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Resumo - Raízes da Psicologia

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14
Parte 1
A psicologia Filosófica ou Pré-Científica
Período Cosmológico – Idade Antiga
	Também conhecido como período pré-socrático, teve início na Grécia, onde a psicologia começou a ser estudada como um ramo da filosofia. Nesse período buscavam explicar o Cosmo; sua origem, matéria e suas leis. Para tal, os filósofos da época criaram o método do elementismo – também denominado monismo, atomismo e reducionismo – que procura encontrar o elemento mais simples (uma verdadeira unidade) do Universo, visto que acreditavam que o mesmo era um composto de elementos simples, que, misturados, originavam um complexo. 
	Tales de Mileto – considerava como elemento simples a água, pois ela representa estabilidade apesar de suas transformações, além de nutrir todos os seres vivos ela está presente no mundo animal, vegetal e mineral.
	Heráclito de Éfeso – observava a constante movimentação do mundo (devir) e a permanência era resultado de ilusão. Para ele a essência do devir eram os processos de mutabilidade da vida; a guerra, por exemplo. Achou no fogo a substância simples e fundamental, por ser um agente de mudança.
	Pitágoras de Samos – buscava nos números a essência simples, aponta as leis matemáticas como acrônicas e imutáveis, em um ensaio de conhecer o mundo de forma quantitativa. A partir disso, entendia o Cosmo regido por leis e que essas mesmas leis poderiam valer para os humanos, assim surgiu o Magister-Dixit e, por conseguinte, a pedagogia dogmática que desencadeou um estatismo social e educacional (por ser uma autoridade científica que recusava o debate). Admitia a existência de uma alma imortal separada do corpo, sendo este último considerado uma espécie de aprisionamento. 
	Anaxágoras de Clazômenas – acreditava que nas homeomerías (ou sementes) estaria a origem de todas as coisas, diferentemente da visão elementista. Segundo seu raciocínio, as homeomerías foram separadas por uma “razão ordenadora” (Nous), desta forma em cada elemento estaria uma parte de todos os outros elementos. Surgiu assim a necessidade de descobrir como se dava a união e relação desses mesmos elementos que se transformariam mecanicamente. O Nous, um ato da razão divina, sendo uma força que transcende a humanidade seria a força regente do Universo, responsável por gerar os seres e atuando como um fluido animador das diferentes formas de vida.
Estes autores não encontraram o elemento mais simples e puro do Universo.
	Demócrito de Abdera – com uma visão predeterminada da sociedade foi o criador do primeiro sistema materialista da época com sua teoria dos átomos, na qual o Universo seria formado por esses átomos indissociáveis que se mantinham em constante movimento. Ainda afirmava que os seres humanos poderiam ser constituídos por átomos de alma (sujeitos a degradação e não palpáveis) e átomos de corpo (movimentações vagarosas e palpáveis). Atribuiu aos movimentos de união e separação dos átomos ao mecanicismo e aos atos e pensamentos do homem à uma influência externa (o determinismo em oposição ao livre-arbítrio). Sua teoria da percepção baseou-se na deidola: “imagens” das coisas entram nos órgãos dos sentidos através de pequenos átomos.
Este período resultou no interesse da quantificação, na troca das explicações mitológicas por respostas obtidas através da razão e no aparecimento da metafísica.
Período Antropocêntrico
	Período que buscou conhecer o funcionamento dos processos mentais do homem e suas capacidades de organização social.
	Sofistas- eram professores viajantes que tinham por objetivo revolucionar a educação, na época voltada para a formação de guerreiros, e transformá-la em uma que visava à formação de cidadãos. Os pontos principais dessa educação seriam a habilidade de ser eloquente e o discurso crítico. O caráter de possibilidades de escolhas e atribuições de sentidos dos sofistas acarretou na descoberta da subjetividade. Seus principais representantes: Górgias e Protágoras.
Os filósofos clássicos
	Sócrates – Grécia
	Os conhecimentos obtidos através dos órgãos sensoriais seriam ilusórios, apenas o conhecimento alcançado do próprio eu seria válido e este poderia ser conseguido por meio do método da introspecção (uma análise da própria mente). A educação, para Sócrates, estava ligada a princípios éticos, portanto ele acreditava na educação moral do homem; pois, se este soubesse quais os limites da retidão moral de seu meio, os seguiria. Seu método pedagógico foi denominado maiêutica: partia do princípio “só sei que nada sei” e através do diálogo e da simples argumentação obtendo, às vezes por indução, uma universalização de conceitos, Sócrates compreendia, assim, como dar luz ao conhecimento. Revolucionou sua época criticando as tradições.
	Platão – Grécia
	O conhecimento por meio dos sentidos era considerado imperfeito, pois as idéias seriam inatas ao homem (inativismo). Embasou sua teoria com o conceito da existência de dois mundos: mundos das idéias – morada das essências perfeitas (almas) e de todo o conhecimento – e o mundo sensível – imperfeito, de aparências e limitado. A alma ao unir-se ao corpo no mundo sensível se esqueceria de todo o conhecimento verdadeiro, dessa forma se entendia o corpo como uma prisão; portanto, as experiências, trazidas pela Educação, seriam o meio pelo qual a alma pudesse relembrar de suas experiências no mundo das idéias. Platão percebia que no mundo sensível o que real estaria sempre se transformando, enquanto no mundo das idéias tudo permanece eternamente imutável. 
	Ele dividiu o homem em mente e corpo e, juntos, formariam três partes da faculdade da alma: sensual (necessidades do corpo), outra para as emoções e a racional (inteligência). Criou-se, então, o modelo intelectualista de sociedade ideal pautado pela educação na qual servos, agricultores e qualquer pessoa cujo ofício envolvia esforço físico estavam na base da pirâmide; os soldados, considerados sujeitos de emoções em nível intermediário; e os intelectuais seriam o governo, por grande exercício da mente. Platão pregava pela educação liberal e democrática.
Logo surgiu duas pedagogias: da essência e da existência. A pedagogia da essência pretendia usar a educação como um meio para o homem superar suas limitações do mundo sensível e encontrar sua essência verdadeira. Em oposição, teve a pedagogia da existência, cujo propósito é a felicidade, vendo o homem justamente como ele é, material e individual.
	Aristóteles – Estagira, Macedônia
	Negava a existência de idéias inatas, pois o indivíduo nasceria com nenhuma bagagem de conhecimento anterior (como se fosse uma “tábula rasa”, segundo Aristóteles), e sim apenas que pudessem ser adquiridas através de experiências pelos órgãos sensoriais e pelas sensações. Considerava as sensações os elementos mais simples na tarefa de se conhecer, visto que quando os sentidos eram afetados provocavam impressões (sensações). Aristóteles via mente (forma) e corpo (matéria) como indissociáveis, onde a matéria buscava contrair forma (alma) – filosofia da essência. Quanto mais pura uma forma, mais alto seu nível. Admitia a imortalidade e imaterialidade da alma e atribuía à educação a tarefa de buscar a essência ajudando o homem a ultrapassar sua matéria. 
Com sua obra De Anima, introduziu a questão de como se adquirir conhecimento e, por meio do raciocínio intuitivo, chegou a resultados conforme tendência reducionistas e elementistas ao descrever: sensação, memória, leis de associação, sono, etc.
Outros filósofos 
	Estoicismo – propagado por Zenão de Cicio, Grécia. Com o olhar da pedagogia da essência, pregava a submissão do desejo (vício) para a razão (virtude); um preparo para o surgimento da ética do cristianismo.
	Epicurismo – propagado por Epicuro de Samos, Grécia. Observava na natureza humana a maneira de se adquirir felicidade e tranquilidade, o prazer da obtenção disso através da ação do homem simbolizava o bem. Esquecer a dor através do prazer, porém, era preciso manter o equilíbrio. Os seguidores de Epicuro subverteram sua teoria e se atiraramnos gozos da decomposição moral.
Período Teocêntrico, Idade Média
	Ascensão da doutrina cristã cuja Sagrada Escritura continha o paradigma de todas as verdades, seu domínio estendeu-se por todos os impérios, arte, filosofia, educação e arquitetura do período. Foram dez séculos de estabilização no desenvolvimento do pensamento psicológico, devido ao desencorajamento da Igreja com relação a outros estudos. Os principais momentos foram: o da Patrística e da Escolástica. 
	Patrística – ocupavam-se da luta contra o paganismo e heresias dos dogmas cristãos usando do método platônico para eclarecer suas normas. Pouco influenciou na constituição da psicologia. Santo Agostinho – acreditava que Deus deu forma a uma matéria incriada, modelando e não a criando, sendo assim, o mundo teria sido originado do nada. Para St. Agostinho, a memória (fundamentalmente espiritual) cobre o passado, a percepção é o presente e o passado fica na prospecção.
	Escolástica – como seus estudos baseavam-se na dedução, tiveram nenhuma credibilidade científica, visava a educação do povo cristão, buscando unir a racionalidade à teologia, recordando o pensamento de Aristóteles. Declarando que os conhecimentos obtidos pelos órgãos sensoriais e pela fé proviriam de Deus. Tomás de Aquino - encontrou cinco faculdades da alma: negativa, sensitiva, apetitiva, locomotiva e intelectual, sendo passíveis de dominação por força de vontade e auxílio da Previdência Divina. Rejeitava a existência de ideias inatas, pois o conhecimento era obtido pelo professor e aluno na busca por alcançar os dons que o individuo já tinha potencial. 
Período científico propriamente dito - Idade Moderna (XV)
	Início do Renascimento, o teocentrismo foi malogrado e o antropocentrismo ressurgiu, o "magister dixit" perdeu lugar para o empirismo e para a dúvida metódica - queda do dogmatismo. Além das evoluções na biologia, astronomia, economia e as mudanças religiosas, politicas, literárias e no papel da burguesia os primeiros passos para tornar a Psicologia uma ciência foram dados: as raízes científica e filosófica. 
Fonte ou raiz científica: como a ciência colaborou para o desenvolvimento da psicologia 
	O entendimento face ao conteúdo a ser conhecido e ao método a ser usado para obtê-lo, despertaram o interesse pela construção de um "espírito científico", no Renascimento. A organização do método foi essencial para a ciência da época se desenvolver e esta começou revivendo o método elementista; o resultado: observação, experimentação e quantificação.
	O interesse pela fisiologia (função) e pela anatomia (estrutura) resultou em um conhecimento mais profundo sobre as sensações, graças às analises dos órgãos sensoriais. Encontraram a resposta aos dualismos físico x psíquico, material x imaterial, mente x corpo, quando concluíram que, apesar de não ser possível medir as sensações, os estímulos poderiam ser medidos quantitativamente (relacionar os mundos mental e físico se tornou possível). 
