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Apostila PMCE 2019

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Prévia do material em texto

Compreensão e interpretação de texto
 
................................................................................................................................ 3
Tipologia e gêneros textuais
 
.............................................................................................................................................. 6/9
Figuras de linguagem
 
........................................................................................................................................................... 13
Significação de palavras e expressões
 
............................................................................................................................. 9/19
Relações de sinonímia e de antonímia
 
................................................................................................................................ 10
Ortografia
 
............................................................................................................................................................................. 19
Acentuação gráfica
 
.............................................................................................................................................................. 29
Uso da crase
 
......................................................................................................................................................................... 32
Divisão silábica
 
.................................................................................................................................................................... 39
Fonética e Fonologia:
 
som e fonema, encontros vocálicos e consonantais e dígrafos
 
........................................................................................ 38
Morfologia:
 
classes de palavras variáveis e invariáveis e seus empregos no texto
 
..............................................................................40
Locuções verbais (perífrases verbais)............................................................................................................................ 59/63
Funções do que e do se
 
................................................................................................................................................. 69/71
Formação de palavras
 
.......................................................................................................................................................... 40
Elementos de comunicação
 
................................................................................................................................................... 8
 
Sintaxe:
	 relações
	
sintático-semânticas
	
estabelecidas
	
entre
	
orações,
	
períodos
	
ou
	
parágrafos
	
(período
	
simples
	
e
	
período
	
	 composto
	
por
	
coordenação
	
e
	
subordinação)
 
............................................................................................................. 76/86
Concordância verbal e nominal
 
................................................................................................................................... 95/100
Regência verbal e nominal
 
................................................................................................................................................ 102
Colocação pronominal
 
................................................................................................................................................... 48/53
Emprego dos sinais de pontuação e sua função no texto................................................................................................. 106
Elementos de coesão
 
........................................................................................................................................................... 11 
Função textual dos vocábulos
 
............................................................................................................................................. 10
Variação linguística
 
................................................................................................................................................................ 7
SUMÁRIO
Língua Portuguesa
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U
g
U
ES
a 
 
 
Língua Portuguesa
Ernani Pimentel / Márcio Wesley
Ernani Pimentel
COMPREEnSÃO E InTERPRETaÇÃO DE 
TEXTOS
Textum,	 em	 latim,	particípio	do	 verbo	 tecer,	 significa	
tecido.	Dessa	palavra	originou-se	 textus, que gerou, em 
português,	“texto”.	Portanto,	está-se	falando	de	“tecido”	de	
frases, orações, períodos, parágrafos... Uma “tessitura” de 
ideias, de argumentos, de fatos, de relatos... 
IntELECçãO (OU COMpREEnSãO)
Intelecção	 significa	 entendimento,	 compreensão.	Os	
testes de intelecção exigem do candidato uma postura muito 
voltada para o que realmente está escrito.
Comandos para Questão de Compreensão 
O	narrador	do	texto	diz que... 
O	texto	informa que...
Segundo o texto, é correto ou errado dizer que...
De acordo com as ideias do texto...
Questão
1. Assinale a opção correta em relação ao texto.
O	Programa	Nacional	de	Desenvolvimento	dos	Recur-
sos	Hídricos	–	PROÁGUA	Nacional	é	um	programa	do	
Governo	Brasileiro	financiado	pelo	Banco	Mundial.	O	
Programa	originou-se	da	exitosa	experiência	do	PRO-
ÁGUA	/	Semiárido	e	mantém	sua	missão estruturante, 
com	ênfase	no	fortalecimento	institucional	de	todos	os	
atores envolvidos com a ges tão dos recursos hídricos 
no	Brasil	e	na	implantação	de	infraestruturas	hídricas	
viáveis	do	ponto	de	vista	técnico,	financeiro,	econômico,	
ambiental	e	social,	promovendo, assim, o uso racional 
dos recursos hídricos.
(http://proagua.ana.gov.br/proagua)
a)	 O	PROÁGUA	/	Semiárido	é	um	dos	subprojetos	de-
rivados	do	PROÁGUA/Nacional.
b)	 A	expressão	“sua	missão	estruturante”	(l.	5)	refere-
-se	a	“Banco	Mundial”	(l.	3).
c)	 A	ênfase	no	fortalecimento	institucional	de	todos	os	
atores envolvidos com a gestão de recursos hídricos 
é	exclusiva	do	PROÁGUA/Semiárido.
d)	 Tanto	o	PROÁGUA/Semiárido	 como	o	PROÁGUA/
Nacional	 promovem	o	uso	 racional	 dos	 recursos	
hídricos. 
e)	 A	implantação	de	infraestruturas	hídricas	viáveis	do	
ponto	de	vista	técnico,	financeiro,	econômico,	am-
biental	e	social	é	exclusiva	do	PROÁGUA/Nacional.
Gabarito 
d
5
10
InTERPRETaÇÃO
Interpretação	significa	dedução,	 inferência,	 conclusão,	
ilação.	As	questões	de	 interpretação	não	querem	saber	o	
que está escrito, mas o que se pode inferir, ou concluir, ou 
deduzir do que está escrito.
Comandos para Questão de Interpretação
Da leitura do texto, infere-se que...
O	texto	permite	deduzir que...
Da	fala	do	articulista	pode-se concluir que...
Depreende-se do texto que...
Qual a intenção do narrador	quando	afirma	que...
Pode-se extrair das ideias e informações do texto que...
Questão 
1. Observe	a	tirinha	a	seguir,	da	cartunista	Rose	Araújo:
(www.fotolog.com/rosearaujocartum)
Infere-se	que	o	humor	da	tirinha	se	constrói:
a)	 pois	a	imagem	resgata	o	valor	original	do	radical	que	
compõe a gíria bombar.
b)	 pois	o	vocábulo	bombar foi dito equivocadamente 
no	sentido	de	“bombear”.
c)	 pois	 reflete	o	problema	da	educação	no	país,	em	
que	os	alunos	só	se	comunicam	por	gírias,	como	é	
o caso de fessor.
d)	 porque	a	forma	fessor é	uma	tentativa	de	incluir	na	
norma culta o regionalismo fessô.
e)	 porque	o	vocábulo	bombar não está dicionarizado.
 
