Buscar

Arquitetura: A representação gráfica

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Arquitetura: A representação gráfica
Um bom desenho é apresentado com pranchas padronizadas segundo as normas com todas as informações necessárias. Atente-se à limpeza e estado das pranchas. Os traços devem ser concisos e claros, assim como as informações textuais pertinentes e esclarecedoras. As informações contidas na prancha devem ser passíveis de entendimento por outra pessoa que dela fizer uso. 
• Linhas
O componente primordial do desenho arquitetônico é a linha. As linhas são o nosso meio de representar os diversos elementos que constituem o desenho a ser apresentado, tais como: paredes, pisos, esquadrias, etc. Sendo assim, a sua consistência e homogeneidade facilitam a compreensão e leitura do projeto.
Dentro do desenho a espessura das linhas determinará a hierarquia dos elementos representados. Nas plantas-baixas, cortes e vistas às profundidades são definidas justamente por essa diferenciação. As linhas mais próximas do observador são mais grossas e escuras. Conforme o afastamento vai acontecendo as espessuras vão diminuindo.
• Linha de contorno grossa contínua: seu emprego acontece na representação de plantas-baixas e cortes para identificar as paredes e todos os elementos estruturais interceptados pelos planos e corte. A espessura a lápis é de 0.9mm, enquanto que com caneta nanquim e impressão por computador é de 0.6mm.
• Linha de contorno média contínua: para a representação de demais elementos que vem abaixo da linha de corte, tais como: soleiras, peitoris, mobiliário, piso, et.; e, elementos em vista. A espessura a lápis é de 0.5mm, enquanto que com caneta nanquim e impressão por computador é de 0.2mm e 0.3mm.
• Linha de contorno fina contínua: essa linha é utilizada para representar linhas de relacionamento e construção de desenho, linhas de indicação e de cota. Usa-se ainda na representação de hachuras de pisos e paredes e elementos decorativos. A espessura a lápis é de 0.3mm, enquanto que com caneta nanquim e impressão por computador é de 0.05mm e 0.1mm.
• Linha de contorno invisível – tracejada: são empregadas para representar algum elemento que está além do plano do desenho. A espessura a lápis é de 0.5mm, enquanto que com caneta nanquim e impressão por computador é de 0.2mm e 0.3mm.
• Linha de contorno invisível – traço e dois pontos: quando se tratar de projeções importantes, devem ter o mesmo valor que as linhas de contorno. São indicadas para representar projeções de pavimentos superiores, balanços, marquises, etc. A espessura a lápis é de 0.5mm, enquanto que com caneta nanquim e impressão por computador é de 0.2mm e 0.3mm.
• Linha de eixo – traço e ponto: usada para delimitar o eixo de elementos. A espessura a lápis é de 0.5mm, enquanto que com caneta nanquim e impressão por computador é de 0.2mm e 0.3mm.
Dicas:
• A qualidade do traço da linha define a identidade do desenhista.
• Sempre trace linhas se tocando em suas extremidades, ou seja, começando e terminando.
• É sempre preferível traçar uma linha de uma vez só, pois o acabamento é melhor.
• Escalas
Todo o desenho arquitetônico vai passar necessariamente pelo domínio e respectivo emprego das escalas. A necessidade do emprego das escalas surgiu em virtude da impossibilidade de representação de elementos em verdadeira grandeza em uma prancha de desenho. Nesse caso usamos escalas de redução. Temos na realidade três formas de representação em escala:
• Escala de redução – exemplo: 1/5 ou 1:5 (lê-se: escala 1 por 5);
• Escala real – exemplo: 1/1 ou 1:1 (lê-se: escala 1 por 1);
• Escala de ampliação – exemplo: 5/1 ou 5:1 (lê-se: escala 5 por 1).
Um fator determinante para a escolha de uma escala e a real necessidade de informação que o desenho quer mostrar. Dependendo do nível de detalhamento que vamos graficar, a escala fica mais próxima da real. 
Com o passar do tempo e a experiência que o desenhista vai adquirindo, a escolha da escala fica mais fácil, já que uma vez decidido o tamanho do papel a ser utilizado, escolhe-se a escala mais adequada que caiba na área de desenho da prancha. 
Escalas recomendadas:
• Escala 1/1 – 1/2 – 1/5 – 1/10: detalhamentos de elementos construtivos variados;
• Escala 1/20 – 1/25: ampliações de ambientes;
• Escala 1/50: é a escala utilizada para representação do projeto arquitetônico, tais como desenhos de plantas-baixas, cortes, fachadas, etc. 
• Escala 1/75: mesma utilização da escala anterior, porém somente em nível projetual.
• Escala 1/100: igualmente utilizada para representação de desenhos arquitetônicos quando o nível de detalhamento é menor. Geralmente utilizado para o lançamento de uma primeira ideia do projeto.
• Escala 1/200 – 1/250: usada para setorização de grandes projetos. Plantas de situação e localização de terrenos, paisagismo, topografias e em projetos urbanísticos.
Escala gráfica: sua representação acontece por um gráfico que é proporcional à escala utilizada. Pode ser utilizada nos projetos e também em situações em que temos elementos expressos por meio de fotografias ou ilustrações. Para obter a dimensão real do desenho, basta copiar a escala gráfica em um papel e colocar ela sobre a figura.
	
NBR 10647 – Norma geral de Desenho Técnico; 
- NBR 10068 – Layout e dimensões da folha de desenho; 
- NBR 10582 – Conteúdo da folha para desenho técnico; 
- NBR 8402 – Definição da caligrafia técnica em desenhos; 
- NBR 8403 – Aplicação de linhas para a execução de desenho técnico; 
- NBR 13142 – Dobramento da folha; 
- NBR 8196 – Emprego da escala em desenho técnico;
 - NBR 10126 – Emprego de cotas em desenho técnico; 
- NBR 6492 – Representação de projetos arquitetônicos.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais