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18/11/2015 1 PROTEÍNAS Profa. Dra. Adriana Santi Rondonópolis, 2015 Universidade Federal de Mato Grosso Campus Universitário de Rondonópolis Curso de Medicina PROTEÍNAS • Todas as proteínas têm em comum uma característica estrutural: são polímeros de AMINOÁCIDOS, com cada resíduo de aminoácido unido ao seu vizinho por um tipo específico de ligação covalente; • O termo “resíduo” reflete a perda de H2O quando um AA é unido a outro; • 20 AMINOÁCIDOS diferentes são comumente encontrados nas proteínas; • Estes AA possuem diferentes combinações e sequências para originar as mais distintas proteínas, que desempenham diferentes funções em nosso organismo. ESTRUTURA GERAL DOS AMINOÁCIDOS a Carboxil Amino Exceção é a prolina (cíclico) • Os aminoácidos presentes nas proteínas são isômeros L – A biologia é canhota • Glicina não tem isomeria óptica ESTEREOISÔMEROS Aminoácidos e suas abreviações/símbolos Alanine Ala A Leucine Leu L Arginine Arg R Lysine Lys K Asparagine Asn N Methionine Met M Aspartic acid Asp D Phenylalanine Phe F Cysteine Cys C Proline Pro P Glutamine Gln Q Serine Ser S Glutamic acid Glu E Threonine Thr T Glycine Gly G Tryptophan Trp W Histidine His H Tyrosine Tyr Y Isoleucine Ile I Valine Val V Asp/Asn Asx B Glu/Gln Glx Z Classificação pelo grupo R • Os AA diferem entre si por suas cadeias laterais ou grupos R os quais variam em tamanho, estrutura e carga elétrica e influenciam a solubilidade em água. • Classificados em 5 classes = polaridadeem pH biológico (próximo a 7,0). • Grupos R polares e apolares 18/11/2015 2 Grupos R apolares, alifáticos • Glicina – é o AA mais simples; • Alanina, Valina, leucina e Isoleucina- tendem a se agrupar no interior das proteínas estabilizando suas estruturas (interações hidrofóbicas); • Metionina- um dos 2 AA que contém S no grupo R; • Prolina- cadeia lateral com estrutura cíclica distinta. Grupos R apolares, aromáticos • Cadeias lateriais aromáticas são apolares(hidrofóbi cas). • Na tirosina o grupo OH pode formar lig. de H • Phe é o mais apolar do grupo. Grupos R polares, não carregados • Grupos funcionais que formam lig. de H com a H2O (solubilidade intermediária) • Serina e Treonina- grupos OH; • Asparagina e Glutamina – grupo amida; • Cisteína- Grupo sulfidril que reduz a solubilidade em H2O. Oxidação de 2 moléculas de Cisteína forma uma ligação dissulfeto (S-S). Estas ligações estabilizam as estruturas de muitas proteínas pela formação de ligações covalentes Grupos R, carregados positivamente (básicos) – Lisina, segundo grupo amino – Arginina, grupo guanidina – Histidina, grupo aromático imidazol Os grupos R mais hidrofílicos são os que tem carga, + ou - Grupos R, carregados negativamente(ácidos) – Carga negativa em pH 7,0 – Aspartato e Glutamato : possuem segundo grupo carboxila 18/11/2015 3 Mioglobina da baleia cachalote As cadeias laterais de aminoácidos polares, carregados ou não, voltam-se para o meio aquoso e fazem contato (pontes de H) com as moléculas de água do meio. água proteína Aminoácidos apolares voltados para o interior da molécula. Por que a mioglobina é solúvel em água ? Humanos são incapazes de sintetizar metade dos 20 aminoácidos proteicos, e esses aminoácidos essenciais devem estar presentes na dieta Aminoácidos incomuns (raros) Encontrada na miosina Encontrados no colágeno Encontrada na proteína da coagulação PT Criados por modificações pós síntese Este AA é introduzido durante a síntese Grupo SH subst,. por Selênio Selenoproteínas: funções biológicas Principal classe: glutathione peroxidase enzymes (GPx 1-4). Enzimas antioxidantes Cerca de 300 AA adicionais foram encontrados nas células Possuem várias funções, mas não todos constituintes de proteínas Intermediários