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Aula 05.2 EBSERH 2016 PORTUGUÊS

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Aula 5.2 
 
 
Português p/ EBSERH - 2016 (Todos os Cargos) 
 
Professores: Décio Terror, Equipe Décio Terror 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 5.2: Classes de palavras: substantivos, adjetivos, artigos, 
numerais, pronomes (+ colocação de pronomes); 
verbos, advérbios, preposições, conjunções, 
interjeições: conceituações, classificações, flexões, 
emprego, locuções. 
 
 SUMÁRIO PÁGINA 
 
1. Substantivo 3 
2. Artigo 19 
3. Adjetivo 21 
4. Preposição 32 
5. Advérbio 46 
6. Numeral 60 
7. Lista de questões para revisão 63 
8. Gabarito 82 
 
Olá, pessoal! 
 
Continuando nossa aula 5, vamos falar do substantivo, adjetivo, 
preposição, advérbio e numeral. 
 
A fim de estudarmos com foco na prática, inseri muitas questões de 
outras bancas, pois a AOCP não oferece quantidade suficiente que aborde 
todos os temas. Assim, treinando bastante, internalizamos bem e nada será 
novidade para você na prova. 
 
Mas o que são as classes de palavras? Para responder a essa pergunta, é 
interessante observarmos alguns princípios gramaticais. 
 
A gramática normativa divide-se em três estruturas básicas: a 
semântica, a morfologia e a sintaxe. 
 
O valor semântico é o sentido que o vocábulo terá no contexto da frase. 
A base de seu estudo são os sentidos das conjunções coordenativas, 
subordinativas adverbiais, preposições, além dos substantivos, adjetivos e 
advérbios. 
 
A morfologia é tudo que norteia o vocábulo em si: a fonologia (som da 
palavra), a estrutura da palavra, a ortografia, a acentuação gráfica e as classes 
de palavras. Estas classes são os nomes dos vocábulos dentro de uma frase. 
Esses vocábulos podem ser: 
 
a) substantivo (dá nome aos seres); 
b) artigo (determina o substantivo); 
c) adjetivo (caracteriza o substantivo); 
d) advérbio (modifica o verbo, adjetivo ou outro advérbio); 
e) pronome (substitui ou acompanha um termo substantivo); 
f) verbo (transmite processos, como ação, atividade intelectual, desejo, etc); 
g) conjunção (liga orações ou palavras); 
h) preposição (liga orações, palavras ou inicia complementos); 
i) numeral (quantifica, ordena, multiplica ou divide os seres); 
 
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j) interjeição (marca exclamações). 
 
Essas classes de palavras normalmente ocupam uma função sintática, 
que é o seu desempenho dentro de uma oração. 
 
Uma classe gramatical pode desempenhar várias funções sintáticas, 
dependendo do contexto em que é inserida. Um substantivo, por exemplo, 
pode desempenhar as funções de sujeito, objeto direto, objeto indireto, 
complemento nominal, predicativo, vocativo, aposto, agente da passiva. Já um 
adjetivo pode, além das funções de predicativo e aposto, desempenhar a de 
adjunto adnominal. O advérbio ocupa unicamente a função de adjunto 
adverbial. Das classes gramaticais, as que não possuem funções sintáticas são 
o verbo, a conjunção, a preposição e a interjeição. 
 
Veja um quadro que estrutura melhor essa explicação: 
 
Classe de palavras Função sintática 
 Núcleo do sujeito 
 Núcleo do objeto direto 
 Núcleo do objeto indireto 
Substantivo (valor substantivo) Núcleo do complemento nominal 
 Núcleo do aposto 
 Núcleo do predicativo 
 Núcleo do agente da passiva 
 Vocativo 
 Aposto 
Adjetivo (valor adjetivo) Adjunto adnominal 
 Predicativo 
Artigo (valor adjetivo) Adjunto adnominal 
 Núcleo do sujeito 
 Núcleo do objeto direto 
 Núcleo do objeto indireto 
 (valor substantivo) Núcleo do complemento nominal 
Pronome Núcleo do aposto 
 Núcleo do predicativo 
 Núcleo do agente da passiva 
 Vocativo 
 Aposto 
 (valor adjetivo) Adjunto adnominal 
 Predicativo 
 Núcleo do sujeito 
 Núcleo do objeto direto 
 Núcleo do objeto indireto 
 (valor substantivo) Núcleo do complemento nominal 
 Núcleo do aposto 
Numeral Núcleo do predicativo 
 Núcleo do agente da passiva 
 Vocativo 
 Aposto 
 (valor adjetivo) Adjunto adnominal 
 Predicativo 
Advérbio Adjunto adverbial 
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Verbo 
Preposição
 (sem função sintática) Conjunção 
 
Interjeição 
 
Naturalmente, você não tem que decorar esse quadro, ele é apenas um 
elemento de consulta, para que você compreenda melhor a diferença entre 
morfologia, semântica e sintaxe; pois, quando a prova junta os conteúdos 
numa só questão, isso ajudará muito. 
 
Assim, esta aula trabalha a morfologia, especificando as classes de 
palavras. 
 
Partamos do princípio de que, na Língua Portuguesa, há dez classes de 
palavras (substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, pronome, artigo, numeral, 
interjeição, preposição e conjunção). Logicamente, não nos interessa comentar 
todas as classes, mas aquilo que é cobrado em prova. 
 
O assunto é vasto, mas percebemos que as questões se concentram 
basicamente nas classes “artigo”, “substantivo”, “adjetivo”, “advérbio”, 
“pronome”, “conjunção” e “preposição”. O que é importante a ser trabalhado 
sobre conjunção basicamente foi visto nas aulas de orações subordinadas 
adverbiais, substantivas e coordenadas. 
 
O assunto interjeição praticamente não tem ocorrência nas provas. Por 
isso, basicamente trabalharemos preposições, substantivos, adjetivos, artigos, 
verbos, numerais e pronomes. 
 
Vamos ao primeiro tema?!!! 
 
Substantivo é a palavra que designa seres. O conceito de seres deve 
incluir os nomes de pessoas, lugares, instituições, grupos, indivíduos e entes 
de natureza espiritual ou mitológica: 
 
mulher Teresina cavalo anjo alma 
comunidade saci sereia sociedade Maria 
Além disso, deve incluir os nomes de ações, estados, qualidades, 
sensações, sentimentos: 
acontecimento integridade correria encontro amor 
miséria honestidade cidadania liberdade 
 
Os substantivos classificam-se em: 
 
1) Substantivo comum: designa os seres de uma espécie de forma 
genérica: pedra, computador, cachorro, homem, caderno. 
 
2) Substantivo próprio: designa um ser específico, determinado, 
individualizando-o: Londrina, Luana, Natália, Ester. 
 
O substantivo próprio sempre deve ser escrito com letra maiúscula. 
 
3) Substantivo concreto: dá nome a seres de existência independente, 
reais ou imaginários: ar, som, Deus, computador, sereia, pedra, Ester. 
 
 
 
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Note que são considerados concretos os substantivos que nomeiam divindades 
ou seres fantásticos, pois, existentes ou não, são tomados sempre como seres 
dotados de vida própria. 
 
4) Substantivo abstrato: designa prática de ações verbais, existência de 
qualidades ou sentimentos humanos: saída (prática de sair), beleza 
(existência do belo), saudade, amor. 
 
5) Substantivo primitivo: é aquele que não se origina de outra palavra 
existente na língua portuguesa: pedra, jornal, gato, homem. 
 
6) Substantivo derivado: é aquele que provém de outra palavra da língua 
portuguesa: pedreiro, jornalista, gatarrão, homúnculo. 
 
7) Substantivo simples: é simples o substantivo formado por um único 
radical: pedra, pedreiro, jornal, jornalista. 
 
8) Substantivo composto: é composto o substantivo formado por dois ou 
mais radicais: pedra-sabão, homem-rã, passatempo. 
 
9) Substantivo coletivo: é aquele que, no singular, indica diversos 
elementos de uma mesma espécie, como: 
 
alcateia lobos 
álbum fotografias 
antologia trabalhos literários 
armada navios de guerra 
armento gado grande (bois, búfalos etc.) 
arquipélago ilhas 
assembleia parlamentares / associados 
 
O substantivo pode se flexionar em gênero (masculino e feminino), 
número (singular eplural) e grau (aumentativo e diminutivo). 
 
1. Flexão de número - singular e plural 
 
a. Plural dos substantivos simples 
 
Na pluralização de um substantivo simples, devemos observar sua 
terminação: 
 
1) Quando os substantivos terminarem em vogal e semivogal, acrescenta-se a 
desinência nominal de número S: 
 
saci = sacis chapéu = chapéus troféu = troféus degrau = degraus. 
 
2) Quando os substantivos terminarem em ão, devemos observar o seguinte: 
 
a) Fazem o plural em ões: 
 
gavião = gaviões formão = formões folião = foliões questão = questões 
 
b) Fazem o plural em ães: 
 
escrivão = escrivães tabelião = tabeliães capelão = capelães 
 
c) Fazem o plural em ãos: 
 
artesão = artesãos; cidadão = cidadãos; cristão = cristãos; pagão = pagãos 
 
d) todas as paroxítonas terminadas em -ão: bênçãos, sótãos, órgãos. 
 
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3) Cuidado com os que admitem mais de uma forma para o plural: 
 
aldeão = aldeões, aldeães, aldeãos ancião = anciões, anciães, anciãos 
ermitão = ermitões, ermitães, ermitãos pião = piões, piães, piãos 
vilão = vilões, vilães, vilãos alcorão = alcorões, alcorães 
charlatão = charlatões, charlatães cirurgião = cirurgiões, cirurgiães 
faisão = faisões, faisães guardião = guardiões, guardiães 
peão = peões, peães anão = anões, anãos 
corrimão = corrimões, corrimãos verão = verões, verãos 
vulcão = vulcões, vulcãos 
 
4) Veja esta regra importante sobre os substantivos terminados em L: 
 
a) Quando terminados em “-al”, “-el”, “-ol” ou “-ul”, troca-se o L por IS: 
 
vogal = vogais animal = animais papel = papéis anel = anéis 
paiol = paióis paul = pauis álcool = álcoois ou alcoóis 
 
Mas cuidado com as exceções: 
 
mal = males 
mel = méis ou meles real 
(moeda atual)= reais 
 
cal = cais ou cales aval = avais ou avales 
cônsul = cônsules real (moeda antiga) = réis 
mol = móis, moles e mols 
 
b) Quando terminados em –il, deve-se observar o seguinte: 
 
I - Palavras oxítonas trocam a terminação L por S: cantil/cantis; canil/canis; 
barril/barris. 
 
