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Compreensão e interpretação de texto ................................................................................................................................ 3 Tipologia e gêneros textuais .............................................................................................................................................. 6/9 Figuras de linguagem ........................................................................................................................................................... 13 Significação de palavras e expressões ............................................................................................................................. 9/19 Relações de sinonímia e de antonímia ................................................................................................................................ 10 Ortografia ............................................................................................................................................................................. 19 Acentuação gráfica .............................................................................................................................................................. 29 Uso da crase ......................................................................................................................................................................... 32 Divisão silábica .................................................................................................................................................................... 39 Fonética e Fonologia: som e fonema, encontros vocálicos e consonantais e dígrafos ........................................................................................ 38 Morfologia: classes de palavras variáveis e invariáveis e seus empregos no texto ..............................................................................40 Locuções verbais (perífrases verbais)............................................................................................................................ 59/63 Funções do que e do se ................................................................................................................................................. 69/71 Formação de palavras .......................................................................................................................................................... 40 Elementos de comunicação ................................................................................................................................................... 8 Sintaxe: relações sintático-semânticas estabelecidas entre orações, períodos ou parágrafos (período simples e período composto por coordenação e subordinação) ............................................................................................................. 76/86 Concordância verbal e nominal ................................................................................................................................... 95/100 Regência verbal e nominal ................................................................................................................................................ 102 Colocação pronominal ................................................................................................................................................... 48/53 Emprego dos sinais de pontuação e sua função no texto................................................................................................. 106 Elementos de coesão ........................................................................................................................................................... 11 Função textual dos vocábulos ............................................................................................................................................. 10 Variação linguística ................................................................................................................................................................ 7 SUMÁRIO Língua Portuguesa 3 L ín g Ua P O RT U g U ES a Língua Portuguesa Ernani Pimentel / Márcio Wesley Ernani Pimentel COMPREEnSÃO E InTERPRETaÇÃO DE TEXTOS Textum, em latim, particípio do verbo tecer, significa tecido. Dessa palavra originou-se textus, que gerou, em português, “texto”. Portanto, está-se falando de “tecido” de frases, orações, períodos, parágrafos... Uma “tessitura” de ideias, de argumentos, de fatos, de relatos... IntELECçãO (OU COMpREEnSãO) Intelecção significa entendimento, compreensão. Os testes de intelecção exigem do candidato uma postura muito voltada para o que realmente está escrito. Comandos para Questão de Compreensão O narrador do texto diz que... O texto informa que... Segundo o texto, é correto ou errado dizer que... De acordo com as ideias do texto... Questão 1. Assinale a opção correta em relação ao texto. O Programa Nacional de Desenvolvimento dos Recur- sos Hídricos – PROÁGUA Nacional é um programa do Governo Brasileiro financiado pelo Banco Mundial. O Programa originou-se da exitosa experiência do PRO- ÁGUA / Semiárido e mantém sua missão estruturante, com ênfase no fortalecimento institucional de todos os atores envolvidos com a ges tão dos recursos hídricos no Brasil e na implantação de infraestruturas hídricas viáveis do ponto de vista técnico, financeiro, econômico, ambiental e social, promovendo, assim, o uso racional dos recursos hídricos. (http://proagua.ana.gov.br/proagua) a) O PROÁGUA / Semiárido é um dos subprojetos de- rivados do PROÁGUA/Nacional. b) A expressão “sua missão estruturante” (l. 5) refere- -se a “Banco Mundial” (l. 3). c) A ênfase no fortalecimento institucional de todos os atores envolvidos com a gestão de recursos hídricos é exclusiva do PROÁGUA/Semiárido. d) Tanto o PROÁGUA/Semiárido como o PROÁGUA/ Nacional promovem o uso racional dos recursos hídricos. e) A implantação de infraestruturas hídricas viáveis do ponto de vista técnico, financeiro, econômico, am- biental e social é exclusiva do PROÁGUA/Nacional. Gabarito d 5 10 InTERPRETaÇÃO Interpretação significa dedução, inferência, conclusão, ilação. As questões de interpretação não querem saber o que está escrito, mas o que se pode inferir, ou concluir, ou deduzir do que está escrito. Comandos para Questão de Interpretação Da leitura do texto, infere-se que... O texto permite deduzir que... Da fala do articulista pode-se concluir que... Depreende-se do texto que... Qual a intenção do narrador quando afirma que... Pode-se extrair das ideias e informações do texto que... Questão 1. Observe a tirinha a seguir, da cartunista Rose Araújo: (www.fotolog.com/rosearaujocartum) Infere-se que o humor da tirinha se constrói: a) pois a imagem resgata o valor original do radical que compõe a gíria bombar. b) pois o vocábulo bombar foi dito equivocadamente no sentido de “bombear”. c) pois reflete o problema da educação no país, em que os alunos só se comunicam por gírias, como é o caso de fessor. d) porque a forma fessor é uma tentativa de incluir na norma culta o regionalismo fessô. e) porque o vocábulo bombar não está dicionarizado. Gabarito a Preste, portanto, atenção aos comandos para não errar. Se o texto diz que o rapaz está cabisbaixo, você não pode “deduzir”, ou “inferir”, que ele está de cabeçabaixa, porque isso já está dito no texto. Mas você pode interpretar ou con- cluir que, por exemplo, ele esteja preo cupado, ou tímido, em função de estar de cabeça baixa. Comandos para Medir Conhecimentos Gerais Tendo o texto como referência inicial... Considerando a amplitude do tema abordado no texto... Enfocando o assunto abordado no texto... Nesses casos, o examinador não se apega ao ponto de vista do texto em relação ao assunto, mas quer testar o conhecimento do candidato a respeito daquela matéria. Openbook Apostilas 4 L ín g Ua P O RT U g U ES a Questões Texto para os itens de 1 a 11. Os oceanos ocupam 70% da superfície da Terra, mas até hoje se sabe muito pouco sobre a vida em suas regiões mais recônditas. Segundo estimativas de ocea- nógrafos, há ainda 2 milhões de espécies desconhecidas nas profundezas dos mares. Por ironia, as notícias mais frequentes produzidas pelas pesquisas científicas relatam não a descoberta de novos seres ou fronteiras marinhas, mas a alarmante escalada das agressões impingidas aos oceanos pela ação humana. Um estudo recente do Greenpeace mostra que a concentração de material plástico nas águas atingiu níveis inéditos na história. Se- gundo o Programa Ambiental das Nações Unidas, existem 46.000 fragmentos de plástico em cada 2,5 quilômetros quadrados da superfície dos oceanos. Isso significa que a substância já responde por 70% da poluição marinha por resíduos sólidos. Veja, 5/3/2008, p. 93 (com adaptações). Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a amplitude do tema por ele abordado, julgue os itens de 1 a 5. 1. Ao citar o Greenpeace, o texto faz menção a uma das mais conhecidas organizações não governamentais cuja atuação, em escala mundial, está concentrada na melhoria das condições de vida das populações mais pobres do planeta, abrindo-lhes frentes de trabalho no setor secundário da economia. 2. Por se decompor muito lentamente, o plástico pas- sa a ser visto como um dos principais responsáveis pela degradação ambiental, razão pela qual cresce o movimento de conscientização das pessoas para que reduzam o consumo desse material. 3. Considerando o extraordinário desenvolvimento cien- tífico que caracteriza a civilização contemporânea, é correto afirmar que, na atualidade, pouco ou quase nada da natureza resta para ser desvendado. 4. A exploração científica da Antártida, que enfrenta enor- mes dificuldades naturais próprias da região, envolve a participação cooperativa de vários países, mas os elevados custos do empreendimento impedem que representantes sul-americanos atuem no projeto. 5. Infere-se do texto que a Organização das Nações Unidas (ONU) amplia consideravelmente seu campo de atuação e, sem deixar de lado as questões cruciais da paz e da segurança internacional, também se volta para temas que envolvem o cotidiano das sociedades, como o meio ambiente. Gabarito Itens 1, 3 e 4 errados; itens 2 e 5 certos. Comandos para Medir Conhecimentos Linguísticos Considerando as estruturas linguísticas do texto, julgue os itens. Assinale a alternativa que apresenta erro gramatical. Aponte do texto a construção que não foge aos preceitos da norma culta. 5 10 15 Aqui a questão pretende medir o conhecimento grama- tical do candidato e pode abordar assuntos de morfologia, sintaxe, semântica, estilística, coesão e coerência... Questões Considerando as estruturas linguísticas do texto, julgue os itens seguintes. 6. No trecho “até hoje se sabe” (l.2), o elemento linguís- tico “se” tem valor condicional. 7. O trecho “muito pouco sobre a vida em suas regiões mais recônditas” (ls.2-3) é complemento da forma verbal “sabe” (l.2). 8. A palavra “recônditas” (l.3) pode, sem prejuízo para a informação original do período, ser substituída por profundas. 9. O termo “mas” (l.8) corresponde a qualquer um dos seguintes: todavia, entretanto, no entanto, conquanto. 10. Na linha 9, a presença de preposição em “aos oceanos” justifica-se pela regência do termo “impingidas”. 11. O termo “a substância” (l.15) refere-se ao antecedente “plástico” (l.11). Gabarito Itens 6, 7 e 9 errados; itens 8, 10 e 11 certos. Erros Comuns de Leitura Extrapolação ou ampliação A questão abrange mais do que o texto diz. O texto disse: Os alunos do Colégio Metropolitano es- tavam felizes. A questão diz: Os alunos estavam felizes. Explicação: o significado de “alunos” é muito mais amplo que o de “alunos de um único colégio”. Redução ou limitação A questão reduz a amplitude do que diz o texto. O texto disse: Muitos se predispuseram a participar do jogo. A questão diz: Alguns se predispuseram a participar do jogo. Explicação: o sentido da palavra “alguns” é mais limitado que o de “muitos”. Contradição A questão diz o contrário do que diz o texto. O texto disse: Maria é educada porque é inteligente. A questão diz: Maria é inteligente porque é educada. Explicação: no texto, “inteligente” justifica “educada”; na questão se inverteu a ordem e “educada” é que justifica “inteligente”. Desvio ou Deturpação O texto disse: A contratação da funcionária pode ser considerada competente. A questão diz: A funcionária contratada pode ser consi- derada competente. Explicação: no texto, “competente” refere-se a “contra- tação” e não a “funcionária”. Openbook Apostilas 5 L ín g Ua P O RT U g U ES a Leia o Texto Em vida, Gustav Mahler (1860-1911), tanto por sua per- sonalidade artística como por sua obra, foi alvo de intensas polêmicas – e de desprezo por boa parte da crítica. A incom- preensão estética e o preconceito antissemita também o acompanhariam postumamente e foram raros os maestros que, nas décadas que se seguiram à sua morte, se empe- nharam na apresentação de suas obras. [...] Julgue os itens a seguir. 1. Deduz-se do texto que Gustav Mahler foi alvo de inten- sas polêmicas. 2. Deduz-se do texto que o personagem central (Mahler) foi um compositor. 3. Deduz-se do texto que o personagem central (Mahler) era de origem judaica. 4. Pode-se deduzir do texto que o personagem central (Mahler) foi um compositor de músicas eruditas. 5. Pode-se inferir do texto que só depois de se terem passado algumas ou várias décadas desde sua morte é que Mahler acabou por ser admirado artisticamente e deixou de ter sua obra segregada. 6. Pode-se inferir do texto que hoje a avaliação positiva da obra de Mahler constitui uma unanimidade nacional. 7. Intelecção, ou entendimento do texto é a captação objetiva das informações que o texto traz abertamente, explicitamente. 8. Interpretação, ilação, dedução, conclusão, percepção do texto é resultado de raciocínio aplicado, permitindo captar-lhe tanto as informações explícitas, quanto as implícitas. 9. A aplicação do raciocínio lógico às informações contidas no texto, expostas ou subentendidas, permite ao leitor tirar dele conclusões ou interpretá-lo corretamente. 10. A leitura de um texto deve levar em consideração o mo- mento e as circunstâncias em que foi construído, bem como à finalidade a que se propõe. 11. Segundo opinião dedutível do texto, os críticos que desprezaram o compositor estavam errados. Gabarito Comentado 1. Errado. Por quê? Esta informação – “foi alvo de in- tensas polêmicas” – não “se deduz” do tex- to, está claramente expressa nele. 2. Certo Por quê? Esta dedução se origina da infor- mação de que “maestros” apresentaram obras dele. 3. Certo Por quê? A informação de que ele foi alvo de ”preconceito antissemita” leva à conclu- são de que ele era “de origem judaica”. 4. Certo Por quê? A palavra “maestro” tem uma co- notação diferente (sem vírgula) de“cantor”, “compositor”, “DJ”, “intérprete” etc. Maes- tro pressupõe erudição, por sua própria for- mação acadêmica; por isso, “pode-se dedu- zir que as músicas sejam eruditas, pois ‘eru- ditos’ se empenham na sua apresentação”. O “pode-se deduzir” é aceitável, porque não impõe que seja uma “dedução obrigatória”. 5. Certo Por quê? Essa inferência (dedução) nasce da informação de que “foram raros os ma- estros que, nas décadas que se seguiram à sua morte, se empenharam na apresenta- ção de suas obras.” 6. Errado Por quê? Primeiro, o texto não abrange as- sunto nacional, mas internacional. Segun- do, não se pode deduzir que haja unanimi- dade, mas uma boa ou grande aceitação. 7. Certo 8. Certo 9. Certo 10. Certo 11. Certo Por quê? Conforme o texto, tais críticos, além de não compreenderem o lado esté- tico do artista, incorreram em preconceito. IDEIa PRInCIPaL E SECUnDÁRIa Em vida, Gustav Mahler (1860-1911), tanto por sua per- sonalidade artística como por sua obra, foi alvo de intensas polêmicas – e de desprezo por boa parte da crítica. A incom- preensão estética e o preconceito antissemita também o acompanhariam postumamente e foram raros os maestros que, nas décadas que se seguiram à sua morte, se empenha- ram na apresentação de suas obras. Julgue os itens. 12. O parágrafo lido constitui-se de dois períodos, residindo a ideia principal no segundo. 13. A ideia principal está contida no primeiro período, representando o segundo um desenvolvimento das ideias do primeiro. 14. Qual a ideia principal do texto? a) Mahler foi um compositor. b) Mahler tinha origem judaica. c) Mahler compunha música erudita. d) O valor de Mahler só foi reconhecido devidamente a partir de algumas décadas após seu falecimento. e) A finalidade do texto é dizer que boa parte da críti- ca foi contrária a Mahler. Gabarito Comentado 12. Errado A questão seguinte esclarece o assunto. 13. Certo 14. d Nesta questão 14, todas as cinco alternativas exprimem informações contidas no texto dado. Contudo, entre as ideias lançadas em qualquer texto, existe uma hierarquia, uma gradação de importância. Daí os conceitos de IDEIA CENTRAL OU PRINCIPAL e IDEIAS SECUNDÁRIAS OU PERIFÉ- RICAS. A ideia central ou principal será a responsável pelo TEMA, que não se define por uma só palavra, mas por uma AFIRMAÇÃO. Pode-se dizer que o tema do trecho lido é a valorização póstuma da obra mahleriana. As demais ideias, secundárias, servem para dar maior compreensão ao texto e propiciar ao leitor uma visão mais detalhada do assunto. COMO aCHaR a IDEIa PRInCIPaL OU O TEMa Tratando-se de texto expositivo, argumentativo, os exa- minadores buscam avaliar no candidato a capacidade de captar o mais importante. Quando você tem pouco tempo na prova e precisa responder a uma questão que indaga sobre o tema ou a ideia central de um longo texto, ou de um texto completo, basta concentrar-se na leitura do último parágrafo. Necessariamente lá está a resposta da questão. Openbook Apostilas 6 L ín g Ua P O RT U g U ES a Normalmente, num parágrafo, a ideia principal se encon- tra na parte inicial sendo seguida de um desenvolvimento, em forma de explicação, detalhamento, exemplificação etc.. Essa ideia principal também é conhecida por TÓPICO FRASAL. Mais raramente, pode ser encontrada no final do parágrafo, sob a forma de conclusão das informações ou explanações que a antecedem. Repetindo: a ideia central ou principal de um parágrafo se situa no início ou no final. Nas outras partes, aparecem os argumentos. Quando a abordagem é não apenas de um parágrafo, mas de um texto completo, o tema ou ideia principal se encontra no último parágrafo, podendo também aparecer no primeiro, conhecido como parágrafo introdutório. Os parágrafos centrais são reservados às argumentações, que contribuem para dar suporte