
Manual. Amsterdan/Philadelphia: John Benjamin Publishing Company, 1995. 
XAVIER, A. C. & MARCUSCHI, L. A. (orgs.). Hipertexto e Gêneros Digitais. 
Rio de Janeiro: Lucerna, 2005. 
 
Introdução 
 
 
Sem dúvida, nas disciplinas cursadas 
no primeiro período deste curso, seus 
professores chamaram a atenção para 
o modo especial de apresentar o 
resultado das atividades. Muitos 
pediram que vocês lessem sobre um 
determinado assunto em materiais 
disponibilizados no ambiente do curso, 
complementando tais leituras com 
uma sugestão de títulos bibliográficos 
ou com materiais levantados por vocês 
em bibliotecas particulares, públicas 
ou através da web. 
 
 Leitura e Produção de Textos Acadêmicos – Profa. Virgínia Leal 
 
 
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Ler para discutir um assunto acadêmico não é mesma coisa que ler para fruição 
ou divertimento. Ler com objetivo preciso, muitas vezes, se confunde com a 
expressão “estudar”. Os objetivos acadêmicos são satisfeitos quando sabemos 
qual o tema que está sendo tratado por um determinado autor, quando o 
material foi escrito e com quais propósitos, as filiações teóricas de quem escreve 
em relação ao tratamento do tema enfocado etc. Frequentemente, precisamos 
anotar, sublinhar, destacar frases/períodos/expressões que parecem ser 
importantes ou que parecem resumir a principal posição do autor. 
 
Todos concordam, porém, que anotar um 
ponto importante, confrontar a argumentação 
do autor que está sendo lido com a 
argumentação de outros autores ou até 
mesmo consultar outras obras relacionadas 
ao tema fica um pouco difícil em posição de 
descanso. Além disso, muitos de nós 
precisam de concentração para poder de fato 
construir sentido – que é o que se espera da leitura. Hoje, não se admite mais 
uma concepção de leitura que a veja como decodificação, ou seja, como uma 
simples forma de fazer a relação entre grafemas e fonemas. Mais importante do 
que saber ler em voz alta, com entonação e expressividade, é saber ler 
construindo sentidos: observando implícitos, desfazendo ambiguidades, 
inferindo informações, produzindo conclusões. 
 
Cada disciplina solicitará um conjunto de leituras sobre temas variados, 
recorrendo a este importante processo de construção do conhecimento. E 
quanto mais se lê, mais preparado se fica para a produção de textos uma vez 
que as propriedades formais e funcionais de um determinado gênero textual 
podem ser internalizadas. Desse modo, os processos de leitura e escrita 
ainda que possam ser tratados separadamente, estão interligados. Não 
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nos esqueçamos de que, quando escrevemos, também nos tornamos leitores de 
nossos textos, assim como também não devemos esquecer que a construção de 
uma memória visual, que nos auxilia em relação à ortografia de uma palavra ou 
expressão é dependente da frequência com a qual lemos sobre os mais variados 
assuntos. 
 
Então, podemos concluir que quanto mais lemos, mais 
fazemos uso de uma estratégia que pode contribuir 
significativamente para a produção de textos com 
alto grau de relevância interativa. E é através de 
textos que nós interagimos com nosso semelhante, com 
o mundo e com a própria linguagem; é através de textos 
que realizamos atividades comunicativas, cognitivas e metalinguísticas, ao 
focarmos o homem, o mundo e a linguagem, respectivamente. Exercitar a 
linguagem só é possível através de textos, já que tais atividades não são 
regularmente postas em funcionamento por meio apenas de sons isolados, 
palavras isoladas ou frases isoladas, ainda que apenas uma palavra possa 
funcionar como um texto completo. Um exemplo “clássico” desta última situação 
pode ser vislumbrado com a palavra SILÊNCIO escrita em uma placa no corredor 
de um hospital; ou a palavra SIGA em uma tabuleta segurada por um 
trabalhador no meio da BR 101 norte; ou ainda pela palavra ELAS na porta de 
um banheiro de restaurante. 
 
Com o desenvolvimento dos estudos linguísticos na segunda metade do século 
XX, vimos nascer com força áreas como a Linguística Textual, a Análise do 
Discurso, a Sociolinguística, a Linguística Aplicada, entre as inúmeras divisões e 
campos disciplinares que poderiam ser citados aqui. 
 
A princípio, a Linguística Textual esteve bastante voltada para a análise dos 
fatores de textualidade, ou seja, para os elementos que fazem de um conjunto 
 Leitura e Produção de Textos Acadêmicos – Profa. Virgínia Leal 
 
 
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de palavras um texto. No início, houve uma ênfase na descrição, análise e 
interpretação de fenômenos relativos a alguns fatores de textualidade, mais 
especificamente, nos fenômenos de coesão e coerência textuais, além dos 
estudos que se debruçavam sobre tipologias de texto. 
 
Em seguida aos estudos sobre tipologia textual em que os tipos narrativos, 
dissertativos, injuntivos e descritivos ganharam relevo, a partir do final da 
década de noventa do século passado, ou seja, mais recentemente, o foco dos 
estudos textuais foi deslocado para a questão dos chamados gêneros textuais. 
 
 LEITURA COMPLEMENTAR 
DIONISIO, A. P.;BEZERRA; M. A.; MACHADO, A. R. (Orgs.). Gêneros Textuais e 
Ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002. 
KOCH, I. V. Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2006. 
KOCH, I. V. Desvendando os segredos do texto. São Paulo: Cortez, 2006. 
KOCH, I. V. A coesão textual. São Paulo: Contexto, 2002. 
KOCH, I. V.; TRAVAGLIA, L. C. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 2004. 
MARCUSCHI, L. A. Linguística de Texto: o que é e como se faz. Recife: Ed. UFPE, 1983. 
MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: 
Parábola, 2008. 
 
 
 
 
 
 Leitura e Produção de Textos Acadêmicos – Profa. Virgínia Leal 
 
 
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1. Entrando em contato com os gêneros 
acadêmicos 
 
 
Dentre os vários gêneros textuais existentes - e não é possível elencar todos já 
que eles são tantos quantas são as atividades sociais, linguísticas e discursivas 
(MARCUSCHI, 2002), separamos para trabalhar nesta disciplina os chamados 
gêneros acadêmicos, isto é, gêneros de texto que são os mais solicitados 
durante a realização de um curso de graduação, por exemplo. 
 
A diversidade de gêneros acadêmicos é muito grande, por esta razão, 
selecionamos apenas alguns gêneros textuais escritos e de demanda frequente 
entre os professores. Quais são eles? Fichamento, resumo e resenha de um 
texto lido, projeto de monografia e a monografia propriamente dita. Também 
iremos ver alguns gêneros solicitados em congressos científicos, como artigo e 
pôster. Em todos eles, vão estar em evidência as chamadas formas de citação 
da palavra alheia. E como já foi bastante divulgado na disciplina Introdução à 
Linguística, quando usamos o que foi escrito por uma outra pessoa, de 
modo literal, sem lhes darmos o devido crédito, estamos praticando um 
crime que se chama “plágio”. Vamos, portanto, tomar 
bastante cuidado aos nos referirmos ao que existe sobre 
qualquer que seja o tema enfocado na literatura existente, 
quer disponibilizada em meio tradicional, quer através de 
novas mídias interativas. 
 