I - Palavras paroxítonas ou proparoxítonas trocam a terminação IL por EIS: 
 
fóssil/fósseis; fácil/fáceis 
 
Cuidado com as seguintes palavras: 
 
projetil (oxítona) = projetis projétil (paroxítona) = projéteis 
reptil (oxítona) = reptis réptil (paroxítona) = répteis 
 
c) Quando terminados em M, troca-se o M por NS: item/itens; nuvem/nuvens. 
 
d) Quando terminados em N, soma-se S ou ES: 
 
espécimen = espécimens ou especímenes 
abdômen = abdomens ou abdômenes 
 
hífen = hifens ou hífenes 
pólen = polens ou pólenes 
 
e) Quando terminados em R ou Z, acrescenta-se ES: 
 
caráter = caracteres sênior = seniores júnior = juniores 
 
f) Quando terminados em X, ficam invariáveis: o/os tórax; a/as fênix 
 
g) Quando terminados em S, deve-se observar o seguinte: 
 
I - Palavras monossílabas ou oxítonas acrescentam ES. 
ás = ases deus = deuses ananás = ananases 
II - Palavras paroxítonas ou proparoxítonas ficam invariáveis. 
os lápis. os tênis os atlas 
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Cuidado: Cais é invariável. 
 
h) Substantivos só usados no plural: 
 
as calças as costas os óculos 
os parabéns as férias as olheiras 
as hemorroidas as núpcias as trevas 
os arredores 
 
i) Substantivos terminados em ZINHO: 
 
Ignora-se a terminação -zinho, coloca-se no plural o substantivo no grau 
normal, ignora-se o s do plural, devolve-se o -zinho ao local original e, 
finalmente, acrescenta-se o s no final. 
 
Por exemplo pãozinho: ignora-se o -zinho (pão); coloca-se no plural o 
substantivo no grau normal (pães); ignora-se o s (pãe); devolve-se o -zinho 
(pãezinho); acrescenta-se o s final (pãezinhos). 
 
mulherzinha = mulher - mulheres - mulhere - mulherezinha - 
mulherezinhas. alemãozinho = alemão - alemães - alemãe - alemãezinho - 
alemãezinhos. barzinho = bar - bares - bare - barezinho - barezinhos. 
 
j) Substantivos terminados em INHO, sem Z, acrescentam S. 
 
lapisinho = lapisinhos patinho = patinhos chinesinho = chinesinhos 
 
k) Plural com deslocamento da sílaba tônica: 
 
carácter = caracteres espécimen = especímenes 
júnior = juniores sênior = seniores 
 
b. Plural do substantivos compostos 
 
Quando pluralizamos um substantivo composto, devemos observar os 
vocábulos que o formam individualmente. 
 
1) Substantivo / Adjetivo / Numeral: são elementos pluralizáveis, portanto, 
quando formarem um substantivo composto, normalmente irão para o plural. 
 
aluno-mestre = alunos-mestres 
alto-relevo = altos-relevos 
segunda-feira = segundas-feiras 
salário-mínimo= salários-mínimos 
couve-flor=couves-flores 
 
erva-doce = ervas-doces gentil-
homem = gentis-homens cachorro-
quente = cachorros-quentes laranja-
baiana= laranjas-baianas 
 
2) Pronome: alguns pronomes admitem plural; outros, não. Por exemplo, os 
pronomes possessivos são pluralizáveis (meu - meus; nosso - nossos), mas os 
pronomes indefinidos, não (ninguém, tudo). Na formação de um substantivo 
composto, o mesmo ocorre. 
 
padre-nosso = padres-nossos Zé-ninguém = Zés-ninguém 
 
3) Verbo / Advérbio / Interjeição: são elementos invariáveis, portanto, quando 
formarem um substantivo composto, continuarão invariáveis. 
 
pica-pau = pica-paus alto-
falante = alto-falantes salve-
rainha = salve-rainhas 
 
beija-flor = beija-flores abaixo-
assinado = abaixo-assinados ave-
maria = ave-marias 
 
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Casos especiais 
 
4) Substantivo + Substantivo: como vimos anteriormente, ambos irão para o 
plural, porém, quando o último elemento estiver indicando tipo ou finalidade 
do primeiro, somente este irá para o plural. 
 
banana-maçã = bananas-maçã navio-
escola = navios-escola salário-desemprego 
= salários-desemprego 
 
5) Três ou mais palavras: 
 
I - Se o segundo elemento for uma preposição, só o primeiro irá para o plural. 
 
pé de moleque
1
 = pés de moleque 
pimenta-do-reino = pimentas-do-reino 
mula sem cabeça
2
 = mulas sem cabeça 
 
Cuidado: Se o primeiro elemento for invariável, o substantivo todo ficará 
invariável. P. ex. fora da lei
3
, fora de série
4
. 
 
II - Se o segundo elemento não for uma preposição, só o último irá para o 
plural. 
 
bem te vi 
5
 = bem te vis bem-me-quer = bem-me-queres 
 
6) Verbo + Verbo: 
 
I - Se os verbos forem iguais, alguns gramáticos admitem ambos no plural, 
outros, somente o último. 
 
corre-corre = corres-corres ou corre-corres. pisca-
pisca = piscas-piscas ou pisca-piscas lambe-lambe 
= lambes-lambes ou lambe-lambes 
 
II - Se os verbos possuírem significação oposta, ficam invariáveis. 
 
o leva e traz
6
 = os leva e traz o ganha-perde = os ganha-perde 
 
7) Palavras repetidas ou onomatopeia: quando o substantivo for formado por 
palavras repetidas ou for uma onomatopeia, somente o último irá para o 
plural. 
 
tico-tico = tico-ticos tique-taque = tique-taques 
lero-lero = lero-leros pingue-pongue = pingue-pongues 
 
8) Substantivo composto iniciado por Guarda: 
 
I - Formando uma pessoa, ambos irão para o plural. 
 
guarda-urbano = guardas-urbanos guarda-noturno = guardas-noturnos 
guarda-florestal = guardas-florestais guarda-mirim = guardas-mirins 
 
1 A expressão “pé de moleque” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica. 
2 A expressão “mula sem cabeça” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica. 
3 A expressão “fora da lei” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica. 
4 A expressão “fora de série” perdeu o hífen com a Nova ReformaOrtográfica. 
5 A expressão “bem te vi” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica. 
6 A expressão “leva e traz” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica. 
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II - Formando um objeto, somente o último irá para o plural. 
 
guarda-pó = guarda-pós guarda-chuva = guarda-chuvas 
guarda-roupa = guarda-roupas guarda-sol = guarda-sóis 
 
III - Sendo o segundo elemento invariável ou já surgindo no plural, ficam 
invariáveis. 
 
O mesmo acontece com os substantivos iniciados por porta. 
 
o guarda-costas = os guarda-costas 
o guarda-volumes = os guarda-volumes 
o porta-joias = os porta-joias 
o porta-malas = os porta-malas 
 
Substantivos que admitem mais de um plural 
 
fruta-pão = frutas-pães, fruta-pães, frutas-pão, 
guarda-marinha = guardas-marinhas, guarda-
marinhas padre-nosso = padres-nossos, padre-nossos 
terra-nova = terras-novas, terra-novas 
salvo-conduto = salvos-condutos, salvo-
condutos xeque-mate = xeques-mates, xeque-
mates. chá-mate = chás-mates, chás-mate 
 
Metafonia 
 
Há muitos substantivos cuja formação do plural necessita da mudança de 
timbre do /o/ fechado para /ó/ aberto. Esse processo é chamado metafonia. 
 
a. Mudam de timbre no plural, de /ô/ para /ó/: 
 
abrolho destroço miolo posto caroço 
esforço olho povo corno forno 
osso rebordo coro foro (tb. /ó/ no sing.) 
ovo reforço corpo fosso poço 
rogo corvo imposto porco socorro 
despojo jogo porto tijolo 
 
b. Mantêm o timbre fechado /ô/ no plural: 
 
acordo consolo estorno moço adorno 
contorno ferrolho molho “condimento” almoço 
desgosto globo morro bolo encosto 
golfo piolho bolso engodo gosto 
rolo cachorro esgoto gozo sogro 
coco estofo lobo (animal) sopro colosso 
estojo logro 
 
c. Admitem os dois timbres /ó ou ô/ no plural: 
 
estorvo forro toco torno troco 
 
 
 
 
 
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b. flexão em gênero (masculino, feminino) 
 
Substantivos biformes: designam seres humanos ou animais e apresentam 
uma forma para o masculino e outra para o feminino. 
 
Essas duas formas podem apresentar um mesmo radical ou radicais diferentes. 
 
b.1 mesmo radical: 
 
Com o mesmo radical, a formação do feminino está ligada principalmente à 
terminação da forma masculina, pois a maior parte dos substantivos 
terminados em -o átono forma o feminino pela substituição desse -o por -a: 
 
menino/menina gato/gata pombo/pomba 
 
Veja a exceção com os pares galo/galinha e maestro/maestrina. 
 
A maior parte dos substantivos terminados em consoante forma o feminino 
pelo acréscimo da desinência -a: 
 
freguês/freguesa camponês/camponesa remador/remadora 
professor/professora deus/deusa juiz/juíza 
 
Veja a exceção com os pares ator/atriz, czar/czarina e imperador/imperatriz. 
Para o substantivo embaixador, existem as formas embaixatriz (esposa do 
embaixador) e embaixadora (mulher que ocupa o cargo). 
 
A maior parte dos substantivos terminados em -ão forma o feminino pela 
substituição de -ão por -ã ou -oa: 
 
cidadão/cidadã órfão/órfã anfitrião/anfitriã 
leão/leoa patrão/patroa leitão/leitoa 
Nos aumentativos, a substituição é por -ona: 
sabichão/sabichona valentão/valentona 
 
Veja a exceção com os pares sultão/sultana; cão/cadela; ladrão/ladra; 
perdigão/perdiz; barão/baronesa. 
 