à principal ideia. InTERTEXTUaLIDaDE Chama-se intertextualidade a relação explícita ou implí- cita de um texto com outro. Quando Chico Buarque diz, na música Bom Conselho, “de- vagar é que não se vai longe”, “quem espera nunca alcança”, cria uma intertextualidade implícita com os ditos populares “devagar se vai ao longe” e “quem espera sempre alcança”. Veja a estrofe seguinte: Minha terra tem palmares Onde gorjeia o mar Os passarinhos daqui Não cantam como os de lá (Oswald de Andrade) E responda C (certo) ou E (errado): ( ) Esses versos lembram “Minha terra tem palmeiras, / Onde canta o sabiá; / As aves, que aqui gorjeiam, / Não gorjeiam como lá. /”, de Gonçalves Dias. ( ) A criação de Oswald de Andrade constitui um combate à estética romântica. ( ) trata-se de bom exemplo de intertextualidade. Gabarito C, C, C IMpLÍCItOS: pRESSUpOStOS E SUBEntEnDIDOS Implícitos Implícitos constituem informações que não se encontram exteriorizadas (ou escritas ou pronunciadas) no texto, estando apenas sugeridas por um ou outro índice linguístico. É a leitura atenta e competente que permite ao leitor a percepção do que ficou implícito, ou se mostra apenas nas entrelinhas. Pressupostos Os pressupostos são identificados por estarem sugeridos por palavras ou outros elementos do texto, não são difíceis de encontrar-se e não podem ser desmentidos pelo uso do raciocínio lógico. Ex.: Teresa voltou da Índia. Pressupostos: ela foi à Índia (indiscutível); a viagem teve início há mais que dois dias (indiscutível). Subentendidos Os subentendidos se formam por dedução subjetiva do leitor, pois baseiam-se em sua visão de mundo, por isso são discutíveis. Ex.: Teresa voltou da Índia. Subentendidos: Teresa gastou muito (discutível, pois pode alguém ter pago tudo); ela é uma felizarda, aproveitou bastante (discutível, porque pode ter ido a trabalho, com pouco dinheiro, e ter ficado hospitalizada o tempo todo). Exercícios Assinale C ou E nos parênteses. Na frase Carlos mudará de profissão, 1. ( ) tem-se como pressuposto que ele ganha pouco. 2. ( ) tem-se como pressuposto que ele tem profissão. 3. ( ) é possível que ele esteja contrariado. 4. ( ) é possível que ele tenha profissão. Gabarito 1. E 2. C 3. C 4. E TIPOLOgIa TEXTUaL narração ou história Texto que conta uma história, curtíssima ou longa, tendo personagem, ação, espaço e tempo, mas o tempo tem de estar em desenvolvimento. Ela chegou, abriu a porta, entrou e olhou para mim. (As ações acontecem em sequência) Descrição ou retrato 1. Texto que mostra um ambiente. O Sol estava a pino, as portas trancadas, as janelas escancaradas, as ruas vazias, os carros estacionados, os galhos das árvores e o capim absolutamente parados. 2. Texto que mostra ações simultâneas. Enquanto ela falava, o cachorro latia, a criança cho- rava, o vizinho aplaudia. (As ações acontecem no mesmo momento, o tempo está parado) Dissertação ou ideias Texto construído não para contar história ou fazer um retrato, mas para desenvolver um raciocínio. É sábio dizer-se que o limite de um homem é o limite de seu próprio medo. Na prática, um texto pode misturar as tipologias, por isso é comum classificá-lo com base em qual tipologia predomina, ou seja, para atender a qual tipologia o texto foi feito. O tipo DISSERTAÇÃO modernamente vem sendo subs- tituído, conforme o caso, por Argumentação, Exposição, ou Injunção: • argumentação: apresenta argumentos na defesa de um ponto de vista: A sua expansão industrial e comercial ocorreu muito antes dos países vizinhos, não só porque dispunha de extensa rede de ferrovias, hidrovias e rodovias, mas também por- que detinha maiores recursos para investimento. Openbook Apostilas 7 L ín g Ua P O RT U g U ES a• Exposição: apenas expõe as ideias, sem apresentar argumentos: A Bulgária se tornou membro da União Europeia em janeiro de 2007, após dez anos de negociação. • Injunção: orienta o comportamento do receptor: Manuais de utilização de equipamentos. Orientações de como tomar um remédio. Como ligar e desligar a irrigação do jardim... Exercícios Use as letras iniciais das cinco frases seguintes para identificar nos parênteses, os cinco textos que as acompanham. N. Constitui exemplo de narração. D. Predomina o caráter de descrição. I. Tem como base um parágrafo injuntivo. E. Exemplifica dissertação expositiva. A. Classifica-se como dissertação argumentativa. Atenção para as partes em itálico. Texto 1 (EP). ( ) Quando Clarice se mostrou chateada com algumas es- trias no seio, Rogério prontamente informou: – Tenho solução para isso. – É verdade que você tem? – Claro! – Então me ensina. – Ponha duas colheres de sopa de azeite numa frigi- deira. Amasse três dentes de alho, depois de tirar a casca, e misture-os ao azeite. Deixe a mistura no fogo médio por cinco minutos e apague o fogo. Aguarde que ela esfrie um pouco até a temperatura ficar suportável ao tato. Durante oito minutos, embeba quantas vezes necessárias um algodão naquele azeite, e passe-o su- avemente em movimentos circulares no seio estriado. Vá ao espelho e veja o resultado. – As estrias vão embora? – Podem ir, mas se não forem, você pode estrear um peitinho a alho e óleo. Texto 2 (EP). ( ) Paulo abriu a porta devagar, observou com calma o ambiente, caminhou pé ante pé até a janela, abriu a cortina, esperou que os olhos se acostumassem à clari- dade que invadiu o quarto, só então deitou-se no chão e vasculhou com os olhos a parte embaixo da cama. Teve certeza de que o bicho não estava lá. Texto 3 (EP). ( ) Berenice percebeu que André não lhe estava sendo fiel porque ele dissera não conhecer Isaura, mesmo depois de ter dormido na casa dela. Além disso, as duas vezes que Berenice citou o nome de Isaura, André desviou primeiro o olhar, em seguida mudou de assunto. Sem falar no perfume que o acompanhava quando entrou em casa: o preferido de Isaura. Texto 4. ( ) Para investigadores, há indícios de que parte do dinheiro desviado tenha sido usado por Collor para compra de carros de luxo em nome de empresas de fachada. Al- guns desses automóveis foram apreendidos pela Polícia Federal na Operação Politeia, um desdobramento da Lava Jato, realizada em 14 de julho. Texto 5. ( ) A manhã estava radiosa e cálida. Sequer uma nuvem. As folhagens das árvores, dos arbustos e das gramíneas oscilavam suavemente. Juritis, sabiás e bemtevis har- monizavam seus cantares, vez por outra salpicados por latidos um tanto quanto lentos e preguiçosos. O perfu- me do jasmim ocupava a beira da piscina, envolvendo o tom rosado da pele de Janaína. ( ) Ponha nestes parênteses o número do texto que faz uso do diálogo em sua organização. Gabarito Texto 1 (I) Texto 2 (N) Texto 3 (A) Texto 4 (E) Texto 5 (D) Texto 1 níVEIS DE FORMaLIDaDE/InFORMaLIDaDE níveis de Fala (tipos de norma) Registro formal ou adloquial No registro formal (adloquial, culto, padrão), as circuns- tâncias exigem do emissor postura concentrada e adequada a um grupo sofisticado de falantes. Tende ao uso da norma culta (também chamada de padrão, ou erudita), que se estuda nas gramáticas normativas. Por favor, entenda que seria importante para nós sua presença. Registro informal ou coloquial A informalidade ou coloquialismo acontece quando o ambiente permite ao emissor uma postura mais à vontade, sem preocupações gramaticais. Vem, que sua presença é importante. (A gramática orien- ta: Vem, que tua presença... ou Venha, que sua presença...) Na informalidade, a língua é usada na forma de cada região, profissão, esporte, gíria, internet... Registro vulgar Normalmente envolve uso de calão ou gíria. Oi, cara, pinta lá no pedaço. Registro de baixo calão É o nível das gírias pesadas e dos palavrões. Naquele cafofo só vai ter piranha e Zé-mané, porra. Cada texto deve obedecer a um nível de formalidade ou informalidade, com a escolha do vocabulário e de cons- truções frásicas adequada ao público e ao ambiente a que se destina. Variação linguística Uma língua se realiza na fala de grupos diferentes, no tempo (compare os escritos da carta de Caminha, de José de Alencar e de hoje), no espaço (veja as diferenças de ex- pressão das várias regiões brasileiras), nas profissões (atente para seus jargões ou expressões características), em grupos de relacionamentos (cada um com suas gírias e constru- ções frásicas identificadoras: DJs, políticos, cantores de rap, religiosos, surfistas, tatuadores, traficantes, escaladores...) Openbook Apostilas 8 L ín g Ua P O RT U g U ES a Já houve o tempo em que se considerava certo apenas o uso da norma então conhecida como culta ou erudita, porém a sociolinguística substituiu o conceito de certo/errado pelo de adequado/inadequado. Em termos de comunicação, certo é o emissor adequar seu código ao do receptor para se fazer entender bem. Por isso, tanto o “nós vai”, como o “nós vamos” podem ou não estar adequados, dependendo do ambiente ou do grupo de falantes a que se destine. FUnÇõES Da LIngUagEM Todo emissor, no momento em que realiza um ato de fala, atribui, consciente ou inconscientemente, maior importância a um dos seis elementos da comunicação (emissor, recep- tor, referente, canal, código ou mensagem). Descobrir qual elemento está em destaque é definir a função da linguagem. Função Emotiva (ou Expressiva) Predomina em importância o emissor e é muito usada em textos líricos, amorosos, autobiográficos, testemunhais... Constitui uma característica de subjetividade. Emissor: aquele que fala, representado por eu, nós, a gente (no sentido de “nós”). São índices desta função: 1. sujeito emissor – Eu vi Mariana chegar. a gente viu Mariana chegar. nós vimos Mariana chegar. 