Os estudos sobre reflexo e reflexo condicionados foram importantes para a teoria do inconsciente. O grande interesse pelo cérebro e o estudo do sistema nervoso alcançaram conhecimento sobre os neurônios, axônios, correntes elétricas, etc. Os frenologistas buscavam determinarar a personalidade com base no formato do cérebro.
	Surgiram, então, outras correntes de pensamento que procuravam mostrar que o cérebro funcionava como um todo, não em diferentes partes com certas funções, ambas são aceitas atualmente. A psicofísica dedicou-se a avaliar o tempo entre estímulo e resposta, ainda incluíram aos seus estudos a medição de interferências (atenção, luz do ambiente, barulhos ao redor) ao tempo de reação (como nos testes vocacionais). Com esses estudos descobriram que cada pessoa tem seu tempo de reação, portanto, a grande colaboração da estatística para a ciência.
Fonte ou raiz filosófica: a influência das três correntes na emancipação da psicologia
O empirismo crítico 
	Buscavam saber a origem do mundo (questão descoberta pela física, química, biologia, entre outras matérias) e como adquirir esse conhecimento (procuraram a resposta no homem). Investigaram a natureza das atividades psíquicas, onde se defrontaram com o problema nativismo x empirismo aristotélico - o empirismo ganhou lugar depois de Descartes.
	O empirismo, para Wertheimer, poder ser um pressuposto filosófico (todo conhecimento é adquirido) ou um preceito metodológico (contrai-se conhecimento pela observação, experimentação e medida). 
Escola Francesa 
	René Descartes - início da fase pré-científica da psicologia. Seu método de estudo foi o da dúvida metódica, duvidar de toda verdade e, então, tentar explicar e provar o que se duvidou. Sua máxima "Penso, logo existo", foi uma prova de sua existência quando Descartes duvidou da mesma, para ele, se existe uma dúvida é em razão a um ser que pensa. 
Retomou o dualismo mente x corpo, alegando existir dois reinos: físico (material), que possuiria massa e ocuparia um espaço e se moveria por ele; e o reino da mente (imaterial), que não ocuparia um lugar nem possuiria massa, com a capacidade de induzir as atividades tomadas pelo corpo. Para René Descartes, o corpo teria um funcionamento mecânico e a alma, sendo pensante, agiria sobre seus mecanismos. Identificou duas atividades da mente; a primeira, recordação, racionalização, conhecimento e desejo; a segunda seria a sensação, imaginação e instinto. Considerava, ainda, o nativismo das ideias religiosas e matemáticas, questão não demonstrada. 
	Foi um físico, matemático, fisiólogo, racionalista, interacionista, considerado o pai da modernidade.
Escola Britânica
	Thomas Hobbes - a filosofia se resumiria em conhecer os efeitos mediante a causa e vice-versa, Hobbes via o homem com o pensamento materialista e o conhecimento como consequência da experiência dos sentidos. Determinismo natural: como o homem era apenas corpo, a razão e a alma, sendo imateriais, não seriam de conhecimento físico. 
A ideia de pacto social como uma tática de paz surgiu com a constatação de que o homem, um ser egoísta que buscaria apenas prazer e evitaria a dor, seria anti-social e precisaria submeter suas vontades às vontades de um homem ou assembleia que governaria de maneira despótica - gerando princípios totalitários. Hobbes influenciou a psicologia do ato e do funcionalismo.
Subgrupo dentro do empirismo crítico
	John Locke (Inglaterra) - Relembrou a questão de como se adquirir conhecimento. Reconhecia a ideia de "tábula rasa" e que o conhecimento seria obtido através de experiência e reflexão (dobrar-se sobre si mesmo com intensidade), ficando a cargo dos sentidos e da percepção adquirir sensações, imagens e ideias. Estabeleceu uma escala de obtenção de conhecimento na qual a sensação e a percepção seriam os elementos mais básicos. As ideias simples derivariam de um ou mais sentidos e, até mesmo, da composição deles pela reflexão; e as ideias de substâncias pela combinação de diversas ideias simples. Dessa forma Locke prestigiou a memória e o processo de associação de ideias (pela associação de ideias simples, origina-se as ideias complexas). 
	Diferenciava qualidades: primária (objetivas e imutáveis, independentes da percepção) e secundárias (subjetivas, existiriam apenas na percepção). Como elementista, John Locke viu a ideias como elemento básico da mente. Utilizava métodos racionalistas e acreditava que cada parte do cérebro teria uma função específica. Foi precursor do estruturalismo.
	George Berkeley (Irlanda) - Admitia que pelos sentidos poderia se adquirir conhecimento, dando grande importância aos sentidos e à percepção - processos psicológicos. Como seguidor e crítico de John Locke, diferenciava as qualidades primárias e secundárias, sendo geradoras de experiência para a percepção. 
Para Berkeley, existiria apenas o que se percebe, desconsiderando, pois, toda existência substancial, visto que só era possível conhecer as qualidades dos sentidos. Ainda admitia que entre a mente e as ideias poderia existirum vínculo de dependência. De preocupação metafísica, George Berkeley, estabeleceu que a percepção sobre as outras coisas orientaria a percepção à Deus. 