Gabarito
a
Preste, portanto, atenção aos comandos para não errar. 
Se	o	texto	diz	que	o	rapaz	está	cabisbaixo,	você	não	pode	
“deduzir”,	ou	“inferir”,	que	ele	está	de	cabeçabaixa,	porque	
isso	já	está	dito	no	texto.	Mas	você	pode	interpretar	ou	con-
cluir	que,	por	exemplo,	ele	esteja	preo	cupado,	ou	tímido,	em	
função	de	estar	de	cabeça	baixa.
Comandos para Medir Conhecimentos Gerais 
	Tendo	o	texto	como referência inicial... 
 Considerando a amplitude do tema abordado no texto...
 Enfocando o assunto abordado no texto... 
Nesses	casos,	o	examinador	não se apega ao ponto de 
vista do texto em relação ao assunto, mas quer testar o 
conhecimento do candidato a respeito daquela matéria. 
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Questões 
Texto	para	os	itens	de 1 a 11.
Os	oceanos	 ocupam	70%	da	 superfície	 da	 Terra,	
mas	até	hoje	se	sabe	muito	pouco	sobre	a	vida	em	suas	
regiões	mais	recônditas.	Segundo	estimativas	de	ocea-
nógrafos,	há	ainda	2	milhões	de	espécies	desconhecidas	
nas profundezas dos mares. Por	ironia,	as	notícias	mais	
frequentes	produzidas	pelas	pesquisas	científicas	relatam	
não	a	descoberta	de	novos	seres	ou	fronteiras	marinhas,	
mas a alarmante escalada das agressões impingidas 
aos oceanos pela ação humana. Um estudo recente do 
Greenpeace	mostra que a concentração de material 
plástico	nas	águas	atingiu	níveis	inéditos	na	história.	Se-
gundo	o	Programa	Ambiental	das	Nações	Unidas,	existem	
46.000	fragmentos	de	plástico	em	cada	2,5	quilômetros	
quadrados	da	superfície	dos	oceanos.	Isso	significa	que	
a	substância	já	responde	por	70%	da	poluição	marinha	
por	resíduos	sólidos.
Veja,	5/3/2008,	p.	93	(com	adaptações).
Tendo	o	texto	acima	como	referência	inicial	e	considerando	a	
amplitude	do	tema	por	ele	abordado,	julgue	os	itens	de	1	a	5.
1.		 Ao	citar	o	Greenpeace,	o	texto	faz	menção	a	uma	das	
mais conhecidas organizações não governamentais 
cuja	atuação,	em	escala	mundial,	está	concentrada	na	
melhoria das condições de vida das populações mais 
pobres	do	planeta,	abrindo-lhes	frentes	de	trabalho	no	
setor secundário da economia.
2.		 Por	 se	decompor	muito	 lentamente,	o	plástico	pas-
sa a ser visto como um dos principais responsáveis 
pela	degradação	ambiental,	razão	pela	qual	cresce	o	
movimento	de	conscientização	das	pessoas	para	que	
reduzam o consumo desse material.
3. Considerando o extraordinário desenvolvimento cien-
tífico	que	caracteriza	a	 civilização	contemporânea,	é	
correto	afirmar	que,	na	atualidade,	pouco	ou	quase	
nada da natureza resta para ser desvendado.
4.		 A	exploração	científica	da	Antártida,	que	enfrenta	enor-
mes	dificuldades	naturais	próprias	da	região,	envolve	
a	participação	 cooperativa	de	 vários	países,	mas	os	
elevados custos do empreendimento impedem que 
representantes	sul-americanos	atuem	no	projeto.
5.		 Infere-se	do	texto	que	a	Organização	das	Nações	Unidas	
(ONU)	amplia	consideravelmente	seu	campo	de	atuação	
e, sem deixar de lado as questões cruciais da paz e da 
segurança	internacional,	também	se	volta	para	temas	
que	envolvem	o	cotidiano	das	sociedades,	como	o	meio	
ambiente.
Gabarito
Itens 1, 3 e 4 errados; itens 2 e 5 certos.
Comandos para Medir Conhecimentos 
Linguísticos 
Considerando as estruturas linguísticas do texto,	julgue	
os itens.
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	erro gramatical.
Aponte do texto a construção que não foge aos preceitos 
da norma culta.
5
10
15
Aqui a questão pretende medir o conhecimento grama-
tical	do	candidato	e	pode	abordar	assuntos	de	morfologia,	
sintaxe,	semântica,	estilística,	coesão	e	coerência...	
Questões
Considerando	as	estruturas	linguísticas	do	texto,	julgue	os	
itens seguintes.
6.		 No	trecho	“até	hoje	se	sabe”	(l.2),	o	elemento	linguís-
tico	“se”	tem	valor	condicional.
7.		 O	trecho	“muito	pouco	sobre	a	vida	em	suas	regiões	
mais	 recônditas”	 (ls.2-3)	 é	 complemento	da	 forma	
verbal	“sabe”	(l.2).
8.		 A	palavra	“recônditas”	 (l.3)	pode,	sem	prejuízo	para	
a	informação	original	do	período,	ser	substituída	por	
profundas.
9.		 O	termo	“mas”	(l.8)	corresponde	a	qualquer	um	dos	
seguintes:	todavia,	entretanto,	no	entanto,	conquanto.
10.		 Na	linha	9,	a	presença	de	preposição	em	“aos	oceanos”	
justifica-se	pela	regência	do	termo	“impingidas”.
11.		 O	termo	“a	substância”	(l.15)	refere-se	ao	antecedente	
“plástico”	(l.11).
Gabarito
Itens 6, 7 e 9 errados; itens 8, 10 e 11 certos.
Erros Comuns de Leitura
Extrapolação ou ampliação
A	questão	abrange	mais	do	que	o	texto	diz.
O	texto	disse:	Os alunos do Colégio Metropolitano es-
tavam felizes.
A	questão	diz:	Os alunos estavam felizes.
Explicação:	o	significado	de	“alunos”	é	muito	mais	amplo	
que	o	de	“alunos	de	um	único	colégio”.
Redução ou limitação 
A questão reduz a amplitude do que diz o texto.
O	texto	disse:	Muitos se predispuseram a participar do 
jogo.
A	questão	diz:	Alguns se predispuseram a participar do 
jogo.
Explicação:	o	sentido	da	palavra	“alguns”	é	mais	limitado	
que o de “muitos”.
Contradição 
A questão diz o contrário do que diz o texto.
O	texto	disse:	Maria é educada porque é inteligente.
A	questão	diz:	Maria é inteligente porque é educada. 
Explicação:	no	texto,	“inteligente”	justifica	“educada”;	na	
questão	se	inverteu	a	ordem	e	“educada”	é	que	justifica	
“inteligente”.
Desvio ou Deturpação 
O	 texto	disse:	A contratação da funcionária pode ser 
considerada competente.
A	questão	diz:	A funcionária contratada pode ser consi-
derada competente.
Explicação:	no	texto,	“competente”	refere-se	a	“contra-
tação” e não a “funcionária”.
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Leia	o	Texto
Em	vida,	Gustav	Mahler	(1860-1911),	tanto	por	sua	per-
sonalidade	artística	como	por	sua	obra,	foi	alvo	de	intensas	
polêmicas	–	e	de	desprezo	por	boa	parte	da	crítica.	A	incom-
preensão	estética	 e	 o	 preconceito	 antissemita	 também	o	
acompanhariam postumamente e foram raros os maestros 
que, nas décadas que se seguiram à sua morte, se empe-
nharam	na	apresentação	de	suas	obras.	[...]
Julgue os itens a seguir.
1.	 Deduz-se	do	texto	que	Gustav	Mahler	foi	alvo	de	inten-
sas polêmicas.
2. Deduz-se	do	texto	que	o	personagem	central	(Mahler)	
foi um compositor.
3.	 Deduz-se	do	texto	que	o	personagem	central	(Mahler)	
era	de	origem	judaica.
4.	 Pode-se	deduzir	do	 texto	que	o	personagem	central	
(Mahler)	foi	um	compositor	de	músicas	eruditas.	
5.	 Pode-se	 inferir	do	 texto	que	 só	depois	de	 se	 terem	
passado algumas ou várias décadas desde sua morte 
é	que	Mahler	acabou	por	ser	admirado	artisticamente	
e	deixou	de	ter	sua	obra	segregada.	
6.	 Pode-se	inferir	do	texto	que	hoje	a	avaliação	positiva	da	
obra	de	Mahler	constitui	uma	unanimidade	nacional.
7. Intelecção, ou entendimento do texto é a captação 
objetiva	das	informações	que	o	texto	traz	abertamente,	
explicitamente. 
8. Interpretação, ilação, dedução, conclusão, percepção 
do	texto	é	resultado	de	raciocínio	aplicado,	permitindo	
captar-lhe	tanto	as	 informações	explícitas,	quanto	as	
implícitas.
9.	 A	aplicação	do	raciocínio	lógico	às	informações	contidas	
no	texto,	expostas	ou	subentendidas,	permite	ao	leitor	
tirar	dele	conclusões	ou	interpretá-lo	corretamente.
10. A leitura de um texto deve levar em consideração o mo-
mento	e	as	circunstâncias	em	que	foi	construído,	bem	
como	à	finalidade	a	que	se	propõe.	
11.	 Segundo	opinião	dedutível	do	 texto,	os	 críticos	que	
desprezaram o compositor estavam errados.
Gabarito Comentado
1. Errado. Por quê? Esta informação – “foi alvo de in-
tensas polêmicas” – não “se deduz” do tex-
to, está claramente expressa nele.
2. Certo Por quê? Esta dedução se origina da infor-
mação de que “maestros” apresentaram 
obras	dele.
3. Certo Por quê? A informação de que ele foi alvo 
de	”preconceito	antissemita”	leva	à	conclu-
são	de	que	ele	era	“de	origem	judaica”.
4. Certo Por quê? A palavra “maestro” tem uma co-
notação	diferente	(sem	vírgula)	de“cantor”,	
“compositor”, “DJ”, “intérprete” etc. Maes-
tro	pressupõe	erudição,	por	sua	própria	for-
mação	acadêmica;	por	isso,	“pode-se	dedu-
zir	que	as	músicas	sejam	eruditas,	pois	‘eru-
ditos’ se empenham na sua apresentação”. 
O	“pode-se	deduzir”	é	aceitável,	porque	não	
impõe	que	seja	uma	“dedução	obrigatória”.
5. Certo Por	 quê?	 Essa	 inferência	 (dedução)	 nasce	
da informação de que “foram raros os ma-
estros que, nas décadas que se seguiram à 
sua morte, se empenharam na apresenta-
ção	de	suas	obras.”
6. Errado Por	quê?	Primeiro,	o	texto	não	abrange	as-
sunto	 nacional,	mas	 internacional.	 Segun-
do,	não	se	pode	deduzir	que	haja	unanimi-
dade,	mas	uma	boa	ou	grande	aceitação.
7. Certo
8. Certo
9. Certo
10. Certo
11. Certo Por	 quê?	 Conforme	 o	 texto,	 tais	 críticos,	
além de não compreenderem o lado esté-
tico	do	artista,	incorreram	em	preconceito.
IDEIa PRInCIPaL E SECUnDÁRIa
Em	vida,	Gustav	Mahler	(1860-1911),	tanto	por	sua	per-
sonalidade	artística	como	por	sua	obra,	foi	alvo	de	intensas	
polêmicas	–	e	de	desprezo	por	boa	parte	da	crítica.	A	incom-
preensão	 estética	 e	 o	 preconceito	 antissemita	 também	 o	
acompanhariam postumamente e foram raros os maestros 
que, nas décadas que se seguiram à sua morte, se empenha-
ram	na	apresentação	de	suas	obras.
Julgue os itens.
12.	 O	parágrafo	lido	constitui-se	de	dois	períodos,	residindo	
a ideia principal no segundo.
13.	 A	 ideia	 principal	 está	 contida	no	primeiro	período,	
representando o segundo um desenvolvimento das 
ideias do primeiro.
14. Qual a ideia principal do texto?
a)	 Mahler	foi	um	compositor.
b)	Mahler	tinha	origem	judaica.
c)	 Mahler	compunha	música	erudita.
d)	O	valor	de	Mahler	só	foi	reconhecido	devidamente	
a	partir	de	algumas	décadas	após	seu	falecimento.	
e)	 A	finalidade	do	texto	é	dizer	que	boa	parte	da	críti-
ca foi contrária a Mahler.
Gabarito Comentado
12. Errado A questão seguinte esclarece o assunto.
13. Certo
14. d
Nesta	questão	14,	todas	as	cinco	alternativas	exprimem	
informações	 contidas	no	 texto	dado.	 	 Contudo,	 entre	 as	
ideias lançadas em qualquer texto, existe uma hierarquia, 
uma	gradação	de	 importância.	Daí	os	 conceitos	de	 IDEIA	
CENTRAL	OU	PRINCIPAL	e	IDEIAS	SECUNDÁRIAS	OU	PERIFÉ-
RICAS.	A	ideia	central	ou	principal	será	a	responsável	pelo	
TEMA,	que	não	se	define	por	uma	só	palavra,	mas	por	uma	
AFIRMAÇÃO.	Pode-se	dizer	que	o	tema	do	trecho	lido	é	a 
valorização póstuma da obra mahleriana. As demais ideias, 
secundárias, servem para dar maior compreensão ao texto 
e propiciar ao leitor uma visão mais detalhada do assunto.
COMO aCHaR a IDEIa PRInCIPaL OU O TEMa
Tratando-se	de	texto	expositivo,	argumentativo,	os	exa-
minadores	buscam	avaliar	no	 candidato	a	 capacidade	de	
captar o mais importante. Quando você tem pouco tempo 
na prova e precisa responder a uma questão que indaga 
sobre	o	tema	ou	a	ideia	central	de	um	longo	texto,	ou	de	
um	texto	completo,	basta	concentrar-se	na	leitura	do	último	
parágrafo.	Necessariamente	lá	está	a	resposta	da	questão.
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Normalmente,	num	parágrafo,	a	ideia	principal	se	encon-
tra na parte inicial sendo seguida de um desenvolvimento, 
em	forma	de	explicação,	detalhamento,	exemplificação	etc..		
Essa	ideia	principal	também	é	conhecida	por	TÓPICO	FRASAL.	
Mais	raramente,	pode	ser	encontrada	no	final	do	parágrafo,	
sob	a	forma	de	conclusão	das	informações	ou	explanações	
que	a	antecedem.	Repetindo:	a	ideia	central	ou	principal	de	
um	parágrafo	se	situa	no	início	ou	no	final.	Nas	outras	partes,	
aparecem os argumentos.
Quando	a	abordagem	é	não	apenas	de	um	parágrafo,	
mas de um texto completo, o tema ou ideia principal se 
encontra	no	último	parágrafo,	podendo	também	aparecer	
no	primeiro,	 conhecido	 como	parágrafo	 introdutório.	Os	
parágrafos centrais são reservados às argumentações, que 
contribuem	para	dar	suporte	à	principal	ideia.
InTERTEXTUaLIDaDE
Chama-se	intertextualidade	a	relação	explícita	ou	implí-
cita de um texto com outro. 
Quando	Chico	Buarque	diz,	na	música	Bom	Conselho,	“de-
vagar é que não se vai longe”, “quem espera nunca alcança”, 
cria uma intertextualidade implícita com os ditos populares 
“devagar se vai ao longe” e “quem espera sempre alcança”.
Veja	a	estrofe	seguinte:
Minha terra tem palmares 
Onde	gorjeia	o	mar
Os	passarinhos	daqui
Não	cantam	como	os	de	lá
(Oswald	de	Andrade)
E	responda	C	(certo)	ou	E	(errado):
(			)		Esses	versos	 lembram	“Minha	 terra	 tem	palmeiras,	 /	
Onde	canta	o	sabiá;	/	As	aves,	que	aqui	gorjeiam,	/	Não	
gorjeiam	como	lá.	/”,	de	Gonçalves	Dias.
(			)		A	criação	de	Oswald	de	Andrade	constitui	um	combate	
à	estética	romântica.
(			)		trata-se	de	bom	exemplo	de	intertextualidade.
Gabarito
C, C, C 
IMpLÍCItOS: pRESSUpOStOS E SUBEntEnDIDOS
Implícitos
Implícitos	constituem	informações	que	não	se	encontram	
exteriorizadas	(ou	escritas	ou	pronunciadas)	no	texto,	estando	
apenas	sugeridas	por	um	ou	outro	índice	linguístico.	É	a	leitura	
atenta e competente que permite ao leitor a percepção do que 
ficou	implícito,	ou	se	mostra	apenas	nas	entrelinhas.
Pressupostos
Os	pressupostos	são	identificados	por	estarem	sugeridos 
por palavras	ou	outros	elementos	do	texto,	não	são	difíceis	
de	encontrar-se	e	não	podem	ser	desmentidos	pelo	uso	do	
raciocínio	lógico.
Ex.:	Teresa voltou da Índia.
Pressupostos:	ela	foi	à	Índia	(indiscutível);	a	viagem	teve	
início	há	mais	que	dois	dias	(indiscutível).	
Subentendidos 
Os	subentendidos se formam por dedução subjetiva do 
leitor,	pois	baseiam-se	em	sua	visão	de	mundo,	por	isso	são	
discutíveis.
Ex.:	Teresa voltou da Índia.
Subentendidos:	 Teresa	 gastou	 muito	 (discutível,	 pois	
pode	alguém	ter	pago	tudo);	ela	é	uma	felizarda,	aproveitou	
bastante	 (discutível,	porque	pode	ter	 ido	a	 trabalho,	com	
pouco	dinheiro,	e	ter	ficado	hospitalizada	o	tempo	todo).
Exercícios
Assinale C ou E nos parênteses.
Na	frase	Carlos mudará de profissão,
1.		 (			)	tem-se	como	pressuposto	que	ele	ganha	pouco.
2.		 (			)	tem-se	como	pressuposto	que	ele	tem	profissão.
3.		 (			)	é	possível	que	ele	esteja	contrariado.
4.		 (			)	é	possível	que	ele	tenha	profissão.
Gabarito
1. E 2. C 3. C 4. E
TIPOLOgIa TEXTUaL
narração ou história
Texto	que	conta	uma	história,	curtíssima	ou	longa,	tendo	
personagem, ação, espaço e tempo, mas o tempo tem de 
estar em desenvolvimento.
Ela chegou, abriu a porta, entrou e olhou para mim.	(As	
ações	acontecem	em	sequência)
Descrição ou retrato 
1.	 Texto	que	mostra	um	ambiente.	
 O Sol estava a pino, as portas trancadas, as janelas 
escancaradas, as ruas vazias, os carros estacionados, os 
galhos das árvores e o capim absolutamente parados.