2. uso de exclamação – Mariana chegou! 3. uso de interjeição – Ih! Mariana chegou. Função Conativa (ou Apelativa) Predomina em importância o receptor e é frequente em linguagem de publicidade e de oratória. Receptor: com quem se fala, representado por tu, vós, você(s), Vossa Senhoria, Vossa Alteza, Vossa... São índices desta função: 1. sujeito receptor – Você sabia que Mariana chegou? 2. vocativo – Paulo, tu estás correto. 3. imperativo – Por favor, venha cá. Beba guaraná. Função Referencial (ou Informativa) Predomina em importância o referente e é empregada nos textos científicos, jornalísticos, profissionais – correspon- dências oficiais, atas... É uma característica de objetividade. Referente: de que ou de quem se fala, representado por ele(s), ela(s), Sua Excelência, Sua Majestade, Sua..., ou por qual- quer substantivo ou pronome substantivo de terceira pessoa. É índice desta função: 1. sujeito referente – Mariana chegou. Ele chegou. Sua Senhoria chegou. Quem chegou? Função Fática Predomina em importância o canal e normalmente aparece em trechos pequenos, dentro de outras funções. Canal: meio físico (ar, luz, telefone...) e psicológico (a atenção) que interliga emissor e receptor. Usa-se a função fática para: 1. testar o funcionamento do canal – Um, dois, três... Alô, alô... 2. prender a atenção do receptor – Bom dia. Como vai? Até logo. Certo ou errado? 3. distrair a atenção do receptor – Ele: Onde você estava até esta hora? Ela: Por favor, ligue agora para o José e lhe deseje sorte. (Ela desviou a atenção do assunto dele) Função Metalinguística Predomina o assunto “língua”, é o uso da língua para falar da própria língua. Língua:tipo de código usado na comunicação. Os dicionários, as gramáticas, os livros de texto, de re- dação, as críticas literárias são exemplos de metalinguagem. Função poética (ou Estética) Predomina em importância a elaboração da mensagem. Mensagem, fala ou discurso: é o como se diz e não o que se diz. As frases “Você roubou minha caneta” e “Você achou minha caneta antes de eu a perder”, embora tenham o mes- mo assunto ou referente, são mensagens, falas ou discursos diferentes, tanto é que provocam sensações diferentes no receptor. A função poética valoriza a escolha das palavras, ora pela sonoridade, ora pelo ritmo (Quem casa quer casa. Quem tudo quer tudo perde. Quem com ferro fere com ferro será ferido), ora pelo significado inusitado (Penso, logo desisto), ora por mais de uma dessas ou outras características. Obs.: todas essas funções podem interpenetrar-se no texto, mas uma (qualquer uma) tenderá a ser predominante. No caso de um texto poético ou estético, as demais funções ocupam o segundo plano. TIPOS DE DISCURSO Discurso Direto Reprodução exata da fala do personagem. Julieta respondeu: Estou satisfeita com sua resposta. Pode vir entre aspas: “Estou satisfeita com sua resposta.” Pode vir após travessão: – Estou satisfeita com sua resposta. Discurso Indireto O narrador traduz a fala do personagem. Julieta respondeu que estava satisfeita com a resposta dele. Julieta respondeu estar satisfeita com a resposta dele. Discurso Indireto Livre A fala do personagem se confunde com a do narrador. Mariana sentou-se em frente ao guri, o que se passava naquela cabecinha? Que sorrisinho maroto... Discurso do narrador É a fala de quem conta a história. Julieta respondeu: Estou satisfeita com sua resposta. Monólogo Fala de um personagem consigo mesmo. Paulo atravessou o bar, resmungando: “Não acredito no que acabei de ver”. Openbook Apostilas 9 L ín g Ua P O RT U g U ES a Diálogo Conversa entre dois ou mais personagens. – Você devia ser mais suave na sua fala. – Vou tentar. gênEROS DO DISCURSO, gênEROS TEXTUaIS Desde os estudos de Bakhtin até os de Koch, chegou-se à percepção de certas sequências relativamente estáveis de enunciados, voltadas a atender necessidades diferentes da vida social, sequências essas definidoras do que se conven- cionou chamar Gêneros do Discurso, adaptáveis à sociedade e seus comportamentos. Gêneros primários São os que se desenvolvem primeiro, realizados em situa- ções de comunicação, no âmbito social cotidiano das relações humanas: diálogo, telefonema, bilhete, carta, piada, oração, comando militar rápido, situações de interação face a face.. Gêneros secundários Referentes a circunstâncias mais complexas, públicas, de interação social, muitas vezes escritas, monologadas, capazes de incorporar e transmutar os gêneros primários. Necessitam de instrução formal e aparecem sob a forma de 1. Gêneros literários: provérbios, crônicas, contos, novelas, romances, dramas...; 2. Gêneros oficiais: cartas, ofícios, memorandos, anais, tratados, textos de lei, documentos de escritório...; 3. Gêneros científicos: pesquisas, relatórios, críticas, análises, teses, ensaios... 4. Gêneros Jornalísticos: notícia, matéria, entrevista, charge ... 5. Gêneros outros como dos círculos artísticos, sócio-políticos, retóricos, jurídicos, políticos, publicísticos, esportivos... Eis alguns tipos explorados em provas elaboradas pelo Cespe: Crônica Texto curto dissertativo, comentando fato ou situação do momento. Conto História curta com poucos personagens em torno de um núcleo de ação. novela História mais longa que o conto e que também envolve só um núcleo de ação. Romance História longa e complexa em que os personagens atuam em torno de vários núcleos de ação. As chamadas novelas de televisão literariamente são romances porque revezam vários núcleos temáticos, revezando também como protagonistas grupos diferentes de personagens. parábola Narrativa que transmite uma mensagem indireta, geral- mente de cunho moral, por meio de comparação ou analogia. Cristo falava por parábolas, como a do Filho Pródigo e a do Joio e do Trigo. Fábula Tipo de parábola curta, em prosa ou verso, que apresenta animais como personagens e que ilustra um ensinamento moral. Famosas são as fábulas de Esopo, como A Raposa e as Uvas, O Lobo e o Cordeiro. Sátira Texto crítico, picante, sarcástico, maledicente, irônico, zombeteiro para criticar instituições, costumes ou ideias. Apólogo Narrativa didática, em prosa ou verso, em que se animam e dialogam seres inanimados. Um bom exemplo é o texto de Machado de Assis intitulado A Agulha e a Linha. Lenda História com base em informações imaginárias. São len- dários o saci-pererê, a boiuna, a mula sem cabeça... anedota História curta engraçada ou picante. paródia Imitação artística, jocosa, satírica, bufa; arremedo de outro texto. Vejam-se os segundos textos. Quem com ferro fere com ferro será ferido. Quem confere ferro, com ferro... Penso, logo existo. Penso, logo desisto. paráfrase ou frase paralela É um texto criado na tentativa de reproduzir o sentido de outro. É um texto sinônimo, de sentido semelhante. Veja o segundo texto. Todo dia ela faz tudo sempre igual / Me sacode às três horas da manhã / Me sorri um sorriso pontual / E me beija com a boca de hortelã... (Chico Buarque) Dia após dia ela faz as mesmas coisas. Me tira da cama às três da madrugada. Me dá um sorriso rotineiro e um beijo com gosto de pasta de dente... Obs.: a paráfrase sempre altera algo no sentido subjetivo do texto. Epígrafe Inscrição que antecede um texto (no frontispício de um livro, no início de um capítulo, de um poema, de uma crô- nica...). Título: EPICÉDIO III Epígrafe: À morte apressada de um amigo Texto: Comigo falas; eu te escuto; eu vejo Quanto apesar de meu letargo, e pejo, Me intentas persuadir, ó sombra muda, Que tudo ignora quem te não estuda. (Cláudio Manuel da Costa) SEMânTICa Sema É unidade de significado. A palavra “garotas” tem três semas: 1. garot é o radical e significa ser humano em formação; 2. a é desinência e significa feminino; 3. s é desinência e significa plural. Openbook Apostilas 10 L ín g Ua P O RT U g U ES a Monossemia ou unissignificação É o fato de uma expressão ter no texto apenas um sig- nificado. polissemia ou plurissignificação É o fato de uma expressão, no texto, ter múltiplos sig- nificados. Ambiguidade ou anfibologia Significa duplo sentido. Denotação Sentido objetivo da palavra – Teresa é agressiva. Conotação Sentido figurado da palavra – Teresa é um espinho. Campo Semântico Área de abrangência ou de interpenetração de significado(s). Chuteira, pênalti, drible, estádio... pertencem ao campo semântico do futebol. Oboé, melodia, contralto... pertencem ao campo semân- tico da música. Aeromoça, aterrissar, taxiar... pertencem ao campo se- mântico da aviação. Contexto As palavras ou signos podem estar soltos ou contextua- lizados. O contexto é a frase, o texto, o ambiente em que a palavra ou signo se insere. Normalmente, uma palavra solta, fora de um contexto, desperta vários sentidos (polissemia) e os dicionários tentam relacioná-los, apresentando cada um dos sentidos (monossemia) ligado a um determinado contexto. No Dicionário Houaiss, a palavra ponto tem 62 significa- dos e contextos; linha tem outros 58, sendo que, em cada um desses contextos, a monossemia prevalece. nos textos literários ou artísticos, ambiguidade e po- lissemia são valores positivos. O texto artístico pode ser considerado tão mais valioso quanto mais plurissignificativo.nos textos informativos (jornalísticos, históricos, cien- tíficos... ), a monossemia é valor positivo, enquanto a ambi- guidade e a polissemia devem ser evitadas. Sinonímia Existência de palavras ou termos com significados con- vergentes, semelhantes: vermelho e encarnado, brilho e luminosidade, branquear e alvejar... Antonímia Existência de palavras ou termos de sentidos opostos: claro e escuro, branco e negro, alto e baixo, belo e feio... Homonímia Palavras iguais na escrita ou no som com sentidos dife- rentes: cassa e caça, cardeal (religioso), cardeal (pássaro), cardeal (principal)... paronímia Palavras parecidas: eminência e iminência, vultoso e vultuoso... QUaLIDaDES DO TEXTO Um texto bem redigido deve ter algumas qualidades. A seguir, cada tópico apresenta uma dessas qualidades e, também, seu defeito, o oposto. Clareza Clareza é a qualidade que faz um texto ser facilmente entendido. Obscuridade é o seu antônimo. Questões O menino e seu pai foram hospedados em prédios diferentes o que o fez ficar triste. Assinale C para certo e E para errado. 