 Leitura e Produção de Textos Acadêmicos – Profa. Virgínia Leal 
 
 
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Voltando aos chamados gêneros acadêmicos, você 
sabe o que é um fichamento? Qual a diferença 
entre resumo e resenha? Como se faz uma 
monografia? Pois bem, sempre que entramos em 
uma nova esfera de atividade humana, 
deparamo-nos com textos com os quais não 
temos muita familiaridade. É natural, então, que 
o aluno de graduação não conheça bem as 
características dos gêneros textuais cuja produção 
lhe é solicitada durante o curso. Um exemplo claro 
é o da resenha, pois, no Ensino Médio em geral, o 
que se pede são fichamentos e resumos de textos 
lidos. Monografia, muitos professores apenas falam 
dela, mas efetivamente no Ensino Médio não existe a tradição de se pedir 
monografias para as disciplinas, menos ainda uma monografia como conclusão 
de curso. 
 
Você, todo dia, tem contato com os mais diversos gêneros textuais: 
• notícias jornalísticas; 
• folhetos publicitários; 
• receitas culinárias 
• lista de compras; 
• orações; 
• cartas; 
• bulas de remédios; 
• e tantos outros mais. 
 
De acordo com Marcuschi (2002, p. 22-23), os gêneros textuais (escritos e 
orais) são 
 
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textos materializados que encontramos em nossa vida diária e 
que apresentam características sócio-comunicativas definidas 
por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição 
característica. 
Luiz Antonio Marcuschi (em seu artigo Gêneros textuais: definição e 
funcionalidade, publicado no livro Gêneros Textuais e Ensino, organizado Por 
Angela Dionisio, Anna Rachel Machado e Maria Auxiliadora Bezerra e editado pela 
Lucerna, em 2002). 
 
E o que seriam, então, os tipos textuais? Também segundo Marcuschi (2002, p. 
22-23), os tipos textuais são bem menos numerosos que os gêneros – tipo 
narrativo, descritivo, argumentativo, expositivo e injuntivo – sendo designados 
por “natureza linguística de sua composição (aspectos lexicais, sintáticos, 
tempos verbais, relações lógicas)”. 
 
Mas, apesar da diversidade de gêneros, é fácil reconhecê-los quando estamos 
em contato diário com eles, e isso orienta nossas trocas comunicativas nas 
diversas situações sociais nas quais nos inserimos. Reforçando o que já 
dissemos acima: na esfera universitária também ocorre o mesmo: conhecer os 
gêneros acadêmicos também vai ajudá-lo(a) a produzir seus textos e a 
compreender mais eficientemente os textos que deverá ler. 
 
Os gêneros acadêmicos, muitas vezes, 
possuem o mesmo nome que gêneros de 
outras esferas de atividade. Mas, uma resenha 
sobre um filme escrita para um jornal possui 
características distintas de uma resenha sobre 
um livro escrita para uma revista científica, por 
exemplo. Apesar de ambas apresentarem 
algum tema resumidamente e de forma crítica, 
a primeira é mais valorativa, enquanto a 
Veja, na internet, exemplo de: 
Resenha de filme (Tropa de Elite) 
Disponível em: http://pt.shvoong.com/social-
sciences/sociology/1710392-resenha-
cr%C3%ADtica-filme-tropa-elite/
Resenha de livro (A Pragmática) 
Disponível em: 
http://rle.ucpel.tche.br/php/edicoes/v10n1/10R
esenhas.pdf
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segunda é mais analítica. Na resenha jornalística, também são mais comuns os 
jargões da área; já na resenha acadêmica, as citações de trechos da obra são 
mais recorrentes, apenas para ficar em algumas poucas diferenças. 
 
Mesmo na esfera acadêmica, os 
gêneros podem ser conhecidos pelo 
mesmo nome, apesar de possuírem 
algumas diferenças entre eles, 
como é o caso do resumo. O 
resumo de um livro que contém 650 
páginas é mais extenso que um 
resumo de um artigo científico que 
contém 10 páginas. O primeiro 
condensa as principais ideias de 
uma obra, de um capítulo de um livro etc.; enquanto o segundo tem a 
característica de apresentar de forma bastante sucinta a pesquisa científica que 
será exposta mais detalhadamente em seguida. 
Veja, na internet, exemplo de: 
Resumo de livro (Dona Flor e seus dois maridos) 
Disponível em: 
http://www.resumosdelivros.com.br/j/jorge-amado/dona-
flor-e-seus-dois-maridos/
Resumos de artigos científicos (2º Simpósio de 
Hipertexto e Tecnologias na Educação) 
Disponível em: 
http://www.ufpe.br/nehte/simposio2008/livro-resumos-
simposio2008.pdf
Em suma: como já dissemos, iremos conhecer melhor, nestadisciplina, os 
principais gêneros acadêmicos que farão parte de suas atividades universitárias: 
fichamento, resumo, resenha, projeto de pesquisa, relatório de pesquisa, artigo, 
pôster e monografia, apresentando modelos para cada um desses gêneros na 
seção 6. Também iremos abordar alguns aspectos mais formais dos gêneros 
acadêmicos, tais como formatação, sistemas de citação e referências, uso de 
tabelas, gráficos, quadros e figuras, tudo de acordo com a Associação Brasileira 
de Normas Técnicas (ABNT). Além disso, iremos dar algumas dicas de cuidados 
que você deve ter com a escrita acadêmica e com a escolha do tema de sua 
pesquisa. 
 
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estritamente pessoal. Para outra utilização, solicitar autorização prévia do titular dos direitos autorais. 
 
Esperamos que você possa, ao final do período letivo, ter mais familiaridade com 
os gêneros acadêmicos, facilitando sua leitura e produção textual durante o 
curso de graduação em Letras. 
 
 ATIVIDADE 1 
Faça uma relação dos textos produzidos/lidos por você ao longo de um dia e 
tente classificá-los em tipos e em gêneros. 
Apresente essa lista no Fórum “Tipos e Gêneros - Lista”. 
 
2. Os principais gêneros acadêmicos 
 
 
Agora que você já sabe quais são os gêneros textuais mais recorrentes em um 
curso de graduação em Letras (e de Ciências Humanas em geral) - fichamento, 
resumo, resenha, projeto de pesquisa, relatório de pesquisa, artigo, pôster e 
monografia, conheça a definição desses e de outros gêneros 
acadêmicos/científicos na tabela abaixo (algumas são dadas pela ABNT – 
Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR 14724:2005): 
 
GÊNERO DEFINIÇÃO 
Artigo Texto que apresenta os resultados de uma pesquisa ou estudo, destinado a ser 
publicado em periódicos, revistas científicas ou anais de eventos. 
Dissertação Documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de 
um estudo científico retrospectivo, de tema único e bem delimitado em sua extensão, 
com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o 
conhecimento da literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização 
do candidato. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor), visando a obtenção 
do título de mestre. 
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Versão provisória em PDF do conteúdo da disciplina. O autor é o titular dos direitos autorais desta obra. Reprodução não autorizada. Uso 
estritamente pessoal. Para outra utilização, solicitar autorização prévia do titular dos direitos autorais. 
 