2.	 Texto	que	mostra	ações	simultâneas.
 Enquanto ela falava, o cachorro latia, a criança cho-
rava, o vizinho aplaudia.	 (As	 ações	 acontecem	no	
mesmo	momento,	o	tempo	está	parado)
Dissertação ou ideias 
Texto	construído	não	para	contar	história	ou	fazer	um	
retrato, mas para desenvolver um raciocínio.
É sábio dizer-se que o limite de um homem é o limite de 
seu próprio medo.
Na	prática,	um	texto	pode	misturar	as	tipologias,	por	isso	
é	comum	classificá-lo	com	base	em	qual	tipologia	predomina,	
ou	seja,	para	atender	a	qual	tipologia	o	texto	foi	feito.
O	tipo	DISSERTAÇÃO	modernamente	vem	sendo	subs-
tituído,	conforme	o	caso,	por	Argumentação,	Exposição,	ou	
Injunção:	
• argumentação: apresenta argumentos na defesa 
de	um	ponto	de	vista:
 A sua expansão industrial e comercial ocorreu muito antes 
dos países vizinhos, não só porque dispunha de extensa 
rede de ferrovias, hidrovias e rodovias, mas também por-
que detinha maiores recursos para investimento.
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a•	Exposição: apenas expõe as ideias, sem apresentar 
argumentos:
 A Bulgária se tornou membro da União Europeia em 
janeiro de 2007, após dez anos de negociação. 
• Injunção:	orienta	o	comportamento	do	receptor:
	 Manuais	de	utilização	de	equipamentos.	Orientações	
de como tomar um remédio. Como ligar e desligar a 
irrigação	do	jardim...	
Exercícios 
Use	as	letras	iniciais	das	cinco	frases	seguintes	para	identificar	
nos parênteses, os cinco textos que as acompanham. 
N.	Constitui	exemplo	de	narração.	
D. Predomina o caráter de descrição. 
I.	Tem	como	base	um	parágrafo	injuntivo.	
E.	Exemplifica	dissertação	expositiva.	
A.	Classifica-se	como	dissertação	argumentativa.
Atenção para as partes em itálico.
Texto	1	(EP).
(				)	 Quando	Clarice	se	mostrou	chateada	com	algumas	es-
trias	no	seio,	Rogério	prontamente	informou:	
	 –	Tenho	solução	para	isso.
	 –	É	verdade	que	você	tem?
 – Claro!
 – Então me ensina.
 – Ponha duas colheres de sopa de azeite numa frigi-
deira. Amasse três dentes de alho, depois de tirar a 
casca, e misture-os ao azeite. Deixe a mistura no fogo 
médio por cinco minutos e apague o fogo. Aguarde que 
ela esfrie um pouco até a temperatura ficar suportável 
ao tato. Durante oito minutos, embeba quantas vezes 
necessárias um algodão naquele azeite, e passe-o su-
avemente em movimentos circulares no seio estriado. 
Vá ao espelho e veja o resultado. 
	 –	As	estrias	vão	embora?	
 – Podem ir, mas se não forem, você pode estrear um 
peitinho	a	alho	e	óleo.
Texto	2	(EP).
(				)	 Paulo abriu a porta devagar, observou com calma o 
ambiente, caminhou pé ante pé até a janela, abriu a 
cortina, esperou que os olhos se acostumassem à clari-
dade que invadiu o quarto, só então deitou-se no chão 
e vasculhou com os olhos a parte embaixo da cama. 
Teve certeza de que o bicho não estava lá.
Texto	3	(EP).
(				)	 Berenice	percebeu	que	André	não	lhe	estava	sendo	fiel	
porque ele dissera não conhecer Isaura, mesmo depois 
de ter dormido na casa dela. Além disso, as duas vezes 
que Berenice citou o nome de Isaura, André desviou 
primeiro o olhar, em seguida mudou de assunto. Sem 
falar no perfume que o acompanhava quando entrou 
em casa: o preferido de Isaura. 
Texto	4.
(				)	 Para investigadores, há indícios de que parte do dinheiro 
desviado tenha sido usado por Collor para compra de 
carros de luxo em nome de empresas de fachada. Al-
guns desses automóveis foram apreendidos pela Polícia 
Federal na Operação Politeia, um desdobramento da 
Lava Jato, realizada em 14 de julho.
Texto	5.
(				)	 A manhã estava radiosa e cálida. Sequer uma nuvem. 
As folhagens das árvores, dos arbustos e das gramíneas 
oscilavam suavemente. Juritis, sabiás e bemtevis har-
monizavam seus cantares, vez por outra salpicados por 
latidos um tanto quanto lentos e preguiçosos. O perfu-
me do jasmim ocupava a beira da piscina, envolvendo 
o tom rosado da pele de Janaína.
(			)	 Ponha	nestes	parênteses	o	número	do	texto	que	faz	uso	
do diálogo em sua organização.
Gabarito
Texto	1	(I)
Texto	2	(N)
Texto	3	(A)
Texto	4	(E)
Texto	5	(D)
Texto	1
níVEIS DE FORMaLIDaDE/InFORMaLIDaDE
níveis de Fala (tipos de norma)
Registro formal ou adloquial
No	registro	formal	(adloquial,	culto,	padrão),	as	circuns-
tâncias	exigem	do	emissor	postura	concentrada	e	adequada	
a	um	grupo	sofisticado	de	falantes.	Tende	ao	uso	da	norma	
culta	 (também	chamada	de	padrão,	 ou	erudita),	 que	 se	
estuda	nas	gramáticas	normativas.
Por favor, entenda que seria importante para nós sua 
presença.
Registro informal ou coloquial
A informalidade ou coloquialismo acontece quando o 
ambiente	permite	ao	emissor	uma	postura	mais	à	vontade,	
sem	preocupações	gramaticais.
Vem, que sua presença é importante. (A	gramática	orien-
ta:	Vem, que tua presença... ou Venha, que sua presença...)
Na	 informalidade,	a	 língua	é	usada	na	 forma	de	cada	
região,	profissão,	esporte,	gíria,	internet...
Registro vulgar
Normalmente	envolve	uso	de	calão	ou	gíria.
Oi, cara, pinta lá no pedaço. 
Registro de baixo calão
É	o	nível	das	gírias	pesadas	e	dos	palavrões.
Naquele cafofo só vai ter piranha e Zé-mané, porra. 
Cada	 texto	deve	obedecer	a	um	nível	de	 formalidade	
ou	informalidade,	com	a	escolha	do	vocabulário	e	de	cons-
truções	frásicas	adequada	ao	público	e	ao	ambiente	a	que	
se	destina.
Variação linguística
Uma língua se realiza na fala de grupos diferentes, no 
tempo	(compare	os	escritos	da	carta	de	Caminha,	de	José	
de	Alencar	e	de	hoje),	no	espaço	(veja	as	diferenças	de	ex-
pressão	das	várias	regiões	brasileiras),	nas	profissões	(atente	
para	seus	jargões	ou	expressões	características),	em	grupos	
de	 relacionamentos	 (cada	um	com	suas	gírias	e	 constru-
ções	frásicas	identificadoras:	DJs,	políticos,	cantores	de	rap,	
religiosos,	surfistas,	tatuadores,	traficantes,	escaladores...)
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Já houve o tempo em que se considerava certo apenas o 
uso da norma então conhecida como culta ou erudita, porém 
a	sociolinguística	substituiu	o	conceito	de	certo/errado	pelo	
de adequado/inadequado. Em termos de comunicação, 
certo	é	o	emissor	adequar	seu	código	ao	do	receptor	para	
se	fazer	entender	bem.	Por	isso,	tanto	o	“nós	vai”,	como	o	
“nós	vamos”	podem	ou	não	estar	adequados,	dependendo	
do	ambiente	ou	do	grupo	de	falantes	a	que	se	destine.
FUnÇõES Da LIngUagEM
Todo	emissor,	no	momento	em	que	realiza	um	ato	de	fala,	
atribui,	consciente	ou	inconscientemente,	maior	importância	
a	um	dos	seis	elementos	da	comunicação	(emissor,	recep-
tor,	referente,	canal,	código	ou	mensagem).	Descobrir	qual	
elemento	está	em	destaque	é	definir	a	função	da	linguagem.
Função Emotiva (ou Expressiva)
Predomina	em	importância	o	emissor	e	é	muito	usada	
em	textos	líricos,	amorosos,	autobiográficos,	testemunhais...	
Constitui	uma	característica	de	subjetividade.
Emissor:	aquele que	 fala,	representado	por	eu,	nós,	a	
gente	(no	sentido	de	“nós”).	
São	índices	desta	função:
1.	 sujeito	emissor	–	Eu vi Mariana chegar. a gente viu 
Mariana chegar. nós vimos Mariana chegar.
2. uso de exclamação – Mariana chegou!
3.	 uso	de	interjeição	–	Ih! Mariana chegou.
Função Conativa (ou Apelativa)
Predomina	em	importância	o	receptor	e	é	frequente	em	
linguagem	de	publicidade	e	de	oratória.
Receptor:	com quem	se	fala,	representado	por	tu,	vós,	
você(s),	Vossa	Senhoria,	Vossa	Alteza,	Vossa...	
São	índices	desta	função:
1.	 sujeito	receptor	–	Você sabia	que	Mariana	chegou?
2.	 vocativo	–	Paulo, tu estás correto.
3.	 imperativo	–	Por	favor,	venha cá. Beba guaraná.
Função Referencial (ou Informativa)
Predomina	em	importância	o	referente	e	é	empregada	
nos	textos	científicos,	jornalísticos,	profissionais	–	correspon-
dências	oficiais,	atas...	É	uma	característica	de	objetividade.
Referente:	de que ou de quem se fala, representado por 
ele(s),	ela(s),	Sua	Excelência,	Sua	Majestade,	Sua...,	ou	por	qual-
quer	substantivo	ou	pronome	substantivo	de	terceira	pessoa.	
É	índice	desta	função:
1.	 sujeito	referente	–	Mariana chegou. Ele chegou. Sua 
Senhoria chegou. Quem chegou?
Função Fática
Predomina	 em	 importância	 o	 canal	 e	 normalmente	
aparece em trechos pequenos, dentro de outras funções.
Canal:	meio	físico	 (ar,	 luz,	 telefone...)	 e	psicológico	 (a	
atenção)	que	interliga	emissor	e	receptor.	
Usa-se	a	função	fática	para:
1. testar o funcionamento do canal – Um, dois, três... 
Alô,	alô...
2.	 prender	a	atenção	do	receptor	–	Bom	dia.	Como	vai?	
Até logo. Certo ou errado?
3. distrair a atenção do receptor –
	 Ele:	Onde	você	estava	até	esta	hora?
	 Ela:	Por	 favor,	 ligue	agora	para	o	 José	e	 lhe	deseje	
sorte.	(Ela	desviou	a	atenção	do	assunto	dele)
Função Metalinguística
Predomina o assunto “língua”, é o uso da língua para 
falar	da	própria	língua.	
Língua:tipo	de	código	usado	na	comunicação.
Os	dicionários,	as	gramáticas,	os	livros	de	texto,	de	re-
dação,	as	críticas	literárias	são	exemplos	de	metalinguagem.
Função poética (ou Estética)
Predomina	em	importância	a	elaboração	da	mensagem.
Mensagem,	fala	ou	discurso:	é	o como se diz e não o 
que se diz.
As frases “Você roubou minha caneta” e “Você achou 
minha caneta antes de eu a perder”,	embora	tenham	o	mes-
mo assunto ou referente, são mensagens, falas ou discursos 
diferentes, tanto é que provocam sensações diferentes no 
receptor.
A	função	poética	valoriza	a	escolha	das	palavras,	ora	pela	
sonoridade,	ora	pelo	ritmo	(Quem casa quer casa. Quem tudo 
quer tudo perde. Quem com ferro fere com ferro será ferido),	
ora	pelo	significado	inusitado	(Penso, logo desisto),	ora	por	
mais	de	uma	dessas	ou	outras	características.
Obs.:	 todas	essas	 funções	podem	 interpenetrar-se	no	
texto,	mas	uma	(qualquer	uma)	tenderá	a	ser	predominante.	
No	caso	de	um	texto	poético	ou	estético,	as	demais	funções	
ocupam o segundo plano.
TIPOS DE DISCURSO
Discurso Direto
Reprodução	exata	da	fala	do	personagem.
Julieta	respondeu:	Estou satisfeita com sua resposta.
Pode	vir	entre	aspas: “Estou satisfeita com sua resposta.”
Pode	 vir	 após	 travessão:	 –	Estou satisfeita com sua 
resposta. 
Discurso Indireto
O	narrador	traduz	a	fala	do	personagem.
Julieta respondeu que estava satisfeita com a resposta 
dele.
Julieta respondeu estar satisfeita com a resposta dele.
Discurso Indireto Livre
A fala do personagem se confunde com a do narrador.
Mariana	sentou-se	em	frente	ao	guri,	o que se passava 
naquela cabecinha? Que sorrisinho maroto...
Discurso do narrador 
É	a	fala	de	quem	conta	a	história.
Julieta respondeu:	Estou	satisfeita	com	sua	resposta.
Monólogo
Fala	de	um	personagem	consigo	mesmo.
Paulo atravessou o bar, resmungando: “Não acredito no 
que acabei de ver”.
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Diálogo
Conversa entre dois ou mais personagens.
– Você devia ser mais suave na sua fala.
– Vou tentar.
gênEROS DO DISCURSO, gênEROS TEXTUaIS
Desde	os	estudos	de	Bakhtin	até	os	de	Koch,	chegou-se	
à	percepção	de	certas	sequências	relativamente	estáveis	de	
enunciados, voltadas a atender necessidades diferentes da 
vida	social,	sequências	essas	definidoras	do	que	se	conven-
cionou	chamar	Gêneros	do	Discurso,	adaptáveis	à	sociedade	
e seus comportamentos.
Gêneros primários
São	os	que	se	desenvolvem	primeiro,	realizados	em	situa-
ções	de	comunicação,	no	âmbito	social	cotidiano	das	relações	
humanas:	diálogo,	telefonema,	bilhete,	carta,	piada,	oração,	
comando militar rápido, situações de interação face a face..
Gêneros secundários
Referentes	a	circunstâncias	mais	complexas,	públicas,	de	
interação social, muitas vezes escritas, monologadas, capazes 
de	incorporar	e	transmutar	os	gêneros	primários.	Necessitam	
de	instrução	formal	e	aparecem	sob	a	forma	de	1.	Gêneros	
literários:	provérbios,	crônicas,	contos,	novelas,	romances,	
dramas...;	2.	Gêneros	oficiais:	cartas,	ofícios,	memorandos,	
anais,	tratados,	textos	de	lei,	documentos	de	escritório...;	3.	
Gêneros	científicos:	pesquisas,	relatórios,	críticas,	análises,	
teses,	ensaios...		4.	Gêneros	Jornalísticos:	notícia,	matéria,	
entrevista,	charge	...	5.	Gêneros	outros	como	dos	círculos	
artísticos,	 sócio-políticos,	 retóricos,	 	 jurídicos,	 	 políticos,	
publicísticos,	esportivos...
Eis	alguns	tipos	explorados	em	provas	elaboradas	pelo	
Cespe:
Crônica
Texto	curto	dissertativo,	comentando	fato	ou	situação	
do momento.
Conto
História	curta	com	poucos	personagens	em	torno	de	um	
núcleo	de	ação.
novela
História	mais	longa	que	o	conto	e	que	também	envolve	
só	um	núcleo	de	ação.
Romance
História	longa	e	complexa	em	que	os	personagens	atuam	
em	torno	de	vários	núcleos	de	ação.	As	chamadas	novelas	de	
televisão literariamente são romances porque revezam vários 
núcleos	temáticos,	revezando	também	como	protagonistas	
grupos diferentes de personagens.
parábola
Narrativa	que	transmite	uma	mensagem	indireta,	geral-
mente de cunho moral, por meio de comparação ou analogia.
Cristo	falava	por	parábolas,	como	a	do	Filho Pródigo e a 
do Joio e do Trigo.
Fábula
Tipo	de	parábola	curta,	em	prosa	ou	verso,	que	apresenta	
animais como personagens e que ilustra um ensinamento 
moral.	Famosas	são	as	fábulas	de	Esopo,	como	A Raposa e 
as Uvas, O Lobo e o Cordeiro.
Sátira
Texto	 crítico,	 picante,	 sarcástico,	maledicente,	 irônico,	
zombeteiro	para	criticar	instituições,	costumes	ou	ideias.
Apólogo
Narrativa	didática,	em	prosa	ou	verso,	em	que	se	animam	
e	dialogam	seres	inanimados.	Um	bom	exemplo	é	o	texto	de	
Machado	de	Assis	intitulado	A Agulha e a Linha.
Lenda
História	com	base	em	informações	imaginárias.	São	len-
dários	o	saci-pererê,	a	boiuna,	a	mula	sem	cabeça...
anedota
História	curta	engraçada	ou	picante.
paródia
Imitação	 artística,	 jocosa,	 satírica,	 bufa;	 arremedo	 de	
outro	texto.	Vejam-se	os	segundos	textos.
Quem com ferro fere com ferro será ferido.
Quem confere ferro, com ferro...
Penso, logo existo.
Penso, logo desisto.
paráfrase ou frase paralela
É	um	texto	criado	na	tentativa	de	reproduzir	o	sentido	
de	outro.	É	um	texto	sinônimo,	de	sentido	semelhante.	Veja	
o segundo texto.
Todo	dia	ela	faz	tudo	sempre	igual	/	Me	sacode	às	três	
horas	da	manhã	/	Me	sorri	um	sorriso	pontual	/	E	me	beija	
com	a	boca	de	hortelã...	(Chico	Buarque)
Dia após dia ela faz as mesmas coisas. Me tira da cama 
às três da madrugada. Me dá um sorriso rotineiro e um beijo 
com gosto de pasta de dente...
Obs.:	a	paráfrase	sempre	altera	algo	no	sentido	subjetivo	
do texto.
Epígrafe
Inscrição	que	antecede	um	texto	(no	frontispício	de	um	
livro,	no	início	de	um	capítulo,	de	um	poema,	de	uma	crô-
nica...).
Título:	 EPICÉDIO	III
Epígrafe: À morte apressada de um amigo
 
Texto:	 Comigo	falas;	eu	te	escuto;	eu	vejo
	 Quanto	apesar	de	meu	letargo,	e	pejo,
	 Me	intentas	persuadir,	ó	sombra	muda,
 Que tudo ignora quem te não estuda.
(Cláudio	Manuel	da	Costa)
SEMânTICa
Sema 
É	unidade	de	significado.	A	palavra	“garotas”	tem	três	
semas:
1. garot é	o	radical	e	significa	ser	humano	em	formação;
2. a	é	desinência	e	significa	feminino;
3. s é	desinência	e	significa	plural.
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Monossemia ou unissignificação
É	o	fato	de	uma	expressão	ter	no	texto	apenas	um	sig-
nificado.
polissemia ou plurissignificação
É	o	fato	de	uma	expressão,	no	texto,	ter	múltiplos	sig-
nificados.	
Ambiguidade ou anfibologia 
Significa	duplo	sentido.
Denotação
Sentido	objetivo	da	palavra	–	Teresa	é agressiva.
Conotação
Sentido	figurado	da	palavra	–	Teresa	é	um	espinho.
Campo Semântico
Área	 de	 abrangência	 ou	 de	 interpenetração	 de	
significado(s).
Chuteira,	pênalti,	drible,	estádio...	pertencem	ao	campo 
semântico do futebol.
Oboé,	melodia,	contralto...	pertencem	ao	campo semân-
tico da música.
Aeromoça, aterrissar, taxiar... pertencem ao campo se-
mântico da aviação.
Contexto
As palavras ou signos podem estar soltos ou contextua-
lizados.	O	contexto é	a	frase,	o	texto,	o	ambiente	em	que	a	
palavra	ou	signo	se	insere.	Normalmente,	uma	palavra	solta,	
fora	de	um	contexto,	desperta	vários	sentidos	(polissemia)	
e	os	dicionários	 tentam	relacioná-los,	 apresentando	cada	
um	dos	 sentidos	 (monossemia)	 ligado	a	um	determinado	
contexto. 
No	Dicionário Houaiss, a palavra ponto	tem	62	significa-
dos e contextos; linha tem outros 58, sendo que, em cada 
um desses contextos, a monossemia prevalece.
nos textos literários ou artísticos,	ambiguidade	e	po-
lissemia	 são	 valores	positivos.	O	 texto	artístico	pode	 ser	
considerado	tão	mais	valioso	quanto	mais	plurissignificativo.nos textos informativos	(jornalísticos,	históricos,	cien-
tíficos...	),	a	monossemia	é	valor	positivo,	enquanto	a	ambi-
guidade e a polissemia devem ser evitadas.
Sinonímia
Existência	de	palavras	ou	termos	com	significados	con-
vergentes,	 semelhantes:	 vermelho	e	encarnado,	brilho	e	
luminosidade,	branquear	e	alvejar...
Antonímia
Existência	de	palavras	ou	termos	de	sentidos	opostos:	
claro	e	escuro,	branco	e	negro,	alto	e	baixo,	belo	e	feio...
Homonímia
Palavras	iguais	na	escrita	ou	no	som	com	sentidos	dife-
rentes:	cassa	e	caça,	cardeal	(religioso),	cardeal	(pássaro),	
cardeal	(principal)...
paronímia
Palavras	parecidas:	 eminência	 e	 iminência,	 vultoso	e	
vultuoso...
QUaLIDaDES DO TEXTO
Um	texto	bem	redigido	deve	 ter	algumas	qualidades.	
A	seguir,	cada	tópico	apresenta	uma	dessas	qualidades	e,	
também,	seu	defeito,	o	oposto.
Clareza
Clareza é a qualidade que faz um texto ser facilmente 
entendido. Obscuridade	é	o	seu	antônimo.
Questões
O	menino	e	seu	pai	foram	hospedados	em	prédios	diferentes	
o	que	o	fez	ficar	triste.
Assinale C para certo e E para errado.
1.	 (	 )	 A	estruturação	da	 frase	 se	dá	de	maneira	 clara	e	
objetiva.
2.	 (	 )	 A	leitura	desse	trecho	se	torna	ambígua	em	virtude	
do	mau	uso	do	pronome	oblíquo	“o”.
3.	 (	 )	 Colocando-se	o	oblíquo	“o”	no	plural,	caberia	plu-
ralizar	“ficar	triste”	(o	que	os	fez	ficarem	tristes)	e	a	
clareza se restaura porque o “triste” passa a se referir 
a	ambos,	“o	menino”	e	“seu	pai”.
4.	 (	 )	 Substituindo-se	o	oblíquo	“o”	por	“este”	(o	que	fez	
este	ficar	triste	),	também	se	elimina	a	ambiguidade,	
passando	a	significar	que	só	o	pai	ficou	triste.
5.	 (	 )	 Substituindo-se	o	oblíquo	“o”	por	“aquele”	(o	que	
fez aquele	 ficar	 triste)	 comete-se	uma	 incorreção	
gramatical.
6.	 (	 )	 Substituindo-se	o	oblíquo	“o”	por	“aquele”	(o	que	
fez aquele	ficar	triste)	resolve-se	também	a	obscu-
ridade,	pois	afirma-se	que	só	o	menino	ficou	triste,	
porque	o	demonstrativo	“aquele”	refere-se	ao	subs-
tantivo	mais	distante.
Gabarito
Itens 2, 3, 4 e 6 certos; itens 1 e 5 errados.
 
