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06 Resumo Direito Empresarial - Aula 06 (16.12.2011)

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D. Empresarial 
Data: 16/12/2011 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: (21)2223-1327 1 
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: (21)2494-1888 
www.enfasepraetorium.com.br 
 
 
Assuntos tratados: 
1º Horário. 
 Direito Societário / Sociedades Anônimas / Órgãos Societários / Conselho Fiscal 
/ Títulos de Crédito / Letra de Câmbio / Formas de Vencimento da Letra de 
Câmbio/ Cheque 
2º Horário. 
 Nota Promissória / Cédula de Crédito Bancário / Duplicata 
 
1º Horário 
 
1. Direito Societário 
1.1. Sociedades Anônimas 
1.1.1. Órgãos Societários 
1.1.1.1. Conselho Fiscal 
O Conselho Fiscal é órgão obrigatório, tendo em vista que o Conselho de 
Administração é o único órgão facultativo nas sociedades anônimas. Por outro lado, 
este é o único órgão de função não permanente na companhia, de modo que o órgão 
deve existir, mas não deve ser instalado. 
O Conselho Fiscal é formado por de três a cinco órgãos, pessoas físicas sócias 
ou não, mas com formação em nível superior, justamente por se tratar de órgão 
técnico que demanda certa especialização. 
O Conselho Fiscal se instala em qualquer assembleia, seja em AGO ou em AGE. 
Além do mais, trata-se de órgão com curta duração, instala-se em assembleia e se 
dissolve na primeira AGO subsequente. Ex: O Conselho se instala em AGE de 17/11/11 
e adormece novamente na AGO de 2012, no primeiro quadrimestre. 
Dessa forma, o conselho pode-se instalar quantas vezes forem a vontade da 
assembleia. 
A instalação do Conselho Fiscal depende da vontade de apenas 10% do capital 
votante ou apenas 5% do capital não votante. O quórum se dá em montante baixo, 
afinal o objetivo do órgão é justamente fiscalizar a sociedade. 
 D. Empresarial 
Data: 16/12/2011 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
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Além do mais, acionistas que detenham 10% do capital podem exercer o direito 
de eleger, separadamente, um dos membros do conselho, dando representatividade 
aos acionistas minoritários. 
Observação1: O estatuto pode prever a função permanente do Conselho Fiscal. 
Observação2: Nas sociedades de economia mista, o Conselho Fiscal é de função 
permanente, consoante art. 240 da Lei 6.404. 
 
2. Títulos de Crédito 
2.1. Letra de Câmbio 
A letra de câmbio nasce da necessidade na Itália medieval de prover meio de 
negociação entre comerciantes de cidades distintas, os quais possuíam moedas 
diversas. 
A letra de câmbio, que é uma ordem de pagamento, tem regência pelo Decreto 
75.663/66 (Lei Uniforme de Genebra – LUG) e pelo Decreto 2.044/1908. 
Tomam parte na letra de câmbio três figuras jurídicas: 
Sacador 
 