1. ( ) A estruturação da frase se dá de maneira clara e objetiva. 2. ( ) A leitura desse trecho se torna ambígua em virtude do mau uso do pronome oblíquo “o”. 3. ( ) Colocando-se o oblíquo “o” no plural, caberia plu- ralizar “ficar triste” (o que os fez ficarem tristes) e a clareza se restaura porque o “triste” passa a se referir a ambos, “o menino” e “seu pai”. 4. ( ) Substituindo-se o oblíquo “o” por “este” (o que fez este ficar triste ), também se elimina a ambiguidade, passando a significar que só o pai ficou triste. 5. ( ) Substituindo-se o oblíquo “o” por “aquele” (o que fez aquele ficar triste) comete-se uma incorreção gramatical. 6. ( ) Substituindo-se o oblíquo “o” por “aquele” (o que fez aquele ficar triste) resolve-se também a obscu- ridade, pois afirma-se que só o menino ficou triste, porque o demonstrativo “aquele” refere-se ao subs- tantivo mais distante. Gabarito Itens 2, 3, 4 e 6 certos; itens 1 e 5 errados. Coerência Se as ideias estão entrelaçadas harmoniosamente em termos lógicos, encontra-se no texto coerência. O seu an- tônimo é ilogicidade, incoerência. Questões I – Toda mulher gosta de ser elogiada. Se queres agradar a uma, mostra-lhe suas qualidades. II – Toda mulher gosta de ser elogiada. Se queres agradar a uma, mostra-lhe seus defeitos. Assinale C para certo e E para errado. 1. ( ) O texto I exemplifica raciocínio incoerente. 2. ( ) O texto II desenvolve raciocínio coerente. 3. ( ) A incoerência se faz presente em ambos os parágrafos. 4. ( ) Os dois parágrafos são perfeitamente coerentes. 5. ( ) O raciocínio do texto I é perfeitamente lógico e coerente. 6. ( ) O desenvolvimento racional do texto II peca por incoerência. Gabarito Itens 1, 2, 3 e 4 errados; itens 5 e 6 certos. Openbook Apostilas 11 L ín g Ua P O RT U g U ES a Concisão Concisão é a capacidade de se falar com poucas palavras. O seu oposto é prolixidade. Questões I – Andresa trouxe Ramiro e Osvaldo à minha presença, no meu escritório e me apresentou essas duas pessoas. II – Andresa trouxe-me ao escritório Ramiro e Osvaldo e mos apresentou. Assinale C para certo e E para errado. 1. ( ) Os dois textos apresentam o mesmo teor informativo. 2. ( ) O primeiro é mais prolixo (dezessete palavras, uma vírgula e um ponto final). 3. ( ) O segundo é mais conciso (onze palavras e um ponto final). 4. ( ) A última oração da frase II deve ser corrigida para “e nos apresentou”. 5. ( ) No período II, “mos” funciona como objeto indireto e direto, porque representa a fusão de dois pronomes oblíquos átonos (me + os). Gabarito Itens 1, 2, 3 e 5 certos; item 4 errado. Correção Gramatical Correção é o ajuste do texto a um determinado padrão gramatical. Tradicionalmente as provas sempre visaram a medir o conhecimento da norma culta (também chamada de erudita ou padrão), por isso, quando simplesmente pedem para apontar o que está certo ou errado gramaticalmente, estão-se referindo à adequação ou inadequação do texto a essa norma culta. Questões I – Nóis num é loco, nóis só véve ansim pruquê nóis qué. II – Não somos loucos, só vivemos assim porque queremos. Assinale C ou E, conforme julgue a afirmação certa ou errada. a) O texto I está correto em relação ao padrão popular regional e errado relativamente ao culto. b) O texto II está certo de acordo com o padrão culto e errado se a referência for o popular regional. Gabarito Ambas as afirmações estão corretas. Coesão Coesão é a inter-relação bem construída entre as partes de um texto. Seu antônimo é a incoesão ou desconexão. COESÃO E COnECTORES Coesão é a inter-relação bem construída entre as partes de um texto e se faz com o uso de conectores ou elementos coesivos. Coesão gramatical (ou coesão referencial endofórica) Os componentes de um texto se inter-relacionam, referin- do-se uns aos outros, evidenciando o que se chama coesão referencial endofórica, ou coesão gramatical. Além do uso das preposições e conjunções, eis alguns recursos de coesão refe- rencial endofórica e seus elementos coesivos ou conectores: nominalização Substantivo que retoma ideia de verbo anteriormente expresso. Os alunos esforçados foram aprovados e a aprovação lhes trouxe euforia. Elemento coesivo: “aprovação” retoma “foram apro- vados”. Pronominalização Pronome retomando ou antecipando substantivo. Conector: na frase anterior, “lhes” retoma “alunos”. Repetição vocabular Repetição de palavra. A mulher se apoia no homem e o homem na mulher. Elemento coesivo: na segunda oração repetem-se os substantivos “homem” e “mulher”. Sintetização Uso de expressão sintetizadora. Viagens, passeios, teatros, espetáculos... Tudo nos mos- tra o mundo. Conector: na segunda oração, a expressão “tudo” sinte- tiza “Viagens, passeios, teatros, espetáculos...”. Uso de numerais São possíveis três situações. A primeira é ela estar sendo sincera. A segunda é estar mentindo. A terceira é não saber o que fala. Elemento coesivo: os ordinais, “primeira”, “segunda” e “terceira” retomam o cardinal “três”. Uso de advérbios Hesitando, entrou no quarto de Raquel. Ali deveria estar escondida a resposta. Conector: o advérbio “Ali” recupera a expressão “quarto de Raquel”. Elipse Omissão de termo facilmente identificável. Nós chegamos ao jardim. Estávamos sedentos. Elemento coesivo: a desinência verbal “mos” retoma o sujeito “nós” expresso na primeira oração. Sinonímia Palavras ou expressões de sentidos semelhantes. O extenso discurso se prolongou por mais de duas horas. A peça de oratória cansativa foi responsável pelo desinte- resse geral. Conector: o sinônimo “peça de oratória” retoma a ex- pressão “discurso”. Hiperonímia Hiperônimo é palavra cujo sentido abrange o de outra(s). Roupa constitui hiperônimo em relação a calça, vestido, paletó, camisa, pijama, saia... Openbook Apostilas 12 L ín g Ua P O RT U g U ES a Ela escolheu a saia, a blusa, o cinto, o sapato e as meias... Aquele conjunto estaria, sim, adequado ao ambiente. Elemento coesivo: o hiperônimo “conjunto” retoma os substantivos anteriores. Hiponímia Hipônimo é palavra de sentido incluído no sentido de outra. Boneca, pião, pipa, bambolê, carrinho, bola de gude... são hipônimos de brinquedo. Naquela disputa havia cinco times, contudo apenas o Flamengo se pronunciou. Conector: o hipônimo “Flamengo” cria coesão com a palavra “times”. Anáfora chama-se anafórico ao elemento de coesão que retoma algo já dito.O lobo e o cordeiro se olharam; aquele, com fome; este, com temor. Coesivos anafóricos: “aquele” e “este” retomam “lobo” e “cordeiro”. Catáfora Palavra ou expressão que antecipa o que vai ser dito. Não se esqueça disto: já estamos comprometidos. Conector catafórico: “disto” antecipa a oração “já esta- mos comprometidos”. Obs.: a coesão é uma qualidade do texto e sua falta cons- titui erro. Desconexo ou incoeso é o texto a que falta coesão. DOMínIO DOS MECanISMOS DE COESÃO TEXTUaL Os mecanismos de coesão textual exigem conhecimentos outros, como uso dos pronomes, regência, concordância, colocação... Resolva as questões seguintes, onde aparecem 10 co- esões bem feitas e 10 imperfeitas, com relação à norma padrão oficial. Qual dos dois textos está mais bem escrito, levando em con- sideração os mecanismos de coesão textual? 1. a) O cavalo, o ganso e a ovelha andavam lado a lado; enquanto este relinchava, aquele grasnava e ela balia. b) O cavalo, o ganso e a ovelha andavam lado a lado; enquanto aquele relinchava, esse grasnava e esta balia. 2. a) Atenção a este aviso: “Piso Escorregadio”. b) Atenção a esse aviso: “Piso Escorregadio”. 3. a) Silêncio e respeito. Essas palavras se viam por toda parte. b) Silêncio e respeito. Estas palavras se viam por toda parte. 4. a) Encontrei o artigo que você falou. b) Encontrei o artigo de que você falou. 5. a) Foi essa a frase que você falou. b) Foi essa a frase de que você falou. 6. a) Era uma situação que ele fugia. b) Era uma situação de que ele fugia. 7. a) Estamos diante de um texto que falta coesão. b) Estamos diante de um texto a que falta coesão. 8. a) Finalmente chegou ao quarto onde estava escondido o dinheiro. b) Finalmente chegou ao quarto aonde estava escon- dido o dinheiro. 9. a) Veja o local onde você chegou. b) Veja o local aonde você chegou. 10. a) Convide para a mesa as senhoras cujos os maridos estão presentes. b) Convide para a mesa as senhoras cujos maridos estão presentes. Gabarito 1. b. Uso dos demonstrativos: aquele, para o mais dis- tante; esse, para o intermediário; este, para o mais próximo. 