Alguns substantivos ligados a títulos de nobreza, ocupações ou dignidades 
formam femininos em -esa, -essa, -isa: 
 
abade/abadessa 
cônsul/consulesa 
poeta/poetisa 
 
conde/condessa 
duque/duquesa 
profeta/profetisa 
 
visconde/viscondessa 
barão/baronesa 
sacerdote/sacerdotisa 
 
Alguns substantivos terminados em -e formam o feminino com a substituição 
desse -e por -a: 
 
mestre/mestra elefante/elefanta infante/infanta 
monge/monja parente/parenta 
 
Alguns substantivos apresentam formações irregulares para o feminino: 
 
avô/avó silfo/sílfide réu/ré 
herói/heroína rei/rainha marajá/marani 
 
 
 
 
 
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b.2 radicais diferentes para as formas masculinas e femininas: 
 
b.2.1) relativos a seres humanos: 
 
cavaleiro/amazona 
cavalheiro/dama 
compadre/comadre 
frade/freira 
 
frei/sóror ou soror 
genro/nora 
homem/mulher 
marido/mulher 
 
padrasto/madrasta 
padrinho/madrinha 
pai/mãe 
 
b.2.2) relativos a animais: 
 
boi, touro/vaca carneiro/ovelha zangão ou zângão/abelha 
bode/cabra cavalo/égua 
 
Substantivos uniformes: são os que apresentam apenas uma forma, para 
ambos os gêneros. Os substantivos uniformes recebem nomes especiais, que 
são os seguintes: 
 
I - Comum-de-dois gêneros: os comuns-de-dois são os que têm uma só 
forma para ambos os gêneros, com artigos distintos: Eis alguns exemplos: 
 
o / a estudante o / a imigrante o / a acrobata 
o / a agente o / a intérprete o / a lojista 
o / a patriota o / a mártir o / a viajante 
o / a artista o / a aspirante o / a atleta 
 
 
 
II - Sobrecomum: são os que têm uma só forma e um só artigo para ambos 
os gêneros. Eis alguns exemplos: 
 
o cônjuge a criança o carrasco 
o indivíduo o apóstolo o monstro 
a pessoa a testemunha o algoz 
 
III - Epiceno: são os que têm uma só forma e um só artigo para ambos os 
gêneros de certos animais, acrescentando as palavras macho e fêmea, para se 
distinguir o sexo do animal. Eis alguns exemplos: 
 
a girafa a águia a barata 
a cobra o jacaré a onça 
o tatu a anta a arara 
a borboleta o canguru o caranguejo 
 
Observação: Existem alguns substantivos que trazem dificuldades, quanto ao 
gênero. Atente para os mais importantes: 
 
São masculinos: 
o açúcar o afã o alvará 
o anátema o aneurisma o antílope 
o apêndice o apetite o algoz 
o cataclismo o cônjuge o champanha 
o gengibre o herpes o lança-perfume 
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São femininos: 
a abusão a acne a aguarrás 
a alface a apendicite a aguardente 
a alcunha a aluvião a bacanal 
a bólide a couve a couve-flor 
a cal a comichão a derme 
a dinamite a debênture a elipse 
a ênfase a echarpe a enzima 
 
Mudança de gênero com mudança de significado 
 
Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam também de 
significado. Eis alguns deles: 
 
o caixa = o funcionário a caixa = o objeto 
o capital = dinheiro a capital = sede de governo 
o coma = sono mórbido a coma = cabeleira, juba 
o grama = medida de massa a grama = a relva, o capim 
o guarda = o soldado a guarda = vigilância, corporação 
o guia = aquele que serve de guia, cicerone 
a guia = documento, formulário; meio-fio 
o moral = estado de espírito a moral = ética, conclusão 
o banana = o molenga. a banana = a fruta 
 
 
3. Flexão em grau 
Os substantivos podem ser modificados a fim de exprimir intensificação, 
exagero, atenuação, diminuição ou mesmo deformação de seu significado. 
Essas modificações, que constituem as variações de grau do substantivo, são 
tradicionalmente consideradas um mecanismo de flexão. Pode-se perceber, no 
entanto, que não se trata de mecanismos de flexão, mas sim de processos de 
derivação, pois exige a presença de afixos nos casos sintéticos. 
 
Formação do grau – existem dois processos: 
 
a) sintético: consiste no acréscimo de sufixos aumentativos ou diminutivos à 
forma normal do substantivo. É, na verdade, um típico caso de derivação 
sufixal: 
 
rato ratão (aumentativo sintético) ratinho (diminutivo sintético) 
 
b) analítico: a forma normal do substantivo é modificada por adjetivos que 
indicam aumento ou diminuição de proporções.rato rato grande (aumento analítico) rato pequeno (diminutivo analítico) 
 
No uso efetivo da língua, as formas sintéticas de indicação de grau são 
normalmente empregadas para conferir valores afetivos aos seres nomeados 
pelos substantivos, como os seguintes: 
amigão partidão bandidaço mulheraço 
livrinho ladrãozinho rapazola futebolzinho 
 
 
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Em todas essas palavras, o que interessa é transmitir dados como 
carinho, admiração, ironia ou desprezo, e não noções ligadas ao tamanho físico 
dos seres nomeados. 
 
Vamos a algumas questões!!! 
 
Questão 1: EBSERH/HULW-UFPB Advogado (banca AOCP) 
Dos substantivos a seguir, assinale aquele que pode sofrer flexão em número, 
grau e gênero, dependendo do contexto em que esteja inserido. 
 
(A) Poluição. 
(B) Estudo. 
(C) Proteína. 
(D) Professor. 
(E) Alimento. 
Comentário: Todas as palavras das alternativas são substantivos, os quais 
normalmente se flexionam, mas somente um dentre as alternativas pode se 
flexionar em número (singular ou plural), gênero (masculino ou feminino) e 
grau (aumentativo ou diminutivo). 
As palavras “poluição”, “estudo”, “proteína” e “alimento” não podem se 
flexionar em gênero. 
Já a palavra “professor” pode se flexionar em número (professor, 
professores), gênero (professor e professora) e grau diminutivo 
(professorzinho). 
Gabarito: D 
 
Questão 2: FBN 2013 – auxiliar de documentação (banca FGV) 
Assinale alternativa em que a forma verbal sublinhada funciona como 
(A) “Estenderam┽se na praia para descansar” 
 
 
(B) “Ficamos meio cegos, incapazes de perceber seja o que for acima da 
mediocridade” 
(C) “Então eles, os heróis, chegaram a uma ilha deserta chamada Tinis, 
ao alvorecer” 
(D) “Em terra de gente que lê sem ler...” 
Comentário: Para haver verbo com valor substantivo, deve ser precedido de 
artigo, como ocorreu na alternativa (C): o alvorecer. 
Assim, as demais palavras sublinhadas são apenas verbos. 
Gabarito: C 
 
Questão 3: ALMA 2013 – Consultor Legislativo (banca FGV) 
Assinale a alternativa em que um dos termos foi formado a partir de uma 
classe de palavra diferente da dos demais. 
 
(A) Recolhimento – discernimento 
(B) Segurança – punição 
(C) Interpretação – obrigação 
(D) Confronto – abandono 
(E) Recuperação – população 
 
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Comentário: Os substantivos das alternativas (A), (B), (C), (D) e o 
substantivo “recuperação”, da alternativa (E), são formados a partir de 
verbos. Veja: 
 
Recolher gerou recolhimento, discernir gerou discernimento, segurar gerou 
segurança, punir gerou punição, interpretar gerou interpretação, obrigar 
gerou obrigação, confrontar gerou confronto, abandonar gerou abandono, 
recuperar gerou recuperação. 
 
Porém, o substantivo “população” não foi gerado de verbo. Ele foi 
gerado do adjetivo “popular”, o qual foi gerado do substantivo “povo”. 
Assim, a alternativa (E) é a diferente das demais. 
Gabarito: E 
 
Questão 4: Liquigás 2013 Técnico (banca Cesgranrio) 
A maioria dos nomes da Língua Portuguesa terminados em -ão fazem o plural 
em -ões. 
 
Essa mesma formação de plural é encontrada em todas as palavras do 
seguinte grupo: 
 
(A) capitão, coração, facão 
(B) cidadão, órfão, figurão 
(C) leão, destruição, pressão 
(D) botão, escrivão, rapagão 
(E) cristão, operação, pão 
Comentário: Na alternativa (A), os plurais são “capitães”, “corações” e 
“facões”. 
Na alternativa (B), os plurais são “cidadãos”, “órfãos” e “figurões”. 
A alternativa (C) é a correta, pois os plurais são “leões”, 
“destruições” e “pressões”. 
Na alternativa (D), os plurais são “botões”, “escrivães” e “rapagões”. 
Na alternativa (E), os plurais são “cristãos”, “operações” e “pães”. 
Gabarito: C 
 
Questão 5: FINEP 2011 Analista (banca Cesgranrio) 
A formação do plural da palavra cartão-postal é a mesma que ocorre em 
 
(A) abaixo-assinado 
(B) alto-falante 
(C) porta-voz 
(D) cavalo-vapor 
(E) guarda-civil 
Comentário: O substantivo composto “ cartão-postal” é formado do 
substantivo “cartão” e do adjetivo “postal”, vocábulos pluralizáveis. Assim, 
ambas as palavras se flexionam no plural: cartões-postais. 
A mesma flexão ocorre na alternativa (E), pois “guarda” é um 
substantivo e “civil” é um adjetivo: guardas-civis. 
Na alternativa (A), o plural é “abaixo-assinados”, pois “abaixo” é 
 
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palavra que não se flexiona por ser um advérbio. Já o adjetivo “assinado” se 
flexiona. 
Na alternativa (B), o plural é “ alto-falantes”, pois “alto” é advérbio por 
modificar o adjetivo “falante”. Assim não se flexiona. Já o adjetivo “falante” se 
flexiona. 
Na alternativa (C), o plural é “porta-vozes”, pois “porta” é verbo 
(portar), por isso é invariável. Já o substantivo “vozes” se flexiona. 
Na alternativa (D), o plural é “cavalos-vapor”, pois ambas as palavras 
 
são substantivos, porém a segunda delimita o valor da primeira. Assim, a 
segunda não se flexiona. 
Gabarito: E 
 
Questão 6: P Nova Iguaçu - 2012 – Assist Administ (banca Consulplan) 
Analise. 
 