Coerência
Se	as	 ideias	estão	entrelaçadas	harmoniosamente	em	
termos	lógicos,	encontra-se	no	texto	coerência.	O	seu	an-
tônimo	é	ilogicidade, incoerência.
Questões
I	–	Toda	mulher	gosta	de	ser	elogiada.	Se	queres	agradar	a	
uma, mostra-lhe suas qualidades. 
II	–	Toda	mulher	gosta	de	ser	elogiada.	Se	queres	agradar	a	
uma, mostra-lhe seus defeitos. 
Assinale C para certo e E para errado.
1.	 (	 )	 O	texto	I	exemplifica	raciocínio	incoerente.
2.	 (	 )	 O	texto	II	desenvolve	raciocínio	coerente.
3.	 (	 )	 A	incoerência	se	faz	presente	em	ambos	os	parágrafos.
4.	 (	 )	 Os	dois	parágrafos	são	perfeitamente	coerentes.
5.	 (	 )	 O	 raciocínio	do	 texto	 I	 é	 perfeitamente	 lógico	 e	
coerente.
6.	 (	 )	 O	desenvolvimento	 racional	do	 texto	 II	 peca	por	
incoerência.
Gabarito
Itens 1, 2, 3 e 4 errados; itens 5 e 6 certos.
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Concisão
Concisão é a capacidade de se falar com poucas palavras. 
O	seu	oposto	é	prolixidade.
Questões
I	–	Andresa	trouxe	Ramiro	e	Osvaldo	à	minha	presença,	no	
meu	escritório	e	me	apresentou	essas	duas	pessoas.	
II	 –	Andresa	 trouxe-me	ao	escritório	Ramiro	e	Osvaldo	e	
mos apresentou. 
Assinale C para certo e E para errado.
1.	 (	 )	 Os	dois	textos	apresentam	o	mesmo	teor	informativo.
2.	 (	 )	 O	primeiro	é	mais	prolixo	(dezessete	palavras,	uma	
vírgula	e	um	ponto	final).
3.	 (	 )	 O	segundo	é	mais	conciso	(onze	palavras	e	um	ponto	
final).
4.	 (	 )	 A	última	oração	da	frase	II	deve	ser	corrigida	para	
“e nos apresentou”.
5.	 (	 )	 No	período	II,	“mos”	funciona	como	objeto	indireto	e	
direto, porque representa a fusão de dois pronomes 
oblíquos	átonos	(me	+	os).
Gabarito
Itens 1, 2, 3 e 5 certos; item 4 errado.
Correção Gramatical
Correção é	o	ajuste	do	texto	a	um	determinado	padrão	
gramatical.	 Tradicionalmente	as	provas	 sempre	visaram	a	
medir o conhecimento da norma culta	(também	chamada	de	
erudita ou padrão),	por	isso,	quando	simplesmente	pedem	
para apontar o que está certo ou errado gramaticalmente, 
estão-se	referindo	à	adequação	ou	inadequação	do	texto	a	
essa norma culta.
 