 
 Sacado Tomador 
a. Sacador: quem saca, emite o título e entrega ao tomador. 
b. Tomador: quem toma o título e se torna credor. 
Pelo princípio da cartularidade, só se caracteriza como credor cambial quem 
detém o título. 
c. Sacado: a quem a ordem é destinada, não sendo necessário aqui que 
seja instituição financeira. 
A letra de câmbio é ordem de pagamento sacada pelo sacador em favor do 
tomador (que “toma” o título para se tornar credor) e em desfavor do sacado. 
Tem-se a seguinte sistemática: 
Pelo Direito das Obrigações, os negócios jurídicos produzem efeitos apenas 
entre as partes. Note-se que, inicialmente, tomador e sacado não possuem qualquer 
relação, daí o porquê de o tomador ter que procurar o sacado para dele obter o aceite. 
 D. Empresarial 
Data: 16/12/2011 
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A letra de câmbio é título de crédito sujeito ao aceite do sacado, ato pelo qual 
este se tornará principal devedor cambial. Ressalta-se que o aceite é ato facultativo, 
não gerando qualquer consequência cambial ao sacado por não aceitá-lo. Além do 
mais, o aceite pode ser parcial, aceitando-se apenas parcela do valor esboçado no 
título, sendo também chamado de literal (vale pelo quando estiver escrito). 
Exemplo: Firma-se contrato de patrocínio, sendo que a patrocinadora (sacado) 
fará pagamento diretamente às demais empresas (tomador), não entregando qualquer 
quantia ao patrocinado (sacador). Como forma de firmar compromisso entre as partes, 
o patrocinado saca ordem de pagamento em face da patrocinadora, para que ela 
arque com o custo junto às empresas contratadas. 
O art. 9º da LUG traz a definição do sacador, tido como garantidor tanto do 
aceite como do pagamento da letra. Desse modo, caso haja a negativa do aceite pelo 
sacado, opera-se o vencimento antecipado da cambial. Entretanto, esse vencimento 
antecipado depende da prova jurídica da negativa do aceite, o que se dá pelo 
protesto. 
Decreto 75.663, Art. 9º. O sacador é garante tanto da aceitação como do 
pagamento de letra. O sacador pode exonerar-se da garantia da aceitação; toda e 
qualquer cláusula pela qual ele se exonere da garantia do pagamento considera-
se como não escrita. 
O sacador pode se exonerar da garantia do aceite, lançando no título uma 
cláusula não-aceitável, a qual, na verdade, não proíbe que o credor busque o aceite, 
mas evita o vencimento antecipado. 
No entanto, frisa-se que o sacador não pode em qualquer hipótese se 
desonerar da garantia do pagamento, na medida em que qualquer cláusula nesse 
sentido será considerada como não escrita. 
 
2.1.1. Formas de Vencimento da Letra de Câmbio 
a. Letra à vista: com vencimento no dia da apresentação da letra ao 
sacado; por outro lado, não havendo indicação da época de vencimento no título, 
presume-se que o vencimento se dá à vista. 
A letra paga à vista se sujeita ao prazo de exibição ou apresentação de um ano 
da emissão do título, salvo estipulação em contrário. 
Diante da perda desse prazo, o tomador perde o direito de ação contra o 
sacador ou qualquer coobrigado indireto, podendo apenas demandar o sacado 
(devedor) se este aceitar. Vale observar que os endossantes são credores solidários do 
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título, o que passa a não prevalecer mais se superado o prazo de apresentação do 
título. 
b. Letra a certo termo da vista: o prazo de vencimento não corre a partir 
do momento do saque, mas a partir da vista, o que se dá quando da exibição do título 
ao sacado para aceite. 
Nesse sentido, se o sacado se recusar a fazer a vista expressamente, deve-se 
apresentar o título para protesto, que funcionará como prova da vista e como termo 
inicial para a contagem do prazo. 
Caso não tenha sido estabelecido qualquer prazo, o credor possui o prazo de 
exibição de um ano, a partir de quando se iniciará a contagem do prazo estipulado no 
título. A letra com pagamento à vista também se sujeita a esse prazo de um ano, mas 
as hipóteses não se confundem, pois, nesse segundo caso, ocorre o vencimento assim 
que exibida. 
A falta de exibição no prazo em referência traz a mesma consequência da letra 
à vista, não se podendo demandar o sacador ou qualquer coobrigado endossante. 
 
c. Letra a dia certo: com data precisa de vencimento. Exemplo: Vence em 
16/12/11. 
Nesse caso, o credor pode buscar o aceite até a data de vencimento. Porém, se 
o aceite for negado dentro do prazo, opera-se o vencimento antecipado. 
 
d. Letra a certo termo de data: vencimento após certo lapso temporal, 
que começa a correr a partir da emissão, devendo-se fazer a contagem de prazo de 
acordo com o calendário e com as regras do Direito. Exemplo: Vence daqui a 20 dias. 
O credor deve buscar o aceite da letra a certo termo de data até o vencimento. 
A letra de câmbio deve ser apresentada para pagamento no dia do seu 
vencimento, mas, se este corresponder a dia não-útil, a apresentação deve ocorrer no 
dia útil subsequente. 
 
