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Gastroenterites em caes

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Espirocercose 
ESPÉCIE Spirocerca lupi 
HOSPEDEIROS DEFINITIVOS Cães, raposas, canídeos selvagens e, 
ocasionalmente, gatos e felídeos selvagens 
HOSPEDEIROS INTERMEDIÁRIOS Besouros croprófagos 
TRANSMISSÃO O besouro ingere os ovos da Spirocerca lupi presentes nas fezes do 
animal contaminado. O hospedeiro definitivo, ingere o besouro croprófago infectado 
ou ingere um hospedeiro paratênico, que tenha comido o besouro infectado (este 
tbm estará com a Spirocerca). 
PATOGÊNESE 
As larvas em migração produzem hemorragias, formação de cicatrizes e nódulo 
fibróticos na parede interna da aorta que, se forem graves, pode causar estenose e 
ou mesmo ruptura. Os vermes adultos formam grânulos esofágicos, e causam disfagia 
e vomito com obstrução e inflamação do esôfago. 
Pode ocorrer o desenvolvimento de osteosarcoma esofágico e espondilose das 
vertebras torácicas ou osteoartropatia pulmonar hipertrófica dos ossos longos. 
Pode induzir a nefrite piogênica. 
SINAIS CLÍNICOS 
Animal pode apresentar assintomático (período pré-patente: 5 a 6 meses) 
Êmese persistente com eliminação de vermes no vomito 
Dificuldade em deglutir 
Interferência na função gástrica 
Morte súbita – ruptura da aorta 
DIAGNÓSTICO 
Localização e a aparência das lesões granulomatosas – ao corte dos granulomas pode 
observar as larvas 
Pode ser encontrado os ovos nas fezes ou no vomito, caso os granulomas esofágicos 
fistulem 
Endoscopia ou radiografia 
TRATAMENTO 
Levamisol - dose única (combate fases jovens e adultas) 
Doramectina – administração a intervalos de 4 a 6 semanas, seguido pelo tratamento 
mensal (combate apenas a faze adulta) 
Dietilcarbamazina – durante 10 dias (mata vermes adultos) 
tricuríase 
ESPÉCIE Trichuris vulpis 
HOSPEDEIROS Cães, raposas e gatos 
LOCAL DE PREDILEÇÃO Intestino grosso 
CICLO EVOLUTIVO 
Os tricurídeos vivem no intestino delgado do hospedeiro, com a porção esofagiana 
implantada na mucosa intestinal. As fêmeas fazem ovopostura diária, que são 
eliminados nas fezes do hospedeiro. O ovo embrionado contém a larva infectante, 
quando estes são ingerido junto com os alimentos ou a água pelo hospedeiro 
adequando, os ovos liberam as larvas no duodeno, vão para o ceco, e invadem a 
parede intestinal, onde permanecem alguns dias, depois saem para a luz do intestino 
grosso onde chegam a fase adulta. 
PATOGÊNESE 
Infecções brandas – assintomática 
Em grandes números 
 Colite hemorrágica e inflamação na mucosa do ceco. 
 Infecções secundarias 
DIAGNÓSTICO visualização dos ovos nas fezes e parasitológico 
TRATAMENTO fembendazol 
CONTROLE limpeza e desinfecção do local que o animal vive. Pode ser feito 
vassoura de fogo. 
Toxocaríase 
ESPÉCIES Toxocara canis – cão, raposas 
LOCAL DE PREDILEÇÃO Intestino delgado 
CICLO DE VIDA 
CONTAMINAÇÃO DOS FILHOTES Via transplacentaria e transmamária, sendo as 
maiores prevalências de carga parasitária observadas em filhote na idade de três a 
seis meses. Os filhotes completam o ciclo em três a quatro semanas após o 
nascimento, quando são capazes de eliminar os ovos junto as vezes. 
VIA ORAL após a ingestão dos ovos, no intestino delgado ocorre a liberação das 
larvas, que atravessam a mucosa intestinal e, por via linfática, atingem a circulação 
porta, e por seguinte, o fígado. Essas larvas saem do fígado, caem na circulação 
sanguínea e atingem os pulmões. Atravessam os capilares pulmonares, atingem o 
coração e disseminam-se para todo o organismo. 
Patogenia 
Em infecções moderadas, a fase migratória ocorre sem qualquer lesão aparente aos 
tecidos e os vermes adultos provocam pouca reação no intestino. 
Em infecções intensas, a fase pulmonar é associada com pneumonia, que pode ser 
acompanhada por edema pulmonar. Os vermes adultos causam enterite mucoide, 
obstrução parcial ou completa do intestino e, em casos raros, perfuração com 
peritonite. 
SINAIS CLÍNICOS 
Infecções leves a moderadas 
 Fase larvar – assintomático 
 Fase adulta – abdômen abaulado, problemas em ganhar peso, vômitos e 
diarreia ocasionais. 
Infecções intensas 
 Fase larvar – tosse, aumento da frequência respiratória e secreção nasal 
espumosa 
 Fase adulta – pode ocorre vomito e diarreia 
DIAGNÓSTICO Clinico e parasitológico de fezes 
TRATAMENTO 
Piperazina 
Benzimidazois (fembendazol e mebendazol) 
Nistroscanato 
Avermectina selamectina 
CÃES ADULTOS Tratar a cada 3 a 6 meses por toda sua vida (larvas nos tecidos 
somáticos) 
CADELAS Administrar doses altas de fembendazol 3 semanas antes do parto e 2 
dias após o parto (transmissão transmamária e infecção pré-natal) 
FILHOTE Fazer primeira dose com 2 semanas de idade, repetir o medicamente 2 a 
3 semanas após primeira dose, e fazer reforço aos 2 meses de idade. 
CONTROLE 
Tratamento com anti-helmintico das fêmeas prenhes 
Descarte higiênico das fezes 
Evitar acesso de roedores aos canis 
 