Ensaio Texto que expõe as ideias do autor sobre determinado tema teórico. É menos formal 
que o artigo e não está baseado em pesquisa empírica. 
Fichamento Texto que serve para facilitar a localização de estudos realizados sem que o aluno 
precise voltar ao texto original, podendo conter citações diretas, indiretas, comentários 
pessoais e referências a outros estudos. 
Monografia Documento que representa o resultado de estudo, devendo expressar conhecimento do 
assunto escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina, módulo, 
estudo independente, curso, programa e outros ministrados. Deve ser feito sob a 
coordenação de um orientador. 
Projeto de 
pesquisa 
Documento que descreve os planos, fases e procedimentos de um processo de 
investigação científica a ser realizado. 
Relatório 
de pesquisa 
Documento que relata formalmente os resultados ou progressos obtidos em 
investigação de pesquisa e desenvolvimento ou que descreve a situação de uma 
questão técnica ou científica. 
Resenha Texto que apresenta um tema ou um livro de forma sintética e com avaliação crítica. É 
uma espécie de resumo crítico. 
Resumo Texto que apresenta as ideias gerais de um tema ou de uma obra, ou de parte destas. 
Difere-se da resenha, por não trazer críticas e avaliações sobre o assunto resumido. Os 
resumos de artigos, monografias etc. apresentam de forma bastante concisa o trabalho 
que será exposto integralmente em seguida. 
Pôster Texto exposto em banners, que ficam fixados em eventos científicos, apresentando as 
ideias centrais de uma pesquisa. 
Tese Documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de 
um estudo científico de tema único e bem delimitado. Deve ser elaborado com base em 
investigação original, constituindo-se em real contribuição para a especialidade em 
questão. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor) e visa a obtenção do 
título de doutor ou similar. 
 
 
 
 
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3. Redação dos gêneros acadêmicos 
 
 
Os gêneros acadêmicos são caracterizados por uma linguagem mais formal, em 
que o cuidado com a norma culta se faz necessário. Muitas vezes, o autor de um 
trabalho acadêmico importante (uma tese) prefere até contratar um revisor para 
evitar que o texto seja publicado com “erros”. Outras vezes, o texto não 
apresenta “erros”, mas tem um estilo que dificulta a clareza das ideias. Eis a 
razão pela qual, desde a disciplina Introdução à Linguística, falamos da 
importância do uso da norma culta. Você deve ter notado que todo esse material 
instrucional, inclusive por força de lei, já está adaptado às novas normas 
ortográficas. As palavras linguística, frequente e outras mais, estão aparecendo 
sem trema, assim como a palavra ideia não está mais sendo grafada com 
acento... 
 
Existe um texto bastante divulgado na internet – cuja autoria ora é dada como 
desconhecida, ora ao prof. João Pedro, da UNICAMP – que traz, de forma bem-
humorada, algumas dicas de como escrever (ou de como não escrever) seus 
trabalhos. É claro que você poderá não seguir à risca essas dicas, pois você tem 
seu próprio estilo e, em certos casos, é necessário infringir as regras para 
conseguir dizer o que queremos. Mas, esteja bem consciente e seguro na hora 
de ousar. 
 
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estritamente pessoal. Para outra utilização, solicitar autorização prévia do titular dos direitos autorais. 
 
A versão que apresentamos aqui foi extraída da página da web 
http://falabonito.wordpress.com/2006/09/29/ (porém existem dezenas 
de outras na internet – algumas com 
menos dicas, algumas com outros 
exemplos, algumas com outra 
ordem). Polêmicas à parte, eis o 
texto: 
 
 
1. Deve evitar ao máx. a utiliz. de abrev., etc. 
2. É desnecessário fazer-se empregar de um estilo de escrita demasiadamente rebuscado. Tal 
prática advém de esmero excessivo que raia o exibicionismo narcisístico. 
3. Anule aliterações altamente abusivas. 
4. não esqueça as maiúsculas no início das frases. 
5. Evite lugares-comuns como o diabo foge da cruz. 
6. O uso de parêntesis (mesmo quando for relevante) é desnecessário. 
7. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in. 
8. Evite o emprego de gíria, mesmo que pareça nice, sacou??… então valeu! 
9. Palavrasde baixo calão podem transformar o seu texto numa m… 
10. Nunca generalize: generalizar é um erro em todas as situações. 
11. Evite repetir a mesma palavra, pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A 
repetição da palavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto onde a 
palavra se encontra repetida. 
12. Não abuse das citações. Como costuma dizer um amigo meu: “Quem cita os outros não 
tem ideias próprias”. 
 
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13. Frases incompletas podem causar 
14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto é, basta 
mencionar cada argumento uma só vez, ou por outras palavras, não repita a mesma ideia 
várias vezes. 
15. Seja mais ou menos específico. 
16. Frases com apenas uma palavra? Jamais! 
17. A voz passiva deve ser evitada. 
18. Utilize a pontuação corretamente o ponto e a vírgula, pois a frase poderá ficar sem sentido 
especialmente será que ninguém mais sabe utilizar o ponto de interrogação 
19. Quem precisa de perguntas retóricas? 
20. Conforme recomenda a A.G.O.P., nunca use siglas desconhecidas. 
21. Exagerar é cem milhões de vezes pior do que a moderação. 
22. Evite mesóclises. Repita comigo: “mesóclises: evitá-las-ei!” 
23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha. 
24. Não abuse das exclamações! Nunca!!! O seu texto fica horrível!!!!! 
25. Evite frases exageradamente longas, pois estas dificultam a compreensão da ideia nelas 
contida e, por conterem mais que uma ideia central, o que nem sempre torna o seu 
conteúdo acessível, forçam, desta forma, o pobre leitor a separá-la nos seus diversos 
componentes de forma a torná-las compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, 
parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular através do uso de frases mais 
curtas. 
26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língúa portuguêza. 
27. Seja incisivo e coerente, ou não. 
 
 
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28. Não fique escrevendo (nem falando) no gerúndio. Você vai estar deixando seu texto pobre 
e estar causando ambiguidade, com certeza você vai estar deixando o conteúdo esquisito, 
vai estar ficando com a sensação de que as coisas ainda estão acontecendo. E como você 
vai estar lendo este texto, tenho certeza que você vai estar prestando atenção e vai estar 
repassando aos seus amigos, que vão estar entendendo e vão estar pensando em não 
estar falando desta maneira irritante. 
29. Outra barbaridade que tu deves evitar, tchê, é usar muitas expressões que acabem por 
denunciar a região onde tu moras... nada de mandar esse trem… vixi... entendeu bichinho? 
30. Não permita que seu texto acabe por rimar, porque senão ninguém irá aguentar já que é 
insuportável o mesmo final escutar, o tempo todo sem parar. 
 
Além dessas dicas bem-humoradas, podemos acrescentar algumas outras: 
• Evitar parágrafos muito extensos, pois a clareza das ideias pode ficar 
comprometida. 
• Evitar parágrafos soltos, sem coesão e coerência, que deixam o texto sem 
“cadência”. 
• Evitar adjetivações desnecessárias. Adjetivar é valorar, classificar: o que pode 
ser um risco. 
• Evitar palavras estrangeiras e neologismos quando já houver termos 
equivalentes em português. 
• Evitar citações longas e em outros idiomas (neste último caso, o trecho 
original deve vir em nota de rodapé). 
• Evitar termos e expressões que denotem “chute teórico”, como, por exemplo, 
“diversos fatores contribuem para...” (que fatores?), “para certa corrente do 
pensamento...” (que corrente?), “há autores que defendem...” (que autores?) 
etc. 
 
 
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 ATIVIDADE 2 
Discuta com seus colegas essas “30 dicas para escrever bem” (do texto 
atribuído ao prof. João Pedro). Você pode iniciar a discussão a partir, por 
exemplo, desses questionamentos: Quais as dicas de que você mais gostou? 
Quais as mais interessantes? E mais óbvias? Analisando essas dicas e fazendo 
uma autoavaliação da sua própria escrita, qual o “erro” que você mais comete 
em seus textos? E quais as dicas que você acha que já segue? 
Poste sua mensagem no Fórum “30 dicas para escrever bem”. Não se 
esqueça de justificar suas respostas e de interagir com seus colegas. 
 