2.2. Cheque 
O cheque é regido pela Lei 7.357/85 e também tem natureza jurídica de ordem 
de pagamento, motivo pelo qual contempla as mesmas figuras jurídicas da letra de 
câmbio: 
 
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Sacador 
 
 
Sacado Tomador 
 
a. Sacador: é o emitente do título e o devedor principal, o correntista. 
b. Tomador: quem recebe o cheque. 
c. Sacado: deve ser instituição financeira. Vale observar que banco é 
espécie de instituição financeira, tendo-se também a cooperativa de crédito. 
Exemplo: Aluno que se matricula no curso é sacador, enquanto o tomador é o 
curso em favor do qual é emitido o cheque, tendo-se como sacado o banco. 
O legislador define o cheque como ordem de pagamento à vista. Por outro 
lado, admite-se o cheque pré/pós-datado, com fonte nos costumes e na 
jurisprudência, na medida em que se veda a apresentação antecipada do cheque pelo 
credor, sob pena de cometimento de ato ilícito indenizável, consoante Súmula 370 do 
STJ. No entanto, deve ficar claro que, para o banco, o cheque consiste em ordem de 
pagamento à vista, não cometendo qualquer ilícito caso providencie seu pagamento 
na data em que o título lhe for apresentado. 
Súmula 370 do STJ - Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque 
pré-datado. 
O cheque não se sujeita a aceite, afinal o sacador é próprio devedor principal 
do título. Ressalte-se que os títulos de crédito que exigem aceite são aqueles emitidos 
por pessoa distinta do devedor principal. 
O prazo de exibição ou de apresentação do cheque é de 30 ou 60 dias, em se 
tratando de mesma praça de emissão e pagamento no primeiro caso ou de praças 
distintas no segundo caso, conforme art. 33 da Lei 7.357. 
Lei 7.357, Art. 33 O cheque deve ser apresentado para pagamento, a contar do dia 
da emissão, no prazo de 30 (trinta) dias, quando emitido no lugar onde houver de 
ser pago; e de 60 (sessenta) dias, quando emitido em outro lugar do País ou no 
exterior. 
Parágrafo único - Quando o cheque é emitido entre lugares com calendários 
diferentes, considera-se como de emissão o dia correspondente do calendário do 
lugar de pagamento. 
 D. Empresarial 
Data: 16/12/2011 
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Observe-se que praça de emissão consiste na municipalidade em que se passa 
o cheque, ao passo que praça de pagamento corresponde à municipalidade onde se 
localiza a agência do banco sacado. 
Observação: A exibição à câmara de compensação bancária, empresa privada 
responsável pela compensação bancária entre os bancos, utilizada a fim de evitar o 
deslocamento desnecessário do tomador, equivale à apresentação ao sacado. 
O prazo de exibição se inicia a partir da data constante no cheque, ainda que 
não corresponda à data em que de fato houve sua emissão. É inclusive de suma 
importância que conste no título essa data, a fim de se provar a apresentação 
antecipada do cheque pré/pós-datado. 
 
