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20 Resumo Processo Civil - Aula 20 (24.08.2011)_Arcênio Bauner

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Processo Civil 
Data: 24/08/2011 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: (21)2223-1327 1 
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: (21)2494-1888 
www.enfasepraetorium.com.br 
 
 
Assuntos tratados: 
1º Horário. 
� Cumprimento de Sentença/ Cumprimento de Quantia Certa/ Impugnação ao 
Cumprimento/ Conteúdo da Impugnação/ Impugnação e Características/ 
Natureza Jurídica/ Impugnação e Efeito Suspensivo/ Recurso de Impugnação/ 
Execução Extrajudicial Por Quantia Certa 
2º Horário. 
� Atitudes do Devedor/ Exceção de Pré Executividade/ Embargos de 2ª Fase ou a 
Expropriação/ Embargos de 1ª Fase ou do Devedor/ Competência/ Prazo de 
Embargos/ Objeto dos Embargos/ Penhora e suas Consequências/ Bens a 
serem Penhorados e sua Ordem 
 
1º Horário 
 
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA 
 
1. Cumprimento de Quantia Certa 
 Art. 475-J, CPC - Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou 
já fixada em liquidação, não o efetue no prazo de quinze dias, o montante da 
condenação será acrescido de multa no percentual de dez por cento e, a 
requerimento do credor e observado o disposto no art. 614, inciso II, desta Lei, 
expedir-se-á mandado de penhora e avaliação. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 
2005) 
 § 1o Do auto de penhora e de avaliação será de imediato intimado o 
executado, na pessoa de seu advogado (arts. 236 e 237), ou, na falta deste, o seu 
representante legal, ou pessoalmente, por mandado ou pelo correio, podendo 
oferecer impugnação, querendo, no prazo de quinze dias. (Incluído pela Lei nº 
11.232, de 2005) 
 § 2o Caso o oficial de justiça não possa proceder à avaliação, por depender de 
conhecimentos especializados, o juiz, de imediato, nomeará avaliador, assinando-
lhe breve prazo para a entrega do laudo. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 
 § 3o O exeqüente poderá, em seu requerimento, indicar desde logo os bens a 
serem penhorados. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 
 Processo Civil 
Data: 24/08/2011 
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 § 4o Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput deste artigo, a 
multa de dez por cento incidirá sobre o restante. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 
2005) 
 § 5o Não sendo requerida a execução no prazo de seis meses, o juiz mandará 
arquivar os autos, sem prejuízo de seu desarquivamento a pedido da parte. 
(Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 
O art. 475-J do CPC traz um prazo de 15 dias para pagamento, com o início de 
prazo interpretado da seguinte forma segundo nossas doutrinas: 
a. Athos Gusmão Carneiro defende que o prazo de 15 dias seja contado 
automaticamente do trânsito em julgado (posição original do STJ, não mais em voga). 
b. Nelson Nery Jr. defende que o prazo de 15 dias corra da intimação do 
advogado do réu, por nota de expediente, ou seja, por publicação oficial da nota que 
determina o pagamento. Esse é o posicionamento do STJ nos dias atuais. 
c. Alexandre Câmara defende a intimação do réu (devedor) para pagar, na 
modalidade pessoal. Tal posicionamento é aplicado pelo STJ para os casos de curadoria 
especial. 
Observação: O defensor público, nos casos em que não for curador especial, 
receberá intimações da mesma forma que qualquer advogado. 
O STJ, hoje, não aplica a multa do art. 475-J no cumprimento provisório, 
entendendo que a multa exige o trânsito em julgado. 
Observação: O Substitutivo 1 segue a doutrina de Cássio Scarpinella, no sentido 
de impor a multa ao cumprimento provisório. 
Os pagamentos parciais, por força do art. 475-J, §4º do CPC, somente 
permitirão a incidência da multa quanto à parcela não adimplida. 
Art. 475-J, § 4º, CPC - Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput 
deste artigo, a multa de dez por cento incidirá sobre o restante. (Incluído pela Lei 
nº 11.232, de 2005) 
O cumprimento de sentença só começará com o requerimento de início de fase 
executiva, acompanhado de memória de cálculo, onde constará a multa do art. 475-J 
do CPC. Não se trata propriamente de uma petição inicial, mas de simples petição 
Se o requerimento não acontecer no prazo de 6 meses do trânsito em julgado, 
o processo será arquivado, podendo o credor reativá-lo antes da prescrição 
executória. 
Havendo pagamento em 15 dias, não serão devidos honorários de 
cumprimento de sentença, mas os honorários de fase cognitiva continuam devidos. 
 Processo Civil 
Data: 24/08/2011 
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Observação: Conforme recente posicionamento do STJ, via de regra, não serão 
devidos honorários de impugnação ao cumprimento, exceto no caso em que a 
impugnação extinguir o cumprimento (ex: reconhecimento de prescrição). Nessa 
situação, não serão devidos honorários da fase de cumprimento, mas somente da 
impugnação. 
 