Questões
I		–	Nóis	num	é	loco,	nóis	só	véve	ansim	pruquê	nóis	qué.	
II	–	Não	somos	loucos,	só	vivemos	assim	porque	queremos.	
Assinale C ou E,	conforme	julgue	a	afirmação	certa	ou	errada.
a)	 O	 texto	 I	 está	 correto	em	 relação	ao	padrão	popular	
regional	e	errado	relativamente	ao	culto.
b)	 O	 texto	 II	 está	 certo	de	acordo	com	o	padrão	culto	e	
errado se a referência for o popular regional.
Gabarito
Ambas	as	afirmações	estão	corretas.
Coesão
Coesão	é	a	inter-relação	bem	construída	entre	as	partes	
de	um	texto.	Seu	antônimo	é	a	incoesão	ou	desconexão.
COESÃO E COnECTORES 
Coesão	é	a	inter-relação	bem	construída	entre	as	partes	
de um texto e se faz com o uso de conectores ou elementos 
coesivos. 
Coesão gramatical (ou coesão referencial 
endofórica)
Os	componentes	de	um	texto	se	inter-relacionam,	referin-
do-se	uns	aos	outros,	evidenciando	o	que	se	chama	coesão	
referencial	endofórica,	ou	coesão	gramatical.	Além	do	uso	das	
preposições	e	conjunções,	eis	alguns	recursos	de	coesão	refe-
rencial	endofórica	e	seus	elementos	coesivos	ou	conectores:
nominalização
Substantivo	que	retoma	 ideia	de	verbo	anteriormente	
expresso.
Os alunos esforçados foram aprovados e a aprovação 
lhes trouxe euforia.
Elemento	 coesivo:	 “aprovação”	 retoma	 “foram	apro-
vados”.
Pronominalização
Pronome	retomando	ou	antecipando	substantivo.
Conector:	na	frase	anterior,	“lhes”	retoma	“alunos”.
Repetição vocabular
Repetição	de	palavra.	
A mulher se apoia no homem e o homem na mulher. 
Elemento	 coesivo:	na	 segunda	oração	 repetem-se	os	
substantivos	“homem”	e	“mulher”.
Sintetização
Uso	de	expressão	sintetizadora.
Viagens, passeios, teatros, espetáculos... Tudo nos mos-
tra o mundo.
Conector:	na	segunda	oração,	a	expressão	“tudo”	sinte-
tiza	“Viagens, passeios, teatros, espetáculos...”.
Uso de numerais 
São possíveis três situações. A primeira é ela estar sendo 
sincera. A segunda é estar mentindo. A terceira é não saber 
o que fala.
Elemento	coesivo:	os	ordinais,	“primeira”,	“segunda”	e	
“terceira” retomam o cardinal “três”.
Uso de advérbios 
Hesitando, entrou no quarto de Raquel. Ali deveria estar 
escondida a resposta.
Conector:	o	advérbio	“Ali”	recupera	a	expressão	“quarto	
de	Raquel”.
 
Elipse
Omissão	de	termo	facilmente	identificável.
Nós chegamos ao jardim. Estávamos sedentos.
Elemento	coesivo:	a	desinência	verbal	“mos”	retoma	o	
sujeito	“nós”	expresso	na	primeira	oração.
Sinonímia
Palavras	ou	expressões	de	sentidos	semelhantes.
O extenso discurso se prolongou por mais de duas horas. 
A peça de oratória cansativa foi responsável pelo desinte-
resse geral.
Conector:	o	sinônimo	“peça	de	oratória”	retoma	a	ex-
pressão “discurso”.
Hiperonímia
Hiperônimo	é	palavra	cujo	sentido	abrange	o	de	outra(s).	
Roupa	 constitui	 hiperônimo	em	 relação	a	 calça,	 vestido,	
paletó,	camisa,	pijama,	saia...
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Ela escolheu a saia, a blusa, o cinto, o sapato e as meias... 
Aquele conjunto estaria, sim, adequado ao ambiente.
Elemento	coesivo:	o	hiperônimo	“conjunto”	retoma	os	
substantivos	anteriores.
Hiponímia
Hipônimo	é	palavra	de	sentido	 incluído	no	sentido	de	
outra.	Boneca,	pião,	pipa,	bambolê,	carrinho,	bola	de	gude...	
são	hipônimos	de	brinquedo. 
Naquela disputa havia cinco times, contudo apenas o 
Flamengo se pronunciou.
Conector:	o	hipônimo	“Flamengo”	 cria	 coesão	 com	a	
palavra	“times”.
Anáfora
chama-se	anafórico ao elemento de coesão que retoma 
algo	já	dito.O lobo e o cordeiro se olharam; aquele, com fome; este, 
com temor.
Coesivos	anafóricos:	“aquele”	e	“este”	retomam	“lobo”	
e “cordeiro”.
Catáfora
Palavra ou expressão que antecipa o que vai ser dito. 
Não se esqueça disto: já estamos comprometidos.
Conector	catafórico:	“disto”	antecipa	a	oração	“já	esta-
mos	comprometidos”.
Obs.: a coesão é uma qualidade do texto e sua falta cons-
titui	erro.	Desconexo	ou	incoeso	é	o	texto	a	que	falta	coesão.
DOMínIO DOS MECanISMOS DE COESÃO 
TEXTUaL
Os	mecanismos	de	coesão	textual	exigem	conhecimentos	
outros,	 como	uso	dos	pronomes,	 regência,	 concordância,	
colocação... 
Resolva	as	questões	seguintes,	onde	aparecem	10	co-
esões	 bem	 feitas	 e	 10	 imperfeitas,	 com	 relação	 à	 norma	
padrão	oficial.
Qual	dos	dois	textos	está	mais	bem	escrito,	levando	em	con-
sideração os mecanismos de coesão textual?
1.	 a)	 O	cavalo,	o	ganso	e	a	ovelha	andavam	lado	a	lado;	
enquanto este relinchava, aquele grasnava e ela 
balia.
b)	O	cavalo,	o	ganso	e	a	ovelha	andavam	lado	a	lado;	
enquanto aquele relinchava, esse grasnava e esta 
balia.	
 
2.	 a)	 Atenção	a	este	aviso:	“Piso	Escorregadio”.
b)	 Atenção	a	esse	aviso:	“Piso	Escorregadio”.
3.	 a)	 Silêncio	e	respeito.	Essas	palavras	se	viam	por	toda	
parte.
b)	 Silêncio	e	respeito.	Estas	palavras	se	viam	por	toda	
parte. 
4.		 a)	 Encontrei	o	artigo	que	você	falou.
b)	 Encontrei	o	artigo	de	que	você	falou.	 	
5.	 a)	 Foi	essa	a	frase	que	você	falou.
b)	 Foi	essa	a	frase	de	que	você	falou.	 	
6.	 a)	 Era	uma	situação	que	ele	fugia.
b)	 Era	uma	situação	de	que	ele	fugia.	 	 	
7.	 a)	 Estamos	diante	de	um	texto	que	falta	coesão.
b)	 Estamos	diante	de	um	texto	a	que	falta	coesão.	
8.		 a)	 Finalmente	chegou	ao	quarto	onde	estava	escondido	
o dinheiro.
b)	 Finalmente	chegou	ao	quarto	aonde	estava	escon-
dido o dinheiro.
9.		 a)	 Veja	o	local	onde	você	chegou.
b)	 Veja	o	local	aonde	você	chegou.
10.	 a)	 Convide	para	a	mesa	as	senhoras	cujos	os	maridos	
estão presentes.
b)	 Convide	para	a	mesa	as	senhoras	cujos	maridos	estão	
presentes.
Gabarito
1.	 b.	Uso	dos	demonstrativos: aquele, para o mais dis-
tante; esse, para o intermediário; este, para o mais 
próximo.
2.	 a.	Uso	dos	demonstrativos: este	refere-se	ao	que	se	
vai falar; esse,	ao	que	já	foi	dito.
3.	 a.	Uso	dos	demonstrativos: este	refere-se	ao	que	se	
vai falar; esse,	ao	que	já	foi	dito.
4.		 b	(falar	de	um	artigo).
5.		 a	(falar	uma	frase).
6.		 b	(fugir	de	algo).
7.		 b	(falta	coesão a	algo).
8.		 a	(o	dinheiro	estava	escondido	no	quarto).
9.		 b	(você	chegou	a	um	local).
10.		 b	(cujo	não	vem	seguido	de	artigo).	
OUTROS COnCEITOS
Barbarismo
Erro no uso de uma palavra.
1.	 Erro	de	pronúncia	ou	grafia:	Ele é adevogado e co-
nhece o pograma.
2.	 Erro	de	flexão:	Eu reavi os leitães.	(O	certo	é	reouve	
os	leitões)
3.	 Troca	de	sentido:	tráfico x tráfego, estrutura x esta-
tura, ascendente x descendente...
Cacofonia
Som	desagradável	ou	ambíguo.	
Meus afetos por ti são (tição). Louca dela	(cadela), por 
não perceber que dedico a ti (quati) o meu amor.
Eco ou Colisão
Rima	na	prosa.	
Depois da primeira porteira, encontrou a costureira 
descendo a ladeira da goiabeira.
Estrangeirismo
Uso de palavras ou expressões estrangeiras.
Internet, slow motion, pick-up, abat-jour, débauche, 
front-light...
Solecismo
Erro	sintático.
1.	 De	regência:	Emprestei de você um calção. Ele obede-
ceu o pai.
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2.	 De	concordância:	Nós vai... A gente pensamos... As 
menina... 
Arcaísmo
Uso	de	palavras	ou	expressões	antigas.
Palavras adrede escolhidas	(especialmente). Brincavam 
de trocar piparotes (petelecos).
neologismo
Palavra	recém-inventada.
– O que ele está fazendo? 
– Ah! Deve estar internetando.
preciosismo
Preocupação exagerada com a construção do texto.
FIgURaS DE LIngUagEM
Podem-se	subdividir	em	Figuras de Pensamento, Figuras 
de Sintaxe, Figuras de Sonoridade, e ainda tropos (Uso de 
Sentido Figurado ou Conotação).
Figuras de Pensamento 
São	as	figuras	que	atuam	no	campo	do	significado.
Antítese
Aproximação de ideias opostas – O belo e o feio podem 
ser agressivos ou não.
Paradoxo
Aparente contradição – Esta sua tia é uma beleza de 
feiura.
Ironia
Afirmação	do	contrário	–	O animal estava limpo, com 
os cascos reluzentes, firme, saudável... Muito maltratado!
Eufemismo
Suavização	do	desagradável	–	Passou desta para a me-
lhor	(=	morreu).
Hipérbole
Exagero – Já repeti cem mil vezes.
perífrase
Substituição	de	uma	expressão	mais	curta	por	uma	mais	
longa	e	pode	ser	estilisticamente	negativa	ou	positiva,	de-
pendendo do contexto.
 
