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7. Aula 7 Resumo 5º Semestre - Tutelas Provisórias

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Resumo – Direito Processual Civil – 5º Semestre
Processo de Conhecimento
Prof. Paulo Dimas
3ª Parte – abril/2015 - Tutelas Provisórias 
TUTELA PROVISÓRIA
No sistema do CPC, temos duas espécies de tutela provisória:
1 – tutela provisória antecipada, que pode fundamentar-se em “urgência” ou “evidência” (v. arts. 273 do CPC de 1973 e 294 do CPC de 2015); representa instituto típico de processo de conhecimento, pois envolve a antecipação do próprio provimento jurisdicional de mérito ou dos seus efeitos, ou seja, corresponde a adiantamento da tutela final, a ser outorgada na sentença de mérito de um processo de conhecimento; na concepção do CPC vigente, a tutela provisória antecipada só pode ser obtida nos autos do processo de conhecimento já instaurado, existindo previsão de requisitos específicos no citado artigo 273 (CPC/1973);
No CPC de 2015, a parte poderá também deduzir desde logo o pedido de tutela final, instaurando processo de conhecimento, reclamando, já na petição inicial ou mesmo no curso do procedimento, a antecipação da tutela de mérito pretendida; mas o legislador inovou, permitindo que o autor possa apresentar, na petição inicial, apenas o pedido de tutela urgente antecipada, indicando em que consistirá o pedido de tutela final; nesse caso, se a tutela urgente antecipada for concedida pelo juiz e o réu não recorrer contra essa decisão, esse provimento provisório se estabilizará (v. art. 304 do CPC de 2015); o processo será então extinto e a tutela antecipada conservará seus efeitos, enquanto não revista, reformada ou invalidada por decisão de mérito proferida em ação própria, ou seja, em um novo processo, a ser iniciado por qualquer das partes (v. §§ 1º a 6º do art. 304 do CPC de 2015);
Como se vê, o novo Código cuidou de disciplinar um procedimento específico para a tutela antecipada requerida em caráter antecedente (ou seja, provimento provisório requerido antes da apresentação do pedido de tutela final), quando estiver presente o perigo da demora da prestação da tutela jurisdicional definitiva (v. arts. 303 e 304 do CPC de 2015).
É de se considerar, por outro lado, que a tutela antecipada provisória pode fundamentar-se em evidência, ou seja, pode ser requerida e concedida sem o pressuposto da urgência (sem a presença do periculum in mora). 
De acordo com o artigo 311 do CPC de 2015:
“A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:
I – ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;
II – as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
III – se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;
IV – a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.”
Cumpre observar aqui que o texto do novo CPC traz inovações e uma nova técnica na disciplina da antecipação da tutela de mérito.
2 - tutela cautelar. 
No CPC vigente, de 1973, a medida cautelar, antecedente ou incidental, deve ser sempre requerida em processo autônomo (v. arts. 796 e seguintes); fala-se em processo acessório, que visa simplesmente assegurar a eficácia e utilidade do processo principal, que pode ser de conhecimento ou de execução. 
No novo CPC, operou-se uma alteração substancial no sistema voltado à concessão da tutela cautelar; o legislador procurou unificar, na parte geral do Código, o regime das tutelas provisórias.
Mas continuam existindo diferenças entre a tutela cautelar e a tutela antecipada, embora ambas sejam concedidas pelo juiz a partir de cognição sumária (averiguação superficial e provisória dos fatos da causa).
A propósito, o parágrafo único do artigo 294 do CPC de 2015 estabelece devidamente que a tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental; ou seja, faz clara distinção entre a tutela de urgência antecipada, de caráter satisfativo, e a outra, de caráter meramente preventivo (tutela cautelar).
Tutela Antecipada
O art. 273 do CPC de 1973 é que veio a instituir a possibilidade da antecipação da tutela de mérito pretendida pela parte, em qualquer processo de conhecimento, mediante cognição sumária (averiguação superficial e provisória dos fatos da causa).
A sentença de mérito é proferida a partir de uma cognição exauriente, ou seja, a partir de um exame aprofundado dos elementos de convicção coligidos no curso do procedimento.
O juiz pode, então, a requerimento da parte, antecipar total ou parcialmente o próprio provimento de mérito pretendido ou os seus efeitos. Essa tutela provisória é instituto típico de processo de conhecimento, pois apenas neste tipo de processo temos o julgamento do mérito de uma causa.
A ideia do legislador foi a de evitar os males corrosivos do tempo no processo, tratando de forma diferenciada o direito que se mostra evidente. Quando concede a tutela antecipada, o juiz adianta os efeitos da sentença de mérito a ser proferida na ação de conhecimento.