2. Impugnação ao Cumprimento 
O art. 475-J §1º do CPC sustenta que o prazo de 15 dias para impugnar 
começaria da juntada aos autos da intimação da penhora, entretanto, autores como 
Araken e Greco sustentam a derrogação do dispositivo pela Lei 11.382/07, não mais se 
exigindo garantia do juízo. Para tal doutrina, o prazo de 15 dias iniciaria da juntada aos 
autos da comunicação do requerimento de cumprimento. O STJ, porém, faz 
prevalecer a necessidade de garantia do juízo do art. 475-J §1º. 
Art. 475-J, § 1o, CPC - Do auto de penhora e de avaliação será de imediato 
intimado o executado, na pessoa de seu advogado (arts. 236 e 237), ou, na falta 
deste, o seu representante legal, ou pessoalmente, por mandado ou pelo correio, 
podendo oferecer impugnação, querendo, no prazo de quinze dias. (Incluído pela 
Lei nº 11.232, de 2005) 
Observações: 
1) Segundo recente entendimento do STJ, não há necessidade de garantia 
do juízo para o exercício de curadoria especial. Vale observar que o precedente é de 
execução fiscal, mas se estende ao cumprimento. 
2) No Substitutivo 1, a impugnação não exige garantia do juízo, seguindo o 
posicionamento do professor Araken já exposto. 
 