Texto:	Apoio	sinceramente	sua	decisão.
Perífrase: Antes de mais nada, é importante que você 
me permita neste momento comunicar-lhe meus sinceros 
sentimentos de apoio ao resultado de suas meditações.
Também	constitui	perífrase	o	uso	de	duas	ou	mais	pala-
vras	em	vez	de	uma:	
titular da presidência	(=	presidente);	a região das mil e 
uma noites (=	Arábia)
Figuras de Sintaxe 
São	as	figuras	relacionadas	à	construção	da	frase.
Elipse
Omissão	de	termo	facilmente	identificável	–	(eu)	cheguei, 
(nós)	chegamos.
Zeugma
Elipse	de	termo	já	dito	–	Comprei	dois	presentes; ela, três.
– José chegou cedo; Maria, não.
Hipérbato
Inversão da frase – Para o pátio correram todos.
pleonasmo vicioso
Repetição	desnecessária	de	 ideia	–	Chutou com o pé, 
roeu com os dentes, saiu para fora, lustro de cinco anos...
pleonasmo estilístico
A mim, não me falaste. Aos pais, lhes respondi que...
Assíndeto
Ausência	de	conjunção	coordenativa	–	Chegou, olhou, 
sorriu, sentou.
polissíndeto
Repetição	de	conjunção	coordenativa	–	Chegou, e olhou, 
e sorriu, e sentou.
gradação
Sequência	de	dados	em	crescendo	–	Balbuciou, sussur-
rou, falou, gritou...
paralelismo Sintático
Obediência	a	um	mesmo	padrão.
Sem	paralelismo:	Quero	de	você	admiração,	honestidade	
e que me obedeça.
Ela é alta, inteligente e tem beleza.
Com	paralelismo:	Quero	de	você	admiração,	honestidade	
e obediência.	(todos,	substantivos)
Ela é alta, inteligente e bela.	(todos,	adjetivos)
Silepse
Concordância	com	a	ideia,	não	com	a	palavra.
Silepse	de	Gênero:	Vossa	Senhoria está cansado?
Silepse	de	Número:	E	o casal de garças pousaram tran-
quilamente.
Silepse	de	Pessoa:	Todos deveis estar atentos.
Figuras de Sonoridade
São	as	figuras	relacionadas	ao	trabalho	com	os	sons	das	
palavras.
aliteração
Repetição	de	sons	consonantais	próximos	–	“Gil engendra 
em Gil rouxinol” (Caetano	Veloso).
Assonância
Repetição	de	sons	vocálicos	próximos	–	Cunhã poranga 
na manhã louçã.
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Onomatopeia
Tentativa	de	imitação	do	som	–	coxixo, tique-taque, zum-
-zum, miau...
paronomásia ou trocadilho
Contudo... ele está com tudo.
tropos (Uso do Sentido Figurado ou 
Conotação)
Comparação ou analogia
Relação	de	semelhança	explícita	sintaticamente.
Ele voltou da praia parecendo um peru assado.
Teresa está para você, assim como Júlia, para mim.
Corria qual uma lebre assustada.
Sua voz é igual ao som de panela rachada.
Metáfora
Relação	de	 semelhança	 subentendida,	 sem	conjunção	
ou	palavra	comparativa.
Voltou da praia um peru assado.
A sua Tereza é a minha Júlia.
Correndo, ele era uma lebre assustada.
Sua voz era uma panela rachada.
Metonímia
Relação	de	extensão	de	significado,	não	de	semelhança.
Continente	x	conteúdo
Só bebi um copo.	(Bebeu	o	conteúdo	e	não	o	copo)
Origem	x	produto
Comeu um bauru.	(Bauru	é	a	origem	do	sanduíche)
Causa x efeito
Cigarro incomoda os vizinhos.	(A	fumaça	é	que	incomoda)
Autor	x	obra
Vamos curtir um Gilberto Gil?	(Curtir	a	música)Abstrato	x	concreto
Estou com a cabeça em Veneza.	(O	pensamento	em	Veneza)
Símbolo	x	simbolizado
A balança impôs-se à espada.	(Justiça...	Forças	Armadas)
Instrumento	x	artista
O cavaquinho foi a grande atração.	(O	artista)
Parte x todo
Havia mais de cem cabeças no pasto.	(Cem	reses)
Catacrese
Metáfora	estratificada,	que	já	faz	parte	do	uso	comum.
Asa da xícara, asa do avião, barriga da perna, bico de 
bule, pé de limão...
prosopopeia ou personificação
O céu sorria aberto e cintilante... As folhas das palmeiras 
sussurravam aos nossos ouvidos.
POnTO DE VISTa DO aUTOR
Todo	 e	 qualquer	 autor,	 ao	 produzir	 um	 texto,	 falado,	
cantado	ou	escrito,	 seja	para	descrever	uma	cena,	narrar	
um fato, ou desenvolver um raciocínio, coloca nesse texto, 
mesmo	que	não	o	perceba,	sua	visão	de	mundo,	sua	posição	
política,	religiosa,	artística,	econômica,	social	etc.,	além	de	
sua preferência por este ou aquele assunto, este ou aquele 
personagem.	A	linguística	textual	levanta	com	base	nos	vo-
cábulos	escolhidos	e	na	organização	dos	enunciados,	o	que	
se denomina Ponto de Vista do Autor.
InTEnCIOnaLIDaDE
Paralelamente	ao	ponto	de	vista,	o	autor	também	mani-
festa	uma	intencionalidade,	ou	tendência	psicológica,	a	favor	
ou	contra	determinada	realidade,	personalidade	ou	atitude,	
o	que	se	pode	deduzir,	também,	das	palavras	utilizadas	e/ou	 
da	organização	das	frases.	Nos	cartazes	das	ruas	e	da	 im-
prensa, duas frases usando as palavras “impeachment” e 
“golpe”	se	opuseram	insistentemente:	1)	Impeachment sem 
crime é golpe	e	2)	Impeachment não é golpe. Por trás de 
cada uma está a intencionalidade do emissor. A intenção da 
frase 1 é impedir o impeachment, enquanto a frase 2 tem 
como	propósito	a	sua	aprovação.
Leia com atenção o depoimento de duas testemunhas 
sobre	o	fato	que	presenciaram.
Testemunha A: o irmão Antônio, com frieza, gestos con-
trolados, voz macia e baixa, olhar de Madalena arrependida, 
consciente da importância de sua postura no convencimento 
dos irmãos, desfiava um rosário de mentiras que convencia os 
presentes. Em dado momento, deixou escapar, numa fração 
de segundo, um esboço de sorriso vitorioso que fez o irmão 
Lauro levantar-se e se aproximar dele. De repente estavam os 
dois no chão, irmão Antônio por cima, irmão Lauro por baixo 
e com dificuldade foram separados pelos outros.
Testemunha B: Seu Antônio estava falando, Seu Lauro 
voou pra cima dele com um soco armado que passou no 
vazio. Seu Antônio, mais forte e mais pesado, atracou-se ao 
agressor, derrubou-o no chão e o dominou completamente, 
segurando-lhe ambos os punhos, numa montada completa, 
sem desferir um golpe sequer, mas incapaz de impedir que o 
subjugado lhe mandasse, de baixo para cima, uma cusparada 
no rosto. Eu e um colega caímos sobre eles, seguramos os 
dois e os separamos.
Exercícios
Veja	agora	como	os	pontos	de	vista	das	duas	testemunhas	são	
diferentes,	respondendo	C	ou	E	para	as	afirmações	seguintes	
e	conferindo	suas	respostas	com	as	do	gabarito.
1	 (			)		O	fato	motivador	de	ambas	as	narrativas	foi	o	mes-
mo:	uma	briga	entre	dois	indivíduos.	
2	 (			)		Ambas	as	narrativas	indicam	que	as	duas	testemu-
nhas	demonstram	bom	nível	de	escolaridade	pelo	
domínio	do	padrão	linguístico	apresentado.	
3	 (			)		No	trecho	“o	irmão	Antônio,	com	frieza,	gestos	con-
trolados,	voz	macia	e	baixa,	olhar	de	Madalena	arre-
pendida,	consciente	da	importância	de	sua	postura	
no	convencimento	dos	irmãos,	desfiava	um	rosário	
de	mentiras”,	a	testemunha	A	descreve	psicologica-
mente	Antônio	como	frio,	calculista	e	mentiroso.	
4	 (			)		as	expressões	“o	irmão”,	“Madalena	arrependida”,	
“dos irmãos”, ”rosário”, “o irmão”, “outros irmãos” 
e	a	própria	repetitividade,	refletem	repertório	reli-
gioso e caracterizam o autor do texto como conviva 
do mesmo grupo dos demais personagens.
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5	 (			)		No	 segundo	 período	 a	 testemunha	 A	 indica	 que	
Antônio	agrediu	moralmente	com	“um	esboço	de	
sorriso	vitorioso”	a	Lauro,	tendo	provocado	a	briga.	
6	 (			)		A	testemunha	A	se	mostrou	imparcial.
7	 (			)		Com	a	descrição	psicológica	 (item	3)	e	a	agressão	
moral	(item	5),	pode-se	perceber,	na	testemunha	A,	a	
tendência	para	construir	a	culpabilidade	de	Antônio.
8	 (			)		A	testemunha	A	narra	em	3ª	pessoa,	como	obser-
vadora dos acontecimentos.
9	 (			)		O	tratamento	“Seu”	usado	em	“Seu	Antônio”	e	“Seu	
Lauro”	 indica	pouca	 intimidade	e	distanciamento	
respeitoso	da	testemunha	B.
10.	 (			)		A	linguagem	da	testemunha	B	não	indica	ponto	de	
vista religioso, mas de quem entende ou convive 
com	ambiente	de	 luta	 (“voou	pra	cima	dele	com	
um soco armado que passou no vazio”, “mais forte 
e	mais	pesado,	atracou-se	ao	agressor,	derrubou”,	
“dominou completamente”, “montada completa”, 
“desferir	golpe”	,	“subjugado”	).
11.	 (		)		 Segundo	a	testemunha	B,	“Seu	Lauro”	agrediu	duas	
vezes	“Seu	Antônio”:	uma	fisicamente	(“voou	pra	
cima	dele	com	um	soco	armado”)	e	outra	física	e	
moralmente	(“uma	cusparada	no	rosto”).
12.	 (		)		 A	testemunha	B	mostrou-se	imparcial.
13.	 (		)		 Pode-se	perceber	na	testemunha	B	a	intencionali-
dade de culpar “seu Lauro”.
14.	 (		)		 A	testemunha	B,	como	narrador	de	1ª	pessoa	(Eu 
e um colega caímos	sobre	eles,	seguramos os dois 
e os separamos),	coloca-se	na	cena	como	um	dos	
personagens,	ou	seja,	como	narrador	participante.
Gabarito
1. V
2. V
3. V
4. V
5. V
6.	F
7. V
8. V
9. V
10. V
11. V
12.	F
13. V
14. V
Conclusão:
Pela	leitura	dos	dois	textos,	percebem-se	pontos	de	vis-
ta diferentes dos dois autores, no caso os dois narradores.
Ponto	de	 vista	do	narrador	A:	 usa	 a	 3ª	pessoa,	 fala	
como	observador,	visão	de	fora;	demonstra	bom	domínio	
linguístico;	posta-se	como	integrante	de	uma	irmandade;	
considera	agressor	e	provocador	o	“irmão	Antônio””.
Ponto	de	vista	do	narrador	B:	usa	a	1ª	pessoa,	fala	como	
um	dos	personagens;	demonstra	bom	domínio	linguístico;	
posta-se	como	entendedor	de	luta;	mostra	distanciamento	
e	pouca	intimidade	com	os	envolvidos	na	briga;	considera	
agressor	e	provocador	o	“Seu	Lauro”.
Exercícios
Uma	das	formas	de	se	cobrar	paráfrase	e	conhecimentos	
de redação nas provas são exercícios de reescrita de textos ou 
trechos,	que	adaptamos	de	prova	para	Auditor-Fiscal	da	Re-
ceita	Federal	do	Brasil	–	AFRFB,	com	base	no	seguinte	texto:
A	demanda	doméstica	depende	de	vários	fatores,	e	da	
perspectiva	do	seu	aumento	depende	a	produção	industrial.	
É	normal,	então,	dar	atenção	especial	ao	nível	do	emprego	e	
à evolução da massa salarial real, sem deixar de acompanhar 
as receitas e despesas do governo federal. Enquanto a ligeira 
retomada	da	economia	norte-americana	é	acompanhada	por	
aumento	do	desemprego,	no	Brasil	o	quadro	é	diferente.	Os	
dados	de	julho,	nas	seis	principais	regiões	do	País,	mostram	
redução	do	desemprego	de	8,1%	para	8%,	o	que	significa	
a	geração	de	185	mil	postos	de	trabalho.	Essa	taxa	de	de-
semprego,	em	julho,	é	a	menor	da	série	desde	2002.	Para-
lelamente, houve melhora na qualidade do emprego, e 142 
mil	postos	foram	criados	com	carteira	de	trabalho	assinada.	
(O	Estado	de	S.	Paulo,	Editorial,	21/8/2009)
Assinale a opção em que a reescrita de segmento do texto 
não mantém as informações originais.
1.	 A	demanda	doméstica	depende	de	vários	fatores,	e	a	
produção	industrial	depende	da	perspectiva	do	aumen-
to dessa demanda.
2.	 Essa	taxa	de	desemprego	é	a	menor	em	julho	de	2002.	
Paralelamente,	em	142	mil	postos,	a	carteira	de	trabalho	
assinada	melhorou	a	qualidade	do	emprego	já	existente.	
3.	 O	 aumento	 do	 desemprego	 acompanha	 a	 ligeira	 re-
tomada	da	economia	norte-americana,	enquanto	no	
Brasil	o	quadro	é	diferente.
4.	 Nas	seis	principais	regiões	do	País,	os	dados	de	julho	
mostram	a	geração	de	185	mil	postosde	trabalho,	o	
que	significa	redução	do	desemprego	de	8,1%	para	8%.	
5.	 É	normal,	então,	dar	atenção	especial	tanto	ao	nível	do	
emprego e à evolução da massa salarial real quanto às 
receitas e despesas do governo federal. 
Texto	1	 (extraído	de	Natália	Petrin	 in	www.estudopratico.
com.br/satira-literatura-ant)
Assinale	C	ou	E:
6.	 (			)	 O	texto	mistura	linguagem	escrita	e		icônica	(letra	
e	imagem	visual).
7.	 (			)	 Trata-se	de	um	banner	divulgado	por	meio	eletrônico.	
8.	 (			)	 Pode-se	ver	ironia e sátira na mensagem. 
Texto	2	(Propaganda	da	BomBril,	baseada	na	Monalisa	de	
Leonardo	Da	Vinci)
 
