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Transtorto da Personalidade II

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA
campus Poços de Caldas
Curso de Psicologia
Bianca Renê Tavares
Transtorno da Personalidade Histriônica, Nascisista, Evitativa, Dependente e Transtorno Obsessivo-Compulsivo
Psicopatologia
"Um Transtorno da Personalidade é um padrão persistente de vivência íntima ou comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo, é invasivo e inflexível, tem seu início na adolescência ou começo da idade adulta, é estável ao longo do tempo e provoca sofrimento ou prejuízo." (DSM-IV-TR)
Transtornos da Personalidade
Grupo A - Transtorno da Personalidade 301.0 Paranóide; 301.20 Esquizóide e; 301.22 Esquizotípica.
Grupo B - Transtorno da Personalidade 301.7 Anti-Social; 301.83 Borderline; 301.50 Histriônica e; 301.81 Narcisista.
Grupo C - Transtorno da Personalidade 301.82 Esquiva; 301.6 Dependente e; 301.4 Obsessivo-Compulsivo.
Transtornos da Personalidade
 “Histriônico” surgiu na Roma antiga para designar como histrião, o comediante, que representava papéis.
 As pessoas com transtorno da personalidade histriônica são excitáveis e emocionais e se comportam de forma colorida, dramática e extrovertida. Acompanhando seus aspectos bombásticos, contudo, por vezes há uma incapacidade da manutenção de relacionamen- tos profundos e duradouros. 
Transtorno da Personalidade Histriônica
Critérios diagnósticos DSM-V
	 Indicado por, no mínimo, cinco dos seguintes critérios:
Desconforto em situações em que não é o centro das atenções.
A interação com os outros é frequentemente caracterizada por comportamento sexualmente sedutor inadequado ou provocativo.
Exibe mudanças rápidas e expressão superficial das emoções.
Usa reiteradamente a aparência física para atrair a atenção para si.
301.50 Transtorno da Personalidade Histriônica
Tem um estilo de discurso que é excessivamente impressionista e carente de detalhes.
Mostra autodramatização, teatralidade e expressão exagerada das emoções.
É sugestionável (facilmente influenciado pelos outros ou pelas circunstâncias).
Considera as relações pessoais mais íntimas do que na realidade são.
301.50 Transtorno da Personalidade Histriônica
CID-10
	Caracterizado por:
autodramatização, teatralidade, expressão exagerada de emoções;
sugestionabilidade, facilmente influenciada por outros ou por circunstâncias;
afetividade superficial e lábil;
busca contínua de excitação, apreciação por outros e atividades nas quais o paciente seja o centro das atenções;
sedução inapropriada em aparência ou comportamento;
preocupação excessiva com atratividade física.
F60.4 Transtorno da Personalidade Histriônica
Algumas características associadas que apoiam o diagnóstico:
 Podem ter dificuldade em alcançar intimidade emocional em
relacionamentos românticos ou sexuais.
 Podem buscar controlar seu parceiro por meio de manipulação emocional ou sedução em um nível, ao mesmo tempo que mostram dependência acentuada deles em outro nível.
 Podem também afastar os amigos com exigências de atenção
constante.
 Relacionamentos de longa data podem ser negligenciados para dar espaço a novos relacionamentos.
 O risco real de suicídio não é conhecido, mas a experiência
clínica sugere que esses indivíduos estão sob risco aumentado de
ameaças suicidas com o intuito de obter atenção.
Transtorno da Personalidade Histriônica
Diagnóstico diferencial:
 A distinção entre transtorno da personalidade histriônica e borderline é difícil, mas, no último há tentativas de suicídio, difusão da identidade e os episódios psicóticos breves são mais prováveis.
 O transtorno de somatização (síndrome de Briquet) pode ocorrer em conjunto com o transtorno da personalidade histriônica.
 Pacientes com transtorno psicótico breve e transtornos dissociativos podem merecer um diagnóstico coexistente com o do tipo histriônico.