2.1. Conteúdo da Impugnação 
O art. 475-L traz as matérias sobre as quais a impugnação pode versar. 
Art. 475-L, CPC - A impugnação somente poderá versar sobre: (Incluído pela Lei nº 
11.232, de 2005) 
I – falta ou nulidade da citação, se o processocorreu à revelia; (Incluído pela Lei nº 
11.232, de 2005) 
O vício citatório trazido pelo inciso I do art. 475-L do CPC é o da fase cognitiva 
anterior ao cumprimento. Assim, vícios de citação em processo penal, em processos 
estrangeiros e em processos arbitrais não podem ser veiculados via impugnação. 
 Processo Civil 
Data: 24/08/2011 
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Art. 475-L, CPC - A impugnação somente poderá versar sobre: (Incluído pela Lei nº 
11.232, de 2005) 
II – inexigibilidade do título; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 
Os títulos judiciais serão inexigíveis, em um primeiro momento, quando 
condições ou termos não estiverem implementados a fim de perfectibilizar eficácia 
(ex: determina-se que a União forneça uma prótese, mas desde que a parte traga dois 
laudos de médicos vinculados ao SUS. Enquanto não se traz os laudos, a sentença será 
existente, mas ineficaz). 
O art. 741, parágrafo único e o art. 475-L §1º, ambos do CPC, consideram 
inexigíveis decisões judiciais que se contraponham a qualquer precedente do 
Supremo, assim, em impugnação, a ineficácia poderia ser trazida à baila. 
Art. 741, Parágrafo único, CPC - Para efeito do disposto no inciso II do caput deste 
artigo, considera-se também inexigível o título judicial fundado em lei ou ato 
normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal, ou 
fundado em aplicação ou interpretação da lei ou ato normativo tidas pelo 
Supremo Tribunal Federal como incompatíveis com a Constituição Federal. 
(Redação pela Lei nº 11.232, de 2005) 
Art. 475-L, § 1o Para efeito do disposto no inciso II do caput deste artigo, 
considera-se também inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo 
declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado em 
aplicação ou interpretação da lei ou ato normativo tidas pelo Supremo Tribunal 
Federal como incompatíveis com a Constituição Federal. (Incluído pela Lei nº 
11.232, de 2005) 
Os dispositivos em foco foram considerados inconstitucionais por decisões 
monocráticas do Ministro Celso Mello (Informativo 591, em transcrição) e do Ministro 
Marco Aurélio. Apesar de não haver precedente do Pleno, o entendimento que conclui 
a inconstitucionalidade, por mascarar efeito vinculante, parece o mais seguro para 
concurso público. 
Observação: No Substitutivo 1, a ineficácia é prevista (art. 511, §§5º e 6º) para 
os casos em que decisão transitada em julgado discorde de precedente de controle 
concentrado do pretório excelso. 
Art. 475-L, CPC - A impugnação somente poderá versar sobre: (Incluído pela Lei nº 
11.232, de 2005) 
III – penhora incorreta ou avaliação errônea; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 
O inciso III, quando fala em penhora incorreta, abrange os vícios da penhora, 
isto é, penhoras que não respeitem a formalidade legal, penhoras em objetos 
impenhoráveis, atingindo, outrossim, excessos de penhora. 
 Processo Civil 
Data: 24/08/2011 
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O inciso também permite ao devedor o ataque a avaliações que, via de regra, 
serão feitas por oficial de justiça e somente em casos excepcionais por avaliador 
judicial. 
Observação: No Substitutivo 1, as matérias do inciso III deixam de ser objeto de 
impugnação, passando a ser provocadas por mera petição. 
Art. 475-L, CPC - A impugnação somente poderá versar sobre: (Incluído pela Lei nº 
11.232, de 2005) 
IV – ilegitimidade das partes; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 
O caso mais comum de ilegitimidade de parte é o redirecionamento de 
cumprimento ou execução da pessoa jurídica ao sócio. Isso só pode ocorrer nas 
seguintes situações: 
a. Excesso de poderes do sócio gerente na condução da pessoa jurídica; 
b. Encerramento de atividades da pessoa jurídica sem averbação na Junta 
Comercial; 
c. Mudança de endereço da pessoa jurídica sem averbação na Junta 
Comercial; 
d. Fechamento de filial de pessoa jurídica sem averbação na Junta Comercial. 
Nos demais casos, o redirecionamento gerará ilegitimidade. 
Art. 475-L, CPC - A impugnação somente poderá versar sobre: (Incluído pela Lei nº 
11.232, de 2005) 
V – excesso de execução; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 
O excesso de execução exige da parte a delimitação de quais verbas estão 
sendo cobradas a maior, sob pena de a impugnação não ser, sequer, conhecida pelo 
magistrado. Vale observar que não se mostra necessária a fixação de plano do 
quantum que entende indevido. 
Art. 475-L, CPC - A impugnação somente poderá versar sobre: (Incluído pela Lei nº 
11.232, de 2005) 
VI – qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, como 
pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que 
superveniente à sentença. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 
O inciso VI traz qualquer causa impeditiva ou extintiva da obrigação, desde 
que superveniente à sentença, como pagamento, compensação, prescrição, novação, 
transação, etc. 
 Processo Civil 
Data: 24/08/2011 
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Observe-se que os fatos impeditivos ou extintivos enunciados somente podem 
ser trazidos à baila se posteriores ao trânsito em julgado, na medida em que os 
anteriores estarão abarcados pela sanatória geral. 
 