 
4. A escolha do tema para pesquisa 
 
 
Definir o assunto a ser objeto do trabalho acadêmico (TA) é sempre um 
momento complexo, pois não se trata apenas de exploração dos conhecimentos 
acumulados, envolve também afastar dos estudos infinitas possibilidades 
práticas e decidir por apenas uma delas. Diante das infinitas opções, qual 
escolher? Essa pergunta é feita tanto por um catedrático experiente, quanto por 
um estudante de graduação, uma vez que envolve uma resposta complexa. 
 
Antes de mais nada, um fator a considerar é o tempo disponível 
para a realização do trabalho, já que há sempre o 
estabelecimento de um prazo para a entrega do trabalho 
acadêmico. 
 
Para a escolha do tema, há algumas dicas técnicas: 
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1) A primeira delas é desmistificar a questão da neutralidade do pesquisador. 
Não tem quem suporte escrever sobre um tema com o qual não tem afinidade, 
prazer, alegria. Não cabe transformar o trabalho acadêmico numa atividade 
formal, burocrática, como uma obrigatoriedade acadêmica a mais a ser 
cumprida por nós. Para isso, uma sugestão é transformar essa atividade em 
um prazer, principalmente por ela ser, talvez, a única atividade acadêmica na 
qual o aluno tem plena liberdade para pensar, criar e desenvolver ideias 
próprias. Quem geralmente escolhe o tema é você, aluno. Um professor pode 
impor-lhe um tema, mas as relações pedagógicas contemporâneas “apostam” no 
diálogo, na negociação entre as partes. Por tudo isso, afirmamos que a atividade 
de confecção de uma monografia de final de curso é fundamental para estimular 
o aluno a trabalhar a necessária organização mental, requisito fundamental para 
um bom desempenho profissional. Escolher o tema, recortá-lo e desenvolvê-lo é 
um ótimo exercício para desenvolver a organização mental como habilidade 
profissional. 
 
2) Outra dica: evite se colocar em situações difíceis. Por exemplo, monografia 
de final de curso não é trabalho acadêmico que pede a produção de uma 
tese, uma nova abordagem sobre determinado tema. Isso só se exige em 
um doutorado. Não por isso a monografia deve ser a mera reprodução de ideias 
alheias. Cabe ao autor da monografiaenfrentar o tema escolhido dialogando 
com os autores pesquisados, e não apenas reproduzindo as ideias lidas como se 
fossem argumentos de autoridade. 
 
3) Não cabe confundir título da pesquisa com tema. O título pode ser 
mudado até no dia do depósito final do TA. O tema é o conteúdo, a essência, o 
assunto, a forma como foi trabalhado, os questionamentos enfrentados, o marco 
teórico explorado e a metodologia utilizada. 
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4) Para a escolha do tema, o aluno deve identificar elementos 
de motivação, de atração pelo tema. Trata-se da indispensável: 
ascese erótica, disponibilidade cognitiva para com o tema. 
Procure identificar um debate, uma discussão, uma aula, 
uma leitura, uma história, qualquer situação que atraia 
sua atenção de forma diferenciada, peculiar, que lhe desperte a 
curiosidade a ponto de você querer estudar para aclarar sua mente 
quanto ao tema. 
 
Já para a delimitação do tema, há as seguintes técnicas: 
1) Delimitação devido ao autor - exemplo: Análise de Discurso segundo 
Dominique Maingueneau; delimitação devido ao tempo (época) - exemplo: 
discursos políticos da época da ditadura, de 1964-1986; delimitação devido ao 
espaço (lugar) - exemplo: discursos políticos da ditadura brasileira em 
Pernambuco; delimitação pela teoria - exemplo: dialogismo e a Filosofia da 
Linguagem (obs.: essas hipóteses não são excludentes; podemos mesclá-las). 
 
2) Também auxilia o processo de delimitação do tema, a elaboração de 
questionamentos, ou seja, de problematizações sobre o tema escolhido. Todo 
tema contém vários questionamentos a serem enfrentados. É a famosa pergunta 
que fazemos sobre a realidade e para a qual a realização da 
pesquisa busca uma resposta. Se essa resposta é dada 
antecipadamente, estamos diante da formulação de uma hipótese. 
 
3) Identificar as fontes de informações, ou seja, como você 
pretende trabalhar o tema também auxilia na delimitação deste. No 
momento da escolha do tema, portanto, cabem as seguintes 
indagações: vou partir de um caso concreto para elaborar reflexões sobre o 
tema? Ou vou partir de estudos teóricos para analisar uma situação concreta? 
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Há ainda que se pensar sobre que técnicas e instrumentos de pesquisa serão 
utilizados para a obtenção dos dados a serem analisados: pesquisa bibliográfica; 
pesquisa documental; entrevista; questionários, observação. 
 
Um recurso que auxilia tanto a escolha quanto a delimitação do tema é a 
elaboração de um roteiro de desenvolvimento. Trata-se de organizar um 
sumário, projetar o caminho lógico a ser desenvolvido no TA. Esse roteiro será 
o que você acha suficiente para seu leitor compreender e acompanhar a 
sequencia de informações até a conclusão do TA. 
 
 
5. Aspectos formais e normativos: 
formatação, citações e referências 
bibliográficas 
 
 
A ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas, elaborou normas para 
apresentação de trabalhos acadêmicos que são utilizadas pela maioria das 
universidades brasileiras e das publicações científicas realizadas em nosso país. 
Essas normas estão: na NBR 14724:2005, que padroniza a formatação e 
estrutura de monografias (e demais trabalhos de conclusão de curso), 
dissertações e teses; na NBR 10520:2002, que indica como fazer citações em 
documentos; e na NBR 6023:2002, que normatiza a elaboração de referências 
bibliográficas. 
 
Alguns eventos acadêmicos, periódicos e revistas científicas, contudo, podem 
sugerir outras normas para publicação dos trabalhos, assim como outras 
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universidades também podem adotar padrões normativos para os trabalhos de 
conclusão de curso diferentes dos preconizados pela ABNT. O importante é 
consultar previamente essas normas para elaborar seu trabalho 
adequadamente. 
 
A seguir, vamos tratar das normas da ABNT para formatação de trabalhos 
acadêmicos e, nas próximas seções, também das normas de citação e 
referência. 
 
5.1 Formatação 
Papel Formato – A4; 
Cor – branco. 
Fonte Tamanho – 12 para o texto e 10 para citações com mais de três linhas, notas 
de rodapé e outros; 
Cor da fonte – preta; 
Tipo da fonte – a norma da ABNT não estabelece o tipo da fonte, porém a 
mais usual é a Times New Roman (o tipo Arial também vem sendo aceito). 
Margens Esquerda e Superior – 3 cm; 
Direita e Inferior – 2 cm. 
Obs.: As citações com mais de 3 linhas devem estar recuadas em 4 cm da 
margem esquerda. 
Espacejamento 
(espaço de entre linhas) 
Texto – espaço 1,5 cm; 
Citações com mais de 3 linhas, rodapé etc. – espaço simples; 
Títulos – dois espaços duplos; 
Referências ao final do trabalho – espaço simples e entre si, duplo. 
Alinhamento Títulos com indicativos numéricos – alinhamento à esquerda; 
Títulos sem indicativos numéricos – alinhamento centralizado; 
Corpo do texto – alinhamento justificado. 
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Numeração das 
Páginas 
Conta-se a partir da folha de rosto, mas numera-se com algarismos arábicos 
apenas a partir da primeira folha da introdução. 
Obs.: A numeração deve estar localizada na margem superior direita, a 2 cm 
da superior e a 2 cm da direita 
 
5.2 Tipos e normalização de citações 
 
Citações são referências a textos de outros autores, podendo ser do tipo direta 
ou indireta. Quando utilizadas sem exageros, servem para sustentar o que 
estamos argumentando ou para ilustrar nosso pensamento, enriquecendo o 
texto. É uma “autoridade teórica”. Porém, o abuso das citações tem efeito 
contrário: tornam o texto “pobre”, pois devemos ser capazes de elaborar nosso 
próprio texto e exprimir nossas próprias ideias. 
 