Transtorno da Personalidade Histriônica
 Epidemiologia
	Dados limitados de estudos populacionais gerais sugerem uma prevalência do transtorno de cerca de 2% a 3%. Taxas de cerca de 10% a 15% foram relatadas entre pacientes ambulatoriais ou hospitalizados de saúde mental quando foi utilizada uma avaliação estruturada. O transtorno é diagnosticado com mais frequência em mulheres do que em homens. Alguns estudos verificaram uma associação com o transtorno de somatização e com os transtornos por uso de álcool.
Transtorno da Personalidade Histriônica
 Tratamento
Psicoterapia: Os pacientes com transtorno da personalidade histriônica muitas vezes podem não ter consciência de seus próprios sentimentos; a clarificação destes é um processo terapêutico importante. A psicoterapia de orientação psicanalítica, tanto de grupo como individual, é o tratamento de escolha.
Farmacoterapia: Pode auxiliar quando há sintomas-alvo (p.ex., antidepressivos para depressão e queixas somáticas, agentes ansiolíticos para ansiedade e antipsicóticos para desrealização e ilusões).
Transtorno da Personalidade Histriônica
Transtorno da Personalidade Narcisista
 Se caracterizam por um elevado sentimento de sua própria importância e por sentimentos grandiosos de serem únicos. 
 O jovem Narciso.
Critérios diagnósticos DSM-V
	Indicado por, no mínimo, cinco dos seguintes critérios:
Tem uma sensação grandiosa da própria importância (p.ex., exagera conquistas e talentos, espera ser reconhecido como superior sem que tenha as conquistas correspondentes).
É preocupado com fantasias de sucesso ilimitado, poder, inteligência, beleza ou amor ideal.
Ácredita ser “especial” e único e que pode ser somente compreendido por, ou associado a, outras pessoas (ou instituições) especiais ou com condição elevada.
Demanda admiração excessiva.
301.81 Transtorno da Personalidade Narcisista
Apresenta um sentimento de possuir direitos (i.e., expectativas irracionais de tratamento especialmente favorável ou que esteja automaticamente de acordo com as próprias expectativas).
É explorador em relações interpessoais (i.e., tira vantagem de outros para atingir os próprios fins).
Carece de empatia: reluta em reconhecer ou identificar-se com os sentimentos e as necessidades dos outros.
É frequentemente invejoso em relação aos outros ou acreditam que os outros o invejam.
Demonstra comportamentos ou atitudes arrogantes e insolentes.
301.81 Transtorno da Personalidade Narcisista
Algumas características associadas que apoiam o diagnóstico:
 A vulnerabilidade da auto estima torna os indivíduos com
transtorno da personalidade narcisista muito sensíveis a "feridas“ resultantes de críticas ou derrotas.
 Relações interpessoais costumam ser afetadas devido a problemas resultantes da crença no merecimento de privilégios, da necessidade de admiração e da relativa desconsideração das sensibilidades dos outros.
 O desempenho no trabalho, às vezes pode ser muito baixo.
 Ainda está associado a anorexia nervosa e transtornos por uso de substância (especialmente relacionados a cocaína).
Transtorno da Personalidade Narcisista 
Diagnóstico diferencial
 Os transtornos da personalidade borderline, histriônica e depressão por vezes acompanham o transtorno da personalidade narcisista.
 Tendem a ser menos propensos de tentar suicídio.
 Aqueles com transtorno da personalidade histriônica tem manifestações de existencialismo e manipulação interpessoal semelhantes às observações em pacientes com transtorno da personalidade narcisista.
Transtorno da Personalidade Narcisista
 Não há diagnóstico na CID-10.
 Epidemiologia
	De acordo com o DSM-IV-TR, as estimativas de prevalência do transtorno variam de 2% a 16% nas populações clínicas e menos de 1% na população em geral. Os indivíduos afetados podem transferir aos filhos um sentimento não-realista de onipotência, grandiosidade, beleza e talento; dessa forma, a descendência desses pais pode ter um risco acima do habitual de desenvolver o transtorno. O
número de casos de transtorno da personalidade narcisista relatados tem aumentado de forma constante.
 Homens perfazem 50% a 75% dos indivíduos e as estimativas de prevalência do transtorno variam de 2% a 16% nas populações clínicas e menos de 1% na população geral.