2.2. Impugnação e Características 
2.2.1. Natureza Jurídica 
O professor Fredie Didier sustenta que a impugnação tem natureza de defesa 
processual, admitindo, por exemplo, dobra de prazo do art. 191 do CPC. 
 Art. 191, CPC - Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-
lhes-ão contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo 
geral, para falar nos autos. 
Porém, autores como Araken de Assis sustentam ser ela ação incidental 
cognitiva (posicionamento albergado no último informativo do STJ ao tratar de 
honorários). 
 
2.2.2. Impugnação e Efeito Suspensivo 
A impugnação, em regra, não tem efeito suspensivo ao cumprimento, exceto 
se o devedor comprovar que terá dano irreparável de difícil ou incerta reparação. 
Observações: 
1) As expropriações, mesmocom a procedência de impugnações, não 
retornam ao status anterior, isto é, mesmo com o sucesso do devedor, o credor 
somente será responsável por indenizar em pecúnia. O único meio expropriatório que 
é desconstituído com a procedência de impugnação é a adjudicação. 
2) O efeito suspensivo excepcional, ainda que aplicado pelo magistrado, 
pode ser obstado pelo caucionamento do credor com relação aos danos que o 
devedor, eventualmente, possa sofrer. 
 
2.2.3. Recurso de Impugnação 
A impugnação, em regra, será recorrida por agravo de instrumento; e 
excepcionalmente, se der cabo ao procedimento de cumprimento, será atacada por 
apelação. 
 Processo Civil 
Data: 24/08/2011 
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Há de se cuidar de situações como a do reconhecimento de nulidade citatória, 
onde o processo será devolvido a seu estado anterior na primeira instância. Nessa 
situação, o recurso cabível será o agravo de instrumento. 
Observação: O cumprimento de sentença, subsidiariamente, aplicará os 
regramentos previstos para penhora e expropriação, que será aprendido na execução 
extrajudicial de quantia certa. 
 
EXECUÇÃO EXTRAJUDICIAL POR QUANTIA CERTA 
 
Os títulos extrajudiciais devem ter previsão legal (princípio da taxatividade) e 
devem seguir modelo previsto em lei (princípio da tipicidade: aberto para os menos 
detalhados, como o contrato; fechado para os mais detalhados, como o cheque). 
Os títulos extrajudiciais, via de regra, serão documentos essenciais das 
execuções, podendo, em casos excepcionais, quando o título for de alto valor, ser 
entregues ao depositário judicial, ficando cópia nos autos. 
Os títulos extrajudiciais têm base no art. 585 do CPC, estando futuramente no 
art. 710 do Substitutivo 1. Observe-se, porém, que tal elenco é aberto, podendo outras 
normas criar títulos extrajudiciais. Ex: A certidão de dívida ativa (CDA) da Lei 6.830/80; 
termo de ajustamento de conduta (TAC) da Lei 7.347/85, etc. 
Art. 585, CPC - São títulos executivos extrajudiciais: (Redação dada pela Lei nº 
5.925, de 1º.10.1973) 
 I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; 
(Redação dada pela Lei nº 8.953, de 13.12.1994) 
 II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; o 
documento particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas; o 
instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria 
Pública ou pelos advogados dos transatores;(Redação dada pela Lei nº 8.953, de 
13.12.1994) 
 III - os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese e caução, bem 
como os de seguro de vida; (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006). 
 IV - o crédito decorrente de foro e laudêmio; (Redação dada pela Lei nº 
11.382, de 2006). 
 V - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de 
imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de 
condomínio; (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006). 
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 VI - o crédito de serventuário de justiça, de perito, de intérprete, ou de 
tradutor, quando as custas, emolumentos ou honorários forem aprovados por 
decisão judicial; (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006). 
 VII - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do 
Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, correspondente aos créditos 
inscritos na forma da lei; (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006). 
 VIII - todos os demais títulos a que, por disposição expressa, a lei atribuir força 
executiva. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006). 
Observações: 
1) Os títulos estrangeiros extrajudiciais podem ser cobrados em terras 
brasileiras desde que exigíveis e traduzidos para o vernáculo. 
2) O Ministro Sanseverino, em recente Informativo, admitiu documento de 
carro em espanhol, por entendê-lo de fácil compreensão. 
 
