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01 Resumo Processo Civil - Aula 01 (14.03.2011)

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Direito Processual Civil 
Prof. Arcênio Brauner 
Data: 14/03/11 
 
CÓD: 207DPF1504 Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: (21)2223-1327 
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: (21)2494-1888 
www.enfasepraetorium.com.br 
 
 
Assuntos Tratados: 
 
1º Horário. 
 
� Jurisdição e Poder Estatal / Conceito de Jurisdição / Classificação de Demandas / 
Demandas Condenatórias / Demandas Puramente Declaratórias / Demandas 
Constitutivas 
 
2º Horário. 
 
� Elementos da Ação / Condições da Ação / Problema da Teoria Eclética / 
Possibilidade Jurídica do Pedido / Interesse de Agir / Legitimidade para a Causa / 
Classificação da Legitimidade / Problemas da Substituição 
 
1º Horário 
 
Twitter: 
 
@arceniobrauner 
 
E-mail: 
 
arceniobraunerjr@yahoo.com.br 
 
Bibliografia: 
 
• Curso de Direito Processual Civil – Fredie Didier – Ed. Jus Podivm (Não 
possui volume de cautelar, que deverá ser estudada pelo livro do Marinoni.) 
 
• Curso de Processo Civil – Marinoni (Muito bom para MPF. Ruim em 
nulidades.) 
 
• Manual de Direito Processual Civil – Daniel Assumpção – Ed. Gen 
 
 
Jurisdição e Poder Estatal 
 
No Brasil, seguindo a tendência da maior parte das democracias, a função 
prevalente entre as estatais é a jurisdicional (Niklas Luhmann). 
 
Em face da prerrogativa mencionada, a função jurisdicional passa a ter o ônus de 
enfrentar todas as questões que sejam colocadas a sua apreciação. 
 
Não é porque existe um vácuo na legislação que o judiciário se escusará de 
enfrentar demandas. É o princípio da inafastabilidade ou justicialidade. 
 
Conceito de Jurisdição 
 
A jurisdição é decorrência da soberania. A jurisdição brasileira somente permite a 
prática de atos jurisdicionais dentro dos limites de nosso domínio soberano. Assim, atos a 
serem praticados em outros países usarão a exequibilidade de decisões estrangeiras 
(exequatur) ou a rogatória. No Mercosul, o procedimento de execução de sentença 
estrangeira é mais facilitado, equiparando-se ao da rogatória. 
 
Direito Processual Civil 
Prof. Arcênio Brauner 
Data: 14/03/11 
 
CÓD: 102M1901T Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: (21)2223-1327 
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A segunda característica da jurisdição é que ela é exercida por um sujeito imparcial. 
 
O juiz não é neutro em suas apreciações, na medida em que é influenciado por 
elementos éticos, políticos e até mesmo emocionais. Entretanto, é sujeito imparcial, isto é, 
não tem interesses pessoais ou emocionais naquele processo (suspeição e parcialidade). 
 
Obs: A parcialidade do juiz será sempre vista com relação à parte, e não ao 
procurador desta. 
 
A terceira característica é a aptidão de gerar coisa julgada. 
 
A jurisdição é a única função estatal que pode gerar coisa julgada. Assim, não existe 
coisa julgada administrativa, por exemplo. 
 
Obs: Curso administrativo forçado - até 1988, muitas causas contra o poder público, 
passavam pelo chamado curso administrativo forçado, isto é, obrigatoriamente precisariam 
esgotar a via administrativa para só, em um segundo momento, dar-se acesso ao judiciário. 
Após a Carta Magna, caiu a exigência. No projeto do novo CPC, teremos as câmaras de 
conciliação da fazenda pública, que obrigarão que todos os processos contra entes de 
natureza pública tenham um curso administrativo forçado. 
 
O STF, recentemente, interpretou conforme o art. 625-D da CLT, que previa câmara 
de conciliação prévia trabalhista, relendo o artigo de obrigação para opção. A tendência é 
que as câmaras conciliatórias também sejam mera opção. Assim, diante da ausência da 
parte, não se imporá a ela qualquer prejuízo. 
 