Transtorno da Personalidade Narcisista
Transtorno da Personalidade Narcisista
 Tratamento
Psicoterapia: em vista de os pacientes precisarem renunciar a seu narcisismo para fazer progresso, o tratamento desse transtorno é difícil. Psiquiatras como Kernberg e Heinz Kohut defenderam o uso de abordagens psicanalíticas para efetuar mudanças. Alguns clínicos advogam terapia de grupo para seus pacientes, de modo que possam aprender como compartilhar com outros e, sob circunstâncias ideais, desenvolver uma resposta empática nos relacionamentos.
Farmacoterapia: o lítio (Carbolitium) tem sido utilizado em casos cujo quadro clínico inclui oscilações do humor devido ao fato de que pacientes com transtorno da personalidade narcisista não toleram bem a rejeição e são predispostos à depressão, os antidepressivos, em
especial os medicamentos serotonérgicos, também podem ser úteis.
Transtorno da Personalidade Evitativa
 Costumam ser tensos, apreensivos e inseguros. Apresentam dificuldade em estabelecer novos relacionamentos e tendência a evitar atividades que saiam da rotina.
Critérios diagnósticos DSM-V
	 Indicado por, no mínimo, quatro dos seguintes critérios:
Evita atividades profissionais que envolvam contato interpessoal significativo por medo de crítica, desaprovação ou rejeição.
Não se dispõe a envolver-se com pessoas, a menos que tenha certeza que será recebido de forma positiva.
Mostra-se reservado em relacionamentos íntimos devido a medo de passar vergonha ou ser ridicularizado.
Preocupa-se com críticas ou rejeição em situações sociais.
301.82 Transtorno da Personalidade Evitativa
Inibe-se em situações interpessoais novas em razão de sentimentos de inadequação.
Vê a si mesmo como socialmente incapaz, sem atrativos pessoais ou inferior aos outros.
Reluta de forma incomum em assumir riscos pessoais ou se envolver em quaisquer novas atividades, pois estas podem ser constrangedoras.
301.82 Transtorno da Personalidade Evitativa
CID-10 (utiliza-se o termo transtorno da personalidade ansiosa - de evitação)
	Caracterizado por:
sentimentos persistentes e invasivos de tensão e apreensão;
crença de ser socialmente inepto, pessoalmente desinteressante ou inferior aos outros;
preocupação excessiva em ser criticado ou rejeitado em situações sociais;
relutância em se envolver com pessoas, a não ser com certeza de ser apreciado;
restrições no estilo de vida devido à necessidade de segurança física;
evitação de atividades sociais e ocupacionais que envolvam contato interpessoal significativo por medo de críticas.
F60.6 Transtorno da Personalidade Evitativa
Transtorno da Personalidade Evitativa
Algumas características associadas que apoiam o diagnóstico:
 Costumam avaliar vigilantemente os movimentos e as expressões daqueles com quem tem contato.
 Se sentem muito ansiosos diante da possibilidade de reagirem à crítica com rubor ou choro.
 A baixa autoestima e a hipersensibilidade à rejeição estão associadas a contatos interpessoais restritos.
 Podem ficar relativamente isolados e em geral não apresentam uma rede grande de apoio social capaz de auxiliá-los a espantar crises.
 Os comportamentos de evitação podem também afetar adversamente o funcionamento profissional, pois esses indivíduos tentam evitar os tipos de situações sociais que podem ser importantes para o atendimento das demandas básicas do trabalho ou para avanços na profissão.
Diagnóstico diferencial
 Pacientes com esse transtorno desejam interações sociais, de forma diferente daqueles com transtorno da personalidade esquizoide, que querem ficar sós.
 Não são tão exigentes, irritáveis ou imprevisíveis como indivíduos com os tipos de personalidade borderline e histriônica.
 Os transtornos da personalidade evitativa e dependente são semelhantes e presume-se que os pacientes com esse último têm um medo maior de serem abandonados ou de não serem amados, contudo o quadro clínico pode ser indistinguível.