2º Horário 
 
A execução extrajudicial principia com petição inicial do credor, seguindo os 
requisitos do art. 282 e seguintes, acompanhada do título como documento. 
O juiz, ao receber a inicial, fixará, de plano, honorários advocatícios no 
parâmetro de 10% do valor da cobrança. 
O art. 615-A do CPC permite que o credor, antes mesmo da citação, grave 
patrimônio do devedor para fins de futura penhora e venda, sendo modo de reserva 
de patrimônio. O exequente comunicará ao juízo as averbações realizadas no prazo de 
10 dias, para que ele possa controlar eventual excesso. Sendo vendido o bem 
averbado, estará configurada fraude à execução. 
Art. 615-A, CPC - O exeqüente poderá, no ato da distribuição, obter certidão 
comprobatória do ajuizamento da execução, com identificação das partes e valor 
da causa, para fins de averbação no registro de imóveis, registro de veículos ou 
registro de outros bens sujeitos à penhora ou arresto. (Incluído pela Lei nº 11.382, 
de 2006). 
§ 1o O exeqüente deverá comunicar ao juízo as averbações efetivadas, no prazo 
de 10 (dez) dias de sua concretização. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006). 
§ 2o Formalizada penhora sobre bens suficientes para cobrir o valor da dívida, 
será determinado o cancelamento das averbações de que trata este artigo 
 Processo Civil 
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relativas àqueles que não tenham sido penhorados. (Incluído pela Lei nº 11.382, 
de 2006). 
§ 3o Presume-se em fraude à execução a alienação ou oneração de bens efetuada 
após a averbação (art. 593). (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006). 
§ 4o O exeqüente que promover averbação manifestamente indevida indenizará a 
parte contrária, nos termos do § 2o do art. 18 desta Lei, processando-se o 
incidente em autos apartados. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006). 
§ 5o Os tribunais poderão expedir instruções sobre o cumprimento deste artigo. 
(Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006). 
Observações: 
1) As averbações, com a penhora, cairão por terra, e, a partir daí, só ter-se-
á fraude à execuçãose o credor registrar a penhora do bem. 
2) A má-fé de quem compra o bem pode possibilitar a fraude a credores. 
O devedor terá prazo para 3 dias, contados da efetiva citação, para pagar. 
Havendo pagamento em três dias, incidirá uma sanção premial, ou seja, os honorários 
fixados de plano pelo juiz serão diminuídos pela metade. 
Em não havendo pagamento, da juntada do mandado citatório aos autos, 
começa o prazo de 15 dias para duas atitudes alternativas: 
a. Pedido de Parcelamento 
As partes poderão, dentro do prazo de 15 dias da juntada do mandado aos 
autos, pedir o parcelamento de sua dívida. Tal demandará uma entrada de, no 
mínimo, 30% e o parcelamento do saldo em até 6 vezes, acrescido de correção 
monetária e juro legal (1% ao mês). 
Observação: Apesar de previsto para execução extrajudicial, o parcelamento 
também é direito que pode ser exercido em cumprimento de sentença, no prazo da 
impugnação. 
Havendo inadimplemento, vencerão, antecipadamente, todas as prestações 
vincendas e incidirá multa de 10% e o devedor ficará obstado de apresentar embargos 
de devedor ou de primeira fase. 
b. Embargos de Devedor ou de Primeira Fase 
A parte poderá, no prazo de 15 dias, se não parcelou, apresentar os embargos 
de devedor ou de primeira fase. 
 
 
 Processo Civil 
Data: 24/08/2011 
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1. Atitudes do Devedor 
1.1. Exceção de Pré-Executividade 
A exceção de pré-executividade (ou objeção de não executividade) pode ser 
interposta desde que obedecidos dois requisitos: 
a. Questão de ordem pública. 
b. Desnecessidade de instrução para comprovação da questão. 
As exceções podem ser apresentadas por qualquer pessoa (pessoa jurídica ou 
pessoa física) e em qualquer momento, na medida em que trazem à baila questões de 
ordem pública. 
São viáveis, outrossim, no cumprimento de sentença, desde que respeitados os 
requisitos legais. 
 