	David Hume (Escócia) - Continuador dos trabalhos de Locke e Berkeley, Hume foi marcado por seu ceticismo, duvidou da existência de toda realidade externa, pois só poderia ser conhecido o que seria passível de observação e experimentação, dando início à psicologia do senso comum. Recusou o princípio da causalidade (Deus), o qual Berkeley admitia como princípio de causa e efeito, e a presença de um eu pensante. 
Escola Alemã
	Gottfried Wilhelm Leibniz - Afirmou que o mundo era formado por várias mônadas (átomos sem dimensão que, em cada um, conteria o universo inteiro, não relacionáveis, imateriais e imortais), harmonizadas de maneira predeterminada - Deus. Não admitiu a existência da matéria. Concebeu o corpo do homem como um composto por várias mônadas e uma determinante, a alma.
A apercepção seria o nível mais alto de percepção, assim denominada por Leibniz, em consequência de sensações acumuladas. A memória e a atenção seriam processos essenciais para que houvesse percepção, esta era capaz de influenciar o comportamento do homem, visto que guardaria imagens, impressões e ideias do passado e as retomariam no presente em situações semelhantes. Manteve-se intermediário quanto a questão do nativismo: o indivíduo pode vir a nascer com predisposições de ideias não totalmente construídas.
	Immanuel Kant - Como fenomenologista, aceitou certos conhecimentos inatos e afirmou que nada poderia ser conhecido como realmente é, pois só se poderia conhecer através da experiência e cada indivíduo com uma certa forma e aptidão para o conhecer. Não sendo possível conhecer diretamente a alma, aceitou, como Leibniz, o finalismo da causa e efeito. Propôs a existência da psicologia empírica como a única, entretanto, expôs suas limitações quanto a ser impossível pôr seus conteúdos em termos quantitativos para ser analisado objetivamente como outras ciências. Para Kant, o homem seria razão pura e prática. Considerou científico apenas o conhecimento empírico.
	Johann Friedrich Herbart - Como os associacionistas, buscava nas ideias simples a composição da ideias complexas. Estudou a inibição de ideias: algumas ideias são mais fortes que outras - mais fracas -, podendo repeli-las para o subconsciente, contudo, as mais fracas permanecem para, eventualmente, ascender ao consciente mais uma vez (apercepção, em Herbart). Esta é uma teoria aceita pela psicanálise. Reconheceu uma psicologia quantitativa e não experimental, essa atitude apenas impulsionou para que ela se torna-se experimental.
Marcado pelo tom questionador o empirismo crítico procurou responder o que se sabe e como se obtém esse conhecimento, Deram grande ênfase ao conhecimento empírico, concluindo por meio da razão. O filósofo a seguir representa a oposição desse movimento:
	Christian Wolff - Conhecer empiricamente os fenômenos é a única forma de se conhecer a alma e a natureza, partidário do racionalismo, apontou a capacidade da razão de conhecer a alma. Em suma, a razão seria o meio pelo qual se adquire conhecimento, independente da percepção.
O associacionismo britânico
	Fundamentalmente elementista, o associacionismo procurou descobrir o que une as ideias e o que as direciona uma às outras e, uma vez compostas, o que as tornam perenes, descobrir as leis de associação. O estudo da vida psíquica foi uma forma de encontrar o elemento básico da mente e encontraram nas sensações e nas percepções dos sentidos a resposta. Aceitaram as lei previstas por Aristóteles: contiguidade, semelhança e contraste.
	David Hartley - Associações simples se juntam e tornam-se complexas. A lei geral da associação: diferentes sensações serão lembradas juntamente se forem experimentadas em conjunto. A associação sucessiva é determinada por sequências temporais e a associação simultânea em conformidade da construção de ideias complexas, e quanto mais recorrentes a associação, mais firme existirá.
Admitiu que as manifestações mentais seriam as sensações e ideias e as manifestações físicas ocorreriam na forma de vibrações, infro-vibrações do sistema nervoso e cérebro. 
	Thomas Brown - Às ideias de Hartley, Brown estendeu às formas de vitalidade, intensidade e recenticidade, sendo as associações suscetíveis da força e da proximidade de ocorrência para serem mais efetivas.
	James Mill (Escócia) - A mente constituída de sensações e de ideias simples e compostas, pelo princípio de associação por contiguidade. Admitia que a soma de ideias formam o todo mental, ou seja, um conceito é formado por associação de muitas ideias complexas. 
	John Stuart Mill - Denominou o processo de associação como química mental, pois acreditava que as ideias compostas geravam uma nova ideia. Usou do método indutivo e do elementismo e via a experiência como alicerce do conhecimento.
	Herbert Spencer - Precedeu Darwin com sua teoria da associação evolucional: repetição de associações durante a vida sendo transmitidas por hereditariedade instintivamente. A adaptação do indivíduo frente a um ambiente ou situação foi visto por Spencer como o ponto a ser alcançado pelo associacionismo na educação. Elementista no que concerne a construção de ideias e na formação da sociedade. 
	Charles R. Darwin - De maneira elementista, seguiu com a teoria evolucional e do ajustamento, incluiu a sua teoria das espécies, na qual sobrevive o mais forte e apto. Assim, o homem passou a ser visto como um fruto da evolução, instigando a psicologia a estudá-lo em sua totalidade. Portanto, além dos estudos da consciência, houve a procura por conhecer a adaptação, fatores hereditários, o meio, os sucessos e insucessos da espécie humana - principios do funcionalismo.
	Alexander Bain - Responsável por sistematizar o próprio associacionismo. Em suas obras, discorreu sobre o sistema nervoso, as leis de associação, sobre a vontade e no dualismo mente x corpo empregou o paralelismo psicofísico.
Materialismo científico
	Ligado ao desenvolvimento da fisiologia, retomou a procura por conhecer o elemento simples do universo que estaria em movimentação contínua seguindo suas próprias leis, o que excluiu explicações sobrenaturais. O conhecimento só poderia ser adquirido por experiências. Buscou resumir à manifestações naturais as manifestações psíquicas e comportamentais, na tentativa de tornar observável para ser estudado como ciência, desta forma, os filósofos do materialismo científico não admitiram atividades do espírito. Seus estudos remontam de Tales, Anaxágoras, Demócrito, Aristóteles e Descartes.
Escola Francesa
	Julien O. de La Mettrie - Ao pensamento Cartesiano, La Mettrie foi além e acreditou na mecanicidade de todos os movimentos do homem: objetivo, natural e material. Censura Leibniz, pois julgou ser certo a materialização da alma, não o contrário - o monismo materialista de Wilhelm Leibniz - e não admitiu o dualismo matéria x espírito. As manifestações mentais seriam em consequência de mudanças no sistema nervoso e reações orgânicas do cérebro. Embasou a teoria behaviorista.
	Etienne Bonnot de Condillac - Explicação material e mecânica sobre o corpo, tal como La Mettrie, atribuiu apenas as sensações como forma de obter conhecimento e causa das funções da mente (sensacionismo). Os conteúdos mentais, como o raciocínio, juízo, generalização, foram produtos da comparação de sensações. Opôs-se à metafísica e ao idealismo cartesiano.
	Pierre Jean Georges Cabanis - Conferiu ao cérebro a função da mente, negou o dualismo mente x corpo reduzindo o homem ao corpo (monismo materialista). Como mecanicista e materialista, considerou as ações humanas produtos de uma lei natural.
Escola Britânica 
Antes mesmo de Descartes, Hartley denominou mecânicos o trajeto do sangue e o funcionamento do coração, negando a atuação de um espírito substancial. Também procurou sintetizar os processos , no que diz respeito ao sistema nervoso, à processos naturais.
Escola AlemãHermann Von Helmholtz - Mostrou a complexidade do sistema fisiológico, ao estudar os órgãos sensoriais e a possibilidade de estudá-los como as ciências naturais. Seu trabalho apresentou a que seria praticável estudar as sensações e percepções por observação e experimentações exatas.
	Johannes Muller - Leis das energias específicas dos Nervos Sensoriais.
	Ernest Weber - Teoria do limiar diferencial da sensação.
Tendências isoladas da época: desenvolveram-se fora do cenário das correntes científicas e filosóficas
Enfase dada à psicologia, não admitindo o elementismo e associacionismo.
Psicologia do Ato
	Franz Brentano (Alemanha) - Fundador da psicologia do ato, afirmou que a psicologia fazia o estudo da alma e, ao entender que os atos/ações são diferentes de estados psíquicos, dinamizou o processo mental, este se direciona à alguma coisa, objeto ou pessoa. Aceitou como processo psicológico (ato) o sentir, imaginar, não o objeto que foi visto ou tocado (o conteúdo, exterior e distinto). Franz Brentano não admitiu a desintegração dos atos psíquicos, pois não eram objetos físicos e químicos; o estudo deles, então, deu-se por observação empírica, mas não experimentativa como a de Wundt. Precedeu a escola da Gestalt.
Psicologia Fenomenológica
Denominada também como Psicologia Humanista, possuiu conceitos básicos encontrados em Franz Brentano. Inspirou a Gestalt e o funcionalismo.
	Edmund Husserl (República Checa) - Desenvolvedor da psicologia fenomenológica, afirmou que sua busca era por fenômenos puros, com um método, uma disciplina e uma filosofia universal que relataria tudo o que pudesse aparecer nos fenômenos psíquicos.
	Carl Stumpf (Alemanha) - Estudar de forma imparcial os processos primários advindos da mesma maneira que vistos pela observação e à cargo dos estudos psicológicos ficava as funções mentais e sua conexão com as manifestações.
Escola Romântica e Naturalista
	Jean Jacques Rousseau (Suíça) - Deu um salto para a orientação ao estudo da psicologia. Rousseau encarava a perspectiva de ver o homem apenas pelo lado racional e intelectual como falha, portanto, procurou provar que a natureza humana é emocional - lado aceito pela psicologia. Orientou a educação ao naturalismo. Não admitiu o mecanicismo e artificialismo e acreditava que a volta à natureza significa plenitude ao homem. Se enquadra em nenhuma dessas tendências.
Parte 2
O desabrochar da Psicologia Científica
Os pioneiros e o pai da psicologia científica 
	Gustav Theodor Fechner (Polônia) - Desfavorável ao materialismo, Fechner marcou a psicologia com a obra Elementos da Psicofísica, buscou encontrar a relação entre mente x corpo e físico x psíquico, adotou o paralelismo e apontava como quantitativa a ligação desses mundos. Julgou as sensações passíveis de testes apenas por meio de diferentes níveis de estímulos. Os métodos psicofísicos, experimentais e quantitativos são oriundos desses testes- importantes para essa ciência em desenvolvimento.