• Citações indiretas 
São paráfrases do texto original. O pensamento do autor do texto fonte é 
expresso com as nossas próprias palavras. Devemos, contudo, sempre indicar o 
sobrenome do autor e o ano da obra; já a página onde se encontra a referência 
pode ser, ou não, indicada. 
 
 
Exemplos: 
Segundo Weedwood (2002, p. 7), é necessário retomar desde os gregos e romanos até 
Bakhtin para saber o que é a linguística. 
Obs: O sobrenome do autor é escrito em caixa baixa, pois integra o texto, ou seja, está fora dos 
parênteses. A data da obra e a página vêm logo em seguida ao sobrenome, entre parênteses, lembrando 
que a referência da página é elemento facultativo. 
 
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Para saber o que é a linguística, deve-se voltar aos gregos e romanos até chegar a Bakhtin 
(WEEDWOOD, 2002). 
Obs: O sobrenome do autor do texto citado é escrito em caixa alta, pois está dentro dos parênteses (que 
apresenta também a data da referida obra). A referência vem apenas após a citação. Como a numeração 
da página é facultativa, esta não foi colocada. 
 
• Citações diretas 
São as citações que transcrevem ipsis literis as palavras do autor. Se a citação 
tiver até três linhas, deve vir entre aspas, seguindo a mesma formatação do 
texto onde está inserida. Se a citação ultrapassar três linhas, deve-se recuá-la 4 
cm, diminuir a fonte para tamanho 10 e utilizar o espacejamento simples. Não 
devem ser usadas aspas, nem itálico (a não ser que estejam no texto original). 
Em ambos os casos, a indicação da página é obrigatória. 
 
 
Exemplos: 
De acordo com Weedwood (2002, p. 7), “para transmitir noções bem fundadas do que seja a 
linguística, é preciso refazer um percurso mais longo e completo, desde os gramáticos gregos 
e romanos até Bakhtin”. 
Obs: A citação tem até 3 linhas, então vem entre aspas e no corpo do texto. Como o nome do autor está 
no corpo do texto (em caixa baixa), apenas a data e a página do trecho referido vêm entre parênteses. 
 
Além dos efeitos da linguística sobre outras disciplinas, 
a crescente produção linguística e sua fecunda influência sobre o ensino de língua no 
Brasil não podem ser subestimadas, assim como não se podem ignorar os desafios 
que se apresentam a pesquisadores e professores que encaram a língua(gem) como 
atividade psicossocial, cuja nota dominante e inerente é a transformação 
(WEEDWOOD, 2002, p. 7). 
Obs.: A citação tem mais que 3 linhas, então está recuada, sem aspas, com fonte em tamanho 10 e 
espacejamento simples. Como o nome do autor não está no corpo do texto, deve aparecer entre 
parênteses, em caixa alta, junto à data e à indicação da página referida, após a citação. 
 Leitura e Produção de Textos Acadêmicos – Profa. Virgínia Leal 
 
 
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Importante 
1) Apresentamos aqui o sistema autor-data de indicação das fontes bibliográficas. Existe 
também o sistema numérico (em que as fontes são numeradas em ordem crescente e em 
algarismos arábicos no próprio texto, sendo indicadas de forma completa em notas de rodapé 
ou ao final do texto). 
Ex.: Segundo Faraco, “a linguística é a ciência que tem como objeto a linguagem verbal ou as línguas 
naturais1.” 
Obs.: consulte a próxima seção para saber como colocar a referência bibliográfica completa no 
rodapé ou ao final do texto. 
 
 
2) Nas citações diretas ou indiretas a uma mesma obra escrita por mais de um autor, se os 
sobrenomes dos autores estiverem fora dos parênteses, deve-se colocar o conetivo “e” entre 
eles. Mas se os sobrenomes dos autores estiverem dentro dos parênteses, deve-se separá-los 
com ponto-e-vírgula. 
Ex.: Charaudeau e Maingueneau (2004) afirmam que a análise do discurso foi mais desenvolvida na 
França. 
Ex.: “A França foi um dos maiores centros de desenvolvimento da análise do discurso” (CHARAUDEAU; 
MAINGUENEAU, 2004, p. 13). 
 
 
3) Nas citações indiretas, se um mesmo tema foi abordado por vários autores, o sobrenome e 
a data de cada uma das obras ficam separados com ponto-e-vírgula. 
Ex.: A pragmática vem sendo retomada e revista no início do século XXI sob uma perspectiva mais 
otimista (LEVINSON, 2007; ARMENGAUD, 2006; MARCONDES, 2005; OLIVEIRA, 2001). 
 
 
4) Não se esqueça de colocar reticências entre colchetes nos trechos suprimidos do texto 
original transcrito. 
Ex.: A linguística [...] floresceu a partir de 1950. 
 
 
5) Caso haja erros de grafia ou de gramática, deixe o texto como está no original e coloque a 
expressão “sic” entre parênteses. 
Ex.: Esse é o trajeto aqui oferecido, para que os leitores possa (sic) fazer ideia exata do motivo [...]. 
 
 
6) Se você está transcrevendo uma citação de um autor que está no texto de um segundo 
autor, utilize a expressão “citado por” ou “apud” (esta deve vir em itálico porque está em 
 Leitura e Produção de Textos Acadêmicos – Profa. Virgínia Leal 
 
 
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estritamente pessoal. Para outra utilização, solicitar autorização prévia do titular dos direitos autorais. 
 
latim). 
Ex.: “Nenhuma enunciação verbalizada pode ser atribuída exclusivamente a quem a enunciou” (BAKHTIN 
apud WEEDWOOD, 2002, p. 153). 
Obs.: Evite, contudo, usar esse tipo de citação, preferindo citar diretamente o autor original. 
 
 
7) O mais importante é que haja uma uniformidade, um padrão estético/normativo no seu 
trabalho. Por exemplo, se você optou por não colocar a referência de página nas citações 
indiretas, mantenha esta escolha durante todo o texto. 
 
5.3 Normalização de referências 
bibliográficas 
 
Nas referências bibliográficas, deve constar toda publicação que foi indicada 
durante o trabalho. Você deve ficar bem atento principalmente à pontuação, ao 
uso de letras maiúsculas, ao uso do negrito e a sequencia dos dados – autor, 
título, subtítulo, local, editora e data são informações imprescindíveis. 
 
Abaixo, disponibilizamos alguns exemplos de referências: 
livro de um 
único autor 
WEEDWOOD, B. História concisa da Linguística. São Paulo: Parábola, 2002. 
livro de 2 
ou 3 
autores 
CHARAUDEAU, P.; MAINGUENEAU, D. Dicionário de Análise do Discurso. São 
Paulo: Contexto, 2004. 
livro de 4 
autores ou 
mais 
WODAK, R. et al. The discursive construction of national identity. Edimburgo: 
Edinburgh UP, 1999. 
dissertação 
não 
publicada 
SOARES, I. F. O Professor e o texto - Desencontros e esperanças: um olhar 
sobre o fazer pedagógico de professores de Português do ensino médio e suas 
concepções de linguagem. Recife: UFPE, 2006. Dissertação (Mestrado em Letras e 
 Leitura e Produção de Textos Acadêmicos – Profa. Virgínia Leal 
 
 
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estritamente pessoal. Para outra utilização, solicitar autorização prévia do titular dos direitos autorais. 
 