2º Horário 
 
A perda do prazo de exibição do cheque acarreta a conservação da 
executoriedade apenas em face do emitente e de seus avalistas, não se podendo mais 
exigir o montante dos endossantes coobrigados indiretos e de seus avalistas, nos 
termos da Súmula 600 do STF. Frisa-se que se admite a cobrança de avalistas, mas 
apenas daqueles relacionados ao emitente e não aos endossantes. 
Súmula 600 do STF - Cabe ação executiva contra o emitente e seus avalistas, ainda 
que não apresentado o cheque ao sacado no prazo legal, desde que não prescrita 
a ação cambiária. 
Destaca-se que avalista é figura similar a do fiador, tendo a função de garantir o 
adimplemento do título. 
Observe-se que, durante o período de constância da CPMF (1996 a 2007), o 
cheque admitia apenas um endosso, sendo que, hoje, com sua supressão, passou-se a 
admitir a multiplicidade de endossos. 
Deve ficar claro ainda que só conserva a possibilidade de cobrança do título se 
este ainda não estiver fulminado pela prescrição. 
O prazo de prescrição do cheque é de 6 meses, a contar do fim do prazo de 
exibição, consoante art. 59 da Lei 7.357. Ou seja, da emissão conta-se 30 ou 60 dias 
(causa impeditiva do decurso do prazo), sendo que, a partir do seu término, conta-se o 
prazo de 6 meses. 
Lei 7.357, Art. 59 Prescrevem em 6 (seis) meses, contados da expiração do prazo 
de apresentação, a ação que o art. 47 desta Lei assegura ao portador. 
 D. Empresarial 
Data: 16/12/2011 
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Parágrafo único - A ação de regresso de um obrigado ao pagamento do cheque 
contra outro prescreve em 6 (seis) meses, contados do dia em que o obrigado 
pagou o cheque ou do dia em que foi demandado. 
Porém, ainda que haja a prescrição, não se esvai a possibilidade de obter a 
quantia devida, tendo em vista que prescrição cambial limita-se à prescrição da 
pretensão executiva, não se podendo mais executar o crédito. 
Entretanto, admite-se a cobrança por meio de ação de locupletamento, 
também chamada de ação de enriquecimento sem causa, sujeita ao prazo 
prescricional de 2 anos, a contar da prescrição executiva (30 ou 60 dias + 6 meses). 
Segundo o STJ, essa ação tem natureza cambial e, portanto, não causal, não estando 
presa à causa originária. 
Por outro lado, a Súmula 299 do STJ determina que cabe ação monitória 
fundada em cheque prescrito, o que se sujeita ao prazo prescricional de 5 anos (art. 
206, §5º, I do CC). Para tanto, basta documento escrito sem eficácia de título 
executivo, porém a defesa pode alegar causa originária, ao contrário do que se dá em 
ação de natureza cambial. 
Súmula 299 do STJ - É admissível a ação monitória fundada em cheque prescrito. 
CC, Art. 206. Prescreve: 
§ 5o Em cinco anos: 
I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público 
ou particular; 
Nos julgados mais recentes, o STJ entende, aparentemente de modo 
equivocado, que esse prazo de 5 anos da monitória só se inicia após o decurso do 
prazo de 2 anos para ajuizar ação de locupletamento, o que totalizaria 
aproximadamente 7 anos (30 ou 60 dias + 6 meses + 2 anos + 5 anos). 
Dessa forma, restaria ao autor duas opções, podendo optar por ajuizar ação de 
locupletamento ou ação monitória, ainda que o termo inicial desta ainda não tenha, de 
fato, se iniciado. 
Em construção interessante, há voto do Min. Salomão do STJ no sentido de que 
nada impede que a ação monitória seja ajuizada, mas nela cabe a discussão da causa 
originária, podendo-se alegar, por exemplo, a prescrição de direito do qual o título se 
originou, a fim de afastar o pagamento da quantia cobrada. Assim, tem-se a não 
causalidade apenas nos dois primeiros anos, sendo que nos 5 anos seguintes, pode-se 
alegar causa originária. Note-se que a jurisprudência atual é nesse sentido, embora 
ainda pareça estar sujeita a mudanças. Vide Informativo 483 do STJ. 
 D. Empresarial 
Data: 16/12/2011 
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Trata-se de REsp em que se discute a possibilidade de admitir ajuizamento de ação 
monitória embasada em cheque prescrito há mais de dois anos, sem menção à 
causa subjacente. A Turma deu provimento ao recurso ao entendimento de que, se 
o portador do cheque opta pela ação monitória, tal como no caso, o prazo 
prescricional será quinquenal, conforme disposto no art. 206, § 5º, I, do CC e não 
haverá necessidade de descrição da causa debendi. Registrou-se, todavia, que, em 
tal hipótese, nada impede que o requerido oponha embargos à monitória, 
discutindo o negócio jurídico subjacente, inclusive a sua eventual prescrição, 
pois o cheque, em decorrência do lapso temporal, já não mais ostenta os 
caracteres cambiários inerentes ao título de crédito. Precedentes citados:AgRg 
no REsp 873.879-SC, DJ 12/12/2007; REsp 1.038.104-SP, DJe 18/6/2009; AgRg no 
Ag 1.401.202-DF, DJe 16/8/2011; AgRg no Ag 965.195-SP, DJe 23/6/2008; AgRg 
no Ag 1.376.537-SC, DJe 30/3/2011; EDcl no AgRg no Ag 893.383-MG, DJe 
17/12/2010; AgRg no Ag 1.153.022-SP, DJe 25/5/2011, e REsp 555.308-MG, DJ 
19/11/2007. REsp 926.312-SP, Rel. Min. Luís Felipe Salomão, julgado em 
20/9/2011. 
 