2. a. Uso dos demonstrativos: este refere-se ao que se vai falar; esse, ao que já foi dito. 3. a. Uso dos demonstrativos: este refere-se ao que se vai falar; esse, ao que já foi dito. 4. b (falar de um artigo). 5. a (falar uma frase). 6. b (fugir de algo). 7. b (falta coesão a algo). 8. a (o dinheiro estava escondido no quarto). 9. b (você chegou a um local). 10. b (cujo não vem seguido de artigo). OUTROS COnCEITOS Barbarismo Erro no uso de uma palavra. 1. Erro de pronúncia ou grafia: Ele é adevogado e co- nhece o pograma. 2. Erro de flexão: Eu reavi os leitães. (O certo é reouve os leitões) 3. Troca de sentido: tráfico x tráfego, estrutura x esta- tura, ascendente x descendente... Cacofonia Som desagradável ou ambíguo. Meus afetos por ti são (tição). Louca dela (cadela), por não perceber que dedico a ti (quati) o meu amor. Eco ou Colisão Rima na prosa. Depois da primeira porteira, encontrou a costureira descendo a ladeira da goiabeira. Estrangeirismo Uso de palavras ou expressões estrangeiras. Internet, slow motion, pick-up, abat-jour, débauche, front-light... Solecismo Erro sintático. 1. De regência: Emprestei de você um calção. Ele obede- ceu o pai. Openbook Apostilas 13 L ín g Ua P O RT U g U ES a 2. De concordância: Nós vai... A gente pensamos... As menina... Arcaísmo Uso de palavras ou expressões antigas. Palavras adrede escolhidas (especialmente). Brincavam de trocar piparotes (petelecos). neologismo Palavra recém-inventada. – O que ele está fazendo? – Ah! Deve estar internetando. preciosismo Preocupação exagerada com a construção do texto. FIgURaS DE LIngUagEM Podem-se subdividir em Figuras de Pensamento, Figuras de Sintaxe, Figuras de Sonoridade, e ainda tropos (Uso de Sentido Figurado ou Conotação). Figuras de Pensamento São as figuras que atuam no campo do significado. Antítese Aproximação de ideias opostas – O belo e o feio podem ser agressivos ou não. Paradoxo Aparente contradição – Esta sua tia é uma beleza de feiura. Ironia Afirmação do contrário – O animal estava limpo, com os cascos reluzentes, firme, saudável... Muito maltratado! Eufemismo Suavização do desagradável – Passou desta para a me- lhor (= morreu). Hipérbole Exagero – Já repeti cem mil vezes. perífrase Substituição de uma expressão mais curta por uma mais longa e pode ser estilisticamente negativa ou positiva, de- pendendo do contexto. Texto: Apoio sinceramente sua decisão. Perífrase: Antes de mais nada, é importante que você me permita neste momento comunicar-lhe meus sinceros sentimentos de apoio ao resultado de suas meditações. Também constitui perífrase o uso de duas ou mais pala- vras em vez de uma: titular da presidência (= presidente); a região das mil e uma noites (= Arábia) Figuras de Sintaxe São as figuras relacionadas à construção da frase. Elipse Omissão de termo facilmente identificável – (eu) cheguei, (nós) chegamos. Zeugma Elipse de termo já dito – Comprei dois presentes; ela, três. – José chegou cedo; Maria, não. Hipérbato Inversão da frase – Para o pátio correram todos. pleonasmo vicioso Repetição desnecessária de ideia – Chutou com o pé, roeu com os dentes, saiu para fora, lustro de cinco anos... pleonasmo estilístico A mim, não me falaste. Aos pais, lhes respondi que... Assíndeto Ausência de conjunção coordenativa – Chegou, olhou, sorriu, sentou. polissíndeto Repetição de conjunção coordenativa – Chegou, e olhou, e sorriu, e sentou. gradação Sequência de dados em crescendo – Balbuciou, sussur- rou, falou, gritou... paralelismo Sintático Obediência a um mesmo padrão. Sem paralelismo: Quero de você admiração, honestidade e que me obedeça. Ela é alta, inteligente e tem beleza. Com paralelismo: Quero de você admiração, honestidade e obediência. (todos, substantivos) Ela é alta, inteligente e bela. (todos, adjetivos) Silepse Concordância com a ideia, não com a palavra. Silepse de Gênero: Vossa Senhoria está cansado? Silepse de Número: E o casal de garças pousaram tran- quilamente. Silepse de Pessoa: Todos deveis estar atentos. Figuras de Sonoridade São as figuras relacionadas ao trabalho com os sons das palavras. aliteração Repetição de sons consonantais próximos – “Gil engendra em Gil rouxinol” (Caetano Veloso). Assonância Repetição de sons vocálicos próximos – Cunhã poranga na manhã louçã. Openbook Apostilas 14 L ín g Ua P O RT U g U ES a Onomatopeia Tentativa de imitação do som – coxixo, tique-taque, zum- -zum, miau... paronomásia ou trocadilho Contudo... ele está com tudo. tropos (Uso do Sentido Figurado ou Conotação) Comparação ou analogia Relação de semelhança explícita sintaticamente. Ele voltou da praia parecendo um peru assado. Teresa está para você, assim como Júlia, para mim. Corria qual uma lebre assustada. Sua voz é igual ao som de panela rachada. Metáfora Relação de semelhança subentendida, sem conjunção ou palavra comparativa. Voltou da praia um peru assado. A sua Tereza é a minha Júlia. Correndo, ele era uma lebre assustada. Sua voz era uma panela rachada. Metonímia Relação de extensão de significado, não de semelhança. Continente x conteúdo Só bebi um copo. (Bebeu o conteúdo e não o copo) Origem x produto Comeu um bauru. (Bauru é a origem do sanduíche) Causa x efeito Cigarro incomoda os vizinhos. (A fumaça é que incomoda) Autor x obra Vamos curtir um Gilberto Gil? (Curtir a música)Abstrato x concreto Estou com a cabeça em Veneza. (O pensamento em Veneza) Símbolo x simbolizado A balança impôs-se à espada. (Justiça... Forças Armadas) Instrumento x artista O cavaquinho foi a grande atração. (O artista) Parte x todo Havia mais de cem cabeças no pasto. (Cem reses) Catacrese Metáfora estratificada, que já faz parte do uso comum. Asa da xícara, asa do avião, barriga da perna, bico de bule, pé de limão... prosopopeia ou personificação O céu sorria aberto e cintilante... As folhas das palmeiras sussurravam aos nossos ouvidos. POnTO DE VISTa DO aUTOR Todo e qualquer autor, ao produzir um texto, falado, cantado ou escrito, seja para descrever uma cena, narrar um fato, ou desenvolver um raciocínio, coloca nesse texto, mesmo que não o perceba, sua visão de mundo, sua posição política, religiosa, artística, econômica, social etc., além de sua preferência por este ou aquele assunto, este ou aquele personagem. A linguística textual levanta com base nos vo- cábulos escolhidos e na organização dos enunciados, o que se denomina Ponto de Vista do Autor. InTEnCIOnaLIDaDE Paralelamente ao ponto de vista, o autor também mani- festa uma intencionalidade, ou tendência psicológica, a favor ou contra determinada realidade, personalidade ou atitude, o que se pode deduzir, também, das palavras utilizadas e/ou da organização das frases. Nos cartazes das ruas e da im- prensa, duas frases usando as palavras “impeachment” e “golpe” se opuseram insistentemente: 1) Impeachment sem crime é golpe e 2) Impeachment não é golpe. Por trás de cada uma está a intencionalidade do emissor. A intenção da frase 1 é impedir o impeachment, enquanto a frase 2 tem como propósito a sua aprovação. Leia com atenção o depoimento de duas testemunhas sobre o fato que presenciaram. Testemunha A: o irmão Antônio, com frieza, gestos con- trolados, voz macia e baixa, olhar de Madalena arrependida, consciente da importância de sua postura no convencimento dos irmãos, desfiava um rosário de mentiras que convencia os presentes. Em dado momento, deixou escapar, numa fração de segundo, um esboço de sorriso vitorioso que fez o irmão Lauro levantar-se e se aproximar dele. De repente estavam os dois no chão, irmão Antônio por cima, irmão Lauro por baixo e com dificuldade foram separados pelos outros. Testemunha B: Seu Antônio estava falando, Seu Lauro voou pra cima dele com um soco armado que passou no vazio. Seu Antônio, mais forte e mais pesado, atracou-se ao agressor, derrubou-o no chão e o dominou completamente, segurando-lhe ambos os punhos, numa montada completa, sem desferir um golpe sequer, mas incapaz de impedir que o subjugado lhe mandasse, de baixo para cima, uma cusparada no rosto. Eu e um colega caímos sobre eles, seguramos os dois e os separamos. Exercícios Veja agora como os pontos de vista das duas testemunhas são diferentes, respondendo C ou E para as afirmações seguintes e conferindo suas respostas com as do gabarito. 1 ( ) O fato motivador de ambas as narrativas foi o mes- mo: uma briga entre dois indivíduos. 2 ( ) Ambas as narrativas indicam que as duas testemu- nhas demonstram bom nível de escolaridade pelo domínio do padrão linguístico apresentado. 3 ( ) No trecho “o irmão Antônio, com frieza, gestos con- trolados, voz macia e baixa, olhar de Madalena arre- pendida, consciente da importância de sua postura no convencimento dos irmãos, desfiava um rosário de mentiras”, a testemunha A descreve psicologica- mente Antônio como frio, calculista e mentiroso. 4 ( ) as expressões “o irmão”, “Madalena arrependida”, “dos irmãos”, ”rosário”, “o irmão”, “outros irmãos” e a própria repetitividade, refletem repertório reli- gioso e caracterizam o autor do texto como conviva do mesmo grupo dos demais personagens. Openbook Apostilas 15 L ín g Ua P O RT U g U ES a 5 ( ) No segundo período a testemunha A indica que Antônio agrediu moralmente com “um esboço de sorriso vitorioso” a Lauro, tendo provocado a briga. 6 ( ) A testemunha A se mostrou imparcial. 