Linguística). 
capítulo de 
livro 
MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO, 
A.P.; BEZERRA; M. A.; MACHADO, A. R. (Orgs.). Gêneros textuais & ensino. Rio 
de Janeiro: Lucerna, 2002, p. 19-36. 
artigo em 
periódico 
LAUERBACH, G.; AIJMER, K. Argumentation in dialogic media genres: talk shows 
and interviews. Journal of Pragmatics, Amsterdam, v.3, n.8, p. 1333-1341, ago. 
2007. 
artigo em 
anais de 
congressos 
ROJO, R. Interação em sala de aula e gêneros escolares do discurso: um enfoque 
enunciativo. In: CONGRESSO NACIONAL DA ABRALIN, 2., 1999, Florianópolis. 
Anais... Florianópolis: UFSC, 2000. p. 75. 
artigo em 
jornal 
HABERMAS, J. Nação ferida ou sociedade em aprendizado. Folha de São Paulo, 
São Paulo, 29 jul. 1989. 
artigo em 
periódico 
eletrônico 
 
SALGADO,M. G. Trabalhos de face em interações profissionais. Linguagem em 
(Dis)curso, Tubarão, v.7, n.1, p. 9-26, jan./abr. 2007. Disponível em: 
<http://www.unisul.br/site/linguagem/0701/3%20art%201%20(salgado).pdf>. 
Acesso em 20 jul. 2007. 
artigo em 
internet 
 
SILVA, J. P. A inexistência da flexão de gênero nos substantivos da língua 
portuguesa. Disponível em: 
<http://www.filologia.org.br/pub_outras/sliit01/sliit01_09-28.html>. Acesso em: 
20 jul. 2007. 
documento 
em CD-ROM 
ALMANAQUE Abril: sua fonte de pesquisa. São Paulo: Abril, 1998. 1 CD-ROM. 
filme longa 
metragem 
em DVD 
 
O CARTEIRO e o poeta. Direção: Michael Radford. Produção: Mário Cecchi Gori. 
Intépretes: Massimo Troisi; Mario Ruoppolo; Maria Grazia Cucinotta. Roteiro: Anna 
Paviganano. Música: Luis Enriquez Bacalov. Itália: Miramax Films, 1994. 1 DVD 
(109min), widescreen, color. Produzidor por Blue Dahlia Productions. Baseado em 
livros de Antonio Skarmeta. 
fotografia 
em papel 
SALGADO, S. Trabalhadores. 1971. 28 fotografias, color. 17,5 cm x 13 cm. 
 
 
 
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Versão provisória em PDF do conteúdo da disciplina. O autor é o titular dos direitos autorais desta obra. Reprodução não autorizada. Uso 
estritamente pessoal. Para outra utilização, solicitar autorização prévia do titular dos direitos autorais. 
 
Importante 
1) A lista de referências bibliográficas é organizada pelos sobrenomes dos autores em 
ordem alfabética. 
Obs.: A abreviatura dos primeiros nomes é facultativa quando não há autores homônimos. 
 
 
2) Quando houver mais de uma obra de um mesmo autor, pode-se substituir o nome do 
autor por ______ (6 espaços sublinhados). 
Ex.: BAKHTIN, M. Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo: Hucitec, 2004. 
 ______. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1984. 
 
 
3) Quando houver duas obras de um mesmo autor datadas do mesmo ano, diferenciar as 
obras acrescentando letra minúscula, por ordem alfabética, ao ano de publicação. 
Ex: CHARAUDEAU, P. Discurso das mídias. São Paulo: Contexto, 2006a. 
 ______. Discurso político. São Paulo: Contexto, 2006b. 
 
 ATIVIDADE 3 
Apresente uma citação direta e uma citação indireta de um trecho de qualquer 
texto acadêmico/científico de sua escolha na área de Letras (esse texto pode 
estar em livro impresso, em artigo de internet, em cd-rom etc.). 
Utilize o sistema autor-data de indicação das referências bibliográficas (estas 
devem ser apresentadas também de forma completa ao final de sua 
mensagem). 
Caso o texto que você escolheu não esteja inserido nessas categorias 
apresentadas por nós, pesquise como fazer sua indicação bibliográfica na 
internet. 
Insira sua resposta no Fórum “Citações e referências bibliográficas”. 
 
 
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estritamente pessoal. Para outra utilização, solicitar autorização prévia do titular dos direitos autorais. 
 
6. Conhecendo melhor alguns gêneros 
acadêmicos 
 
 
Nesta seção, iremos focalizar os gêneros acadêmicos com os quais você terá 
mais contato durante seu curso de graduação: fichamento, resumo, resenha, 
artigo, pôster, projeto de pesquisa, relatório de pesquisa e monografia. 
Apresentaremos suas principais características, finalidades, componentes 
curriculares etc., conforme a ABNT (NBR 10520:2002, NBR 6023:2002, NBR 
6022:2003, NBR 6028:2003 e NBR 14724:2005). Também disponibilizaremos 
exemplos desses gêneros acadêmicos (alguns são arquivos cedidos gentilmente 
por Morgana Soares, Simone Reis, Siane Góis, Joseane Brito, Jaciara Gomes, 
Carolina Pires e Alice Melo - e sua orientadora Cristina Teixeira; já outros são 
links para exemplos encontrados na internet). 
 
6.1 Fichamento, Resumo e Resenha 
 
Esses gêneros têm em comum a característica de condensar as principais ideias 
de um texto, de uma obra, de uma teoria. Mas cada um tem suas 
especificidades de propósitos comunicativos, de componentes estruturais etc. 
 
Vamos conhecer melhor cada um deles? 
 
 
 
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estritamente pessoal. Para outra utilização, solicitar autorização prévia do titular dos direitos autorais. 
 
6.1.1 Fichamento 
 
Para que você localize seus estudos realizados, sem precisar voltar ao texto 
original, o gênero mais adequado é o fichamento, também conhecido como ficha 
de leitura. 
 
O fichamento deve conter indicação bibliográfica, citações diretas, indiretas, 
comentários pessoais e referências a outros estudos. O texto pode ser 
estruturado em tópicos, mas não se esqueça de sempre localizar a página do 
texto original na qual se encontra a informação retirada. 
 
Componentes de um fichamento 
a) Indicação da bibliografia – conforme as normas da ABNT (confira seção 5.3) 
b) Resumo – com as principais ideias da obra. 
c) Citações – diretas ou indiretas, conforme indica a ABNT (confira seção 5.2) 
d) Comentários e referências a outros estudos – com sua avaliação e crítica sobre o 
texto e com ideias novas que surgiram com a leitura (opcional). 
 
Exemplo de fichamento 
Consulte a versão online da nossa disciplina (www.ufpe.br/cead/moodle). 
 
 
 ATIVIDADE 4 
Leia o texto A redação científica, do professor Rhycardo Monteiro 
http://www2.unemat.br/rhycardo/download/redacao_cientifica.pdf. 
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estritamente pessoal. Para outra utilização, solicitar autorização prévia do titular dos direitos autorais. 
 
Em seguida, faça um FICHAMENTO desse texto, atentando para os aspectos 
formais e normativos que estamos estudando. 
Anexe o arquivo com seu texto na Base de Dados “Fichamento”. 
 