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Assinale	C	ou	E:
9.	 (			)	 A	propaganda	é	só	o	quadro	maior,	pois	o	menor,	
com	finalidade	didática,	mostra	como	é	a	Mona	Lisa,	
de Miguel Ângelo. 
10.	 (			)	 Trata-se	de	propaganda	bimidiática,	pois	usa	duas	
linguagens,	ou	dois	meios	de	comunicação:	um	ver-
bal	e	um	não	verbal.		
11.	 (			)	 A	sugestão	base	dessa	mensagem	propagandística	
é a comparação. 
Texto	3	(Trabalho	de	Ziraldo,	colhido	na	internet)
Assinale	C	ou	E:
12.	 (			)	 Podem-se	atribuir	ao	trabalho	do	Ziraldo	caracte-
rísticas	de	charge.		
13.	 (			)	 Trata-se	de	texto	bimidiático,	pois	usa	duas	lingua-
gens,	ou	dois	meios	de	comunicação:	um	verbal	e	
um	não	verbal.		
14.	 (			)	 O	recurso	comunicativo	em	que	se	baseia	o	texto	é	
o diálogo. 
Preencha	os	parênteses	das	afirmações	a	seguir,	relacionan-
do-as	aos	três	últimos	textos.	(Dilma, Monalisa e Ziraldo)
15.	 Assim	como	Manuel	Bandeira,	quando	disse	”O	sapo-
-tanoeiro,/Parnasiano	aguado,/	Diz:	-	‘meu	cancioneiro/É	
bem	martelado...’,	satirizou	os	poetas	tradicionais,	nota-
-se	um	exemplo	de	sátira	no	texto	número	(			).	
16.	 Muito	frequente	na	imprensa,	a	charge	constitui	um	tipo	
de ilustração em traços de caricatura, geralmente para 
criticar	ou	satirizar	personagens	ou	fatos	do	cotidiano.	
Pode-se	ver	exemplo	de	charge	no	texto	número	(			).	
17.	 Paródia,	tipo	de	criação	muito	frequente	não	só	na	lite-
ratura,	mas	também	na	internet	e	na	televisão,	vem	a	
ser	uma	releitura	irônica,	debochada,	cômica	de	outro	
texto.	Pode-se	apontar	exemplo	de	paródia	no	texto	
número	(			)
Gabarito
1. Errado, porque mantém as informações do 1º período 
do texto.
2.	 Certo,	porque	contraria	o	que	diz	o	último	período	do	
texto.
3. Errado, porque mantém as informações do 3º período 
do texto.
4. Errado, porque mantém as informações do 4º período 
do texto.
5. Errado, porque mantém as informações do 4º período 
do texto.
6. C
7. C
8. C
9. C
10. C
11. C
12. C
13. C
14. C
15.	(1)
16.	(3)
17.	(2)
QUESTõES aOCP
Música clássica reduz ansiedade de 
crianças em atendimentos odontológicos
Estudos	da	medicina	apontam	que	a	música	clássica	
tem	 efeito	 significativo	 sobre	 o	 sistema	 cardiovascular	 e	
influencia	diretamente	os	batimentos	cardíacos	e	pressão	
arterial. Ela provoca uma redução nos marcadores neuro-
hormonais de estresse, o que resulta em uma sensação de 
relaxamento.	Uma	pesquisa	da	Universidade	Federal	de	Mi-
nas	Gerais	(UFMG),	originada	da	dissertação	de	mestrado	
da	cirurgiãdentista	Marcela	de	Oliveira	Brant	(CRO	42733),	
concluiu	que	o	método	é	eficaz	na	diminuição	dos	níveis	de	
ansiedade	de	crianças	durante	o	atendimento	em	consultó-
rios	odontológicos.
A pesquisa foi um ensaio clínico realizado nas cidades 
mineiras	de	Brumadinho	e	Confins	entre	agosto	de	2014	e	
abril	de	2015.	A	seleção	das	crianças,	que	deveriam	ter	de	
quatro	a	seis	anos	para	participar	do	estudo,	 foi	 feita	nas	
escolas	 públicas	 desses	municípios.	 “Precisávamos	 de	 35	
crianças	nessa	faixa	etária	e	que	não	tivessem	experiência	
com	o	dentista”,	explica	Marcela.	Para	chegar	a	esse	núme-
ro, a odontopediatra conta que foram enviadas 313 cartas-
-convite	aos	pais	dos	pequenos.	“Eu	era	a	única	dentista	que	
selecionava, avaliava e realizava o atendimento”, acrescenta. 
No	final,	o	estudo	contava	com	34	crianças	que	cumpriram	
todos os procedimentos.
Os	 critérios	para	 inclusão	na	pesquisa	 foram	que	os	
pacientes	não	tivessem	experiência	odontológica	prévia	e	
que apresentassem, no mínimo, dois dentes molares de leite 
com	lesões	cariosas	em	superfície	oclusal	(ou	seja,	a	parte	de	
cima	dos	dentes),	em	que	fosse	possível	utilizar	o	Tratamen-
to	Restaurador	Atraumático	Modificado	(ARTm).	A	técnica	
consiste em uma restauração de intervenção mínima, sem 
o uso de anestesia local. Durante a realização do estudo, as 
crianças	foram	divididas	em	dois	grupos,	ambos	submetidos	
à	ARTm	com	e	sem	utilização	de	música.
Para	os	atendimentos	com	música,	os	pacientes	utiliza-
ram fones de ouvidos, acoplados a um iPod que reproduzia 
a	Sinfonia	40	em	sol	menor,	de	Wolfgang	Amadeus	Mozart.	
“Trata-se	 de	 uma	 canção	 instrumental	 lenta	 e	 relaxante,	
já	 testada	 em	estudos	 anteriores	 da	medicina.	O	 volume	
foi	ajustado	de	maneira	que	as	crianças	pudessem	ouvir	a	
música	de	forma	clara,	assim	como	as	minhas	instruções”,	
informa	Marcela.	Os	níveis	de	ansiedade	foram	mensurados	
através	da	obtenção	das	medidas	de	frequência	cardíaca	e	
saturação de oxigênio, com o uso de um oxímetro de pulso, 
colocado no dedo indicador da criança ao início da consulta 
odontológica.
Ao	fim	da	coleta	dos	dados,	os	resultados	foram	anali-
sados.	“Vimos	estatisticamente	que	durante	a	intervenção	
com	música	as	crianças	apresentaram	redução	nos	níveis	de	
frequência cardíaca quando comparado com a intervenção 
sem	música”,	comenta	Marcela.	Essa	estratégia	de	distra-
ção, segundo a odontopediatra, pode se apresentar como 
uma	prática	possível	de	reduzir	a	ansiedade	do	paciente	na	
cadeira	odontológica.	“Ela	é	uma	técnica	segura,	de	simples	
execução,	com	baixo	custo	financeiro	e	que	não	apresenta	
efeitos	nocivos.”	Outro	fator	importante	é	que	a	música	pode	
auxiliar a dispersar a atenção da criança quanto aos ruídos 
que	existem	dentro	do	consultório,	como	o	“motorzinho”	
ou	o	barulho	do	sugador.	
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A	psicóloga	e	professora	de	psicoterapia	infantil	da	Uni-
versidade	do	Extremo	Sul	Catarinense	(Unesc)	Karin	Martins	
Gomes	esclarece	que	muitos	pacientes	já	chegam	tensos	aos	
consultórios	odontológicos	e	a	música	serve	como	distração,	
desviando o foco de atenção dos pequenos. “A criança vai 
pensando em outras coisas, o que faz com que a tensão 
acumulada	 vá	 se	 dissuadindo	 e	o	 procedimento	não	 seja	
doloroso	e	traumático.”	
[...]	O	tema	do	mestrado	de	Marcela	surgiu	do	desejo	de	
oferecer	melhor	atendimento	aos	pacientes	infantis.	“Sabe-
mos	hoje	que	39%	a	43%	das	crianças,	de	quatro	a	12	anos,	
no	Brasil,	apresentam	sentimentos	de	ansiedade	frente	a	um	
tratamento	odontológico.	Busco	com	esta	pesquisa	mostrar	
como	é	importante	eliminar	ou	reduzir	esse	problema”,	diz.	
[...].
Retirado	e	adaptado	de:	<http://www.msn.com/pt-br/saude/
saudebucal/m%C3%BAsica-cl%C3%A1ssica-reduz-ansiedade-de-
-crian%-C3%A7as-em-atendimentos-odontol%C3%B3gicos/ar-BBqA-
CIG?	li=-AAggFpd>.	Acesso	em:	25	mar.	2016.
1.	 (AOCP/Câmara	Municipal	de	Rio	Branco-AC)	Em	relação	
ao	uso	da	música	durante	o	atendimento	em	consultó-
rios	odontológicos	em	crianças,	é	correto	afirmar	que	
o método demonstrou ser
a)	 eficaz	para	diminuir	os	níveis	de	ansiedade.
b)	 ineficaz,	uma	vez	que	o	número	de	crianças	selecio-
nadas para a pesquisa foi inexpressivo.
c)	 ineficaz,	pois,	apesar	de	reduzir	o	nível	dos	marcado-
res	neuro-hormonais	de	estresse,	não	se	constatou	
sensação de relaxamento nos pacientes.
d)	 ineficaz,	visto	que	foi	necessário	o	uso	de	anestesia	
local em grande parte dos pacientes.
e)	 eficaz	com	o	uso	de	todo	tipo	de	música,	e	não	só	a	
clássica.
2.	 (AOCP/Câmara	Municipal	de	Rio	Branco-AC)No	que	se	
refere	à	técnica	utilizada	pela	cirurgiã-dentista	Marcela	
de	Oliveira	Brant,	assinale	a	alternativa	correta.
a)	 A	mestranda	utilizou	a	música	durante	o	procedi-
mento	odontológico	 como	uma	 técnica	nova	que	
nunca	foi	utilizada	em	estudos	anteriores	da	medi-
cina.
b)	 A	técnica	só	funciona	porque	o	volume	da	música	é	
extremamente alto, o que impede que as crianças 
ouçam	o	barulho	do	“motorzinho”.
c)	 Os	números	da	pesquisa	demonstraram	que	a	 in-
tervenção	com	música,	quando	comparada	à	inter-
venção	sem	música,	apresenta	redução	nos	níveis	
de frequência cardíaca das crianças.
d)	 Apesar	do	baixo	custo	financeiro,	a	técnica	não	pode	
ser considerada segura, visto que pode causar pro-
blemas	auditivos.
e)	 O	método	só	funciona	porque	muitas	crianças	já	che-
gam	tranquilas	ao	consultório	e	o	uso	da	música	só	
aumenta essa tranquilidade.
3.	 (AOCP/Câmara	Municipal	 de	Rio	 Branco-AC)	A	 cons-
trução de um texto, geralmente, envolve mais de uma 
tipologia,	todavia	sempre	há	um	tipo	de	texto	que	pre-
domina.	No	texto	“Música	clássica	reduz	ansiedade	de	
crianças	 em	 atendimentos	 odontológicos”,	 qual	 é	 a	
tipologia	predominante?
a)	 Narração.
b)	 Injunção.
c)	 Descrição.
d)	 Dissertação.
e)	 Prescrição.
4.	 (AOCP/Câmara	Municipal	de	Rio	Branco-AC)	Em	rela-
ção às expressões e aos termos selecionados do texto, 
assinale	a	alternativa	correta.
a)	 Em	“[...]	 concluiu	que	o método	é	eficaz	na	dimi-
nuição	dos	níveis	de	ansiedade	de	crianças	[...]”,	a	
expressão	em	destaque	refere-se	a	um	modo	espe-
cífico	de	extração	de	dentes.
b)	 Em	“Para	chegar	a	esse	número, a odontopediatra 
conta	 que	 foram	 enviadas	 313	 cartas-convite	 aos	
pais dos pequenos,”, a primeira expressão desta-
cada	refere-se	ao	número	de	crianças	selecionadas	
para	participar	da	pesquisa.	A	segunda,	por	sua	vez,	
refere-se	a	todas	as	crianças	das	cidades	nas	quais	
ocorreu a pesquisa.
c)	 Em	 “A	 seleção	das	 crianças,	que deveriam ter de 
quatro	a	seis	anos	para	participar	do	estudo,	foi	feita	
nas	escolas	públicas	desses municípios.”, o primeiro 
termo	destacado	foi	utilizado	para	evitar	a	repetição	
da palavra “crianças”, enquanto a expressão “desses 
municípios”	faz	menção	aos	municípios	de	Confins	
e	Brumadinho,	nos	quais	a	pesquisa	foi	realizada.
d)	 Em	“‘Busco	com	esta	pesquisa	mostrar	como	é	im-
portante eliminar ou reduzir esse	problema’, diz.”, a 
expressão em destaque faz menção à falta de aten-
dimento	odontológico	em	Minas.
e)	 Em	“A técnica consiste em uma restauração de inter-
venção	mínima	[...]”,	a	expressão	destacada	refere-se	
à	tentativa	da	dentista	de	colocar	música	durante	o	
tratamento	odontológico.
“Estamos Enlouquecendo nossas Crianças! 
Estímulos Demais... Concentração de Menos” 
31 Maio 2015 em Bem-Estar, filhos 
Vivemos	tempos	frenéticos.	A	cada	década	que	passa	o	
modo	de	vida	de	10	anos	atrás	parece	ficar	mais	distante:	10	
anos viraram 30, e logo teremos a sensação de ter se passado 
50	anos	a	cada	5.	E	o	mundo	infantil	foi	atingido	em	cheio	
por	essas	mudanças:	já	não	se	educa	(ou	brinca,	alimenta,	
veste,	entretêm,	cuida,	consola,	protege,	ampara	e	satisfaz)	
crianças	como	antigamente!	
O	iPad,	por	exemplo,	já	é	companheiro	imprescindível	
nas	refeições	de	milhares	de	crianças.	Em	muitas	casas	a(s)	
TV(s)	fica(m)	ligada(s)	o	tempo	todo	na	programação	infantil	
–	naqueles	canais	cujo	volume	aumenta	consideravelmente	
durante os comerciais – mesmo quando elas estão comendo 
com o iPad à mesa. 
Muitas	e	muitas	crianças	têm	atividades	extracurricula-
res pelo menos três vezes por semana, algumas somam mais 
de	50	horas	semanais	de	atividades,	entre	escola,	cursos,	
esportes e reforços escolares. 
Existe	em	quase	todas	as	casas	uma	profusão	de	brin-
quedos, aparelhos, recursos e pessoas disponíveis o tem-
po	todo	para	garantir	que	a	criança	“aprenda	coisas”	e	não	
“morra	de	tédio”.	As	pré-escolas	têm	o	mesmo	método	de	
ensino	dos	cursos	pré-vestibulares.	
Tudo	 está	 sendo	 feito	 para	 que,	 no	 final,	 possamos	 
ocupar,	aproveitar,	espremer,	sugar,	potencializar,	otimizar	e,	
finalmente,	capitalizar	todo	o	tempo	disponível	para	impor	
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às	nossas	crianças	uma	preparação	praticamente	militar,	vi-
sando	seu	“sucesso”.	O	ar	nas	casas	onde	essa preocupação é 
latente chega a ser denso, tamanha a pressão que as crianças 
sofrem	por	desenvolver	uma	boa	competitividade.	Porém, o 
excesso de estímulos sonoros, visuais, físicos e informativos 
impedem que a criança organize seus pensamentos e atitu-
des, de verdade: fica tudo muito confuso e nebuloso, e as 
próprias informações se misturam fazendo com que a criança 
mal saiba descrever o que acabou de ouvir, ver ou fazer. 
Além	disso,	aptidões	que	devem	ser	estimuladas	es-
tão	sendo	deixadas	de	lado:	Crianças	não	sabem	conversar.	
Não	olham	nos	olhos	de	seus	interlocutores.	Não	conseguem	
focar	em	uma	brincadeira	ou	atividade	de	cada	vez	(na	ver-
dade	a	maioria	sequer	sabe	brincar	sem	a	orientação	de	um	
adulto!).	Não	conseguem	ler	um	livro,	por	menor	que	seja.	
Não	aceitam	regras.	Não	sabem	o	que	é	autoridade.	Pior	e	
principalmente:	não	sabem	esperar.	
Todas	essas	qualidades	são	fundamentais	na	construção	
de um ser humano íntegro, independente e pleno, e devem 
ser	aprendidas	em	casa,	em	suas	rotinas.	
Precisamos pausar. Parar e olhar em volta. Colocar a 
mão	na	consciência,	tirá-la	um	pouco	da	carteira,	do	telefo-
ne	e	do	volante:	estamos	enlouquecendo	nossas	crianças,	
e	as	estamos	impedindo	de	entender	e	saber	lidar	com	seus	
tempos,	seus	desejos,	suas	qualidades	e	talentos.	Estamos 
roubando o tempo precioso que nossos filhos tanto precisam 
para processar a quantidade enorme de informações e estí-
mulos que nós e o mundo estamos lhes dando. 
Calma,	gente.	Muita	calma.	Não	corramos	para	cima	da	
criança com um iPad na mão a cada vez que ela reclama ou 
achamos	que	ela	está	sofrendo	de	“tédio”.	Não	obriguemos	a	
babá	a	ter	um	repertório	mágico,	que	nem	mesmo	palhaços	
profissionais	têm,	para	manter	a	criança	entretida	o	tempo	
todo. O “tédio” nada mais é que a oportunidade de estarmos 
em contato conosco, de estimular o pensamento, a fantasia 
e a concentração. 
Sugiro	que	leiamos	todos,	pais	ou	não,	“O	Ócio	Criativo”	
de	Domenico	di	Masi,	para	que	entendamos	a	importância	
do uso consciente do nosso tempo. 
E	 já	que	resvalamos	o	assunto	para	a	 leitura:	nossas	
crianças	não	lêem	mais.	Muitos	livros	infantis	estão	disponí-
veis	para	tablets	e	iPads,	cuja	resposta	é	imediata	ao	menor	
estímulo	e	descaracteriza	a	principal	função	do	livro:	parar	
para	ler,	para	fazer	a	mente	respirar,	aprender	a	juntar	uma	
palavra	com	outra,	paulatinamente	formando	frases	e	sen-
tenças,	e,	finalmente,	concluir	um	raciocínio	ou	uma	estória.	
Cerquem suas crianças de livros e leiam com elas, por 
amor. Deixem que se esparramem em almofadas e façam 
sua imaginação voar! 
(Fonte:	http://www.saudecuriosa.com.br/estamos-
enlouquecendo-nos	sas-criancas-estimulos-demais-
concentracao-de-menos/)	
5.	 (AOCP\Casan)	Qual	é	a	ideia	central	defendida	pelo	tex-
to	“Estamos	Enlouquecendo	Nossas	Crianças!	Estímulos	
Demais... Concentração de Menos”? 
a)	 O	texto	defende	a	ideia	de	que	o	iPad	e	a	programa-
ção	infantil	incessante	são	ótimos	estímulos	senso-
riais para educar as crianças na atualidade. 
b)	O	texto	defende	a	ideia	de	que	as	crianças	da	atua-
lidade precisam ocupar todo o seu tempo livre com 
atividades	extracurriculares,	visando	o	sucesso	no	
futuro. 
c)	 O	texto	defende	a	ideia	de	que	as	crianças	da	atu-
alidade	recebem	muitos	estímulos	sensoriais,	mas	
pouca	atenção	e	tempo	suficiente	para	aprender	a	
lidar	com	tanto	estímulo.	
d)	O	texto	defende	a	ideia	de	que	as	crianças	da	atuali-
dade	precisam	de	mais	atividades	extracurriculares

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