Art. 625-D da CLT - Qualquer demanda de natureza trabalhista será submetida à 
Comissão de Conciliação Prévia se, na localidade da prestação de serviços, 
houver sido instituída a Comissão no âmbito da empresa ou do sindicato da 
categoria. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) 
 
A última característica jurisdicional é a de: condenar, constituir ou declarar direitos. 
Sempre pretender-se-á: a condenação a fazeres, não fazeres, dar coisa; a constituição de 
direitos potestativos; ou a declaração positiva ou negativa de uma situação jurídica. 
 
Classificação de Demanda 
 
⇒ Demandas Condenatórias 
 
Muitos autores entendem que todas as demandas são declaratórias em si, no que 
estão corretos. Entretanto, observaremos que há ações puramente declaratórias. 
 
Em 1973, o CPC previa três espécies básicas de demandas: a condenatória, a 
constitutiva e a declaratória. As condenatórias veiculavam pretensões, que visavam sempre 
a execuções, que, via de regra, ocorriam em um processo autônomo executivo. Consistiam 
nos pleitos de: fazer (ou não), dar coisa (ou não) e entregar quantia certa (ou não). 
 
Porque veiculam uma pretensão, somente as demandas condenatórias podem 
prescrever. 
 
Na época, procedimentos especiais previam demandas condenatórias sem processo 
de execução autônomo, gerando duas novas naturezas de demanda. À época, havia ações 
onde o Estado só podia utilizar-se da coerção para forçar o cumprimento de pretensão (ex: 
configurações de desobediência, que hoje corresponderia a astreinte), as quais 
caracterizavam as demandas mandamentais. A mandamental não é condenatória porque 
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não exige processo autônomo de execução. Quando o Estado podia se substituir a atividade 
das partes, cumprindo a obrigação a ser adimplida, encontraríamos a chamada execução 
direta (ex: reintegração de posse em possessória). 
 
Só que, em 2005, se perfectibilizou o seguinte processo: 
 
a) Em 1994, a Lei 8.952 tornou as obrigações de fazer e não fazer sincréticas, isto é, 
cobráveis num mesmo processo cognitivo, sem necessidade de execução autônoma. 
 
b) Em 2002, as obrigações de dar coisa, pela Lei 10.444, também passaram a ser 
cobradas sincreticamente, com força mandamental. 
 
Obs: O processo sincrético tem tal denominação por conjugar satisfação e 
conhecimento (ainda podendo acautelar). Hoje o processo é multifuncional, pois o juiz pode 
conhecer, executar e acautelar. 
 
c) Em 2005, a Lei 11.232 levou as obrigações de pagar quantia certa ao processo 
sincrético, criando a fase processual de cumprimento de sentença. 
 
Hoje a classificação desconsidera as forças mandamentais e executivas diretas, na 
medida em que, em regra, as pretensões são cobradas sincreticamente, na fase de 
cumprimento de sentença. Contudo, ainda há cinco execuções autônomas de títulos 
judiciais: 
 
a) Sentença Penal Condenatória (na reforma do CPP exigiu-se que o juiz penal 
fixasse um mínimo condenatório); 
 
b) Sentença Arbitral; 
 
Obs: Há duas teorias sobre ela. A primeira, defendida por Fredie Didier, diz que 
haveria uma delegação jurisdicional aos tribunais de arbitragem. Contudo, uma das 
características da jurisdição é a indelegabilidade, por isso, seria inconstitucional tal 
raciocínio. O majoritário é entender que é um título judicial atípico, por força de lei. 
 
c) Sentença Estrangeira, depois de homologada pelo STJ; 
 
d) Sentenças contra a Fazenda Pública (Seus bens não podem ser penhorados, 
exigindo-se precatório ou RPV); 
 
e) Sentença ou qualquer Decisão de Alimentos (Em razão da possibilidade da prisão 
civil); 
 
Hoje, todas as pretensões são condenatórias, e a antiga classificaçãoquinaria caiu 
por terra. 
 
⇒ Demandas Puramente Declaratórias 
 
Nas ações puramente declaratórias, em regra, não haverá execução, havendo, tão 
somente, a declaração da existência de fato ou relação jurídica. Tal declaração pode ser 
positiva ou negativa. Ex: Se ingressa com demanda para que o juiz declare que não se têm 
quaisquer contratos com determinada empresa. 
 
