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Habronema Membros do gênero Habronema, e o gênero Draschia, são parasitas do estômago de equinos. Habronema habita a camada de muco da mucosa gástrica e pode causar gastrite catarral, mas não é considerado um patógeno importante, enquanto a Draschia parasita a região fúndica da parede do estômago e provoca a formação de nódulos fibrosos grandes. A maior importância desses parasitas é como casa de habronemose cutânea ou “ferida de verão”. HOSPEDEIRO DEFINITIVO Equinos, asininos, muares, zebras e camelos HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO Musca domestica e Stomoxys calcitrans PATOGENIA HABRONEMOSE GÁSTRICA Os adultos de Habronema no estômago podem causar gastrite catarral branda com excesso de produção de muco. Os nódulos normalmente não estão presentes. HABRONEMOSE CUTÂNEA Ocorre lesões granulomatosas, normalmente conhecidas como “ferida de verão”. HABRONEMOSE CONJUNTIVAL Conjuntivite persistente com espessamento nodular e ulceração das pálpebras associada à invasão dos olhos. HABRONEMOSE PULMONAR Larvas presentes em pequenos abcessos pulmonares. SINAIS CLÍNICOS HABRONEMOSE GÁSTRICA Normalmente assintomática Pelagem seca e sem brilho Depressão, febre, dor e cólica HABRONEMOSE CUTÂNEA Reação de hipersensibilidade a presença de larvas mortas na pele Ocorre normalmente nas regiões nos membros, ventre, canto medial do olho, prepúcio, processo uretral ou em feridas abertas. As lesões podem ser solitárias ou múltiplas e surgem como pápulas ou nódulos Evoluem para áreas multifocais de necrose de coagulação, com ou sem larvas HABRONEMA CONJUNTIVAL Conjuntivite granulomatosa Massas necróticas amareladas e pequenas sob a conjuntiva Neovascularização, edema e ulceração na córnea Dor Lacrimejamento Obstruções no ducto nasolacrimal HABRONEMOSE PULMONAR Normalmente é assintomática Ocorre decorrente a alta carga parasitaria, podendo o animal apresentar: aumento na produção de muco, falta de ar e febre. DIAGNÓSTICO FORMA CUTÂNEA Sintomatologia da lesão e localização Biopsia – técnica de eleição Achado histopatológico: dermatite eosinofílica nodular e difusa Xenodiagnóstico – quando expõe as lesões do animal a moscas criadas no laboratório durante 30 minutos. Faz a pesquisa do parasita na própria mosca Raspado de pele – pouco confiável FORMA GÁSTRICA Gastroscopia – observa gastrite catarral e presença de parasitos Xenodiagnóstico Necropsia FORMA CONJUNTIVAL Biopsia da lesão – dermatite eosinofilica nodular e difusa FORMA PULMONAR Necropsia TRATAMENTO Parasitas adultos no estomago: Oxfendazol, oxibendazol, albendazol e as lactonas macrocíclicas (avermectinas) Lesões cutâneas: ivermectina Radioterapia e criocirurgia em casos crônicos CONTROLE E PREVENÇÃO Limpeza dos estábulos diariamente, fazendo a retirada diária das fezes dos animais Administração de anti-helmínticos Controle de moscas Tratar ferimentos cutâneos e escoriações para evitar reinfecções das lesões, sendo importante proteger as feridas existentes Draschia PATOGÊNESE No estomago, os vermes vivem em colônias na mucosa gástrica, e ao redor dessas colônias se desenvolve uma lesão grande, nodular e fibrosa que se assemelha a um tumor. As lesões se desenvolvem na região fungica e parecem ser bem toleradas, a não ser que elas protraiam para o lúmen suficientemente para interferir mecanicamente com a função do estomago. A Draschia pode provocar reações cutâneas quando larvas são depositadas na pele lesionada. SINAIS CLÍNICOS A presença dos vermes adultos no estomago causam pouca perturbação clínica. A habronemose cutânea causada por esse gênero causa prurido intenso, lesões granulomatosas elevadas acima da superfície cutânea que não cicatrizam podem ser uma característica. DIAGNOSTICO Lavados gástricos Identificação das larvas nas lesões granulomatosas CONTROLE E PREVENÇÃO Limpeza dos estábulos diariamente, fazendo a retirada diária das fezes dos animais Administração de anti-helmínticos Controle de moscas Tratar ferimentos cutâneos e escoriações para evitar reinfecções das lesões, sendo importante proteger as feridas existentes Trichostrongylus axei LOCAL DE PREDILEÇÃO Estômago HOSPEDEIROS Bovinos, ovinos, caprinos, veados, equinos, asininos, suínos e, ocasionalmente humanos PATOGENIA As lesões iniciais são áreas circunscritas de hiperemia na mucosa gástrica, que progridem para inflamação catarral e erosão do epitélio. Elas podem ser associadas a necrose. Com o tempo, a infecção pode levar a inflamação proliferativa crônica e ulcerações. SINAIS CLÍNICOS Infestação maciça Perda de peso rápida e diarreia Infestações brandas Inapetência Baixos índices de crescimento Fezes amolecidas TRATAMENTO E CONTROLE Pirantel Controle é semelhante de bovinos Pastoreio alternado Gasterophilus Os Gasterophilus são moscas conhecidas como moscas-do-berne, são parasitas obrigatórios de equinos, jumentos, mulas, zebras, elefantes e rinocerontes. PATOGÊNESE A presença das larvas na cavidade bucal pode levar a estomatite com ulceração da