1.2. Embargos de 2ª Fase ou a Expropriação 
Ainda têm-se, no processo civil, os chamados embargos de Segunda Fase, 
também chamado de Embargos à Expropriação. 
Art. 746, CPC - É lícito ao executado, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da 
adjudicação, alienação ou arrematação, oferecer embargos fundados em nulidade 
da execução, ou em causa extintiva da obrigação, desde que superveniente à 
penhora, aplicando-se, no que couber, o disposto neste Capítulo. (Redação dada 
pela Lei nº 11.382, de 2006). 
§ 1o Oferecidos embargos, poderá o adquirente desistir da aquisição. (Incluído 
pela Lei nº 11.382, de 2006). 
§ 2o No caso do § 1o deste artigo, o juiz deferirá de plano o requerimento, com a 
imediata liberação do depósito feito pelo adquirente (art. 694, § 1o, inciso IV). 
(Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006). 
§ 3o Caso os embargos sejam declarados manifestamente protelatórios, o juiz 
imporá multa ao embargante, não superior a 20% (vinte por cento) do valor da 
execução, em favor de quem desistiu da aquisição. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 
2006). 
O art. 746, em sua redação atual, dá prazo de 5 dias da perfectibilização da 
expropriação para que, em embargos, sejam trazidas: 
a. Nulidades processuais supervenientes à penhora; ou 
b. Causas extintivas da obrigação supervenientes à penhora. 
 Processo Civil 
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Observação: No Substitutivo 1, os embargos à expropriação, por força do art. 
857, deixam de existir, devendo as matérias mencionadas serem conhecidas de ofício 
pelo juiz ou provocadas no prazo de 10 dias, sob pena de o devedor ter de discutir os 
vícios em ação autônoma. 
 
1.3. Embargos de 1ª Fase ou do Devedor 
1.3.1. Competência 
A competência funcional dos embargos, que é interposto por petição inicial, é, 
como regra, do juízo competente para a execução. 
Nos casos em que a citação e penhora do processo deram-se por carta 
precatória, eventuais vícios em tais atos terão, para embargos, a competência do juízo 
deprecado. 
Ex: Numa execução ajuizada no Rio de Janeiro, em que houver expedição de 
precatória e penhora para o juízo de Porto Alegre, competente será este último. 
Se a discussão dos embargos restringir-se ao débito, a competência passará a 
ser do juízo deprecante. No exemplo supracitado, competente será o município do RJ. 
Se a discussão dos embargos abrange o débito em si, vício de penhora e vício 
citatório, competente será o juízo deprecante. No exemplo, também será competente 
o município do RJ. 
 