na síntese de arginina e do Ciclo da Ureia Precursores: intermediários da glicólise, do Ciclo do ácido cítrico ou via das pentoses-fosfato BIOSSÍNTESE DOS AMINOÁCIDOS 18/11/2015 4 PEPTÍDEOS E PROTEÍNAS Polímeros de aminoácidos LIGAÇÃO PEPTÍDICA Nucleophile= an atom or molecule that is electron-rich and seek positive charge • Reação de condensação; • AA ligados de forma covalente (amida). DNA RNA Proteína indivíduo • Todas as proteínas são sintetizadas de acordo com as instruções contidas na seqüência nucleotídica de DNA que é única para cada indivíduo • LIGAÇÃO PEPTÍDICA • A reação NUNCA ocorre espontaneamente nos seres vivos. • A ligação peptídica é feita no aparato de síntese proteica e ocorre nos ribossomos. Nesta reação os aminoácidos sempre estão ligados a um tRNA LIGAÇÃO PEPTÍDICA • Di, tri, tetra, pentapeptídeo... = oligopeptídeo, • Polipeptídeos são formados quando muitos AA se ligam; • Polipeptídeos tem massas moleculares abaixo de 10.000 enquanto que as proteínas tem massas moleculares mais elevadas. Ser-Gly-Tyr-Ala-Leu ou SGYAL Pentapeptídeo • Hormônios, • Neurotransmissores, • Adoçantes Peptídeos e Polipeptídeos biologicamente ativos Dipeptídeo Ocitocina (9 AA) Glutationa (GSH) – um tripeptídeo com ação antioxidante GSH can also react non- enzymatically with superoxide (O2•−), nitric oxide (NO), hydroxyl radical (•OH), and peroxynitrite (ONOO−). GPx requires GSH as electron donor to react with H2O2 GSH conjugates with various endogenous and xenobiotic compounds (X), mediated by GSH-S-transferase (GST) to remove X from the cell Most abundant thiol-containing molecule Aoyama & Nakaki, 2012 18/11/2015 5 Polipeptídeo >Insulina [Homo sapiens] MALWMRLLPLLALLALWGPDPAAAFVN QHLCGSHLVEALYLVCGERGFFYTPKT RREAEDLQVGQVELGGGPGAGSLQPLA LEGSLQKRGIVEQCCTSICSLYQLENY CN FIGURE 3-24 Amino acid sequence of bovine insulin. The two polypeptide chains are joined by disulfide cross- linkages. The A chain is identical in human, pig, dog, rabbit, and sperm whale insulins. The B chains of the cow, pig, dog, goat, and horse are identical Número de resíduos por proteína •A composição de AA também é bastante variável entre as proteínas; •Os 20 AA nunca ocorrem em quantidades iguais em uma proteína. Proteínas com outros grupos químicos • Adicionados pós-traducionalmente Níveis estruturais das proteínas Algumas proteínas possuem Estrutura Primária (Estrutura linear) • Estrutura Primária = sequência de aminoácidos da proteína. Esta estrutura é mantida pela ligação peptídica (covalente) entre os resíduos de aminoácidos. A estrutura é determinada pelo código genético no DNA. Ala – Val – Lys diferente de Lys – Val – Ala A estrutura primária da proteína determina sua estrutura tridimensional. A estrutura tridimensional determina sua FUNÇÃO Estrutura Secundária • Mantida por ligações fracas (Pontes de hidrogênio) entre átomos da cadeia principal (C e N da ligação peptídica) • Dois tipos principais: • - alfa-hélice • - folha beta pregueada • Presente em segmentos da proteína 18/11/2015 6 Enovelamento 3D Alcance mais longo: AA que estão bem distantes na seq. Polipeptídica e em diferentes tipos de estrutura 2D podem interagir na estrutura da prt completamente dobrada. Estrutura Quaternária: As subunidades podem atuar de forma independente ou cooperativamente no desempenho da função bioquímica da proteína. Forças que mantem a estrutura quaternária: interações fracas e pontes S-S Hemoglobina • Proteína tetramérica (globina) quase esférica com 4 grupos heme (Fe2+) – 2 cadeias alfa (141aa) – 2 cadeias beta(146aa) • Com a Mioglobina: <50% de similaridade na cadeia primária – Estrutura 3D muito similar 18/11/2015 7 Estruturaquaternária da desóxi-hemoglobina (sem O2) A Hb PASSA POR MUDANÇA ESTRUTURAL COM A LIGAÇÃO DO