	Wilhelm Wundt (Alemanha) - Considerado o pai da psicologia, pois criou o primeiro laboratório de pesquisas psicológicas, em Leipzig, e por sua obra Elementos de Psicologia Fisiológica resultou na sua corroboração de ciência experimental, na qual reúniu e classificou todas as tendências psicológicas (científicas ou filosóficas), também estabeleceu o objeto e os objetivos, princípios, métodos, normas e problemas da psicologia - a definiu como estudo da consciência. Então, a psicologia passou a ser uma ciência autônoma.
Wundt fez uso da experimentação, quantificação, observação e até mesmo da introspecção. Investigou os sistemas mentais por experimentação e quantificação, tal como interessa às ciências. Em estudos subjetivos (sensação, associação, pensamento, personalidade) utilizou a experimentação e introspecção, sendo limitado.
Elementista e associacionista, Wundt segue o pensamento de John Stuart Mill da química mental, sendo ela realizada por fusão (elementos combinados sempre juntos), assimilação (não estão no consciente todos os elementos combinados) e complicação (agrega diferentes sentidos de elementos). 
	Para Wilhelm, o paralelismo psicofísico solucionava a relação mente x corpo, isto é, não haveria interferência entre esses procesos, e o materialismo psicofísico de seu trabalho mostrou-se na tentativa de conectar as manifestações psíquicas com as fisiológicas. Adotou uma posição contra as ideias inatas à favor da vida experimental.
Em seu laboratório em Leipzig, houveram pesquisas sobre os processos mentais, na área da atenção foi incorporado o campo da consciência. A partir disso, Wundt preconizou o achado da dimensão do inconsciente. 
A estruturação da psicologia no século XX: Escolas psicológicas
Surgiram novas correntes psicológicas oriundas das ramificações anteriores e possibilitadas pelo estudo, reconhecimento e ensaio da psicologia como ciência. Das escolas que surgiram no início do século XX, cada qual define suas próprias características e método, são cinco: estruturalismo, funcionalismo, behaviorismo, gestalt e psicanálise. Na segunda metade do século, as escolas perderam força e cederam lugar aos microssistemas, porém, suas influencias perduram até hoje.
O estruturalismo
	Edward Bradford Titchener (Reino Unido) - Formou-se doutor em Leipzig e trabalhou nos Estados Unidos, para onde transmitiu o estruturalismo wunditiano, o qual caracteriza a psicologia como estudo da consciência (ou da mente, sendo a soma dos processos mentais). 	Titchener, com o elementismo, propõe ser da psicologia o trabalho de desvendar os elementos responsáveis por compor a totalidade psicológica, descobrir o conteúdo presente na mente e sua estrutura. Para ser possível estudar o conteúdo foi, então, postas três questões: o que é? (análise), como? (síntese) e o porquê? (investigação de causa). 
	Admitiu a explicação da mente por uso do sistema nervoso, reconheceu que as sensações, imagens, afeições e sentimentos são componentes do conteúdo mental e agregou o método da introspecção (por observação, é atenção e registro de manifestações). 
Adepto da experimentação e do paralelismo psicofísico o dualismo mente x corpo, na qual os lados não se interferem mutualmente, contudo, se houver alteração em uma logo haverá alteração na outra, por meio do sistema nervoso.
	O estruturalismo de Titchener é atomista, elementista e associacionista, usa a fisiologia na quantificação de suas experiências (laboratoriais), é empirista crítico, puramente escolar, em sua busca leis gerais, também não se interessava pelas diferenças individuais. Não recebeu muitos seguidores, recebeu muitas críticas e influenciou a antropologia e a linguística.
O funcionalismo
	Primeira escola restritamente estadunidense, influenciada pelas teoria darwiniana, da psicologia do ato e fenomenológica e do naturalismo de J. Rousseau. Prático e utilitário, procurou descobrir a função da consciência, a qual cuja função não seria mais conhecer e sim adaptar as ações do homem ao ambiente físico e social - pragmatismo funcionalista. A psicologia, aqui, estuda a vida psíquica (forma da adaptação).
	William James - Criticou o atomismo associacionista de Wundt e Titchener e impulsiona o funcionalismo.
	John Dewey (Estados Unidos) - Representou o impulso dessa psicologia. Julgou o elementismo e atomismo psicológico em sua obra Conceito de arco Reflexo em Psicologia, pois a as ações psicológicas são um todo ininterrupto, não seria possível dividir estímulo de resposta (o estímulo ativa o organismo que escolhe uma resposta) e pelas suas limitações e rigidez. Tornou dialéticos o empirismo e naturalismo. Como interacionista, não enxergou os as manifestações físicas e psíquicas separadamente. Sua psicologia não se interessava com o conteúdo da mente, mas com sua aplicabilidade - impulsionou a psicologia aplicada.
	James R. Angell (Estados Unidos) - Representou o desenvolvimento. Admitiu a psicologia como o estudo das faculdades da mente, aceitou a consciência como canal entre o meio e necessidades.Encorpou os princípios de John Dewey e em sua obra O Domínio da Psicologia Funcional instituiu mais princípios funcionalistas e apresenta três características: primeira, distingue o objeto de estudo do funcionalismo (estuda a atuações, realizações e condições dos processos da mente) do estruturalismo; segunda, preocupação pela relevância dos processos mentais (serventia do raciocínio, consciência, juízo, etc); e terceira, como método ao analisar o dualismo mente x corpo (por reflexão, apenas, pode-se diferenciar atos físicos dos psíquicos). 