1.3.2. Prazo de Embargos 
Em regra, o prazo de embargos é de 15 dias da juntada do mandado de citação 
cumprido aos autos processuais. Há duas exceções: 
a. A primeira exceção consiste quando há citação por precatória e a 
competência dos embargos é do juízo deprecado. Nesse caso, os 15 dias para 
embargos começarão da juntada do mandado de citação à carta precatória. 
b. Se a competência dos embargos for do juízo deprecante, o prazo de 15 
dias começará da juntada aos autos principais (da execução) de informação fornecida 
pelo juízo deprecado por e-mail ou por contato telefônico certificado da realização da 
citação (art. 738 §2º). 
Art. 738, § 2o, CPC - Nas execuções por carta precatória, a citação do executado 
será imediatamente comunicada pelo juiz deprecado ao juiz deprecante, inclusive 
por meios eletrônicos, contando-se o prazo para embargos a partir da juntada aos 
autos de tal comunicação. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006). 
 Processo Civil 
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1.3.3. Objeto dos Embargos 
O objeto dos embargos é trazido pelo art. 745 do CPC, sendo de rol aberto, 
exemplificativo, diferente do rol da impugnação. 
Art. 745, CPC - Nos embargos, poderá o executado alegar: (Redação dada pela Lei 
nº 11.382, de 2006). 
I - nulidade da execução, por não ser executivo o título apresentado; (Incluído pela 
Lei nº 11.382, de 2006). 
II - penhora incorreta ou avaliação errônea; (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006). 
III - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções; (Incluído pela Lei nº 
11.382,de 2006). 
IV - retenção por benfeitorias necessárias ou úteis, nos casos de título para 
entrega de coisa certa (art. 621); (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006). 
V - qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de 
conhecimento. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006). 
§ 1o Nos embargos de retenção por benfeitorias, poderá o exeqüente requerer a 
compensação de seu valor com o dos frutos ou danos considerados devidos pelo 
executado, cumprindo ao juiz, para a apuração dos respectivos valores, nomear 
perito, fixando-lhe breve prazo para entrega do laudo. (Incluído pela Lei nº 11.382, 
de 2006). 
§ 2o O exeqüente poderá, a qualquer tempo, ser imitido na posse da coisa, 
prestando caução ou depositando o valor devido pelas benfeitorias ou resultante 
da compensação. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006). 
Os embargos têm natureza de ação incidental cognitiva, sendo interpostos 
com petição inicial e acompanhados de cópia do processo executivo. 
Dos embargos, será citado, indiretamente, o advogado do credor para, 
querendo, respondê-lo em 15 dias. 
Quem deixa de responder os embargos é revel. Para Araken de Assis, teria 
revelia com efeito nefasto; já, para o STJ, seguindo a doutrina de Wambier, há revelia 
sem efeito nefasto. 
Os embargos de devedor, como regra, não têm efeito suspensivo, isto é, não 
obstam o trâmite da execução. Excepcionalmente, terão efeito suspensivo com os 
seguintes requisitos: 
a. Garantia do juízo; 
b. Requerimento do embargante; 
c. Oitiva do embargado; 
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d. Fundamento relevante que presuma vitória, o que é altamente subjetivo; 
e. Fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação. 
Mesmo obtido o efeito suspensivo, se o credor caucionar os eventuais danos do 
devedor, prossegue a execução. 
Observações: 
1) Os embargos serão instruídos como qualquer ação cognitiva, 
permitindo-se produção de provas, inclusive com a realização de audiências. 
2) Sendo os atos praticados nos embargos entendidos como protelatórios, 
o juiz pode aplicar multa punitiva de até 20% do valor da cobrança, consoante art. 600 
e 601 do CPC. Assemelha-se à litigância de má fé. 
Art. 600, CPC - Considera-se atentatório à dignidade da Justiça o ato do 
executado que: (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006). 
I - frauda a execução; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) 
II - se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos; 
(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) 
III - resiste injustificadamente às ordens judiciais; (Redação dada pela Lei nº 
5.925, de 1º.10.1973) 
Art. 601, CPC - Nos casos previstos no artigo anterior, o devedor incidirá em multa 
fixada pelo juiz, em montante não superior a 20% (vinte por cento) do valor 
atualizado do débito em execução, sem prejuízo de outras sanções de natureza 
processual ou material, multa essa que reverterá em proveito do credor, exigível 
na própria execução.(Redação dada pela Lei nº 8.953, de 13.12.1994) 
Parágrafo único. O juiz relevará a pena, se o devedor se comprometer a não mais 
praticar qualquer dos atos definidos no artigo antecedente e der fiador idôneo, 
que responda ao credor pela dívida principal, juros, despesas e honorários 
advocatícios. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) 
3) Havendo embargos, os honorários advocatícios originais, que eram de 
10%, podem ser elevados a até 20%. 
4) Da decisão dos embargos, será cabível apelação. 
 