Transtorno da Personalidade Evitativa
 Epidemiologia
	O transtorno da personalidade esquiva é comum: sua prevalência é de 1% a 10% na população em geral. Não há informação disponível sobre a razão por sexo ou sobre padrões familiares. As crianças classificadas como tendo um temperamento tímido podem ser mais predispostas ao transtorno do que as que têm escores altos nas escalas de atividade-aproximação.
 O diagnóstico deve ser usado em grande cautela em crianças e adolescentes com comportamento tímido e arredio inadequados. 
Transtorno da Personalidade Evitativa
Transtorno da Personalidade Evitativa
 Tratamento
Psicoterapia: Os profissionais devem ser cuidadosos ao prescrever tarefas para o exercício de novas habilidades fora da terapia; o fracasso pode reforçar a já pobre autoestima. A terapia de grupo pode auxiliar os pacientes a compreender como sua sensibilidade à rejeição afeta a eles a aos outros. O treinamento da auto afirmação é uma forma de terapia comportamental que pode ensinar-lhes como expressar suas necessidades de forma aberta e aumentar sua autoestima.
Farmacoterapia: Alguns pacientes são auxiliados por antagonistas dos bloqueadores B-adrenérgicos, como o atenolol (Atenol), para lidar com a hiperatividade do sistema nervoso autônomo. Os agentes serotonérgicos podem auxiliar na sensibilidade à rejeição. Em
tese, os agentes dopaminérgicos poderiam engendrar comportamento de procura de novidades
Transtorno da Personalidade Dependente
 Caracterizado pela incapacidade de uma pessoa ficar sozinha.
 Geralmente precisam de outras pessoas para obter conforto, segurança, conselhos e apoio.
Critérios diagnósticos DSM-V
	 Indicado por, no mínimo, cinco dos seguintes critérios:
Tem dificuldades em tomar decisões cotidianas sem uma quantidade excessiva de conselhos e reaseguramento dos outros.
Precisa que os outros assumam responsabilidade pela maior parte das principais áreas de sua vida.
Tem dificuldades em manifestar desacordo com outros devido a medo de perder apoio ou aprovação.
Apresenta dificuldade em iniciar projetos ou fazer coisas por conta própria (devido mais a falta de autoconfiança em seu julgamento ou em suas capacidades do que a falta de motivação ou energia).
301.6 Transtorno da Personalidade Dependente
Vai a extremos para obter carinho e apoio de outros, a ponto de voluntariar-se para fazer coisas desagradáveis.
Sente-se desconfortável ou desamparado quando sozinho devido temores exagerados de ser incapaz de cuidar de si mesmo.
Busca com urgência outro relacionamento como fonte de cuidado e amparo logo após o término de um relacionamento íntimo.
Tem preocupações irreais com medo de ser abandonado à própria sorte.
301.6 Transtorno da Personalidade Dependente
CID-10
	Caracterizado por:
encorajar ou permitir a outros tomarem a maioria das importantes decisões da vida do indivíduo;
subordinação de suas próprias necessidades àqueles dos outros dos quais é dependente e aquiescência aos desejos desses;
relutância em fazer exigências ainda que razoáveis às pessoas das quais depende;
F60.7 Transtorno da Personalidade Dependente
sentir-se inconfortável ou desamparado quando sozinho por causa de medos exagerados de incapacidade de se auto cuidar;
preocupações com medos de ser abandonado por uma pessoa com a qual tem um relacionamento íntimo e de ser deixado para cuidar de si próprio;
capacidade limitada de tomar decisões cotidianas sem um excesso de conselhos e reasseguramento pelos outros.
F60.7 Transtorno da Personalidade Dependente
Transtorno da Personalidade Dependente
Algumas características associadas que apoiam o diagnóstico:
 Com frequência são caracterizadas por pessimismo e autoquestionamento.
 Tendem a subestimar suas capacidades e seus aspectos positivos e podem constantemente referir
a si mesmo como “estúpidos”.
 O funcionamento profissional pode ser prejudicado diante da necessidade de iniciativas independentes.
 Pode haver risco aumentado de transtornos depressivos, de ansiedade e de adaptação.