	Harvey Carr (Estados Unidos) - Representou a propagação da psicologia funcionalista. Existência de estímulos internos e externos e não haveria resposta sem estímulo, e vise-versa. No livro Psychology, estabeleceu a atividade mental como objeto dessa psicologia. Logo, a obtenção de conhecimento seria resultado do processo de percepção, memória, sensação, entre outros processos, os quais seriam úteis na tomada de decisões (comportamento) - para Harvey Carr, um processo psicofísico. 
Admitiu o método da instrospecção e da observação (foco na observação externa), além disso, para os funcionalistas não havia limitações quanto aos métodos, pois todos orientavam ao conhecimento. As teorias funcionalistas foram bem incorporadas à psicologia e inspiraram na gestalt, behaviorismo e educação.
Behaviorismo, ou Psicologia do Comportamento
	Escola estadunidense com raízes de fontes diversas (Pavlov, Thorndike, hedonística, dawniniana, por exemplo), sua determinação de psicologia como estudo do comportamento, humano e animal, ainda é totalmente aceita, buscavam descobrir as leis decomposição e de controle comportamental. Essa psicologia reduziu as operações humanas à reações mecânicas - o homem como máquina orgânica complexa. Os métodos objetivos de observação, científico experimental e de reflexo condicionados eram aceitos. Escola voltada à educação, basicamente.
	Edward L. Thorndike (Estados Unidos) - Elaborou fundamentos de aprendizagem ao analisar o comportamento animal usando um sistema inflexível de controle, tais como: ensaio e erro, a lei do efeito (atos que resultam em recompensa são gravados) e a lei do exercício.
	John B. Watson (Estados Unidos) - Criador e nomeador do sistema behaviorista, também examinou o comportamento animal, nos quais fez experiências julgadas impossíveis em seres humanos - métodos das ciências físicas. Buscou sintetizar o entender o homem como matéria apenas e não admitiu os estudos da mente e consciência, foi, portanto, materialista científico, mecanicista, determinista e objetivo.
Recusou o nativismo, pois o homem receberia hereditariamente apenas a sua organização corporal e sua forma de funcionar, aos diferentes comportamentos foram atribuídas as influencias do meio, ambiente e circunstâncias aos quais o indivíduo estaria inserido - sua aprendizagem, instintos, emoções, por exemplo. Teoria essa muito bem aceita pela política norte-americana da época, portanto foi muito divulgada.
Reflexologistas Russos
	Ivan P. Pavlov (Rússia) - Descobriu o reflexo condicionado (instalação de comportamento), pesquisa empregada pelos behavioristas em estudos sobre os processos de elaboração de comportamentos - desde os estímulos e suas associações à efetuação do comportamento. Dessa forma, três sistemas mereciam a atenção: os órgão sensoriais, os órgãos efetores e o sistema nervoso - mecanicismo. Neste contexto, as manifestações que não eram passíveis de exames fisiológicos eram dadas como imaginárias (psiquismo, consciência, mente, subjetividade, etc).
Neobehavioristas
	Admitiram os métodos e a visão mecanicista dos behavioristas, porém recusaram o radicalismo de Watson e a psicologia mentalista. Sua teoria consistiu em estímulo-resposta. 
	Burrhus Frederic Skinner (Estados Unidos) - Recebeu influência de Pavlov (reflexo condicionado), Thorndike (lei do exercício e lei do efeito) e do hedonismo, sob as quais lançou seu princípio sobre reforço no campo da educação. Não aceitava a subjetividade, pois acreditava que apenas as condições do meio ao qual o individuo se encontra basta para explicar seu comportamento. Sua pesquisa de condicionamento operante (controle do comportamento por sua consequências, prevendo as respostas) resultou na instrução programada, cujos princípios resumem-se em quatro: comportamento ativo, reforço, o conteúdo apresentado progressivamente, admitir as diferenças de cada um ao escolher o programa. Contribuiu nas áreas da educação, psicologia social e do trabalho.
	Robert M. Gagné (Estados Unidos) - Menos ortodoxo que Skinner, sua abordagem foi denominada neoskinneriana. Admitiu as manifestações do subjetivo, internas, na obtenção de aptidão intelectual - essa perspectiva lhe conferiu uma posição entre o behaviorismo e o cognitivismo. Estabeleceu oito fases para adquirir aprendizado (das mais simples para as complexas): primeira, aprendizagem de sinais; segunda, inclui estimulo-resposta; terceira, em cadeia, um aprendizado direciona a outro; quarta, associações de verbos (memória); quinta, distinção múltipla; sexta, aprendizagem de conceito; sétima, aprendizagem de princípios; e oitava, aprendizagem de resolução de problemas (resumo das anteriores que produz resposta). 
Como tecnicista, propôs o uso de instrumentos na aprendizagem sem desconsiderar a oralidade.
A Gestalt
	Opositora do funcionalismo e behaviorismo, recebeu influência da psicologia racionalista de Immanuel Kant, nasceu na Alemanha. Entendida como a psicologia da forma, essa escola teve como ponto inicial a análise da percepção. Não admitiu o elementismo, quantificação e o associacionismo, pois considerava o homem uma totalidade (física e psíquica). 
