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BIZU – DIREITO PENAL PARA PRF - PROF. PEDRO IVO www.pontodosconcursos.com.br Futuro(a) Aprovado(a), Com base nas últimas provas e na “lógica” da banca, vamos analisar os tópicos do edital que devem ser priorizados nesta reta final, pois, provavelmente, serão encontrados em sua PROVA! 1 –– APPLLICCAAÇÇÃÃOO DA LLEI PEENALL Este é um tema bem relevante, pois, dificilmente, encontramos este assunto previsto no edital sem ao menos uma questão na PROVA correspondente. Deste modo, muita atenção! Lembre-se que o Código Penal adota para o tempo do crime a teoria da ATIVIDADE, segundo a qual se considera praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Diferentemente, para o lugar do crime adota-se a teoria da UBIQUIDADE e, assim, considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Outra questão recorrente em prova diz respeito à retroatividade da lei penal mais benéfica, principalmente no que tange aos crimes permanentes e continuados. Neste ponto, é importante lembrar-se do preceituado pela importantíssima súmula 711 do STF que dispõe: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. Por fim, não deixe de estudar as particularidades das leis temporárias e excepcionais, tema este presente em diversas provas do CESPE no último ano. Com relação a este tópico os artigos que você não pode deixar de ler no Código Penal são: Art. 3º / Art. 4º / Art. 6º / Art. 7º, I. 22 - TEOORRIAA DO CRIME Este tema, normalmente, tem uma atenção especial por parte do examinador. Vamos analisá-lo! Logo no início do Código, quando o texto legal começa a tratar do crime, temos o assunto relação de causalidade. Este tema é bem extenso, mas não é muito exigido em provas. Sendo assim, tenha algum conhecimento do BIZU – DIREITO PENAL PARA PRF - PROF. PEDRO IVO www.pontodosconcursos.com.br assunto, mas não recomendo que perca muito tempo com este tópico nesta reta final. Logo depois, nos artigos 14, 15 e 16 temos importantes assuntos que juntamente com o artigo 23 (excludentes de ilicitude) disputam a preferência do examinador. Não deixe de conhecer bem a diferença entre a desistência voluntária, o arrependimento eficaz e o arrependimento posterior. Este tema é recorrente em provas e pode ser resumido da seguinte forma: Além disso, dê atenção especial para a diferenciação entre Legítima Defesa e Estado de Necessidade. Relembre: � No estado de necessidade, há um conflito entre dois bens jurídicos expostos a perigo; na legítima defesa, uma repulsa a ataque; � No estado de necessidade, o bem jurídico é exposto a perigo; na legítima defesa, o direito sofre uma agressão atual ou iminente; � No estado de necessidade, o perigo pode ou não advir da conduta humana; na legítima defesa, a agressão só pode ser praticada por pessoa humana; � No estado de necessidade, a conduta pode ser dirigida contra terceiro inocente; na legítima defesa, somente contra o agressor; � No estado de necessidade, a agressão não precisa ser injusta; na legítima defesa, por outro lado, só existe se houver injusta agressão (exemplo: dois náufragos disputando a tábua de salvação. Um agride o outro para ficar com ela, mas nenhuma agressão é injusta). No que tange à culpabilidade, não se preocupe em aprofundar, mas tenha conhecimento dos seus requisitos que são: � IMPUTABILIDADE; � POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE ���� Para merecer uma pena, o sujeito deve ter agido na consciência de que sua conduta era ilícita. Se não detiver o necessário conhecimento da proibição (que não se confunde com desconhecimento da lei, o qual é inescusável), sua ação ou omissão não terá a mesma reprovabilidade. BIZU – DIREITO PENAL PARA PRF - PROF. PEDRO IVO www.pontodosconcursos.com.br � EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA ���� Está relacionada, primordialmente, com a coação moral irresistível e com a obediência hierárquica à ordem manifestamente ilegal. Na coação moral irresistível, há fato típico e ilícito, mas o sujeito não é considerado culpado, em face da exclusão da exigibilidade de conduta diversa. Na obediência hierárquica, se a ordem é aparentemente legal e o subordinado não podia perceber sua ilegalidade, exclui-se a exigibilidade de conduta diversa, e ele fica isento de pena. Com relação a este tópico os artigos que você não pode deixar de ler no Código Penal são: Art. 14, II / Art. 15 / Art. 16 / Art. 17 / Art.18, II / Art. 20, caput, / Art. 21 / Art. 23. 