7 ( ) Com a descrição psicológica (item 3) e a agressão moral (item 5), pode-se perceber, na testemunha A, a tendência para construir a culpabilidade de Antônio. 8 ( ) A testemunha A narra em 3ª pessoa, como obser- vadora dos acontecimentos. 9 ( ) O tratamento “Seu” usado em “Seu Antônio” e “Seu Lauro” indica pouca intimidade e distanciamento respeitoso da testemunha B. 10. ( ) A linguagem da testemunha B não indica ponto de vista religioso, mas de quem entende ou convive com ambiente de luta (“voou pra cima dele com um soco armado que passou no vazio”, “mais forte e mais pesado, atracou-se ao agressor, derrubou”, “dominou completamente”, “montada completa”, “desferir golpe” , “subjugado” ). 11. ( ) Segundo a testemunha B, “Seu Lauro” agrediu duas vezes “Seu Antônio”: uma fisicamente (“voou pra cima dele com um soco armado”) e outra física e moralmente (“uma cusparada no rosto”). 12. ( ) A testemunha B mostrou-se imparcial. 13. ( ) Pode-se perceber na testemunha B a intencionali- dade de culpar “seu Lauro”. 14. ( ) A testemunha B, como narrador de 1ª pessoa (Eu e um colega caímos sobre eles, seguramos os dois e os separamos), coloca-se na cena como um dos personagens, ou seja, como narrador participante. Gabarito 1. V 2. V 3. V 4. V 5. V 6. F 7. V 8. V 9. V 10. V 11. V 12. F 13. V 14. V Conclusão: Pela leitura dos dois textos, percebem-se pontos de vis- ta diferentes dos dois autores, no caso os dois narradores. Ponto de vista do narrador A: usa a 3ª pessoa, fala como observador, visão de fora; demonstra bom domínio linguístico; posta-se como integrante de uma irmandade; considera agressor e provocador o “irmão Antônio””. Ponto de vista do narrador B: usa a 1ª pessoa, fala como um dos personagens; demonstra bom domínio linguístico; posta-se como entendedor de luta; mostra distanciamento e pouca intimidade com os envolvidos na briga; considera agressor e provocador o “Seu Lauro”. Exercícios Uma das formas de se cobrar paráfrase e conhecimentos de redação nas provas são exercícios de reescrita de textos ou trechos, que adaptamos de prova para Auditor-Fiscal da Re- ceita Federal do Brasil – AFRFB, com base no seguinte texto: A demanda doméstica depende de vários fatores, e da perspectiva do seu aumento depende a produção industrial. É normal, então, dar atenção especial ao nível do emprego e à evolução da massa salarial real, sem deixar de acompanhar as receitas e despesas do governo federal. Enquanto a ligeira retomada da economia norte-americana é acompanhada por aumento do desemprego, no Brasil o quadro é diferente. Os dados de julho, nas seis principais regiões do País, mostram redução do desemprego de 8,1% para 8%, o que significa a geração de 185 mil postos de trabalho. Essa taxa de de- semprego, em julho, é a menor da série desde 2002. Para- lelamente, houve melhora na qualidade do emprego, e 142 mil postos foram criados com carteira de trabalho assinada. (O Estado de S. Paulo, Editorial, 21/8/2009) Assinale a opção em que a reescrita de segmento do texto não mantém as informações originais. 1. A demanda doméstica depende de vários fatores, e a produção industrial depende da perspectiva do aumen- to dessa demanda. 2. Essa taxa de desemprego é a menor em julho de 2002. Paralelamente, em 142 mil postos, a carteira de trabalho assinada melhorou a qualidade do emprego já existente. 3. O aumento do desemprego acompanha a ligeira re- tomada da economia norte-americana, enquanto no Brasil o quadro é diferente. 4. Nas seis principais regiões do País, os dados de julho mostram a geração de 185 mil postosde trabalho, o que significa redução do desemprego de 8,1% para 8%. 5. É normal, então, dar atenção especial tanto ao nível do emprego e à evolução da massa salarial real quanto às receitas e despesas do governo federal. Texto 1 (extraído de Natália Petrin in www.estudopratico. com.br/satira-literatura-ant) Assinale C ou E: 6. ( ) O texto mistura linguagem escrita e icônica (letra e imagem visual). 7. ( ) Trata-se de um banner divulgado por meio eletrônico. 8. ( ) Pode-se ver ironia e sátira na mensagem. Texto 2 (Propaganda da BomBril, baseada na Monalisa de Leonardo Da Vinci) Openbook Apostilas 16 L ín g Ua P O RT U g U ES a Assinale C ou E: 9. ( ) A propaganda é só o quadro maior, pois o menor, com finalidade didática, mostra como é a Mona Lisa, de Miguel Ângelo. 10. ( ) Trata-se de propaganda bimidiática, pois usa duas linguagens, ou dois meios de comunicação: um ver- bal e um não verbal. 11. ( ) A sugestão base dessa mensagem propagandística é a comparação. Texto 3 (Trabalho de Ziraldo, colhido na internet) Assinale C ou E: 12. ( ) Podem-se atribuir ao trabalho do Ziraldo caracte- rísticas de charge. 13. ( ) Trata-se de texto bimidiático, pois usa duas lingua- gens, ou dois meios de comunicação: um verbal e um não verbal. 14. ( ) O recurso comunicativo em que se baseia o texto é o diálogo. Preencha os parênteses das afirmações a seguir, relacionan- do-as aos três últimos textos. (Dilma, Monalisa e Ziraldo) 15. Assim como Manuel Bandeira, quando disse ”O sapo- -tanoeiro,/Parnasiano aguado,/ Diz: - ‘meu cancioneiro/É bem martelado...’, satirizou os poetas tradicionais, nota- -se um exemplo de sátira no texto número ( ). 16. Muito frequente na imprensa, a charge constitui um tipo de ilustração em traços de caricatura, geralmente para criticar ou satirizar personagens ou fatos do cotidiano. Pode-se ver exemplo de charge no texto número ( ). 17. Paródia, tipo de criação muito frequente não só na lite- ratura, mas também na internet e na televisão, vem a ser uma releitura irônica, debochada, cômica de outro texto. Pode-se apontar exemplo de paródia no texto número ( ) Gabarito 1. Errado, porque mantém as informações do 1º período do texto. 2. Certo, porque contraria o que diz o último período do texto. 3. Errado, porque mantém as informações do 3º período do texto. 4. Errado, porque mantém as informações do 4º período do texto. 5. Errado, porque mantém as informações do 4º período do texto. 6. C 7. C 8. C 9. C 10. C 11. C 12. C 13. C 14. C 15. (1) 16. (3) 17. (2) QUESTõES aOCP Música clássica reduz ansiedade de crianças em atendimentos odontológicos Estudos da medicina apontam que a música clássica tem efeito significativo sobre o sistema cardiovascular e influencia diretamente os batimentos cardíacos e pressão arterial. Ela provoca uma redução nos marcadores neuro- hormonais de estresse, o que resulta em uma sensação de relaxamento. Uma pesquisa da Universidade Federal de Mi- nas Gerais (UFMG), originada da dissertação de mestrado da cirurgiãdentista Marcela de Oliveira Brant (CRO 42733), concluiu que o método é eficaz na diminuição dos níveis de ansiedade de crianças durante o atendimento em consultó- rios odontológicos. A pesquisa foi um ensaio clínico realizado nas cidades mineiras de Brumadinho e Confins entre agosto de 2014 e abril de 2015. A seleção das crianças, que deveriam ter de quatro a seis anos para participar do estudo, foi feita nas escolas públicas desses municípios. “Precisávamos de 35 crianças nessa faixa etária e que não tivessem experiência com o dentista”, explica Marcela. Para chegar a esse núme- ro, a odontopediatra conta que foram enviadas 313 cartas- -convite aos pais dos pequenos. “Eu era a única dentista que selecionava, avaliava e realizava o atendimento”, acrescenta. No final, o estudo contava com 34 crianças que cumpriram todos os procedimentos. Os critérios para inclusão na pesquisa foram que os pacientes não tivessem experiência odontológica prévia e que apresentassem, no mínimo, dois dentes molares de leite com lesões cariosas em superfície oclusal (ou seja, a parte de cima dos dentes), em que fosse possível utilizar o Tratamen- to Restaurador Atraumático Modificado (ARTm). A técnica consiste em uma restauração de intervenção mínima, sem o uso de anestesia local. Durante a realização do estudo, as crianças foram divididas em dois grupos, ambos submetidos à ARTm com e sem utilização de música. Para os atendimentos com música, os pacientes utiliza- ram fones de ouvidos, acoplados a um iPod que reproduzia a Sinfonia 40 em sol menor, de Wolfgang Amadeus Mozart. “Trata-se de uma canção instrumental lenta e relaxante, já testada em estudos anteriores da medicina. O volume foi ajustado de maneira que as crianças pudessem ouvir a música de forma clara, assim como as minhas instruções”, informa Marcela. Os níveis de ansiedade foram mensurados através da obtenção das medidas de frequência cardíaca e saturação de oxigênio, com o uso de um oxímetro de pulso, colocado no dedo indicador da criança ao início da consulta odontológica. Ao fim da coleta dos dados, os resultados foram anali- sados. “Vimos estatisticamente que durante a intervenção com música as crianças apresentaram redução nos níveis de frequência cardíaca quando comparado com a intervenção sem música”, comenta Marcela. Essa estratégia de distra- ção, segundo a odontopediatra, pode se apresentar como uma prática possível de reduzir a ansiedade do paciente na cadeira odontológica. “Ela é uma técnica segura, de simples execução, com baixo custo financeiro e que não apresenta efeitos nocivos.” Outro fator importante é que a música pode auxiliar a dispersar a atenção da criança quanto aos ruídos que existem dentro do consultório, como o “motorzinho” ou o barulho do sugador. Openbook Apostilas 17 L ín g Ua P O RT U g U ES a A psicóloga e professora de psicoterapia infantil da Uni- versidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) Karin Martins Gomes esclarece que muitos pacientes já chegam tensos aos consultórios odontológicos e a música serve como distração, desviando o foco de atenção dos pequenos. “A criança vai pensando em outras coisas, o que faz com que a tensão acumulada vá se dissuadindo e o procedimento não seja doloroso e traumático.” [...] O tema do mestrado de Marcela surgiu do desejo de oferecer melhor atendimento aos pacientes infantis. “Sabe- mos hoje que 39% a 43% das crianças, de quatro a 12 anos, no Brasil, apresentam sentimentos de ansiedade frente a um tratamento odontológico. Busco com esta pesquisa mostrar como é importante eliminar ou reduzir esse problema”, diz. [...]