Diagnóstico diferencial
 Os traços de dependência são encontrados em vários transtornos psiquiátricos, de modo que torna o diagnóstico complicado.
 É um fator proeminente em pacientes com transtorno da personalidade histriônica e borderline.
 Indivíduos com transtorno da personalidade dependente em geral tem um relacionamento duradouro com outra pessoa, e não tendem a serem abertamente manipuladores.
 O comportamento dependente pode ocorrer em indivíduos com agorafobia, mas estes tendem a ter um alto nível de ansiedade manifesta ou de pânico.
Transtorno da Personalidade Dependente
 Epidemiologia
	O transtorno é mais comum em mulheres do que em homens. Um estudo diagnosticou que 2,5% de todos os transtornos da personalidade são do tipo dependente. A condição é mais comum em crianças pequenas do que naquelas mais velhas. Os indivíduos com doença física crônica na infância podem ser mais predispostos a desenvolver o transtorno.
Transtorno da Personalidade Dependente
Transtorno da Personalidade Dependente
 Tratamento
Psicoterapia: O tratamento costuma ser bem sucedido. As terapias orientadas para o insight capacitam os pacientes a compreender os antecedentes de seu comportamento; com o apoio do terapeuta, eles podem se tornar mais independentes, assertivos e autoconfiantes. A terapia comportamental, o treinamento da asserção, a terapia familiar e a terapia de grupo têm sido empregados, com resultados positivos em muitos casos.
Farmacoterapia: Os pacientes que experimentam ataques de pânico ou que tem altos níveis de ansiedade de separação podem ser auxiliados pela imipramina (Tofranil). Os benzodiazepínicos e os agentes serotonérgicos também têm sido úteis. Se os sintomas de depressão ou reclusão respondem a psicoestimulantes, estes devem ser utilizados.
Transtorno da Personalidade Obsessivo-Compulsivo
 Demonstram perfeccionismo e se preocupam com tudo o que fazem. Tendem a ser prudentes e bastante escrupulosos, mas podem sofrer com dúvidas recorrentes.
Critérios diagnósticos DSM-V
	 Indicado por, no mínimo, quatro dos seguintes critérios:
É tão preocupado com detalhes, regras, listas, ordem, organização ou horários a ponto de o objetivo principal da atividade ser perdido.
Demonstra perfeccionismo que interfere na conclusão de tarefas.
É excessivamente dedicado ao trabalho e à produtividade em detrimento de atividades de lazer e amizades (não explicado por uma óbvia necessidade financeira).
É excessivamente consciencioso, escrupuloso e inflexível quanto a assuntos de moralidade, ética ou valores (não explicado por identificação cultural ou religiosa).
301.4 Transtorno da Personalidade Obsessivo-Compulsivo
É incapaz de descartar objetos usados ou sem valor, mesmo quando não têm valor sentimental;
Reluta em delegar tarefas ou trabalhar com outras pessoas a menos que elas se submetem à sua forma exata de fazer as coisas.
Adotam um estilo miserável de gastos em relação a si e a outros; o dinheiro é visto como algo a ser acumulado para futuras catástrofes.
Exibe rigidez e teimosia.
301.4 Transtorno da Personalidade Obsessivo-Compulsivo
CID-10 (Utiliza-se o termo transtorno da personalidade anancástica)
	Caracterizado por:
sentimentos de culpa e de cautela excessivas;
preocupação com detalhes, regras, listas, ordem, organização ou esquemas;
perfeccionismo que interfere com a conclusão de tarefas;
consciencioso em excesso, escrupulosidade e preocupação indevida com produtividade com exclusão do prazer e das relações interpessoais;
pedantismo e aderência excessivos às convenções sociais;
F60.5 Transtorno da Personalidade Obsessivo-Compulsivo
rigidez e teimosia;
insistência não razoável por parte do paciente para que os outros se submetam exatamente à sua maneira de fazer as coisas ou relutância não razoável em permitir que os outros façam as coisas;
intrusão de pensamentos ou impulsos e inoportunos.
