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Eslovênia: Luta pela Independência e Geografia

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Eslovênia 
 
A luta pela independência e pelo direito à liberdade marcaram a vida da Eslovênia, 
invadida e dominada do século VI até à última década do século XX. 
Reconhecida como estado independente em janeiro de 1992, quando se separou da 
antiga Iugoslávia, a Eslovênia situa-se no extremo noroeste da península dos Balcãs, 
banhada pelo mar Adriático. Ocupa uma área de 20.256km2 e faz fronteira, ao norte, 
com a Áustria, ao sul com a Croácia, a leste com a Hungria e a oeste com a Itália. A 
língua oficial é o esloveno. 
 
Geografia e população. 
O território esloveno é montanhoso e coberto de florestas, com numerosos rios e vales 
férteis. A parte noroeste alcança os Alpes julianos, onde se ergue o monte Triglav, com 
2.864m, em meio a uma região de grande beleza. De lá parte o rio Sava, que 
atravessa o país. 
Antes da independência, os eslovenos constituíam menos de um décimo da população 
iugoslava, mas conseguiram manter uma forte coesão lingüística e cultural, mais 
identificada com a Europa ocidental que com a oriental, graças sobretudo ao esforço 
educacional dos padres católicos eslovenos. Isso certamente explica por que a grande 
maioria da população é católica romana, embora o país não tenha religião oficial. Os 
eslovenos dominam o quadro demográfico, com mais de noventa por cento da 
população. O restante distribui-se entre croatas, sérvios, bósnios e magiares. 
 
Economia. 
A indústria pesada eslovena, principalmente a siderúrgica, localiza-se na capital e em 
Jesenice e Javornik; a indústria têxtil, em Maribor, Kranj e Trzic. Há minas de carvão 
em Zagorje, Trbovlje e Hrastnik. Em todo o país cultivam-se batata, trigo, milho, 
aveia, centeio e árvores frutíferas. 
 
História. 
Os eslovenos habitam o território atual desde o século VI, quando eram dominados 
pelos ávaros. Por volta do ano 748 foram incorporados ao império carolíngio. No século 
IX os germânicos os reduziram à servidão, dividindo seu território nas províncias de 
Caríntia, Carníola e Estíria. A partir do século XIII, sob o domínio dos Habsburgos, 
começaram a organizar-se e promover revoltas, como a de Matija Gubec. No século 
XVIII, passaram ao domínio da Áustria, cujos monarcas, Maria Teresa e José II, 
implantaram reformas que vieram atenuar a situação. Entre 1809 e 1814, sob domínio 
napoleônico, tiveram permissão de usar sua língua e cuidar de suas tradições. 
Restaurado o domínio dos Habsburgos, os eslovenos promoveram manifestações 
nacionalistas. A partir da década de 1870 começou a formar-se uma corrente favorável 
à união política de servos, croatas e eslovenos; os primeiros partidos políticos da 
Eslovênia foram fundados na década de 1890. 
Em 1918, ao final da primeira guerra mundial, os líderes políticos eslovenos uniram-se 
para formar o Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos (rebatizado de Iugoslávia em 
1929). Na Conferência de Paz de Paris, de 1919, os aliados entregaram a Gorízia e 
territórios adjacentes, habitados por grandes contingentes de população eslovena, à 
Itália. 
Ao iniciar-se a segunda guerra mundial, a Eslovênia foi novamente dividida: a Itália 
ficou com o sudoeste, a Alemanha com o noroeste e a Hungria com uma porção 
menor. Surgiram então diversos movimentos de resistência, dos quais o mais 
importante foi a Frente de Libertação da Eslovênia, comunista. 
 
 
Com a vitória dos aliados, em 1945, a Eslovênia passou a integrar a antiga Federação 
Iugoslava, de orientação socialista. Dois anos depois, pelo Tratado de Paris, a Itália 
devolveu as terras conquistadas a oeste, mas não a Gorízia. Em 1974, passou a 
chamar-se República Socialista da Eslovênia. Mas não cessaram os movimentos pela 
independência. Em 1989, foi proclamada a soberania e a autonomia. No ano seguinte, 
realizaram-se as primeiras eleições pluripartidárias, mas em 1991 divergências entre 
eslovenos, croatas e sérvios desencadearam a guerra civil. Em 15 de janeiro de 1992, 
a Eslovênia foi reconhecida como nação independente pela Comunidade Européia e em 
maio a Organização das Nações Unidas a admitiu como membro.

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