Ex.: “A” comprou um imóvel e pagou o preço ajustado, mas o vendedor não entregou o imóvel no prazo devido. O comprador pode, então, ajuizar uma ação de imissão na posse, pedindo, desde logo, tutela antecipada para ocupar de imediato o imóvel adquirido.
Ex.: pessoa carente reclama em juízo o fornecimento de medicamentos de alto custo pelo Estado. É possível requerer tutela antecipada para obter desde logo esse fornecimento.
Nesses casos, verifica-se que a parte pode obter a fruição antecipada do direito afirmado, ou seja, antes mesmo da outorga da tutela jurisdicional definitiva.
OBS.: antes da alteração do art. 273 do CPC/73, em 1994, já havia previsão de concessão de tutela antecipada em procedimentos específicos previstos no CPC e em leis esparsas. Ex.: fixação de prestação provisória em ação de alimentos; reintegração liminar em ação possessória; medida liminar em mandado de segurança, etc.
A tutela antecipada representa uma prestação jurisdicional provisória de caráter satisfativo e não se confunde com tutela cautelar.
Como já realçado, essa distinção também pode ser inferida do texto do CPC de 2015, que será reproduzido adiante.
Na verdade, a tutela provisória cautelar, sempre concedida com fundamento na urgência, visa apenas assegurar o estado de fato enquanto se aguarda a tutela satisfativa definitiva, ou seja, enquanto se aguarda a apreciação do pedido principal; ela tem caráter preventivo, e não satisfativo como a tutela antecipada. Enquanto na tutela antecipada a ideia é satisfazer de antemão o direito da parte que se mostra evidente, na tutela cautelar a ideia é somente assegurar a eficácia e utilidade da tutela satisfativa.
Ex. 1 de tutela cautelar: ao determinar o sequestro de um bem, o juiz apenas estará assegurando a sua higidez, ou seja, o provimento tem apenas um caráter preventivo (evitar o perecimento ou a dilapidação do bem, de modo a assegurar a sua entrega a quem de direito nos autos da ação principal). 
Ex. 2: a mulher, pretendendo ajuizar ação de divórcio, requer em caráter antecedente o arrolamento dos bens do casal, de modo a assegurar a futura partilha, a ser deliberada quando da eventual decretação da dissolução do vínculo conjugal.
OBS.: o novo CPC inovou e a tutela provisória cautelar poderá ser concedida, em caráter incidental, nos próprios autos do processo de conhecimento ou de execução em curso, ou seja, não se exige mais que a medida cautelar nessas condições seja reclamada em processo cautelar autônomo; aproveita-se a mesma relação processualem que tramita o pedido de tutela principal; há também disciplina própria, no CPC de 2015, para requerer e obter tutela cautelar em caráter antecedente, ou seja, antes de se propor o pedido de tutela principal.
Uma vez concedida a tutela cautelar, em caráter antecedente, o autor deve formular o pedido principal em 30 dias, sob pena de cessação da eficácia da medida; o requerido será citado para apresentar contestação em 5 dias; caso venha a cessar a eficácia da tutela preventiva, o pedido não pode ser renovado, salvo sob fundamento diverso.
Observações sobre tutela provisória:
em princípio, não pode ser concedida de ofício pelo juiz, ou seja, depende de requerimento da parte;
tem lugar a antecipação da tutela de mérito em qualquer processo de conhecimento, seja qual for o rito adotado; cabe, inclusive, no procedimento sumaríssimo do JEC;
nas ações de conhecimento meramente declaratórias e constitutivas é possível a antecipação dos efeitos da sentença de mérito a ser proferida (antecipam-se os efeitos, e não o próprio provimento de mérito);
a tutela antecipada pode ser requerida pelo autor, pelo réu quando este apresente reconvenção, pelo terceiro interveniente (assistente) e pelo Ministério Público como fiscal da lei;
a expressão “liminar” tem um conteúdo temporal, ou seja, representa um provimento jurisdicional que é concedido “initio litis”, ou seja, no início, no limiar do procedimento, antes mesmo da citação da parte contrária; não se confunde tutela cautelar com liminar; a tutela cautelar pode ser concedida liminarmente no processo cautelar; e a tutela antecipada pode ser concedida liminarmente, ou seja, antes da citação do réu, mas pode também ser concedida em outros momentos do processo.
Disposições gerais sobre tutela provisória no CPC de 2015 (v. arts. 294 a 299)
“Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.
Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas.
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada.
Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo.
Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória.
Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao cumprimento provisório da sentença, no que couber.
Art. 298. Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz motivará seu convencimento de modo claro e preciso.
Art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo competente para conhecer do pedido principal.
Parágrafo único. Ressalvada disposição especial, na ação de competência originária de tribunal e nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente para apreciar o mérito.”