Em 2004, o STJ decidiu o caso Herzog, onde uma declaração positiva de crédito 
pode ser executada. Assim, o atual art. 475-N, I, do CPC autoriza o cumprimento de 
demandas puramente declaratórias, desde que de crédito. 
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Art. 475-N do CPC - São títulos executivos judiciais: (Incluído pela Lei nº 11.232, 
de 2005) 
 
I – a sentença proferida no processo civil que reconheça a existência de 
obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa ou pagar quantia; (Incluído pela Lei 
nº 11.232, de 2005) 
 
⇒ Demandas Constitutivas 
 
As ações constitutivas são aquelas que se alicerçam nos direitos potestativos, isto é, 
a criação ou extinção de situação jurídica. Ex: Divórcio. 
 
Eventualmente elas poderão decair, mas nunca prescrever. 
 
2º Horário 
 
Elementos da Ação 
 
São elementos da ação: partes; pedido e causa de pedir. 
 
Parte serão todos os integrantes do contraditório (autor, réu e intervenientes em 
geral). 
 
A Causa de Pedir se divide em dois subconceitos: próxima e remota. A causa de 
pedir remota é aquela em que ato ou negócio jurídico se desenvolvem sem incidentes. 
Entretanto, incidindo além, passa a surgir a causa de pedir próxima, gerando conseqüências 
jurídicas. Assim, em um contrato de aluguel, este é a causa de pedir remota, entretanto, a 
inadimplência gera a pretensão de despejo e cobranças, que é a causa de pedir próxima. 
 
A causa de pedir próxima sempre redundará num pedido. 
 
Obs: A cada causa de pedir corresponderá um capítulo de sentença. 
 
Condições da Ação 
 
No processo civil, nos primórdios, entendia-se que o processo era uma mera 
consequência do direito material, um acessório (Teoria Civilista ou Imanentista). 
 
O alemão Bülow foi quem inventou o processo civil e lhe atribuiu a condição de uma 
ciência acessória. 
 
Em um segundo momento, surgiu a Teoria Concreta da Ação, pela qual os autores 
entendem pela autonomia do direito de ação frente ao direito material. Todavia, só 
enxergam que tal direito existe quando há decisão favorável ao final. 
 
A Teoria Abstrata da Ação abriu as portas do judiciário, permitindo que o direito de 
ação fosse entregue a qualquer pessoa, autonomamente ao direito material e de forma 
abstrata (sem requisitos). 
 
Liebman criou uma evolução da Teoria Abstrata, qual seja, a Teoria Eclética da 
Ação. Nessa teoria, o autor exige o preenchimento de determinados requisitos para que o 
processo tramite, as chamadas condições da ação. 
 
Cada condição decorre de um elemento da demanda e são as seguintes: 
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a) Legitimidade para a Causa (decorre do elemento parte); 
 
b) Interesse de Agir (decorre da causa de pedir); e 
 
c) Possibilidade Jurídica do Pedido/Demanda (decorre do pedido). 
 
⇒ Problema da Teoria Eclética 
 
Para a Teoria Eclética as condições da ação não seriam mérito, assim, a 
investigação de paternidade negativa corresponderia a uma ilegitimidade, não gerando 
conclusão de mérito. 
 
Os italianos criaram a Teoria da Asserção, a qual sustenta que as condições da ação 
só sejam consideradas até a fase de saneamento, confiando, o magistrado, nos elementos 
expostos no processo. A fase do Saneamento é a atual fase da audiência preliminar, que 
está logo após a réplica, quando o juiz fixa os pontos controvertidos da demanda. 
 
A partir daí, ou há decisão de mérito ou há extinção do processo por pressuposto 
processual. 
 
Excepcionalmente, modificações de fato podem fazer com que uma condição da 
ação seja reconhecida após o saneamento. Ex: Realização de prova quando o pedido do 
processo era a mera inscrição no concurso. 
 
⇒ Possibilidade Jurídica do Pedido 
 
Liebman, com base no divórcio e sua proibição, cria a condição da ação chamada de 
possibilidade jurídica do pedido. Entretanto, ao voltar para a Itália, e verificar a permissão de 
tal desconstituição, passa ele a não mais adotar tal condição da ação. 
 
Entretanto, Buzaid, quando do projeto do nosso código, manteve tal condição. 
 
O professor Dinamarco, relendo a teoria de Liebman, transforma a condição da ação 
em possibilidade jurídica da demanda, isto é, de partes, causa de pedir e pedido. 
 