I. Em “... o resultado exato de toda aquela bonança”, (bonança é adjetivo) 
 
II. Em “... era uma nuvem negra” (uma é artigo definido) 
 
III. Em “Deus tira os anéis, mas deixa os dedos. (mas é conjunção 
adversativa) 
 
IV. Em “durante uma eternidade...” (eternidade é substantivo) 
 
Considerando a classificação gramatical, estão corretas apenas as afirmativas 
 
A) I, III, IV B) I, II, III C) II, III D) II, IV E) III, IV 
Comentário : O item I está errado, pois “bonança” é um substantivo que está 
determinado pelo pronome demonstrativo “aquela”. Assim, eliminamos as 
alternativas (A) e (B). 
O item II está errado, pois “uma” é artigo indefinido. Os definidos são “o, 
a, os, as”. Assim, eliminamos as alternativas (C) e (D) e já sabemos que a 
alternativa correta é a (E). 
O item III está correto. Vimos na aula de sintaxe do período que “mas” 
é uma conjunção coordenativa adversativa, a qual pode ser substituída por 
“porém”, “contudo” etc. 
O item IV está correto, pois o artigo indefinido “uma” precede o 
substantivo “eternidade”. 
Gabarito: E 
 
Questão 7: Prefeitura C. V. Auxiliar Adm 2010 (banca Consulplan) 
“Nas prateleiras de supermercados e lojas de produtos naturais, legumes e 
verduras em pó vêm ganhando espaço.” As palavras destacadas no trecho 
anterior são classificadas, respectivamente: 
 
A) substantivo / verbo / substantivo 
B) substantivo / pronome / artigo 
C) adjetivo / verbo / substantivo 
D) verbo / verbo / advérbio 
E) pronome / artigo / substantivo 
Comentário: O vocábulo “prateleiras” é o nome de um ser, além disso está 
 
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antecedido de um artigo. Assim, há um substantivo. A palavra “vêm” é um 
verbo, pois transmite uma ação. O vocábulo “espaço” é o nome de um ser, 
por isso é substantivo. Assim, a alternativa correta é a (A). 
Gabarito: A 
 
Questão 8: Prefeitura Mauriti Agente Adm 2010 (banca Consulplan) 
A palavra abaixo que sem o acento transforma-se em outra palavra com 
significado diferente, encontra-se na alternativa: 
 
A) história. B) técnico. C) intolerância. D) histórica. E) língua. 
Comentário: A alternativa correta é a (A), pois a retirada do acento gráfico no 
substantivo “história” o transforma em verbo (eu historio, tu historias, ele 
historia...). 
Gabarito: A 
 
Questão 9: CEPISA - 2012 – Assistente Administrativo (banca Consulplan) 
Assinale a alternativa corretaquanto à flexão de plural dos nomes. 
 
A) Os cidadãos discutiram os problemas nas reuniões. 
B) Durante a feira, limãos e laranjas haviam acabado. 
C) O questionamento foi referente aos caráters deles. 
D) A decisão foi tomada pelos primeiro-ministros. 
E) É preciso atender aos abaixos-assinados. 
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois o plural de “cidadão” 
realmente é “cidadãos”. 
Na alternativa (B), o correto é “limões”. 
Na alternativa (C), o correto é “caracteres”. 
Na alternativa (D), o correto é “primeiros-ministros”, pois, quando há 
substantivo composto, constituído de numeral mais substantivo, ambos se 
flexionam. 
Na alternativa (E), o correto é “abaixo-assinados”, pois, quando há 
substantivo composto, constituído de advérbio mais adjetivo, somente o 
último se flexiona. 
Gabarito: A 
 
Questão 10: P Vila Rica MT - 2012 – Escriturário (banca Consulplan) 
“Um┽ satélite de grandes dimensões simplesmente não parece ser um pré 
requisito para uma biologia mais avançada.” 
A alternativa que contém a palavra que faz o plural da mesma forma que a 
palavra sublinhada na frase é 
 
A) mulaど semど
cabeça. B) sextaど feira. 
C) pãoど deど
ló. 
D) autoど elogio. E) guardaど civil. 
Comentário: O plural de “pré-requisito” é “pré-requisitos”, pois o prefixo 
“pré-” não se flexiona. 
O mesmo ocorre com “auto-elogios”, pois, no substantivo composto 
formado de radical “auto-” e substantivo, apenas o último vocábulo se 
flexiona. Assim, a alternativa correta é a (D). 
 
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Nas alternativas (A) e (C), os plurais são “mulas-sem-cabeça” e 
“pães-de-ló”, pois os substantivos compostos formados por três palavras 
com preposição no meio têm a flexão apenas do primeiro vocábulo. 
Na alternativa (B), o plural é “sextas-feiras”, pois o substantivo 
composto formado por um numeral e um substantivo tem a flexão dos dois 
vocábulos. 
Na alternativa (E), o plural é “guardas-civis”, pois o substantivo 
composto formado por dois substantivos pluralizáveis tem a flexão dos dois 
vocábulos. 
Gabarito: D 
 
Questão 11: CTI 2012 Tecnologista Pleno (banca Funrio) 
Assinale o item em que a palavra apresentada compartilha da mesma flexão 
de gênero do substantivo empregado no verso “Todo artista tem de ir”: 
 
A) abelha. B) indígena. C) indivíduo. 
D) testemunha. E) vítima. 
Comentário: O substantivo “artista” pode ser empregado para ambos 
os gêneros. Para que se faça referência ao masculino, devemos inserir o 
artigo “o” (o artista). Para que se faça referência ao feminino, devemos 
inserir artigo “a” (a artista). Assim, ele é um substantivo uniforme comum de 
dois gêneros. 
O mesmo ocorre com o substantivo “indígena”, pois podemos empregar 
“o indígena” para o gênero masculino e “a indígena” para o gênero feminino. 
Dessa forma, a alternativa correta é a (B). 
Na alternativa (A), o substantivo “abelha” é biforme, pois esta é 
apenas a forma do feminino. A forma do masculino é “zangão” ou “zângão”. 
Na alternativa (C), o substantivo “indivíduo” é sobrecomum, pois 
apresenta só uma forma e só o artigo “o” para ambos os gêneros. 
Na alternativa (D), o substantivo “testemunha” é sobrecomum, pois 
apresenta só uma forma e só o artigo “a” para ambos os gêneros. 
Na alternativa (E), o substantivo “vítima” é sobrecomum, pois 
apresenta só uma forma e só o artigo “a” para ambos os gêneros. 
Gabarito: B 
 
Questão 12: Funasa–2010–Técnico de Contabilidade (banca F. Dom Cintra) 
Os vocábulos, caminhada, musculação, pedalada e jardinagem apresentam 
um conjunto de características em comum. 
 
Dentre essas características, aquela que NÃO é uma marca comum encontra-
se na seguinte alternativa: 
 
A) derivam de formas verbais. 
B) representam atividades humanas. 
C) pertencem à classe dos substantivos. 
D) são palavras formadas por derivação. 
E) contêm uma noção semântica de ação. 
Comentário: Os vocábulos “caminhada”, “musculação”, “pedalada” e 
“jardinagem” são substantivos, pois admitem o artigo “a”. 
 
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Eles transmitem ações humanas como caminhar, realizar atividade física 
de musculação, pedalar e realizar atividade de conservação de jardins. 
São palavras derivadas por inserção de sufixos: “caminhada”, 
“musculação”, “pedalada” e “jardinagem”. Os sufixos foram grifados. 
 
A alternativa (A) é a errada, pois nem todos os substantivos acima são 
derivados de verbos. Os substantivos “caminhada” e “pedalada” são 
derivados dos verbos “caminhar” e “pedalar”, respectivamente. 
Já os substantivos “musculação” e “jardinagem” são derivados dos 
substantivos “músculo” e “jardim”, respectivamente. 
Gabarito: A 
 
 
Questão 13: Petrobras / 2010 / Médio (banca Cesgranrio) 
Em “quero meu avesso”, o substantivo destacado, quando escrito no 
plural, mantém o som fechado da vogal tônica. 
 
O timbre da vogal tônica do substantivo, quando escrito no plural, altera de 
fechado para aberto em 
 
(A) bolso – bolsos (B) caroço – caroços (C) contorno – contornos 
(D) acordo – acordos (E) almoço – almoços 
Comentário: A banca cobrou nesta questão o conhecimento de metafonia 
(mudança de timbre da vogal: /é/, /ê/, /ó/, /ô/). A única das alternativas que 
muda é caroço (/ô/), caroços (/ó/). 
As demais alternativas mantêm o timbre fechado no plural. 
Gabarito: B 
 
 
Questão 14: Petrobras / 2010 / Técnico (banca Cesgranrio) 
A flexão de número dos substantivos está correta em 
 
(A) florezinhas – troféis. (B) salário-famílias – coraçãozinhos. 
(C) os vaivéns – anães. (D) paisezinhos – beija-flores. 
(E) limãos – abdômenes. 
Comentário: A alternativa correta é a (D), pois “país” tem diminutivo 
“paisinho”. Para formar seu plural, devemos voltar à forma original da palavra 
“país”, acrescentar o plural “países”, retirar o “s”, e acrescentar o sufixo 
diminutivo plural “zinhos”: paisezinhos. Note que agora a sílaba tônica é “zi”, 
por isso não há acento gráfico. 
O substantivo composto “beija-flores” está correto, porque é constituído de 
verbo + substantivo pluralizável. 
Vamos à correção das demais alternativas. 
(A) florezinhas – troféus; (B) salários-família ou salários-famílias – 
coraçõezinhos; (C) os vaivéns – anãos ou anões; (E) limões – abdômenes 
ou abdomens. 
Gabarito: D 
 
 
 
 
 
 
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Questão 15: BNDES / 2010 / Técnico (banca Cesgranrio) 
Em “‘A imaginação é mais importante do que o conhecimento’”, o 
vocábulo destacado só apresenta uma forma de plural. Dentre os substantivos 
listados abaixo, aquele que também só apresenta uma forma de plural é 
 
(A) vulcão. (B) corrimão. (C) cidadão. (D) refrão. (E) guardião. 
Comentário: O único substantivo que possui apenas uma forma de plural é 
cidadão (cidadãos). Veja as formas de plural dos outros: vulcão: vulcões e 
vulcãos; corrimão: corrimãos (mais aceito), corrimões(menos aceito); 
refrão: refrãos e refrães; guardião: guardiães e guardiões. 
Gabarito: C 
 
Questão 16: BNDES / 2009 / Superior (banca Cesgranrio) 
Qual vocábulo se flexiona em número pela mesma justificativa que “salva-
vidas”? 
 
(A) Guarda-municipal. (B) Beija-flor. (C) Salário-mínimo. 
(D) Segunda-feira. (E) Navio-escola. 
Comentário: O substantivo composto “salva-vidas” é constituído do verbo 
“salva”, o qual não se flexiona em número como um nome, por isso 
fica invariável, e “vidas”, que é um substantivo e se flexiona em número 
com acréscimo de “s”, que é marcador de plural. 
O mesmo ocorre com o substantivo composto “beija-flor”. Sua 
flexão seria “beija-flores”, pois só o substantivo “flor”pode variar. 
O plural dos outros substantivos seria: “Guardas -municipais” (constituído 
de dois substantivos variáveis); “ Salários-mínimos” (constituído de um 
substantivo e um adjetivo, todos dois variáveis); “Segundas-feiras” 
(constituído de um numeral adjetivo e um substantivo, todos dois variáveis); 
“Navio-escola” (constituído de dois substantivos: o primeiro variável, e o 
segundo invariável, pois transmite a finalidade do primeiro). 
Observação: segundo o Dicionário Aurélio, admite-se também a flexão 
“navios-escolas”. 
Gabarito: B 
 
Questão 17: PROMINP / 2010 / Superior (banca Cesgranrio) 
Observe as fichas a seguir. Cada uma contém palavras no masculino e no 
feminino. Em qual ficha a segunda palavra NÃO é o feminino da primeira? 
 
(A) juiz - juíza (B) irmão - irmã 
(C) presidente - presidenta (D) filho - filha 
(E) linho - linha 
Comentário: Note que “linho” é um tecido, e “linha” não é seu feminino, 
pois possui outro sentido: “fio”, “sinal elétrico” etc. 
Gabarito: E 
 
 
 
 
 
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Artigo 
 
O artigo é a palavra que fica anteposta ao substantivo, para generalizá-
lo, particularizá-lo ou determinar o seu sentido. 
Muitas vezes, é o artigo que especifica o gênero e o número do 
substantivo. 
 
O pianista tocou por longa noite para os artistas homenageados. 
A pianista tocou por longa noite para as artistas homenageadas. 
O lápis estava na carteira. 
Os lápis estavam na carteira. 
 
Em função da particularização ou generalização referente ao substantivo, 
o artigo pode ser considerado definido e indefinido. 
 
O artigo indefinido (um, uma, uns, umas) generaliza o substantivo, 
determinando-o de modo vago: 
 
Gostaria de ter uma conversa com você. 
 
Já o artigo definido (o, a, os, as) particulariza o substantivo, 
determinando-o de modo mais preciso: 
A conversa que tivemos ontem não ajudou em nada. 
 
Questão 18: EBSERH 2015 Técnico em Contabilidade (banca AOCP) 
Em “Mas o bom humor de ambos os tornava parecidos.", os termos 
destacados são, respectivamente, 
 
a) artigo e pronome. 
b) artigo e preposição. 
c) preposição e artigo. 
d) pronome e artigo. 
e) preposição e pronome. 
Comentário : O substantivo “humor” está precedido do adjetivo “bom” 
e do artigo “o”. A palavra “os” é um pronome pessoal oblíquo átono, o 
qual retoma “ambos”. Assim, a alternativa (A) é a correta. 
Gabarito: A 
 
Questão 19: EBSERH/HU-UFS 2014 Advogado (banca AOCP) 
Todas as expressões destacadas a seguir funcionam como artigo definido, 
EXCETO 
 
(A) “...sendo os humanos do jeito que são...” 
(B) “...confrontarmos os desafios da vida...” 
(C) “...são os que tiveram que trabalhar...” 
(D) “...ensinar os menos habilidosos...” 
(E) “...são os ídolos de todos...” 
Comentário: Os artigos são as palavras “o”, “a”, “os”, “as”, “um”, “uns”, 
“uma”, “umas”, as quais servem para determinar um substantivo. As 
alternativas (A), (B) e (E) possuem artigos corretamente empregados, pois 
antecedem e determinam os substantivos “humanos”, “desafios”, “ídolos”. 
Além disso, veremos adiante que os adjetivos superlativos relativos 
 
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apresentam a seguinte estrutura: artigo, advérbio de intensidade e adjetivo. 
Assim, a expressão “os menos habilidosos” compõe o adjetivo superlativo 
relativo de inferioridade, por isso “os” é artigo e eliminamos também a 
alternativa (D). 
Sobra a alternativa (C), a qual apresenta o pronome 
demonstrativo “os”, seguido do pronome relativo “que”. 
Sempre que houver a palavra “o” ou “os” seguidos de “que”, não haverá 
artigo, mas sim pronome demonstrativo. Uma forma de deixar isso mais claro 
é trocar “o” ou “os” por “aquilo”, “aquele”, “aqueles”. 
Gabarito: C 
 
Questão 20: EBSERH/MEAC-UFC 2014 Assistente Administrativo (banca AOCP) 
Em “... o chocolate amargo ajuda a diminuir a pressão arterial de pessoas que 
sofrem de hipertensão.”, os termos destacados são, respectivamente, 
 
(A) artigo, preposição e artigo. 
(B) preposição, artigo e preposição. 
(C) artigo, artigo e preposição. 
(D) artigo, artigo e artigo. 
(E) artigo, preposição e preposição. 
Comentário: O substantivo “chocolate” é precedido do artigo “o”, o verbo 
“ajuda” rege a preposição “a” e o substantivo “pressão” é precedido 
do artigo “a”. Assim, a alternativa (A) é a correta. 
Gabarito: A 
 
Questão 21: Prefeitura Poço Redondo Ag Trânsito 2010 (banca Consulplan) 
Assinale a alternativa em que haja ERRO no emprego do artigo: 
 
A) O Brasil é um país maravilhoso. 
B) Ela não quis responder a ambas as perguntas. 
C) Ele tinha amor a ambos os filhos. 
D) Feliz a mãe cujo os filhos são educados. 
E) N.R.A. 
Comentário: Os artigos são as palavras “o”, “a”, “os”, “as”, “um”, “uns”, 
“uma”, “umas”, as quais servem para determinar um substantivo. As 
alternativas (A), (B) e (C) possuem artigos corretamente empregados, pois 
antecedem e determinam os substantivos “Brasil”, “país”, 
“perguntas” e “filhos”, respectivamente. 
Note que a palavra “a”, nas alternativas (B) e (C), é apenas preposição. 
Isso é fácil de observar porque os vocábulos posteriores estão no plural e o 
“a” não se flexionou. 
A alternativa (D) é a errada. Vimos, na aula de sintaxe do período, que o 
pronome relativo “cujos” não admite artigo. A forma correta seria: “Feliz a 
mãe cujos filhos são educados.” 
O substantivo “mãe” é antecipado pelo artigo definido “a”. 
Gabarito: D 
 
 
 
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Questão 22: Petrobras / 2010 / Superior (banca Cesgranrio) 
A opção cuja classe da palavra destacada difere das demais é 
 
(A) “O futuro é construído a cada instante da vida,” 
(B) “Perguntas a que também quero responder,” 
(C) “... os erros inerentes a minha condição,” 
(D) “retirando a morte,” 
(E) “pode ser perfeitamente aplicável daqui a um tempo.” 
Comentário: Nas alternativas (A), (B), (C) e (E), temos preposição; já na 
alternativa (D), temos um artigo que antecede o s ubstantivo “morte”. O 
verbo “retirando” é transitivo direto e “a morte” é objeto direto. 
Gabarito: D 
 
Adjetivo 
 
Adjetivo é a classe gramatical que modifica um substantivo, atribuindo-
lhe qualidade, estado ou modo de ser. Um adjetivo normalmente exerce uma 
dentre três funções sintáticas na oração: aposto explicativo, adjunto 
adnominal ou predicativo. Os adjetivos classificam-se em: 
 
1) Os adjetivos primitivos não são formados por derivação de nenhuma 
outra palavra: deles é que se formam outras palavras: azul, claro, curto, 
grande. 
2) Os adjetivos derivados são aqueles formados por derivação de outras 
palavras: cheiroso, invisível, infeliz, esverdeado, desconfortável. 
3) Os adjetivos simples apresentam um único radical em sua estrutura. É o 
caso de todos os exemplos apontados nos itens anteriores. 
4) Os adjetivos compostos apresentam pelo menos dois radicais em sua 
estrutura: ítalo-brasileiro, luso-africano, socioeconômico, político-institucional. 
 
1. Flexões em gênero 
 
Flexão de gênero (masculino/feminino): 
 
O adjetivo concorda em gênero com o substantivo a que se refere: 
 
Um comportamento estranho uma atitude estranha 
Um jornalista ativo uma jornalista ativa 
 
Os adjetivos também são classificados em biformes e uniformes. 
 
I - Adjetivos biformes 
 
A formação do feminino desses adjetivos normalmente varia de acordo 
com a terminação da forma masculina, de modo semelhante ao que acontece 
com os substantivos. 
 
a) Os adjetivos terminados em –o trocam essa terminação por –a: 
 
ativo / ativa branco / branca honesto / honesta 
 
Em alguns casos, alémda mudança na terminação, há alteração no timbre da 
vogal tônica, que de fechado passa a aberto: 
 
brioso / briosa formoso / formosa grosso / grossa 
 
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b) Os adjetivos terminados em –ês ,-or e –u geralmente recebem a 
terminação –a: português/portuguesa; sedutor/sedutora; cru/crua. 
 
Atente para as seguintes palavras, que são invariáveis: 
 
hindu, cortês, pedrês, incolor, multicor, bicolor, tricolor. 
 
O mesmo ocorre com estas formas comparativas: 
 
maior, melhor, menor, pior, superior, inferior, anterior, posterior. 
 
Cuidado com o par mau / má. 
 
c) Os adjetivos terminados em –ão trocam essa terminação por –ã, –ona, e, 
mais raramente, por –oa: 
 
são/sã; catalão/catalã; chorão/chorona; comilão/comilona; beirão/beiroa 
 
d) Os adjetivos terminados em –eu trocam essa terminação por –eia (timbre 
aberto); os terminados em –éu, por –oa : 
 
plebeu / plebeia; ateu / ateia; ilhéu / ilhoa; tabaréu / tabaroa 
 
Cuidado com os vocábulos judeu/judia e sandeu / sandia. 
 