Importante!! 
ZOONOSE – Larva migrans visceral em humanos 
 
 
 
 
Dipilidiose 
ESPÉCIE Dipylidium caninum 
LOCAL DE PREDILEÇÃO: Intestino delgado 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: cães, raposas, gatos e, raramente, humanos 
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: pulgas e piolhos 
TRANSMISSÃO: ocorre quando o animal ingere a pulga ou piolho contaminado pelas 
larvas da dipilidiose 
PATOGÊNESE 
Os adultos não são patogênicos e muitas centenas podem ser toleradas sem efeitos 
clínicos. O parasita libera segmentos que, arrastam ativamente a partir do ânus, 
causando desconforto ao animal. O hospedeiro tende a esfregar o ânus no chão. 
SINAIS CLÍNICOS Desconforto anal, prurido anal, pode ter dificuldade em ganhar peso 
DIAGNÓSTICO 
Presença de um segmento na pelagem ao redor do períneo 
Oncosferas nas fezes 
Parasitológico de fezes 
TRATAMENTO E CONTROLE 
Administração de anti-helminticos (nitroscanato, praziquantel) 
Controle das pulgas e piolhos, no ambiente e no animal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diphyllobothrium 
LOCAL DE PREDILEÇÃO Intestino delgado 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO Humanos e mamíferos que se alimentam de peixes (cães, 
gatos, suínos, ursos) 
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO Copépodos (Cyclops e Diaptonum), peixes de agua 
doce 
TRANSMISSÃO crustáceo se alimenta do ovo do parasita, o peixe come o crustáceo 
com as larvas, que no peixe irá encistar a musculatura. O homem adquire a doença 
ao comer carne crua ou mal passada de peixes parasitados 
PATOGÊNESE E SINAIS CLÍNICOS 
Infecções normalmente assintomáticas 
Pode ocorrer deficiência de vitamina B12 
 
DIAGNOSTICO Exame parasitológico de fezes 
TRATAMENTO Praziquantel e niclosamida 
CONTROLE Em áreas endêmicas, evitar alimentar os animais com produtos à 
base de peixe, a não ser que esses produtos tenha sido cozidos ou ultracongelados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ancilostomíase 
ESPÉCIE Ancilostoma caninum 
LOCAL DE PREDILEÇÃO Intestino delgado 
HOSPEDEIRO raposas, cães e humanos 
TRANSMISSÃO larva migrans, agua ou alimento contaminado, tranmamária 
 
Ciclo de vida 
 A infecção pelos parasitas ocorre geralmente pela via oral, onde as larvas que 
são ingeridas penetram as glândulas gástricas e migram para o intestino delgado, onde 
amadurecem e começa a ovopor. Ou, podem se infectar pela via cutânea, nos as 
larvas entram pela pele e em seguida atingem a circulação linfática eou sanguínea, e 
através dela migram para os pulmões, onde sofrem muda e chegam ao intestino pela 
por deglutição, onde tornam-se adultas. 
 Pela via transmamária, os filhotes ingerem as larvas que penetram a cavidade 
oral e migram para os pulmões ou vão diretamente para o ID. 
PATOGÊNESE 
CÃES COM MENOS DE 1 ANO DE IDADE visualiza anemia hemorrágica aguda ou 
crônica. 
 A perda de sangue tem inicio por volta do oitavo dia após a infecção, quando 
os adultos imaturosse aderem a mucosa. Cada verme remove, 0,1 mL de sangue por 
dia. 
CÃES ADULTOS infestações mais brandas, a anemia não é tao grave, uma vez que a 
medula óssea é capaz de compensar por um período variável de tempo. Pode ocorrer 
eczema úmido e ulceração dos locais de infecção percutânea, afetando 
principalmente a pele da região interdigital. 
INFECÇÃO DA CADELA EM UMA ÚNICA OCASIÃO causa infecção da cadela em pelo 
menos três ninhadas consecutivas. 
 As L3 ficam dormentes nos músculos das cadelas e dos cães infectados, 
mesmo com o tratamento, já que os anti-helmínticos agem ineficientemente na 
musculatura. Podem reiniciar a migração meses ou anos após, deslocando-se para o 
intestino delgado, onde começam a ovoposição. 
 A reinfecção pode ocorrer devido o estresse, doenças graves ou doses 
grandes e repetidas de glicocorticoides. 
SINAIS CLÍNICOS 
Anemia, apatia, dispneia (devido anemia grave) 
Filhotes lactentes 
 Anemia grave, diarreia (pode ter sangue e muco) 
 Sinais respiratórios decorrentes da anemia ou da presença das larvas no 
pulmões 
DIAGNOSTICO 
Sinais clínicos 
Parasitológico das fezes 
Os filhotes podem apresentam sinais negativos, pois as larvas fixam na 
musculatura, podendo se apresentam meses depois da infecção. 
TRATAMENTO 
Mebendazol, fembendazol, pirantel ou nitroscanato 
Cadelas prenhas trata-la ao menos uma vez durante a gestação 
Ninhadas em amamentação fazer duas doses de anti-helmíntico, a primeira com 
1 a 2 semanas de idade e repetir 14 dias depois. 
PREVENÇÃO E CONTROLE 
Limpeza e higiene das baias 
Usar materiais lisos, de fácil limpeza e que possam ser mantidos secos nos canis 
Remover diariamente as fezes dos animais 
Desinfetar o ambiente com hipoclorito de sódio ou boroato de sódio, que inviabiliza os 
ovos

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