2.3. Nota Promissória 
Como o próprio nome induz, esse título tem natureza de promessa de 
pagamento. Além do mais, é regida pelas normas que regem a letra de câmbio, ou 
seja, pelo Decreto 57.663 (LUG) e pelo Decerto 2.044. Na LUG, vem disciplinada 
apenas nos arts. 75 a 78, afinal aplicam-se à nota promissória, subsidiariamente, as 
normas da letra de câmbio. 
Têm-se duas figuras envolvidas: 
Sacador Tomador 
a. Sacador ou promitente ou subscritor: quem emite o título, sendo 
também devedor. 
b. Tomador: em favor de quem o título é emitido, sendo também credor. 
O sacado não se mostra presente, pois o saque é feito contra o próprio sacador. 
Tampouco a nota promissória exige aceite, afinal é emitida pelo próprio devedor 
principal. 
Segundo entendimento esboçado pela jurisprudência, o contrato de abertura 
de crédito (cheque especial) em conta corrente não é título de crédito, porque o 
extrato é produzido unilateralmente pelo banco, não havendo assinatura de título com 
certeza e liquidez, conforme Súmula 233 do STJ. 
Súmula 233 do STJ - O contrato de abertura de crédito, ainda que acompanhado 
de extrato da contracorrente, não é título executivo. 
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Todavia, a fim de possibilitar algum meio de cobrança da quantia, a Súmula 247 
do STJ dispõe que cabe ação monitória para cobrar cheque especial, desde que 
vinculado o contrato ao extrato. 
Súmula 247 do STJ - O contrato de abertura de crédito em conta corrente, 
acompanhado do demonstrativo de débito, constitui documento hábil para o 
ajuizamento da ação monitória. 
Diante disso, os bancos passaram a exigir, para fornecer cheque especial, a 
assinatura de nota promissória em branco pelo correntista, a fim de possibilitar a 
cobrança por meio de execução judicial, meio muito mais célere. 
Então, o STJ determinou na Súmula 258 que a nota promissória vinculada a 
cheque especial não representa título executivo, por faltar a ela autonomia. Dessa 
forma, como está vinculada a contrato que não possui certeza e liquidez, a nota 
também não será dotada dessas características. 
Súmula 258 do STJ - A nota promissória vinculada a contrato de abertura de 
crédito não goza de autonomia em razão da iliquidez do título que a originou. 
Destaca-se que a Súmula 387 do STF deixa claro que a emissão da nota em 
branco não macula o título. O que retira a executoriedade nesse caso é a falta de 
liquidez do contrato, sendo admissível a execução de título vinculado a contrato 
dotado desseatributo, tal qual ocorre com o contrato de mútuo. 
Súmula 387 do STF - A cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branco, 
pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto. 
Todavia, vale observar que a confissão de dívida bancária é exequível mesmo 
que atrelada a cheque especial, nos termos da Súmula 300 do STJ. 
Súmula 300 do STJ - O instrumento de confissão de dívida, ainda que originário de 
contrato de abertura de crédito, constitui título executivo extrajudicial. 
Finalmente, tendo-se firmado a confissão de dívida, é possível discutir o 
contrato que lhe deu origem, como dispõe a Súmula 286 do STJ. 
Súmula 286 do STJ - A renegociação de contrato bancário ou a confissão da dívida 
não impede a possibilidade de discussão sobre eventuais ilegalidades dos 
contratos anteriores. 
 