II - Adjetivos uniformes: São os adjetivos que possuem uma única forma 
para o masculino e o feminino: 
 
pássaro frágil ave frágil planejamento agrícola empresa agrícola 
ator ruim atriz ruim comportamento exemplar vida exemplar 
 
2. Flexão de número 
 
A formação do plural dos adjetivos simples segue as mesmas regras da 
formação do plural dos substantivos simples. Os adjetivos que indicam cores e são 
formados pela expressão “cor de + substantivo” são invariáveis em gênero e 
número, mesmo quando a expressão “cor de” estiver subentendida. 
 
papel cor de rosa giz 
(cor de) laranja carro 
(cor de) creme 
camisa (cor de) cinza 
 
papéis cor de rosa 
gizes (cor de) laranja 
carros (cor de) creme 
camisas (cor de) cinza 
 
Os adjetivos compostos apresentam pelo menos dois radicais em sua 
estrutura: ítalo-brasileiro, luso-africano, socioeconômico, político-institucional. 
 
A flexão de número e gênero nos adjetivos compostos 
 
I - Flexão de gênero (masculino/feminino) ou número (singular/plural): 
 
Nos adjetivos compostos formados por dois adjetivos, apenas o último 
elemento sofre flexão: 
 
cidadão luso-brasileiro 
cidadã luso-brasileira 
olho verde-claro 
camisa verde-clara 
 
cidadãos luso-brasileiros 
cidadãs luso-brasileiras 
olhos verde-claros 
camisas verde-claras 
 
 
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Aqueles em que o segundo elemento é um substantivo são invariáveis: 
 
tecido amarelo-ouro 
camisa amarelo-ouro 
terno verde-mar 
camisa verde-mar 
 
tecidos amarelo-ouro 
camisas amarelo-ouro 
ternos verde-mar 
camisas verde-mar 
 
Observações: 
 
a. azul-marinho, azul-celeste e ultravioleta são sempre invariáveis: 
 
Leve seus ternos azul-marinho e não os azul-celeste. 
O sol transmite raios ultravioleta. 
 
b. Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha têm os dois elementos 
flexionados. 
 
Aqueles rapazes surdos-mudos têm prioridade de acesso à recepção. 
Aquelas moças surdas-mudas têm prioridade de acesso à recepção. 
Os indivíduos peles-vermelhas têm princípios diferentes dos da nossa 
sociedade. 
 
3. Flexão de grau: 
 
Os adjetivos variam em grau quando se deseja comparar ou intensificar 
as características que atribuem. Há, portanto, dois graus de adjetivo: o 
comparativo e o superlativo: 
 
1) Comparativo: compara uma qualidade entre dois elementos ou duas 
qualidades de um mesmo elemento. São três os comparativos: 
 
De superioridade: 
 
Para alguns alunos, Português é mais fácil (do) que Química. 
 
De igualdade: 
 
Para alguns alunos, Português é tão fácil quanto Química. 
Ele é tão exigente quanto (ou como) seu irmão. 
 
De inferioridade: 
 
Para alguns alunos, Português é menos fácil (do) que Química. 
 
Os adjetivos bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas 
(melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações feitas entre duas 
qualidades de um mesmo elemento, devem-se usar as formas analíticas mais 
bom, mais mau, mais grande e mais pequeno. 
 
Essa solução é melhor (do) que a 
outra. Minha voz é pior (do) que a sua. 
O descaso pela miséria é maior (do) que o senso humanitário. 
Ele é mais bom (do) que inteligente. 
Todo corrupto é mais mau (do) que esperto. 
Meu salário é mais pequeno (do) que justo. 
 
 
 
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Atente para o fato de que as formas menor e pior são comparativas de 
superioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, respectivamente. 
 
2) Superlativo: nesse grau, a característica atribuída pelo adjetivo é 
intensificada de forma relativa ou absoluta. 
 
a) No grau superlativo relativo, essa intensificação é feita em relação a 
todos os demais seres de um conjunto que a possuem. O superlativo relativo 
pode exprimir superioridade ou inferioridade e é sempre expresso de forma 
analítica: 
 
I – superlativo relativo de superioridade: 
 
Ele é o mais atento da sala. Ele é o mais exigente de todos os irmãos. 
 
II - superlativo relativo de inferioridade: 
 
Você é o menos crítico do grupo. Você é o menos importante da firma. 
 
Observações: 
 
Note o uso do artigo definido (o, a, os, as) e da preposição (de), 
empregados para especificar o ser (papel fundamental do artigo) dentro de um 
grupo (uso da preposição para indicar limitação). 
 
Você é o menos crítico do grupo. 
 
As formas do superlativo relativo de superioridade dos adjetivos bom, 
mau, grande e pequeno são sintéticas: o melhor, o pior, o maior e o menor. 
 
b) No grau superlativo absoluto, intensifica-se a característica atribuída pelo 
adjetivo a um determinado ser, transmitindo ideia de excesso. O superlativo 
absoluto pode ser analítico ou sintético: 
 
I – O superlativo absoluto analítico é formado normalmente com a 
participação de um advérbio: 
 
Você é muito crítico. Ele é demasiadamente exigente. 
Somos excessivamente tolerantes. 
 
II – O superlativo absoluto sintético é expresso com a participação 
de sufixos. O mais comum deles é –íssimo; nos adjetivos terminados em 
vogal, esta desaparece ao ser acrescentado o sufixo do superlativo: 
 
Trata-se de um artista originalíssimo. Ele é exigentíssimo. 
Seremos tolerantíssimos. 
 
Vários adjetivos possuem formas irregulares para exprimir o grau 
superlativo absoluto sintético. Muitas dessas irregularidades ocorrem porque o 
adjetivo, ao receber o sufixo, reassume a forma latina. É o caso dos 
terminados em –vel, que assumem a terminação –bilíssimo (volúvel, 
volubilíssimo; indelével, indelebilíssimo). Na relação a seguir, você encontrará 
muitas formas irregulares do superlativo absoluto sintético. Observe que 
algumas são de uso comum (facílimo e dificílimo, por exemplo), enquanto 
outras pertencem à linguagem formal (acérrimo e pulquérrimo, por exemplo). 
 
 
 
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Adjetivo Superlativo absoluto 
 sintético 
acre acérrimo 
ágil agílimo 
agudo acutíssimo 
alto altíssimo, supremo 
amargo amaríssimo 
amável amabilíssimo 
amigo amicíssimo 
antigo antiquíssimo 
áspero aspérrimo 
atroz atrocíssimo 
audaz audacíssimo 
benéfico beneficentíssimo 
benévolo benevolentíssimo 
bom boníssimo ou ótimo 
capaz capacíssimo 
célebre celebérrimo 
comum comuníssimo 
cruel crudelíssimo 
difícil dificílimo 
doce dulcíssimo 
eficaz eficacíssimo 
fácil facílimo 
feliz felicíssimo 
feroz ferocíssimo 
fiel fidelíssimo 
frágil fragílimo 
frio friíssimo ou frigidíssimo 
 
 
Adjetivo Superlativoabsoluto 
 sintético 
geral generalíssimo 
grande máximo 
humilde humílimo 
incrível incredibilíssimo 
infame infamérrimo 
inimigo inimicíssimo 
jovem juveníssimo 
livre libérrimo 
magnífico magnificentíssimo 
magro macérrimo ou magríssimo 
manso mansuetíssimo 
mau péssimo 
miserável miserabilíssimo 
miúdo minutíssimo 
negro Nigérrimo ou negríssimo 
nobre nobilíssimo 
notável notabilíssimo 
pequeno mínimo 
perspicaz perspicacíssimo 
pessoal personalíssimo 
pobre paupérrimo, pobríssimo 
possível possibilíssimo 
pródigo prodigalíssimo 
próspero prospérrimo 
sábio sapientíssimo 
sagrado sacratíssimo 
soberbo superbíssimo 
 
Locuções adjetivas: Em muitos casos, prefere-se usar, no lugar de um 
adjetivo, uma expressão formada por mais de uma palavra para caracterizar o 
substantivo. Essa expressão, que tem o mesmo valor e o mesmo sentido de 
um adjetivo, recebe o nome de locução adjetiva. Observe alguns exemplos: 
 
Noite de chuva (chuvosa) Atitudes de anjo (angelical) 
Pneu de trás (traseiro) Menina do Brasil (brasileira) 
 
Questão 23: EBSERH/HULW-UFPB 2014 Advogado (banca AOCP) 
Assinale a alternativa em que o termo destacado NÂO é um adjetivo. 
 
(A) “Crescentes níveis” 
(B) “Poluição atmosférica” 
(C) “Nutrição humana” 
(D) “Qualidade nutritiva” 
(E) “Proteínas essenciais” 
Comentário: O adjetivo é palavra que caracteriza o substantivo. 
A palavra “níveis” não é adjetivo, mas substantivo. “Crescentes” é 
o adjetivo e concorda com o substantivo “níveis”. 
Assim, a alternativa (A) é a correta. 
As demais alternativas apresentam a palavra sublinhada como adjetivo, 
 
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conforme se percebe na palavra “atmosférica”, que caracteriza “Poluição”; na 
palavra “humana”, que caracteriza “Nutrição”; na palavra “nutritiva”, que 
caracteriza “qualidade”; na palavra “essenciais”, que caracteriza “proteínas”. 
Gabarito: A 
 
Questão 24: SSP AM 2015 – Assistente Operacional (banca FGV) 
No segmento “parceria público-privada” há uma correta informação sobre 
a concordância dos adjetivos compostos por dois adjetivos e, por isso mesmo, 
devemos considerar errada a seguinte construção: 
 
(A) tratado luso-brasileiro; 
(B) comunidades afro-asiáticas; 
(C) relações econômico-sociais; 
(D) injustiças arcaico-tradicionais; 
(E) agentes públicos-financeiros. 
Comentário: Sabemos que no adjetivo composto, quando constituído de dois 
adjetivos, o primeiro não varia. Assim, estão corretas as flexões em “tratado 
luso-brasileiro”, “comunidades afro-asiáticas”, “relações econômico-sociais” e 
“injustiças arcaico-tradicionais”. 
Por isso, devemos corrigir a alternativa (E) para: 
“agentes público-financeiros” 
Gabarito: E 
 
Questão 25: TCE SE 2015 – Analista de Tecnologia (banca FGV) 
O par de palavras que apresenta uma disposição de classes de palavras 
diferente das demais é: 
 
(A) pessoa adaptada; 
(B) sociedade moderna; 
(C) cuidado espiritual; 
(D) doenças psicossomáticas; 
(E) eminente psicólogo. 
Comentário: Nas alternativas (A), (B), (C) e (D), ocorrem os substantivos 
“pessoa”, “sociedade”, “cuidado” e “doenças”, seguidos dos seus respectivos 
adjetivos “adaptada”, “moderna”, “espiritual” e “psicossomáticas”. 
Porém, na alternativa (E), a sequência muda: agora, é o adjetivo 
“eminente” que é seguido do substantivo “psicólogo”. 
Gabarito: E 
 
Questão 26: DPE RO 2015 – Analista Contábil (banca FGV) 
“O Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, é uma lei bem justa e 
generosa, ainda largamente ignorada em suas medidas de proteção e 
promoção. Mesmo quanto às sanções previstas no estatuto, antes de se 
chegar à internação, há uma série de outras menos severas, como a 
advertência, a prestação de serviços à comunidade e a liberdade assistida, 
que são frequentemente ignoradas, passando-se diretamente à privação de 
liberdade, mesmo em casos em que isso não se justifica”. 
 