. Retirado e adaptado de: <http://www.msn.com/pt-br/saude/ saudebucal/m%C3%BAsica-cl%C3%A1ssica-reduz-ansiedade-de- -crian%-C3%A7as-em-atendimentos-odontol%C3%B3gicos/ar-BBqA- CIG? li=-AAggFpd>. Acesso em: 25 mar. 2016. 1. (AOCP/Câmara Municipal de Rio Branco-AC) Em relação ao uso da música durante o atendimento em consultó- rios odontológicos em crianças, é correto afirmar que o método demonstrou ser a) eficaz para diminuir os níveis de ansiedade. b) ineficaz, uma vez que o número de crianças selecio- nadas para a pesquisa foi inexpressivo. c) ineficaz, pois, apesar de reduzir o nível dos marcado- res neuro-hormonais de estresse, não se constatou sensação de relaxamento nos pacientes. d) ineficaz, visto que foi necessário o uso de anestesia local em grande parte dos pacientes. e) eficaz com o uso de todo tipo de música, e não só a clássica. 2. (AOCP/Câmara Municipal de Rio Branco-AC)No que se refere à técnica utilizada pela cirurgiã-dentista Marcela de Oliveira Brant, assinale a alternativa correta. a) A mestranda utilizou a música durante o procedi- mento odontológico como uma técnica nova que nunca foi utilizada em estudos anteriores da medi- cina. b) A técnica só funciona porque o volume da música é extremamente alto, o que impede que as crianças ouçam o barulho do “motorzinho”. c) Os números da pesquisa demonstraram que a in- tervenção com música, quando comparada à inter- venção sem música, apresenta redução nos níveis de frequência cardíaca das crianças. d) Apesar do baixo custo financeiro, a técnica não pode ser considerada segura, visto que pode causar pro- blemas auditivos. e) O método só funciona porque muitas crianças já che- gam tranquilas ao consultório e o uso da música só aumenta essa tranquilidade. 3. (AOCP/Câmara Municipal de Rio Branco-AC) A cons- trução de um texto, geralmente, envolve mais de uma tipologia, todavia sempre há um tipo de texto que pre- domina. No texto “Música clássica reduz ansiedade de crianças em atendimentos odontológicos”, qual é a tipologia predominante? a) Narração. b) Injunção. c) Descrição. d) Dissertação. e) Prescrição. 4. (AOCP/Câmara Municipal de Rio Branco-AC) Em rela- ção às expressões e aos termos selecionados do texto, assinale a alternativa correta. a) Em “[...] concluiu que o método é eficaz na dimi- nuição dos níveis de ansiedade de crianças [...]”, a expressão em destaque refere-se a um modo espe- cífico de extração de dentes. b) Em “Para chegar a esse número, a odontopediatra conta que foram enviadas 313 cartas-convite aos pais dos pequenos,”, a primeira expressão desta- cada refere-se ao número de crianças selecionadas para participar da pesquisa. A segunda, por sua vez, refere-se a todas as crianças das cidades nas quais ocorreu a pesquisa. c) Em “A seleção das crianças, que deveriam ter de quatro a seis anos para participar do estudo, foi feita nas escolas públicas desses municípios.”, o primeiro termo destacado foi utilizado para evitar a repetição da palavra “crianças”, enquanto a expressão “desses municípios” faz menção aos municípios de Confins e Brumadinho, nos quais a pesquisa foi realizada. d) Em “‘Busco com esta pesquisa mostrar como é im- portante eliminar ou reduzir esse problema’, diz.”, a expressão em destaque faz menção à falta de aten- dimento odontológico em Minas. e) Em “A técnica consiste em uma restauração de inter- venção mínima [...]”, a expressão destacada refere-se à tentativa da dentista de colocar música durante o tratamento odontológico. “Estamos Enlouquecendo nossas Crianças! Estímulos Demais... Concentração de Menos” 31 Maio 2015 em Bem-Estar, filhos Vivemos tempos frenéticos. A cada década que passa o modo de vida de 10 anos atrás parece ficar mais distante: 10 anos viraram 30, e logo teremos a sensação de ter se passado 50 anos a cada 5. E o mundo infantil foi atingido em cheio por essas mudanças: já não se educa (ou brinca, alimenta, veste, entretêm, cuida, consola, protege, ampara e satisfaz) crianças como antigamente! O iPad, por exemplo, já é companheiro imprescindível nas refeições de milhares de crianças. Em muitas casas a(s) TV(s) fica(m) ligada(s) o tempo todo na programação infantil – naqueles canais cujo volume aumenta consideravelmente durante os comerciais – mesmo quando elas estão comendo com o iPad à mesa. Muitas e muitas crianças têm atividades extracurricula- res pelo menos três vezes por semana, algumas somam mais de 50 horas semanais de atividades, entre escola, cursos, esportes e reforços escolares. Existe em quase todas as casas uma profusão de brin- quedos, aparelhos, recursos e pessoas disponíveis o tem- po todo para garantir que a criança “aprenda coisas” e não “morra de tédio”. As pré-escolas têm o mesmo método de ensino dos cursos pré-vestibulares. Tudo está sendo feito para que, no final, possamos ocupar, aproveitar, espremer, sugar, potencializar, otimizar e, finalmente, capitalizar todo o tempo disponível para impor Openbook Apostilas 18 L ín g Ua P O RT U g U ES a às nossas crianças uma preparação praticamente militar, vi- sando seu “sucesso”. O ar nas casas onde essa preocupação é latente chega a ser denso, tamanha a pressão que as crianças sofrem por desenvolver uma boa competitividade. Porém, o excesso de estímulos sonoros, visuais, físicos e informativos impedem que a criança organize seus pensamentos e atitu- des, de verdade: fica tudo muito confuso e nebuloso, e as próprias informações se misturam fazendo com que a criança mal saiba descrever o que acabou de ouvir, ver ou fazer. Além disso, aptidões que devem ser estimuladas es- tão sendo deixadas de lado: Crianças não sabem conversar. Não olham nos olhos de seus interlocutores. Não conseguem focar em uma brincadeira ou atividade de cada vez (na ver- dade a maioria sequer sabe brincar sem a orientação de um adulto!). Não conseguem ler um livro, por menor que seja. Não aceitam regras. Não sabem o que é autoridade. Pior e principalmente: não sabem esperar. Todas essas qualidades são fundamentais na construção de um ser humano íntegro, independente e pleno, e devem ser aprendidas em casa, em suas rotinas. Precisamos pausar. Parar e olhar em volta. Colocar a mão na consciência, tirá-la um pouco da carteira, do telefo- ne e do volante: estamos enlouquecendo nossas crianças, e as estamos impedindo de entender e saber lidar com seus tempos, seus desejos, suas qualidades e talentos. Estamos roubando o tempo precioso que nossos filhos tanto precisam para processar a quantidade enorme de informações e estí- mulos que nós e o mundo estamos lhes dando. Calma, gente. Muita calma. Não corramos para cima da criança com um iPad na mão a cada vez que ela reclama ou achamos que ela está sofrendo de “tédio”. Não obriguemos a babá a ter um repertório mágico, que nem mesmo palhaços profissionais têm, para manter a criança entretida o tempo todo. O “tédio” nada mais é que a oportunidade de estarmos em contato conosco, de estimular o pensamento, a fantasia e a concentração. Sugiro que leiamos todos, pais ou não, “O Ócio Criativo” de Domenico di Masi, para que entendamos a importância do uso consciente do nosso tempo. E já que resvalamos o assunto para a leitura: nossas crianças não lêem mais. Muitos livros infantis estão disponí- veis para tablets e iPads, cuja resposta é imediata ao menor estímulo e descaracteriza a principal função do livro: parar para ler, para fazer a mente respirar, aprender a juntar uma palavra com outra, paulatinamente formando frases e sen- tenças, e, finalmente, concluir um raciocínio ou uma estória. Cerquem suas crianças de livros e leiam com elas, por amor. Deixem que se esparramem em almofadas e façam sua imaginação voar! (Fonte: http://www.saudecuriosa.com.br/estamos- enlouquecendo-nos sas-criancas-estimulos-demais- concentracao-de-menos/) 5. (AOCP\Casan) Qual é a ideia central defendida pelo tex- to “Estamos Enlouquecendo Nossas Crianças! Estímulos Demais... Concentração de Menos”? a) O texto defende a ideia de que o iPad e a programa- ção infantil incessante são ótimos estímulos senso- riais para educar as crianças na atualidade. b) O texto defende a ideia de que as crianças da atua- lidade precisam ocupar todo o seu tempo livre com atividades extracurriculares, visando o sucesso no futuro. c) O texto defende a ideia de que as crianças da atu- alidade recebem muitos estímulos sensoriais, mas pouca atenção e tempo suficiente para aprender a lidar com tanto estímulo. d) O texto defende a ideia de que as crianças da atuali- dade precisam de mais atividades extracurriculares
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