2.4. Cédula de Crédito Bancário1 
 
1
 Tem sido muito cobrado em provas recentes de concurso. 
 D. Empresarial 
Data: 16/12/2011 
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ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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A cédula de crédito bancário (CCB) é regida pela Lei 10.431/04 e, 
subsidiariamente, pela LUG. Esse título também se trata de promessa de pagamento, 
motivo pelo qual envolve duas figuras: 
Sacador Tomador 
a. Sacador: devedor principal, cliente. 
b. Tomador ou pagador: credor, necessariamente, instituição financeira. 
Trata-se de título de origem causal, tendo em vista que só nasce de uma 
relação bancária, de um contrato bancário. Também é chamada de título de crédito 
impróprio ou cambiariforme, por ter forma, mas não essência cambial, ante a falta de 
abstração. 
A CCB admite endosso, porém este só pode ser em preto ou ao portador, 
aquele em que há a indicação em favor de quem é prestado. 
Além disso, admite-se cláusula de juros, sendo que as instituições financeiras 
não estão sujeitas aos limites impostos pela Lei de Usura (Súmula 596 do STF). 
Súmula 596 do STF - As disposições do Decreto 22.626 de 1933 não se aplicam às 
taxas de juros e aos outros encargos cobrados nas operações realizadas por 
instituições públicas ou privadas, que integram o sistema financeiro nacional. 
Observação: O endossatário está legitimado à cobrança da CCB com os juros 
sem limitação à Lei de Usura, mesmo não sendo instituição financeira, conforme art. 
29, §1º da Lei 10.931. 
Lei 10.931, Art. 29, § 1o A Cédula de Crédito Bancário será transferível mediante 
endosso em preto, ao qual se aplicarão, no que couberem, as normas do direito 
cambiário, caso em que o endossatário, mesmo não sendo instituição financeira 
ou entidade a ela equiparada, poderá exercer todos os direitos por ela conferidos, 
inclusive cobrar os juros e demais encargos na forma pactuada na Cédula. 
Note-se que a CCB é considerada título executivo mesmo que vinculada a 
contrato de cheque especial, com base no art. 28, caput da Lei 10.931. Com a previsão 
legal em referência, se mostra inócuo o entendimento anterior esboçado pelo STJ, 
tendo em vista que os bancos deixaram de exigir a assinatura em nota promissória e 
passaram a exigi-la em CCB. 
Lei 10.931, Art. 28. A Cédula de Crédito Bancário é título executivo extrajudicial e 
representa dívida em dinheiro, certa, líquida e exigível, seja pela soma nela 
indicada, seja pelo saldo devedor demonstrado em planilha de cálculo, ou nos 
extratos da conta corrente, elaborados conforme previsto no § 2o. 
 