 
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O adjetivo que, por sua tipologia, mostra um tipo diferente dos demais é: 
 
(A) ignorada; 
(B) previstas; 
(C) severas; 
(D) justa; 
(E) generosa. 
Comentário: Note o contexto. Observe que os adjetivos “justa” e “generosa” 
são modificados pelo advérbio de intensidade “bem”. O adjetivo “ignorada” 
é modificado pelo advérbio de intensidade “largamente” e o adjetivo 
“severas” é modificado pelo advérbio de intensidade “menos”. 
Agora, note o adjetivo “previstas”, o qual caracteriza o 
substantivo “sanções” e não é modificado por nenhum intensificador. 
Assim, podemos entender os adjetivos “justa”, “generosa”, “ignorada” 
e “severas”, quanto à tipologia, como superlativos absolutos analíticos. Já o 
adjetivo “previstas” é apenas um adjetivo sem intensificador, o que foge à 
regra dos demais. 
Gabarito: B 
 
Questão 27: DPE RO 2015 – Analista Contábil (banca FGV) 
A frase abaixo em que está ausente qualquer processo de intensificação de 
adjetivos é: 
 
(A) “O Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, é uma lei bem 
justa e generosa”; 
(B) “...ainda largamente ignorada em suas medidas de proteção e 
promoção”; 
(C) “Mesmo quanto às sanções previstas no estatuto, antes de se chegar 
à internação, há uma série de outras menos severas, como a 
advertência...”; 
(D) “...a prestação de serviços à comunidade e a liberdade assistida, 
que são frequentemente ignoradas”; 
(E) “...é preciso uma punição mais eficaz do que aquelas preconizadas pelo 
Estatuto da Criança e do Adolescente”. 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois os adjetivos “justa” e 
“generosa” são intensificados pelo advérbio “bem”. 
A alternativa (B) está errada, pois o adjetivo “ignorada” é 
intensificado pelo advérbio “largamente”. 
A alternativa (C) está errada, pois o adjetivo “severas” é 
intensificado pelo advérbio “menos”. 
A alternativa (E) está errada, pois o adjetivo “eficaz” é 
intensificado pelo advérbio “mais”. 
Assim, sobra a alternativa (D) como a correta, pois não há intensificador para os 
adjetivos “assistida” e “ignoradas”. Note que o adjetivo “ignoradas” é precedido 
do advérbio “frequentemente”, o qual não transmite intensificação, 
mas apenas o modo, além de subentender tempo. 
Gabarito: D 
 
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Questão 28: DPE RO 2015 – Analista Contábil (banca FGV) 
“Reconheço que a punição não é o único remédio para a violência 
cometida pelos jovens. Evidentemente, políticas sociais, educação, prevenção, 
assistência social são medidas que, se aplicadas no universo da população jovem, 
terão o condão, efetivamente, de reduzir a violência. Mas, em 
determinados casos, é preciso uma punição mais eficaz do que aquelas 
preconizadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente”. 
 
Os termos que, se trocados de posição, acarretam modificação de sentido, 
são: 
 
(A) o único remédio / o remédio único; 
(B) população jovem / jovem população; 
(C) determinados casos / casos determinados; 
(D) punição mais eficaz / mais eficaz punição; 
(E) Estatuto da Criança e do Adolescente / Estatuto do Adolescente e da 
Criança. 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois único remédio ou remédio 
único transmitem a mesma ideia: apenas um remédio. 
A alternativa (B) está errada, pois população jovem ou jovem população 
transmitem a mesma ideia: o universo dos jovens. 
A alternativa (C) é a correta, pois “determinados casos” tem valor 
generalizante: significa alguns casos que se enquadram nesta situação. Já 
“casos determinados” são os casos demarcados, decretados, impositivos. 
A alternativa (D) estáerrada, pois punição mais eficaz ou mais eficaz punição 
transmitem a mesma ideia: a intensificação do adjetivo “eficaz”. O 
reposicionamento do adjetivo também não muda o sentido. 
A alternativa (E) está errada, pois as locuções adjetivas “da Criança” e 
“do Adolescente” estão unidas pela conjunção “e”, sem relação 
temporal entre elas, nem de causa e consequência. Assim, o 
reposicionamento de tais locuções não faz mudar o sentido. 
Gabarito: C 
 
Questão 29: TJ RJ 2015 – Técnico de Atividade Judiciária (banca FGV) 
ANTES QUE A FONTE SEQUE 
José Carlos Tórtima, O Globo, 04/10/2014 
Na deslumbrada primeira visão da nossa terra, Pero Vaz de Caminha, o 
empolgado escrivão da frota de Cabral, não conteria a euforia ao anunciar, em 
sua célebre epístola ao rei Dom Manuel, que as águas da nova colônia eram não 
só muitas, mas “infindas”. Só não imaginava Caminha que com sua bela 
carta de apresentação da ambicionada Índia Ocidental aos nossos ancestrais 
lusitanos poderia estar lançando as sementes da arraigada e onipresente 
cultura de esbanjamento do precioso líquido e do mito de sua 
inesgotabilidade. Cultura esta que até hoje se faz presente nas cenas de 
desperdício explícito nas cidades e no campo. E também na timidez de 
políticas públicas direcionadas à preservação e ao bom uso das reservas do 
mineral. 
 
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Observando os pares “empolgado escrivão”, “ancestrais lusitanos” e “políticas 
públicas”, podemos constatar, no emprego de adjetivos, que todos os 
elementos dessa classe: 
 
(A) podem trocar de posição com o substantivo; 
(B) modificam o sentido quando antepostos; 
(C) apresentam variação de grau; 
(D) indicam a opinião do enunciador; 
(E) referem-se a termos de função substantiva. 
Comentário: Nesta questão, devemos apenas tomar cuidado, pois questão 
faz referência a todos os adjetivos para cada consideração das alternativas. 
Dessa forma, fica fácil perceber que os adjetivos “empolgado”, 
“lusitanos” e “públicas” se referem, respectivamente, aos substantivos 
“escrivão”, “ancestrais” e “políticas”. Assim, a alternativa (E) é a correta. 
As alternativas (A) e (B) estão erradas, porque a expressão “empolgado 
escrivão” se liga à expressão “da frota de Cabral”. Assim, transmite-nos a 
ideia de que o escrivão da frota de Cabral é empolgado. Já a segunda forma 
“escrivão empolgado” transmitiria a ideia de um escrivão empolgado com a 
 
frota de Cabral. Isso ocorre simplesmente por conta da aproximação do 
adjetivo com a locução adjetiva “da frota de Cabral”. 
Além dela, a troca de posição entre “políticas públicas” e “públicas 
políticas” transmite mudança de sentido. A primeira transmite a ideia de uma 
política voltada ao povo. A segunda significaria políticas que são publicadas. 
A alternativa (C) está errada, porque nenhum dos adjetivos apresenta 
variação de grau. 
A alternativa (D) está errada, porque apenas o adjetivo 
“empolgado” pode ser considerado um modalizador, isto é, transmite a 
opinião do autor. Na visão do autor, Caminha estava empolgado ao relatar a 
situação na terra descoberta. 
Gabarito: E 
 
Questão 30: TJ RJ 2015 – Analista Judiciário (banca FGV) 
“A realidade não é bela nem feia, nem justa nem injusta, nem 
exultante nem deprimente, não há maniqueísmo.” 
 
O par de palavras abaixo que obedece ao mesmo padrão dos adjetivos 
(bela/feia, justa/injusta, exultante/deprimente) no segmento destacado é: 
 
(A) transferido/mantido; 
(B) inédito/desconhecido; 
(C) impávido/orgulhoso; 
(D) eficaz/eficiente; 
(E) habitual/inóspito. 
Comentário: Maniqueísmo significa o emprego de opostos (antônimos), como 
ocorre com os adjetivos “bela/feia, justa/injusta, exultante/deprimente”. O mesmo 
ocorre com os adjetivos “transferido/mantido”, por isso a alternativa 
(A) é a correta. 
Os adjetivos “inédito” e “desconhecido” são sinônimos. 
 
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O adjetivo “impávido” significa destemido, sentido diferente de 
orgulhoso, mas devemos notar que esses não são opostos. 
Gramaticalmente, os adjetivos “eficaz” e “eficiente” são 
sinônimos, apesar de alguns ramos da Administração discordarem por essas 
palavras transmitirem-lhes sentidos mais específicos. 
O adjetivo “habitual” significa corriqueiro, rotineiro; já o adjetivo 
“inóspito” significa lugar em que não se consegue viver ou hospedar-se. Tais 
adjetivos não são sinônimos nem antônimos (opostos). 
Gabarito: A 
 
Questão 31: ALMA 2013 – Agente Legislativo (banca FGV) 
A empregada foi embora 
 
Chegou ao Brasil um problema que, na Europa, velho de meio século, 
em nosso país só as empregadas domésticas enfrentavam: como viver sem 
empregada, esse personagem que, dentro de casa, serve de amortecedor às 
tensões entre homens e mulheres confrontados às exigências do cotidiano de 
uma família. 
Quem faz o quê na infinidade de pequenos gestos do dia a dia? Nem um 
nem outro. A resposta é simples: a empregada, a babá, a cuidadora. Por 
vezes as três tarefas em uma mesma pessoa. Baixos salários, jornadas 
infindáveis, condições de alojamento deploráveis, essa sequela da escravidão 
exigia uma abolição. A lei é bem vinda. Abre uma dinâmica de transformação 
da sociedade que ainda não está visível em toda a sua profundidade e cujos 
desdobramentos vão muito além dos muros da casa. Vai interpelar, para além 
do orçamento das famílias, as contas públicas e a organização do tempo nas 
empresas. 
(Oliveira, Rosiska Darcy de. O Globo, abril de 2013.) 
Nas alternativas a seguir há sempre um adjetivo que se refere a um 
substantivo. Assinale a alternativa em que o adjetivo não representa uma 
opinião da autora do texto. 
 