língua. Ao aderirem ao revestimento gástrico por seus ganchos orais, as larvas provocam uma reação inflamatória com a formação de ulceras. SINAIS CLÍNICOS As larvas na cavidade oral causam bolsa com pus, dentes frouxos e perda de apetite. As larvas aderidas à mucosa gastrointestinal geram inflamação e ulceração. As moscas adultas causam irritação e reações de afastamento. DIAGNÓSTICO Visualização das moscas ao redor do hospedeiro. Observação dos ovos no hospedeiro Visualização de lesões na boca e língua Identificação de larvas nas fezes TRATAMENTO Triclorfon Diclorvós Ivermectina/moxidectina CONTROLE Remoção dos ovos da pelagem do hospedeiro – requer exame diário do animal, dano atenção particular à área ao redor dos lábios. Se os ovos forem encontrados no verão e o outono, a infecção subsequente pode ser evitada por banhos vigorosos com água morna que contenha inseticidas. O calor estimula a eclosão dos ovos, e o inseticida mata as larvas recém-emergidas. Strongyloides westeri Apenas as fêmeas são parasitas LOCAL DE PREDILEÇÃO Intestino delgado HOSPEDEIROS Equinos, jumentos, zebra e, raramente, os suínos EPIDEMIOLOGIA comuns em ambientes quentes e úmidos. São susceptíveis a condições climáticas extremas. PATOGÊNESE Os parasitas maduros são encontrados no duodeno e jejuno proximal e, se presentes em grandes números, causam inflamação, com edema e erosão no epitélio. Isso resulta em enterite catarral com prejuízo à digestão e absorção. A migração de larvas pelos pulmões pode causar hemorragia grave e distúrbio respiratório. A penetração pela pele pode resultar em irritação e dermatite. SINAIS CLÍNICOS Potros Diarreia aguda Fraqueza Emaciação Animais mais velhos podem ter grandes cargas parasitarias sem que apresente manifestações clínicas. DIAGNÓSTICO OPG TRATAMENTO E CONTROLE Benzimidazois modernos Lactonas macrocíclicas nos vermes adultos Manter ambiente limpo e seco – remoção das fezes e fornecimento de cama e áreas secas Tratar os potros com 1 a 2 semanas de idade Parascaris equorum LOCAL DE PREDILEÇÃO Intestino delgado HOSPEDEIROS Equinos, jumentos, zebra SINAIS CLÍNICOS Infecções maciças Enterite grave – resulta em alternância entre constipação intestinal e diarreia de odor fétido. Tosse com febre e anorexia Pelame opaco Animal aparenta desnutriçãoDIAGNÓSTICO Sinais clínicos e presença dos (ovos esféricos, espessos, de coloração acastanhada, com casca rugosa) ao exame de fezes. TRATAMENTO Benzimidazois (fembendazol, oxfendazol, oxibendazol), pirantel, ivermectina e moxidectina mostram-se eficazes contra estágios adultos e larvais. Indicado, quando fazer uso da ivermectina ou moxidectina, associar a outros anti- helmínticos. CONTROLE Evitar uso do mesmo piquete para éguas lactante e seus potros em anos consecutivos. Iniciar tratamento dos potros aos 2 meses de idade e deve ser repetido em intervalos adequados. Remoção regular do esterco e das camas das baias e limpeza com vapor quente. Anoplocephala HOSPEDEIROS DEFINITIVOS equídeos HOSPEDEIROS INTERMEDIÁRIOS ácaros da família Oribatidae DIAGNOSTICO Presença dos ovos no exame de fezes ou post mortem ELISA – detecção do IgG contra os parasitas TRATAMENTO E CONTROLE Pirantel em doses elevadas Praziquantel Uso de anti-helmíntico efetivo antes de inserir o animal num pasto novo Manejo da pastagem Anocephala perfoliata LOCAL DE PREDILEÇÃO íleo terminal, ceco PATOGÊNESE Causa ulceração da mucosa no seu ponto de ancoragem e inflamação e espessamento da parede intestinal (ao redor da junção ileocecal). Casos maciços podem causar obstrução intestinal e perfuração da parede intestinal SINAIS CLÍNICOS Normalmente assintomática Pode haver Prejuízo ao crescimento Enterite Cólica Anoplocephala magna LOCAL DE PREDILEÇÃO Intestino delgado, raramente estomago PATOGÊNESE podem causam enterite catarral, hemorragia ou ulcerativa. Casos de obstrução intestinal, cólica e perfuração da parede intestinal foram relatados associados a infecções intestinais maciças. SINAIS CLÍNICOS Raro, mas as infestações podem causar diarreia e cólica Oxyuris equi LOCAL DE PREDILEÇÃO Ceco, cólon e reto HOSPEDEIROS Equinos e jumentos PATOGÊNESE Pequenas erosões na mucosa decorrente dos hábitos alimentares das larvas L4. Nas infestações maciças elas podem ser disseminadas e causa uma resposta inflamatória. Durante a ovoposição das fêmeas e as massas de ovos adesivas causam irritação perianal e prurido anal. SINAIS CLÍNICOS Prurido intenso na região do ânus DIAGNÓSTICO Baseia-se nos sinais de prurido intenso Achados de ovos na pele da região perianal Presença dos vermes nas fezes TRATAMENTO Anti-helmínticos: ivermectina, moxidectina, os benzimidazois (fembendazol, oxfendazol, oxibendazol) e pirantel Limpeza da região perineal com pano descartável a cada 4 dias em animais com prurido Tratamento de cavalos recém-adquiridos CONTROLE Higienização do estabulo, remoção frequente da cama e fornecimento de alimentos e água e suportes que não possam ser contaminados pela cama
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