Obs: Dívidas de jogo assumidas em países onde aquela aposta é permitida, segundo 
o STJ, podem ser cobradas em terras brasileiras. 
 
⇒ Interesse de Agir 
 
Do elemento causa de pedir surge o interesse de agir. 
 
Segundo Liebman, o interesse de agir englobava: necessidade e utilidade. 
 
O processo necessário é aquele em que não se pode obter a solução senão pela via 
jurisdicional. 
 
Utilidade é a possibilidade de, dentro do processo, se obter a solução desejada. 
 
Ex: Em um concurso já tendo sido realizado, não há utilidade de continuar pleiteando 
inscrição. 
 
Direito Processual Civil 
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Para a escola paulista de processo civil, com entendimento majoritário, exige, além 
da necessidade e utilidade, a adequação, isto é, a escolha do procedimento ou atitude 
adequada ao momento processual. 
 
Há uma diferença fundamental entre os três elementos expostos, já que sendo o 
processo desnecessário ou inútil, o juiz o extinguirá por carência da ação, já se ele for 
inadequado, o juiz abrirá prazo para a emenda da inicial, para que a correção seja feita. 
 
⇒ Legitimidade para a Causa 
 
Legitimidade para a causa é o poder de fazer parte do contraditório. Assim, abrange 
autores, réus e intervenientes de qualquer espécie. 
 
Obs: Atualmente, no processo civil, existe uma situação em que o juiz é parte que é 
a exceção de impedimento ou suspeição, podendo, inclusive, recorrer. Neste caso terá 
capacidade postulatória especial, não precisando de advogado. 
 
• Classificações da Legitimidade 
 
Pode ser: ordinária ou extraordinária. 
 
Legitimidade ordinária - é a possibilidade de alguém ir ao processo pedir o que é seu, 
em nome próprio. 
 
Legitimidade extraordinária ou Substituição Processual – é aquela que permite que 
alguém vá a juízo e postule interesse alheio em nome próprio, desde que permitido por lei. 
 
Art. 6º do CPC - Ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo 
quando autorizado por lei. 
 
Ex: Se a parte morre na AIJ, não há regularização do pólo processual até a 
sentença, seguindo o advogado como substituto processual do falecido, isto é, assina 
petições em nome próprio, defendendo interesse alheio, autorizado por lei (CPC). 
 
Outro exemplo de substituição processual é a ação civil pública, onde MP, 
Defensoria dentre outros, defendem interesse alheio, em nome próprio, autorizados por lei. 
 
Todas as substituiçõesprocessuais não precisam de autorização do substituído, já 
que ela vem da lei. 
 
Tratando-se de Ação Popular, para a doutrina majoritária, há substituição processual, 
mas para Mancuso (prova CESPE), há legitimação ordinária específica, já que o cidadão 
busca um direito que também é seu. 
 
• Problemas da Substituição 
 
1) Substituição X Representação 
 
No Mandado de Segurança Coletivo, como se trata de substituição processual, não 
há necessidade de autorização, seja individual, seja assemblear. Entretanto, os atos 
constitutivos da entidade deverão prever, genericamente, tal possibilidade. 
 
Art. 5°, LXX da CRFB – o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado 
por: 
 
Direito Processual Civil 
Prof. Arcênio Brauner 
Data: 14/03/11 
 
CÓD: 102M1901T Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: (21)2223-1327 
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 a) partido político com representação no Congresso Nacional; 
 
 b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente 
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos 
interesses de seus membros ou associados; 
 
Art. 21 da Lei 12.016/09 – O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado 
por partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa de 
seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária, 
ou por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente 
constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de 
direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou 
associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas 
finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial. 
 
A representação é possível para associações (art. 5º, XXI da CRFB) e para 
sindicatos (art. 8º, III da CRFB). Nesse caso, para associação, será imprescindível a 
autorização individual ou assemblear (pode se dar através de votação por e-mail). 
 
Art. 5º, XXI da CRFB – as entidades associativas, quando expressamente 
autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou 
extrajudicialmente; 
 
Art. 8º, III da CRFB – É livre a associação profissional ou sindical, observado o 
seguinte: 
 
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais 
da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas; 
 
O sindicato, por força do texto constitucional, pode representar sem autorização, 
desde que haja previsão em seus atos constitutivos. Isto porque em 1988 o sindicato foi 
uma instituição muito importante no processo de democratização do país.

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