Houve, na gestalt, um relevante interesse quanto ao estudo da figura e fundo, percepção que é possibilitada pela visão central (vê-se a figura) e pela visão periférica (vê-se o fundo) e o papel da subjetividade do homem quando se trata na atenção dada à imagem e seus detalhes - daí a eventualidade da reversão da imagem fundo-figura. Em consequência, a gestalt evidenciou o caráter relativo e abstrato da percepção do homem frente a realidade. Usou do método da experimentação e fenomenológico e influenciou a psicologia cognitiva.
	Max Wertheimer (República Checa) - A percepção visual do movimento foi seu objeto de pesquisa, foi assim que Max W. chegou à conclusão de que um estímulo visual mesmo sendo descontínuo pode parecer contínuo devido a percepção de movimento, por conta do tempo de reação - movimento aparente. Expandiu essa análise para objetos e constatou que a percepção apreendia todo um conjunto. A partir disso, desconsiderou o elementismo, pois afirmava que a percepção é um fenômeno uno.
Ao estudar a memória, aprendizagem e outras manifestações, Max Wertheimer demonstrou a relação de um todo, não partes separadas, dos processos psicológicos. E foi além, ao afirmar que a aglutinação desses processos formam novos elementos, cada qual com sua dinâmica particular. Então, Max W. propôs estudar o todo a partir de suas unidades componentes e, principalmente, no que as relaciona.
Neogestaltismo
	Kurt Lewin (Polônia) - Criou a teoria de campo que originou a dinâmica de grupo, procurou justamente nos grupos analisar o comportamento individual a partir desse todo que cerca o indivíduo - meio constituído de diversas personalidades e elementos psicológicos. O estudo da dinâmica de grupo foi importante para a elaboração das teorias da motivação, aprendizagem, personalidade, da psicologia infantil e social.
A Psicanálise
Surgiu em oposição à psicologia de Wundt e Titchener. As pertubações mentais foram seu objeto de estudo, daí ser tido como revolucionária e original.
	Sigmunt Freud (República Checa) - O pai da psicanálise. Analisou com Joseph Breuer, na obra Estudos Sobre a Histeria, o uso da hipnose como método para tratar a histeria, posteriormente essa psicologia procurou outros métodos de tratamento. Encontrou na conversação seu método, que por meio de sugestões levava o paciente a entrarem catarse e então, atingir a livre associação - o próprio paciente chegava ao inconsciente, onde estavam os problemas que se manifestam como sintomas neuróticos, e o compreendia. 
Os estudos da infância como formadora da vida psíquica do homem e dos sonhos, de Freud, trouxeram grandes resultados.
O Sistema Freudiano
	O grande ponto: o inconsciente. Certos comportamentos, os quais não se sabe as causas, seriam em função de fatores existentes abaixo do limiar consciente. Sigmund Freud determinou a consciência em três graus, são eles: o consciente, o subconsciente (intermediário) e o inconsciente (detentor de experiências desagradáveis ao indivíduo que transtornam o psíquico e geram os distúrbios neuróticos). 
	A libido (ímpeto sexual egoísta e hostil), para Freud, é causadora do comportamento humano e mora no Id (são características primitivas), sua teoria foi muito criticada. Ainda sobre o Id, Freud afirmou que a criança é, efetivamente, egocêntrica e a sociedade a civiliza com seus hábitos e costumes (superego), esse processo originaria o ego. No processo de evolução sexual, o ser humano passaria de uma fase à outra durante toda sua vida em um sistema que remonta desde sua infância: a primeira fase é oral, o prazer vem pela boca (mamar, chupar); a segunda fase é anal, o defecar, por exemplo; a terceira fase é a fálica, o prazer da manipulação dos próprios órgãos sexuais; então, há o período de latência aos seis ou sete anos de idade, no qual não há desenvolvimento sexual; a quarta fase é a genital, o prazer é encontrado no outro, na reprodução, pode-se dizer. A origem dos problemas psíquicos, nessa constituição, seria produto de um mal desenvolvimento em alguma dessas fases.
	Essa escola não experimental foi elementista, associacionista e adotou o método da introspecção e da associação livre.
Novas tendências da psicanálise
Devido ao grande número de adeptos e críticos, a psicanálise rendeu em diversas orientações. Entre que mais influenciaram estão Adler e Jung.
	Alfred Adler (Áustria) - Sua escola: Psicologia do Indivíduo. À influencia dos elementos psicológicos e sociais foram atribuídos como causa na composição da personalidade - a integração da pessoa na sociedade possibilita essa construção. Segundo o pensamento de Adler, a origem dos sintomas estariam no sentimento de ser inferior (um indivíduo não integrado em seu meio, por exemplo, ou a frustrações desde a infância).
	Carl Gustav Jung (Suíça) - Psicologia Analítica. Assim como Alfred Adler, não atribuiu à sexualidade muita importância. Focou no presente e no futuro no que diz respeito à terapia. Em Jung, houve o achado do inconsciente coletivo, onde estariam guardadas as experiências (arquétipos) aglomeradas durante o tempo pela humanidade. 
	Karen Horney e Eric Fromm - Tendência culturalista, aonde a destaque ao meio ambiente, repressões sociais as causas dos problemas neuróticos.
	Melanie Klein e Jacques Lacan - Psicanálise moderna, buscaram desenvolver e acrescentar os fundamentos da psicanálise.

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