6.1.2 Resumo 
 
É o gênero que traz uma apresentação concisa sobre um tema ou um texto. 
Após a leitura da obra a ser resumida, você deve elaborar um texto breve, com 
suas próprias palavras, onde ideias secundárias e detalhes são suprimidos para 
enfatizar a ideia essencial da obra (seja sua própria pesquisa ou um livro de 
outro autor). O resumo deve ser bem estruturado logicamente para que se torne 
compreensível. 
 
Podemos distinguir dois tipos de resumos: aqueles que apresentam os trabalhos 
de conclusão de curso (TCC) ou que são elaborados para apreciação da pesquisa 
em congressos, por exemplo, e o acadêmico. Alguns autores, contudo, fazem 
outras distinções, como resumo indicativo, resumo informativo, resumo 
indicativo/informativo, resumo expandido, resumo técnico etc. 
 
Nos resumos que fazem parte das monografias, dissertações e teses ou que são 
elaborados para um evento ou publicação científica, você deve fazer uma 
apresentação panorâmica da pesquisa, indicando o tema, a afiliação teórica, os 
objetivos, a metodologia e se quiser, ou for necessário, os resultados da 
pesquisa. Lembre-se, contudo, de que o texto deve ser bastante conciso. Para a 
monografia, por exemplo, a ABNT sugere que o resumo contenha, no máximo, 
até 250 palavras. 
 
 
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estritamente pessoal. Para outra utilização, solicitar autorização prévia do titular dos direitos autorais. 
 
Exemplo de resumo de TCC 
Consulte a versão online da nossa disciplina (www.ufpe.br/cead/moodle). 
 
Exemplo de resumo para eventos acadêmicos/científicos 
Consulte a versão online da nossa disciplina (www.ufpe.br/cead/moodle). 
 
Já a extensão dos resumos acadêmicos é determinada por seu professor e/ou 
por sua capacidade de síntese. Esse tipo de resumo (onde você deve apenas 
apresentar as principais ideias de uma obra ou assunto) é um exercício didático, 
solicitado nos cursos de graduação e pós-graduação como forma de acompanhar 
o aprendizado do aluno e para aperfeiçoar a sua habilidade em condensar um 
determinado tema. 
 
Exemplo de resumo acadêmico 
Consulte a versão online da nossa disciplina (www.ufpe.br/cead/moodle). 
 
 
6.1.3 Resenha 
 
A resenha é uma espécie de resumo crítico. Você, ao elaborar uma resenha, 
deve resumir a obra, mas também expor sua posição crítica com relação a esta. 
Esse gênero era caracterizado por ser publicado em revistas científicas, porém, 
atualmente, também serve como exercício didático, a exemplo do resumo 
acadêmico. 
 
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estritamente pessoal. Para outra utilização, solicitar autorização prévia do titular dos direitos autorais. 
 
É importante ressaltar que na resenha, além de você trazer o tema abordado na 
obra e a forma como o autor trabalha este tema (destacando seus pontos mais 
relevantes), é necessário que, ao final, você analise criticamente a obra, fazendo 
uma avaliação sobre sua importância teórica, sobre sua relação com outras 
obras, sobre seus alcances e deficiências ao tratar o tema. 
 
Exemplo de resenha 
Consulte a versão online da nossa disciplina (www.ufpe.br/cead/moodle). 
 
 ATIVIDADE 5 
Leia o artigo A internet vai acabar com a língua portuguesa?, de José Luiz 
Fiorin -http://www.letras.ufmg.br/arquivos/matte/ievidosol/Fiorin.pdf. 
Em seguida, faça um RESUMO desse texto, atentando para os aspectos formais 
e normativos que estamos estudando na disciplina. 
Anexe o arquivo com seu texto na Base de Dados “Resumo”. 
 
 ATIVIDADE 6 
Leia o texto O plágio na comunidade científica: questões culturais e 
linguísticas, de Sonia M. R. Vasconcelos - 
http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v59n3/a02v59n3.pdf. 
Em seguida, faça uma RESENHA desse texto, atentando para os aspectos 
formais e normativos que estamos estudando na disciplina. 
Anexe o arquivo com seu texto na Base de Dados “Resenha”. 
 
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6.2 Artigo e pôster 
 
Esses gêneros têm em comum a característica de divulgar uma pesquisa em 
eventos científicos, sendo que o artigo também é publicado em revistas 
especializadas. 
 
6.2.1 Artigo 
 
O artigo é o gênero acadêmico mais utilizado para a divulgação de uma 
pesquisa, tanto em eventos quanto em publicações científicas. Traz, além de 
discussão teórica sobre um tema, uma análise, por exemplo, sobre determinado 
corpus (conjunto de textos), sobre um case (caso específico sobre o fenômeno 
estudado) ou sobre dados empíricos (informações obtidas através de técnicas 
pesquisa, como observação, entrevistas etc.). Quando o texto aborda apenas 
questões teóricas, trata-se de um ensaio. 
 
Componentes de um artigo científico 
a) Título – indique o principal tema do artigo em um título breve e original. Se precisar, 
utilize um subtítulo. 
b) Nome do autor e afiliação – indique seu nome e a instituição da qual você faz parte 
(como pesquisador, professor ou estudante). 
c) Resumo – como visto no item 6.1.2. 
d) Abstract – tradução do resumo em inglês (se o evento ou publicação solicitar a 
tradução em outro idioma, utilizar o solicitado). 
e) Palavras-chave – indique os termos que permitam a outros pesquisadores encontrar 
a sua pesquisa em sistemas de busca eletrônicas ou em fichas catalográficas. 
f) Introdução – introduza o tema do seu artigo e o objetivo da pesquisa, justificando-a, 
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mas sem entrar em muitos detalhes sobre o conteúdo. 
g) Desenvolvimento – desenvolva o tema, definindo o problema de pesquisa e as 
hipóteses, fazendo uma revisão da literatura existente sobre o tema, apresentando a 
metodologia etc. 
h) Análise – apresente com bastante detalhes a análise dos dados e os resultados 
obtidos com a pesquisa. 
i) Conclusão – discuta os resultados da pesquisa, retomando suas ideias centrais e 
ressaltando as contribuições do seu trabalho para a solução do problema de pesquisa 
levantado. Você também deve apontar futuras pesquisas que podem ser realizadas sobre 
o tema para aprofundar a questão ou para superar alguma deficiência metodológica 
encontrada. 
j) Referências – todas as obras que foram citadas (direta ou indiretamente) na pesquisa 
devem ser listadas. Siga as normas da ABNT ou as elaboradas especificamente para o 
evento ou publicação em que será divulgada pesquisa. 
l) Anexos – anexe tabelas, gráficos, figuras, quadros, entrevistas etc. que não foram 
inseridos no corpo do texto, mas que serão relevantes para a pesquisa. 
 
Exemplos de artigos científicos 
Confira, na internet (Revista Ao Pé da Letra), exemplos de artigos: 
http://www.revistaaopedaletra.net/volumes.html 
 
 ATENÇÃO 
Como vocês puderam ver, esses artigos foram divulgados na Revista ao Pé da Letra, 
uma publicação do Departamento de Letras da Universidade Federal de Pernambuco 
dedicada à difusão de trabalhos científicos de alunos de graduação sobre temas relativos à 
linguagem e à literatura. Se você tiver um trabalho realizado para uma disciplina que 
recebeu já um parecer positivo de seu professor, submeta-o aos pareceristas da revista. 
Nesse mesmo site, você pode ter acesso às regras para publicação! 
 
 
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estritamente pessoal. Para outra utilização, solicitar autorização prévia do titular dos direitos autorais. 
 