F60.5 Transtorno da Personalidade Obsessivo-Compulsivo
Transtorno da Personalidade Obsessivo-Compulsivo
Algumas características associadas que apoiam o diagnóstico:
 Podem ter tanta dificuldade para decidir as tarefas às quais dar prioridade ou qual a melhor maneira de fazer alguma tarefa específica que podem jamais começar o que quer que seja.
 Podem dar atenção especial a seu estado relativo nas relações de domínio-submissão e podem exibir deferência excessiva a uma autoridade que respeitam e resistência excessiva a uma que não respeitam.
 Manifestam afeto de forma altamente controlada ou artificial e podem sentir grande desconforto na presença de outros que se manifestam com emoção.
 As relações cotidianas são sérias e formais, e eles podem parecer sisudos em situações em que os outros sorririam e ficariam alegres.
 Apresentam dificuldades de expressar sentimentos amorosos e raramente fazem elogios. 
Diagnóstico diferencial
 A distinção mais difícil se dá entre pacientes ambulatoriais com alguns traços obsessivo-compulsivos e aqueles com transtorno da personalidade obsessivo-compulsiva.
 O diagnóstico de transtorno da personalidade é reservado para casos com comprometimento significativo da eficiência ocupacional ou social.
 Em alguns, consiste o transtorno delirante que deve ser registrado.
Transtorno da Personalidade Obsessivo-Compulsivo
 Epidemiologia
	A prevalência do transtorno da personalidade obsessiva-compulsiva é desconhecido. É mais comum em homens do que em mulheres e é diagnosticado com frequência em crianças maiores. O transtorno também ocorre, em grande parte, em parentes biológicos de primeiro grau de indivíduos afetados, mais do que na população em geral. Os pacientes por vez têm histórias caracterizada por disciplina severa.
 Atinge cerca de 1% da população geral e 3% a 10% entre os indivíduos que procuram clínicas de saúde mental.
Transtorno da Personalidade Obsessivo-Compulsivo
Transtorno da Personalidade Obsessivo-Compulsivo
 Tratamento
Psicoterapia: Esses pacientes costumam estar conscientes de seu sofrimento e procuram tratamento por si próprios. A terapia de grupo e a terapia comportamental oferecem certas vantagens. A prevenção da realização de seu comportamento habitual aumenta sua ansiedade e os deixa suscetíveis a aprender novas estratégias para lidar com o estresse.
Farmacoterapia: O clonazepam (Rivotril), um benzodiazepínico utilizado como anticonvulsivante, tem reduzido os sintomas de pacientes com TOC grave. A clomipramina (Anafranil) e agentes serotonérgicos como a fluoxetina, em geral em doses de 60 a 80 mg por dia, podem ser benéficos se interrompem sinais e sintomas obsessivo-compulsivos. A nefazodona (Serzone) pode favorecer alguns pacientes.
REFERÊNCIAS
SADOCK, Benjamin James; SADOCK, Virgínia Alcott. Compêndio de psiquiatria: ciências do comportamento e psiquiatria clínica. 9. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.
 
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION DSM-IV-TR. Manual Diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Porto Alegre: Artmed, 2006. 4ª ed.
 
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION DSM-V. Manual Diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Porto Alegre: Artmed, 2014. 5ª ed.
Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10: descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. Porto Alegre: Artmed, 1993. 
TEIXEIRA, Ricardo. Quer saber se uma pessoa é narcisista? É só perguntar. Consciência no dia-a-dia. 25 ago. 2014. Disponível em: <http://consciencianodiaadia.com /2014/08/25/quer-saber-se-uma-pessoa-e-narcisista-e-so-perguntar/>. Acesso em: 04 mai. 2015.
 
GARBAYO, Juliana. Transtornos de personalidade. PsiquiatraRJ. 08 fev. 2013. Disponível em: <http://psiquiatrarj.com.br/dicionario/transtornos-de-personalidade/#>. Acesso em: 04 mai. 2015.
 
PSIQWEB. Classificações. Disponível em: <http://www.psiqweb.med.br/site/DefaultLim po.aspx?area=ES/VerClassificacoes&idZClassificacoes=157>.
Acesso em: 05 mai. 2015.

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