Disposições gerais sobre tutela provisória de urgência (cautelar ou antecipada)
“Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
§ 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.
Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito.
Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se:
I – a sentença lhe for desfavorável;
II – obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias;
III – ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal;
IV – o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor.
Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, sempre que possível.”
O novo CPC, como se vê, estabelece uma disciplina geral para a concessão da tutela de urgência, não estabelecendo requisitos específicos para a tutela cautelar e para a tutela antecipada, como ocorre no CPC de 1973.
Fala-se apenas em presença de elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo; no caso de tutela de urgência de natureza antecipada subsiste o requisito adicional de não se identificar perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.
Não há mais previsão de medidas cautelares típicas ou nominadas, apontando-se, exemplificativamente, algumas providências que podem ser efetivadas em caráter preventivo, como arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem, explicitando-se a possibilidade do deferimento de qualquer outra medida idônea para asseguração do direito.
De toda sorte, possível entrever que para a concessão de tutela provisória de natureza antecipada exige-se mais do que o fumus boni iuris necessário à obtenção de uma tutela cautelar; para a concessão desta, basta a aparência do bom direito, mas para a concessão de tutela antecipada exige-se a evidência do direito afirmado; o CPC vigente fala em oferecimento de prova consistente, que convença o juiz da verossimilhança da alegação do requerente; em se tratando de tutela de urgência, é indispensável a presença do periculum in mora; isso significa que a demora processual pode acarretar ao requerente lesão grave de difícil ou incerta reparação.
A tutela cautelar sempre terá como requisito essencial a presença do periculum in mora. Já a tutela provisória antecipada nem sempre representará uma tutela de urgência, pois também pode ser concedida a partir de outros pressupostos, falando-se então, no CPC de 2015, em tutela da evidência (v. art. 311, já transcrito linhas atrás).
OBS.: como já destacado, não se admite o provimento antecipatório quando houver perigo de irreversibilidade dos seus efeitos; embora represente uma tutela satisfativa, ela é provisória, devendo então ser considerada a possibilidade da reversão dos seus efeitos.
Ex.: não se admite tutela antecipada para demolição ou modificação de prédio tombado pelo patrimônio histórico.
Essa regra deve ser interpretada com temperamento quando se está diante de um interesse legitimamente superior a ser tutelado como direito à saúde e à vida.
Segue reprodução dos artigos 303 a 310 do CPC de 2015, relativos aos procedimentos da tutela antecipada requerida em caráter antecedente e da tutela cautelar requerida em caráter antecedente.
CAPÍTULO II
DO PROCEDIMENTO DA TUTELA ANTECIPADA REQUERIDA EM CARÁTER ANTECEDENTE
“Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo.
§ 1º Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo:
I – o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15(quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar;
II – o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação na forma do art. 334;
III – não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335.
§ 2º Não realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1º deste artigo, o processo será extinto sem resolução do mérito.
§ 3º O aditamento a que se refere o inciso I do § 1º deste artigo dar-se-á nos mesmos autos, sem incidência de novas custas processuais.
§ 4º Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, o autor terá de indicar o valor da causa, que deve levar em consideração o pedido de tutela final.
§ 5º O autor indicará na petição inicial, ainda, que pretende valer-se do benefício previsto no caput deste artigo.
§ 6º Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito.
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.
§ 1º No caso previsto no caput, o processo será extinto.
§ 2º Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput.
§ 3º A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada por decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2º.
§ 4º Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi concedida a medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2º, prevento o juízo em que a tutela antecipada foi concedida.
§ 5º O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2º deste artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos do § 1º.
§ 6º A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2º deste artigo.
CAPÍTULO III
DO PROCEDIMENTO DA TUTELA CAUTELAR REQUERIDA EM CARÁTER ANTECEDENTE
Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303.
Art. 306. O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzir.
Art. 307. Não sendo contestado o pedido, os fatos alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos pelo réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) dias.
Parágrafo único. Contestado o pedido no prazo legal, observar-se-á o procedimento comum.
Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas processuais.
§ 1º O pedido principal pode ser formulado conjuntamente com o pedido de tutela cautelar.
§ 2º A causa de pedir poderá ser aditada no momento de formulação do pedido principal.
§ 3º Apresentado o pedido principal, as partes serão intimadas para a audiência de conciliação ou de mediação, na forma do art. 334, por seus advogados ou pessoalmente, sem necessidade de nova citação do réu.
§ 4º Não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335.
Art. 309. Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se:
I – o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal;
II – não for efetivada dentro de 30 (trinta) dias;
III – o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o processo sem resolução de mérito.
Parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à parte renovar o pedido, salvo sob novo fundamento.
Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição.”

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