 D. Empresarial 
Data: 16/12/2011 
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2.5. Duplicata 
Trata-se título regido pela Lei 5.474/68 e caracteriza-se como compromisso de 
pagamento, embora, para a banca CESGRANRIO, seja visto como ordem de 
pagamento, 
Primeiramente, de relevo observar que a duplicata é o único título de crédito 
genuinamente brasileiro. 
Além do mais, trata-se de título de crédito causal, também classificado como 
impróprio ou cambiariforme. Mas, diversamente da CCB, tem-se como causas da 
duplicata a compra e venda mercantil ou prestação de serviços. 
Ressalta-se que a emissão da duplicata depende necessariamente da emissão 
de um documento chamado fatura, sob pena de cometimento do crime de duplicata 
fria ou simulada (art. 172 do CP). 
CP, Art. 172 - Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não corresponda à 
mercadoria vendida, em quantidade ou qualidade, ou ao serviço prestado. 
(Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990) 
Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 
8.137, de 27.12.1990) 
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrerá aquele que falsificar ou adulterar a 
escrituração do Livro de Registro de Duplicatas. (Incluído pela Lei nº 5.474. de 
1968) 
Porém, caso não haja a intenção de emissão de duplicata, a emissão da fatura 
torna-se facultada quando o prazo de pagamento for inferior a 30 dias, conforme art. 
1º da Lei 5.474. A contrario sensu, se o prazo for superior a 30 dias, ainda que não se 
pretenda emitir a duplicata, a emissão de fatura será obrigatória. 
Portanto, fala-se que é obrigatória a emissão da fatura e facultativa a emissão 
de duplicata. 
O objetivo de se sacar duplicata é a sua representação cambiária, o que 
permite a circulação do crédito através de endosso, bem como a obtenção de título de 
crédito. 
Têm-se duas figuras na duplicata: 
Sacador Sacado 
a. Sacador: credor (vendedor). 
b. Sacado: devedor (comprador), pois o título é emitido contra ele. 
 D. Empresarial 
Data: 16/12/2011 
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A duplicata depende do aceite, afinal o título não é emitido pelo devedor 
principal. Porém, o aceite na duplicata é obrigatório, afinal o sacado é o devedor do 
crédito e sujeitar-se à sua aceitação acabaria por dificultar a circulação do crédito. 
Por outro lado, admite-se a recusa de aceite, desde que motivada. Mas, se o 
sacado se recusar a dar aceite e a apresentar motivação, presume-se que o aceite foi 
dado, desde que haja prova de entrega da mercadoria (por canhoto), o que configura o 
chamado aceite tácito. 
Note-seque o aceite tácito depende necessariamente do protesto, conforme 
Súmula 248 do STJ. 
Súmula 248 do STJ - Comprovada a prestação dos serviços, a duplicata não aceita, 
mas protestada, é título hábil para instruir pedido de falência. 
Observe-se que o endosso pode ocorrer sem que se tenha o aceite lançado, 
mas, sem dúvidas, isso acarretará a desvalorização no mercado do título. 
Na medida em que na duplicata faz-se uma duplicação das informações 
contidas na fatura, caso a duplicata tenha sido extraviada ou retida, o credor pode 
emitir uma triplicata ou ainda fazer um protesto por indicação, o qual pode, inclusive, 
ser feito de forma virtual, bastando que se tenha canhoto de entrega da mercadoria. 
No Informativo 467 do STJ, admitiu-se a duplicata virtual, em nítida mitigação 
do princípio da cartularidade, na medida em que não se exige a remessa física da 
duplicata, ante a possibilidade de presunção do aceite. 
EXECUÇÃO. DUPLICATA VIRTUAL. BOLETO BANCÁRIO. 
As duplicatas virtuais – emitidas por meio magnético ou de geração eletrônica – 
podem ser protestadas por indicação (art. 13 da Lei n. 5.474/1968), não se 
exigindo, para o ajuizamento da execução judicial, a exibição do título. Logo, se o 
boleto bancário que serviu de indicativo para o protesto retratar fielmente os 
elementos da duplicata virtual, estiver acompanhado do comprovante de entrega 
das mercadorias ou da prestação dos serviços e não tiver seu aceite 
justificadamente recusado pelo sacado, poderá suprir a ausência física do título 
cambiário eletrônico e, em princípio, constituir título executivo extrajudicial. 
Assim, a Turma negou provimento ao recurso. REsp 1.024.691-PR, Rel. Min. 
Nancy Andrighi, julgado em 22/3/2011.

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