(A) Baixos salários. 
(B) Jornadas infindáveis. 
(C) Condições deploráveis. 
(D) Contas públicas. 
(E) Pequenos gestos. 
Comentário: A opinião da autora aparece nos adjetivos que possuem uma 
consideração, uma característica que foi motivada pelo estado emotivo da 
autora, marcada por elementos linguísticos do texto. Note que a questão 
pediu o adjetivo que não apresenta a opinião da autora. Então, releia a 
enumeração: “Baixos salários, jornadas infindáveis, condições de alojamento 
deploráveis, essa sequela da escravidão exigia uma abolição.” Tal segmento 
ocorreu logo após a autora abordar a luta diária da empregada doméstica. 
Assim os adjetivos sublinhados possuem a opinião da autora e as alternativas 
(A), (B) e (C) podem ser eliminadas. 
A alternativa (E) também apresenta a opinião da autora no adjetivo 
“pequenos”, pois podemos subentender aí
 gestos sutis, sublimes, nas 
 
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atividades diárias. 
Já alternativa (D) é a correta, pois o adjetivo “públicas” transmite 
um sentido de coletividade, que, mesmo antes da interpelação da autora, sem 
sua consideração, tais contas já eram públicas. Assim, não há opinião da autora. 
Gabarito: D 
 
Questão 32: ALMA 2013 – Auxiliar Legislativo (banca FGV) 
O substantivo “imprudência” está ligado ao adjetivo “imprudente”. 
 
Entre os substantivos e adjetivos a seguir, assinale a correspondência 
incorreta. 
 
(A) Lei / Legal 
(B) Morte / Mortal 
(C) Acidente / Acidental 
(D) Álcool / Alcoolismo 
(E) Rodovia / Rodoviário 
Comentário: O substantivo “lei” gera o adjetivo “legal”, o substantivo 
“morte” gera o adjetivo “mortal”, o substantivo “acidente” gera o adjetivo 
“acidental”, o substantivo “rodovia” gera o adjetivo “rodoviário”. 
Assim, a alternativa (D) é a errada, pois o substantivo “álcool” gera 
outro substantivo: alcoolismo. 
Gabarito: D 
 
Questão 33: ALMA 2013 – Consultor Legislativo - nível superior(banca FGV) 
Assinale a alternativa que indica a frase em que a troca de posição dos termos 
(A) “...ou serve de salvo┽conduto a jovens criminosos para afrontar a lei”. 
 
 
(B) “O raciocínio, nesses casos, é tão cristalino quanto perverso”. 
(C) “...na linha de frente de ações criminosas”. 
(D) “...o ECA contém dispositivos importantes”. 
(E) “...incapaz de discernir entre o certo e o errado”. 
Comentário: A alternativa (A) é a que traz mudança de sentido por motivo 
sintático. Note que o trecho se refere a jovens que são criminosos, os 
menores de 18 anos. Agora, vamos analisar sintaticamente. Veja que a oração 
“para afrontar a lei” é subordinada adverbial de finalidade. Ela se refere à 
oração principal “ serve de salvo-conduto a jovens criminosos”, 
principalmente ao verbo “serve”: serve para afrontar a lei. 
Com a troca, esta oração subordinada adverbial de finalidade pode ser 
interpretada como modificadora do adjetivo “jovens”, isto é, podemos 
interpretar que eles são┽ jovens para afrontar a lei. Compare: 
“...ou serve de salvo┽conduto a jovens criminosos para afrontar a lei”. 
“...ou serve de salvo conduto a criminosos jovens para afrontar a lei”. 
As demais alternativas não apresentam mudança de sentido. Vejamos: 
 
As alternativas (B) e (E) apresentam vocábulos coordenados por adição, 
os quais não apresentam mudança de sentido com a troca. 
 
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As alternativas (C) e (D) apresentam substantivos seguidos de seus 
adjetivos sem outros elementos linguísticos que possam mudar o sentido. 
Gabarito: A 
 
Preposição 
 
A preposição é palavra que não se flexiona e liga palavras ou orações 
reduzidas. Essa ligação pode se dar pela regência verbal ou nominal, a qual 
chamamos de preposição relacional ou pela necessidade de sentido, a qual é 
chamada de preposição nocional. 
Assim, normalmente as preposições que iniciam o objeto indireto, o 
complemento nominal, as orações subordinadas substantivas objetivas 
indiretas e as completivas nominais são as relacionais e não possuem sentido. 
Já as preposições que iniciam adjuntos adverbiais, adjuntos adnominais e 
orações subordinadas adverbiais reduzidas são as nocionais. 
 
Exemplos com preposições relacionais: 
 Obedeço aos meus princípios. Sou obediente aos meus princípios. 
 VTI objeto indireto VL + predicativo complemento nominal 
 Tenho certeza de que você será aprovado. 
 oração principal oração subordinada substantiva completiva nominal 
 
Não duvide de que você será aprovado. 
 oração principal oração subordinada substantiva objetiva indireta 
Exemplos com preposições nocionais: 
 Estou sem recursos. Estudei a aula de Regência Verbal 
 VI adjunto adverbial de modo VTD adjunto adnominal 
 objeto direto 
 Comprei esta aula para realizar muitos exercícios. 
 oração principal oração subordinada adverbial de finalidade 
 
Além dessa divisão das preposições, as palavras exclusivamente de valor 
preposicional são chamadas preposições essenciais (a, ante, após, até, com, 
contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás); e as 
palavras de outras classes gramaticais que, em determinados contextos, 
podem atuar como preposições são chamadas de preposições acidentais 
(como=na qualidade de, exceto, fora, mediante, salvo, senão, tirante). 
 
Como advogado, não é conveniente agir dessa forma. 
 
O conjunto de duas ou mais palavras que tem o valor de uma preposição 
é chamado de locuções prepositivas. A última palavra dessas locuções é 
sempre uma preposição: abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a 
respeito de, a despeito de, de acordo com, dentro de, embaixo de, em cima 
de, em frente a, em redor de, graças a, junto a, junto de, perto de, por causa 
de, por cima de, por trás de etc 
 
 
 
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Várias preposições ligam-se a palavras de outras classes gramaticais, 
passando a constituir um único vocábulo. Essa ligação se dá por combinação 
ou contração. 
 
a) Ocorre combinação quando a preposição, ao unir-se a outra palavra, 
mantém todos os seus fonemas. É o que acontece entre a preposição a e o 
artigo masculino o, os: ao, aos. 
 
b) Ocorre contração quando a preposição, ao unir-se a outra palavra, sofre 
modificações em sua estrutura fonológica. As preposições de e em, por 
exemplo, formam contrações com os artigos e com diversos pronomes, 
originando formas como as seguintes: do, dos, da, das, num, numa, numas, 
disto, disso, daquilo, naquele, naqueles, naquela, naquelas, pelo, pelos, pela, 
pelas. 
 
c) A contração da preposição a com artigos ou pronomes demonstrativos a, as 
ou com o a inicial dos pronomes aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo 
recebe o nome de crase: à, às, àquele, àqueles, àquela, àquelas, àquilo. 
 
Observação: Deve-se evitar a contração de preposição que inicia orações 
preposicionadas com o sujeito dela, em construções como “Está na hora 
da onça beber água”. O ideal é a separação. Veja: 
Está na hora de a onça beber água. 
 
Neste caso, perceba que a preposição “de” é exigida pelo substantivo “hora” 
 
para iniciar a oração subordinada substantiva completiva nominal reduzida de 
infinitivo “de a onça beber água” (Está na hora disso.), e o sujeito do verbo 
“beber” é apenas “a onça”, sem a preposição “de”. Por isso, devemos 
evitar a contração. 
 
Vejamos, agora, os principais valores e empregos das preposições: 
 
A: Normalmente introduz o objeto indireto, o complemento nominal e o 
adjunto adverbial. Pode, ainda, ligar os verbos de uma locução (estou a 
entender). Veja os principais sentidos da preposição nocional “a”: 
 
1) causa ou motivo: morrer à fome; acordar aos gritos das crianças; voltar a 
pedido dos amigos. 
2) conformativa: puxar ao pai; sair à mãe. 
3) destino (em correlação com a preposição de): de São Paulo a Salvador; 
daqui a Belo Horizonte. 
 
Ante: Normalmente introduz adjunto adverbial, indicando posicionamento: 
 
1) lugar: em frente a, perante: A verdade está ante nossos olhos; 
2) causa: em consequência de; diante de: Ante os protestos, recuou da 
decisão. 
Observação: A preposição “ante” não admite outra preposição em 
seguida. Assim, não se pode dizer “Ante a ela...”, o correto é “Ante ela...”. 
O mesmo ocorre com “perante”: “Chorou perante ela.” 
 
 
 
 
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Veja que a preposição “ante” tem como sinônimas as locuções 
prepositivas “em frente a”, “em consequência de”, “diante de”, as quais 
obrigatoriamente são finalizadas com a preposição “de”. 
 
Até: Normalmente introduz adjunto adverbial; indica o limite, o término de 
movimento, e, acompanhando substantivo com artigo (definido ou indefinido), 
pode vir ou não seguida da preposição a: 
 
Caminharam até a entrada do estacionamento. ou 
Caminharam até à entrada do estacionamento. 
 
Observação: Não devemos confundi-la com a palavra denotativa de inclusão 
“até”, que se usa para reforçar uma declaração com o sentido de “inclusive”, 
“também”, “mesmo”, “ainda”. Isso é importante, porque a preposição pede 
pronome pessoal oblíquo: João chegou até mim e disse tudo. 
Já a palavra denotativa exige pronome pessoal reto: Até eu acreditei nele. 
 
Com: A preposição “com” introduz objeto indireto, complemento 
nominal, adjunto adverbial e indica estas relações: 
 
1) causa: assustar-se com o trovão; ficar pobre com a inflação. 
2) companhia: ir ao cinema com alguém; regressar com amigos. 
3) concessão: com mais de 80 anos, ainda tem planos para o futuro; com ser 
imperfeito, o homem constrói máquinas perfeitas. 
4) instrumento: abrir

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