2. Penhora e suas Decorrências 
O credor tem a faculdade de indicar bens à penhora. Já o devedor, quando 
intimado para tal, tem a obrigação de indicar bens disponíveis à penhora, sob pena de 
incidir em multa de até 20% sobre o valor da causa, conforme arts. 600 e 601. 
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Se o credor requereu o cumprimento de sentença ou a citação do réu, em 
execução extrajudicial, e o oficial de justiça, não encontrando o devedor, encontrou 
bens passíveis de expropriação, este passará ao seguinte procedimento (arts. 653 e 
654 do CPC): 
a. Arrestará os bens; 
b. Nos próximos 10 dias procurará, por 3 vezes, o devedor para poder citá-lo 
em dias distintos, como se fora hora certa. 
Observação: Se conseguir encontrar o devedor, o citará e convolará o arresto 
em penhora. Se não encontrar o réu, será intimado o credor para requerer sua citação 
por edital. 
Esgotado o prazo de leitura do edital (de 20 a 60 dias, fixado judicialmente), 
começará o prazo, tanto para impugnação, quanto para embargos. 
Art. 653, CPC - O oficial de justiça, não encontrando o devedor, arrestar-lhe-á 
tantos bens quantos bastem para garantir a execução. 
 Parágrafo único. Nos 10 (dez) dias seguintes à efetivação do arresto, o oficial 
de justiça procurará o devedor três vezes em dias distintos; não o encontrando, 
certificará o ocorrido. 
 Art. 654, CPC - Compete ao credor, dentro de 10 (dez) dias, contados da data 
em que foi intimado do arresto a que se refere o parágrafo único do artigo 
anterior, requerer a citação por edital do devedor. Findo o prazo do edital, terá o 
devedor o prazo a que se refere o art. 652, convertendo-se o arresto em penhora 
em caso de não-pagamento. 
 
2.1. Bens a serem Penhorados e sua Ordem 
Art. 655, CPC - A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem: 
(Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006). 
I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira; 
(Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006). 
II - veículos de via terrestre; (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006). 
III - bens móveis em geral; (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006). 
IV - bens imóveis; (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006). 
V - navios e aeronaves; (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006). 
VI - ações e quotas de sociedades empresárias; (Redação dada pela Lei nº 11.382, 
de 2006). 
 Processo Civil 
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 Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: (21)2223-1327 15 
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VII- percentual do faturamento de empresa devedora; (Redação dada pela Lei nº 
11.382, de 2006). 
VIII - pedras e metais preciosos; (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006). 
IX - títulos da dívida pública da União, Estados e Distrito Federal com cotação em 
mercado; (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006). 
X - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado; (Redação dada pela Lei 
nº 11.382, de 2006). 
XI - outros direitos. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006). 
§ 1o Na execução de crédito com garantia hipotecária, pignoratícia ou anticrética, 
a penhora recairá, preferencialmente, sobre a coisa dada em garantia; se a coisa 
pertencer a terceiro garantidor, será também esse intimado da penhora. (Redação 
dada pela Lei nº 11.382, de 2006). 
§ 2o Recaindo a penhora em bens imóveis, será intimado também o cônjuge do 
executado. (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006). 
O art. 655 do CPC é ordem de preferência que se opera no interesse do credor. 
� Entretanto, o fato de o dinheiro estar no inciso I, autoriza que o 
mecanismo de penhora on line (Sistema BACEN-JUD) seja prioritário, prescindindo de 
outras pesquisas. 
Nesse sentido, num processo judicial, mesmo que o credor não requeira, o juiz 
pode verificar se o devedor possui dinheiro depositado em conta corrente. 
A penhora online, aprioristicamente, indisponibiliza qualquer valor; se, 
eventualmente, o ativo é impenhorável, a parte deverá peticionar nos autos e 
comprovar nesse sentido, para só depois o dinheiro ser liberado. 
• Valores impenhoráveis: 
a. Alimentares, como um todo (soldos; vencimentos; gratificações; etc.) 
Observações: 
1) Verbas salariais que sobrem de um mês para o outro são economia e não 
salário, sendo penhoráveis. 
2) No Substitutivo 1, serão impenhoráveis alimentos até 60 salários mínimos. 
b. Depósito em poupança em valor de até 40 salários mínimos (por CPF). 
Observação: no Substitutivo 1, o limite cai para trinta.

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