33 -- IIMMPPUUTTAABBIILLIIDDAADDEE // CCOONNCCUURRSSOO DDEE PPEESSSSOOAASS A imputabilidade penal é o conjunto de condições pessoais que dão ao agente capacidade para lhe ser juridicamente imputada a prática de um fato punível. Com relação a este tópico, a banca costuma repetir muito suas questões. Assim, se analisarmos as diversas provas, apenas uma pequena parte deste tema é exigido. Primeiramente, é importantíssimo que você tenha conhecimento do art. 26 do Código Penal. Diversas questões são retiradas deste dispositivo e, muitas vezes, apenas algumas palavras são trocadas. Assim, saiba que: É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar- se de acordo com esse entendimento. Outra questão muito presente nas provas do CESPE diz respeito ao sistema adotado para aferição da inimputabilidade. Em nosso país, o legislador optou pelo SISTEMA BIOPSICOLÓGICO segundo o qual é inimputável aquele que, ao tempo da conduta, apresenta um problema mental e, em razão disso, não possui capacidade para entender o caráter ilícito do fato. Faz-se importante ressaltar que, excepcionalmente, o SISTEMA BIOLÓGICO é adotado no tocante aos menores de 18 anos, ou seja, não importa a capacidade mental, bastando a simples qualificação como menor para caracterizar a inimputabilidade. Há presunção absoluta. Tenha conhecimento das causas de inimputabilidade, que são: BIZU – DIREITO PENAL PARA PRF - PROF. PEDRO IVO www.pontodosconcursos.com.br Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. Este artigo deixa claro que o legislador penal optou por adotar a TEORIA MONISTA, ou seja, todos os indivíduos envolvidos na infração responderão por ela. Mas isso quer dizer que todos os envolvidos terão a mesma pena? A resposta é negativa, pois o que prega a teoria monista é a unidade de infração e não de pena. Assim, a penalização será aplicada na medida da CULPABILIDADE de cada agente. (Daqui são retiradas a maioria das questões de prova!) Por fim, cabe relembrar um importante aspecto, também recorrente em PROVAS, que diz respeito à participação: A participação, quando analisada como espécie do gênero concurso de pessoas, deve ser compreendida como uma intervenção voluntária e consciente de um terceiro a um fato alheio, revelando-se como um comportamento acessório que favorece a execução da conduta principal. É nesse cenário que pode surgir a PARTICIPAÇÃO DE MENOR IMPORTÂNCIA que encontra previsão no parágrafo 1º do art. 29 do Código Penal. Observe: Art. 29. [...] § 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. Trata-se de uma contribuição ínfima, que comparada com a conduta praticada pelo autorou coautor, se mostra insignificante, ou seja, quando a instigação, o induzimento ou o auxílio não forem determinantes para a realização do delito. Ressalte-se que somente é possível aplicar essa causa de diminuição de pena ao partícipe, não alcançando o coautor. Não se cogita, portanto, a existência de uma "coautoria de menor importância", vez que o coautor executa a conduta típica. 44 - DOS CCRIIMEESS CCONNTTRA AA ADDMMIINIISTTRRAÇÇÃOO PPÚÚBLICCA Este tema é questão quase certa em sua prova e merece uma atenção especial. Os crimes contra a administração são classificados em três grupos: 1. Crimes cometidos por Funcionário Público contra a Administração em geral; 2. Crimes praticados por Particular contra a Administração em geral; e 3. Crimes contra a Administração da Justiça. 4. BIZU – DIREITO PENAL PARA PRF - PROF. PEDRO IVO www.pontodosconcursos.com.br Assim, do supracitado dispositivo, podemos retirar que são documentos públicos por equiparação: 1. O EMANADO DE ENTIDADE PARAESTATAL; 2. O TÍTULO AO PORTADOR OU TRANSMISSÍVEL POR ENDOSSO; 3. AS AÇÕES DE SOCIEDADE COMERCIAL; 4. OS LIVROS MERCANTIS; E 5. O TESTAMENTO PARTICULAR (HOLÓGRAFO). Não deixe, também, de analisar os arts. 289 e 304. 88 -- CCRRIIMMEESS HHEEDDIIOONNDDOOSS ((LLEEII NNºº 88..007722//9900)) A Constituição da República, no seu artigo 5º, XLIII, protegendo os direitos fundamentais dos brasileiros e estrangeiros residentes no País, determinou que alguns delitos, desde logo, fossem denominados hediondos e, assim, fossem inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia. Dentre eles a tortura, o tráfico de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e outros que fossem classificados pelo legislador. De acordo com a Lei 8.072, de 25/06/1990 – Lei de Crimes Hediondos – também são considerados crimes desta categoria: • Homicídio quando praticado em atividade típica de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, parágrafo 2º, incisos I,II, III,IV e V); • Latrocínio; • Extorsão qualificada pela morte; • Extorsão mediante sequestro e na forma qualificada; • Estupro, art.213 caput e §§1º e 2º; • Estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o); • Epidemia com resultado morte; • Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapeuticos ou medicinais; • Crime de genocídio previsto nos artigos 1º, 2º e 3º da lei 2889/56. Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de anistia, graça e indulto. BIZU – DIREITO PENAL PARA PRF - PROF. PEDRO IVO www.pontodosconcursos.com.br No que tange à possibilidade de progressão de regime para os crimes hediondos, para a sua PROVA, o importante é que você tenha o cabal entendimento de que agora, é legalmente admitida a progressão de regime prisional quando se tratar de condenação por crime hediondo e seus equiparados (tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e terrorismo), uma vez que o novo §1º, do art. 2º da Lei dos Crimes Hediondos, diz que a pena, por tais crimes será cumprida inicialmente em regime fechado.
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