6.2.2 Pôster acadêmico/científico 
 
O pôster é a apresentação visual de uma pesquisa, ficando exposto nos eventos 
científicos em forma de banner. Como o suporte – espaço físico – deste gênero é 
limitado (com geralmente 70 cm de largura e 120 cm de altura), o texto deve 
ser sucinto, trazendo resumidamente as principais partes da pesquisa 
(introdução, desenvolvimento, conclusões), além do título, nome do autor e sua 
afiliação. Os detalhes do trabalho, contudo, são informados durante a 
apresentação oral do pôster. 
 
Nesse gênero acadêmico, devemser bastante utilizados gráficos, tabelas, 
ilustrações e figuras. Os blocos de textos devem ser bem delimitados, para 
facilitar a leitura. Também por essa razão, é necessário que o tamanho da fonte 
seja grande (cerca de tamanho 90 para título e 40 para o corpo do texto). 
 
Mas, lembre-se: antes de elaborar um pôster, você deve consultar as normas 
específicas do evento no qual seu trabalho será exposto. Não exagerar no 
volume de texto, contudo, é sempre a regra básica. 
 
Exemplo de pôster acadêmico/científico 
Consulte a versão online da nossa disciplina (www.ufpe.br/cead/moodle). 
 
6.3 Projeto de Pesquisa 
 
O projeto de pesquisa é uma proposta de desenvolvimento de uma investigação 
científica, apresentado pelo aluno antes de iniciar seu trabalho de conclusão de 
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estritamente pessoal. Para outra utilização, solicitar autorização prévia do titular dos direitos autorais. 
 
curso ou pelo candidato a uma bolsa de iniciação científica ou a uma vaga em 
cursos de pós-graduação, por exemplo. 
 
Assim, o projeto de pesquisa é uma espécie de carta de intenções, onde o 
pesquisador vai expor previamente os planos, as fases e os procedimentos da 
pesquisa que está se propondo a realizar. 
 
É importante que o tema da pesquisa seja de interesse tanto do pesquisador 
proponente, quanto da instituição ao qual este é ou estará vinculado durante a 
investigação, entre outros fatores. Veja novamente a seção 4 sobre a escolha do 
tema. 
 
Em geral, um projeto de pesquisa deverá conter os componentes estruturais 
descritos a seguir (contudo, insistimos novamente na necessidade de consultar 
as normas de cada curso, instituição ou concurso): 
 
Componentes de um projeto de pesquisa 
a) Capa – com título da pesquisa, nome do autor, finalidade da pesquisa e orientador 
(este último dado é opcional). 
b) Sumário (opcional). 
c) Apresentação – apresenta quem, o que, para que, por que, como e quando será 
realizada a pesquisa. 
d) Problematização – expõe o objeto da pesquisa e a pergunta sobre esse objeto a ser 
respondida com a investigação. Responde à pergunta: O QUÊ? 
e) Justificativa – descreve a situação atual do tema a ser pesquisado, ressaltando a 
importância e necessidade da pesquisa proposta. Responde à pergunta: POR QUÊ? 
f) Objetivos – define a meta a ser atingida com a pesquisa, dividindo-se em objetivo 
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geral e objetivos específicos. Responde à pergunta: PARA QUÊ? 
g) Fundamentação teórica – embasa teoricamente a pesquisa, explicitando teorias, 
autores e conceitos que servem de base para a investigação. 
h) Metodologia – explicita os métodos e os procedimentos de pesquisa (delimitação dos 
dados e definição dos instrumentos de coleta, levantamento, tratamento e análise 
destes). Responde à pergunta: COMO? 
i) Cronograma – detalha o tempo necessário para execução de cada etapa da pesquisa. 
Responde à pergunta: QUANDO? 
j) Orçamento – necessário apenas para as pesquisas custeadas por algum órgão 
financiador; nele devem constar os recursos materiais que serão necessários para 
execução da pesquisa. 
l) Referências bibliográficas – ver seção 5.3. 
m) Anexos (opcional) – adiciona documentos que forem necessários ao esclarecimento 
do texto. 
 
Exemplo de projeto de pesquisa 
Consulte a versão online da nossa disciplina (www.ufpe.br/cead/moodle). 
 
 
6.4 Relatório de Pesquisa 
 
O relatório de pesquisa é um documento que relata formalmente os resultados 
de uma pesquisa ou os progressos obtidos até uma determinada fase desta. O 
projeto de pesquisa é retomado no relatório como forma de relato e não mais de 
proposta, sendo que a este são acrescentados os resultados da investigação. Se 
na redação do projeto de pesquisa são utilizados verbos no futuro (“os dados 
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estritamente pessoal. Para outra utilização, solicitar autorização prévia do titular dos direitos autorais. 
 
serão coletados...”), no relatório os verbos são utilizados no pretérito (“os dados 
foram coletados...”). 
 
Indicamos, abaixo, a estrutura de um relatório de pesquisa (modelo do 
PIBIC/UFPE/CNPq): 
 
Componentes de um relatório de pesquisa 
a) Identificação – coloque seu nome e do seu orientador, o título do projeto e do 
subprojeto e identifique a área/subárea (de acordo com a classificação do CNPq) à qual o 
trabalho está vinculado. 
b) Resumo – faça uma apresentação panorâmica da pesquisa, indicando o tema, a 
afiliação teórica, os objetivos, a metodologia e os resultados da pesquisa. Dever ser 
escrito na língua vernácula e ser constituído de uma sequencia de frases concisas e 
objetivas e não de uma simples enumeração de tópicos. 
c) Sumário – enumere as principais divisões, seções e outras partes do trabalho, na 
mesma ordem e grafia em que a matéria nele se sucede. 
d) Introdução – explique a relevância do trabalho e faça uma revisão da literatura sobre 
o tema. 
 
e) Objetivos – indique quais foram os objetivos geral e específicos da pesquisa. 
f) Metodologia – explicite os métodos empregados na investigação. Se achar pertinente, 
indique os sujeitos da pesquisa, os materiais/equipamentos utilizados e o procedimento 
de coleta e de análise dos dados. 
g) Resultados e discussão - exponha detalhadamente os resultados obtidos na 
pesquisa de forma objetiva (geralmente, na apresentação dos resultados, são 
apresentados os dados quantitativos e podem ser utilizados gráficos e tabelas) e 
interprete analiticamente os resultados obtidos à luz do referencial teórico que sustentou 
a pesquisa (geralmente, na discussão dos resultados, são apresentados os dados 
qualitativos). 
h) Conclusões – teça as considerações parciais ou finais da pesquisa, que podem, ou 
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estritamente pessoal. Para outra utilização, solicitar autorização prévia do titular dos direitos autorais. 
 
não, ser concludentes (geralmente não são, mas trazem novos questionamentos e 
propostas para uma nova investigação). 
i) Referências bibliográficas – liste todas as referências a outros autores e obras que 
foram citadas na pesquisa. 
j) Dificuldades encontradas – apresente as maiores dificuldades que você encontrou no 
processo de pesquisa. 
l) Atividades paralelas desenvolvidas pelo bolsista – descreva outras atividades que 
foram desenvolvidas por você concomitantemente à pesquisa. 
m) Data e assinatura – coloque a data de conclusão de seu relatório e assine o 
trabalho. Seu orientador também deve fazer o mesmo. 
 
Exemplo de relatório de pesquisa 
Consulte a versão online da nossa disciplina (www.ufpe.br/cead/moodle). 
 
 
6.5 Monografia 
 
Monografia é o nome dado aos trabalhos acadêmicos que servem como requisito 
para a conclusão de

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