O2 Estado T – sem O2 Estado R – com O2 (maior afinidade) Forma cooperativa Hb: transição de T para R à medida que mais moléculas de O2 vão sendo ligadas e altera nas subunidades adjacentes As proteínas podem ser classificadas quanto à sua forma em: • proteínas globulares: a cadeia polipeptídica “enrola-se” sobre si mesma criando uma estrutura compacta mais ou menos esférica •proteínas fibrosas: as cadeias se enrolam entre si criando uma estrutura tipo fibra. Proteínas fibrosas • Queratina, colágeno • Proteínas estruturais: força e elasticidade • Insolúveis em água: aa’s hidrofóbicos (Ala, Val, Leu, Ile, Met e Phe) • Alfa queratina: cabelo, pelo, unhas, garras, penas, chifres, cascos e parte externa da pele • Pontes dissulfeto estabilizam e dão mais resistências às cadeias Colágeno • Tecidos conectivos: tendões, cartilagens – Garante resistência • Existem mais de 30 variantes do colágeno dependendo do tecido e da função Proteínas globulares • Diversidade estrutural reflete diversidade funcional – Dobramento gera estrutura compacta • Teem partes em hélices-a e partes em folhas-B Proteínas globulares: enzimas, prt transportadoras, motoras, reguladoras, Igs 18/11/2015 8 ENZIMAS Digestão e absorção de proteínas Digestão: 1 Figure 6.6 Digestão: 2 Figure 6.6 Digestão: 3 Figure 6.6 18/11/2015 9 Digestão: 4 Figure 6.6 AA absorvidos no I.D são transportados para o fígado via veia porta; Catabolismo de aminoácidos ? •Amino acid pool is limited but has many uses Protein turnover – the continual degradation and synthesizing of protein Figure 6.7 Músculos • Os AA são essenciais para a integridade do músculo esquelético o qual corresponde a ~ 40 % do peso corporal; • 2º local de armazenamento de energia (1º T.A) na forma de glicogênio e aminoácidos; • Oxidação de aminoácidos de cadeia ramificada (AACR) e alguns outros aminoácidos - 5-15% de energia durante o exercício prolongado; Fontes de aminoácidos no músculo – pool de aminoácidos livres: originados do plasma e do próprio músculo que devido a sua massa possui ~75% do total de AA livres, porém contribui com apenas 1% de AA metabolicamente ativos; – proteínas contráteis e não contráteis; – Ainda, fígado pode contribuir para o pool de AA livres 18/11/2015 10 Aminoácidos Metabolizados no Músculo – Não podem ser metabolizados no fígado; – São oxidados Músculo, adiposo, rins, cérebro (extra-hepáticos) – Aminoácidos de cadeia ramificada (AACR): pp Leucina – Geram Acetil CoA ou succinil CoA Consumo de proteínas e o ganho de massa muscular HIPERTROFIA MUSCULAR Durante treinamento Degradação proteica Síntese proteica Recuperação HIPERTROFIA MUSCULAR 1. aumento do diâmetro da fibra 2. aumento do comprimento da fibra (aumento do nº de fibras na área transversa). A inversão da degradação para a síntese proteica começa a ocorrer logo após o fim do treino e costuma permanecer durante 48 horas. Pós treinamento Substratos energéticos para o Músculo esquelético durante atividade física GLICOSE ÁCIDO GRAXO AMINOÁCIDOS? 1ª 2ª 18/11/2015 11 Consumo de Carboidratos também é importante para garantir ganho de massa muscular! • Pré treino: ↑ glicogênio muscular; • Durante o treinamento: ↑ GLUT4 (músculo), ↑ glicose nas células musculares, oxidação gera energia para a ação muscular; • Pós treino: energia para recuperação (construção muscular). X ↑ AA CATABOLISMO Explosão de atividade intensa Ácidos graxos, Corpos Cetônicos, glicose sanguínea Tecido Muscular Esquelético ADP + Pi ATP Fosfocreatina Creatina Glicogênio Muscular Lactato Atividade leve ou repouso CO2 A ingestão diária de proteínas • Recomendação = 0,8g/Kg por dia de proteínas, ou seja, 12 a 15% das necessidades calóricas diárias (Recommended Dietary Allowance- RDA) Excesso convertido em glicose ou AG e produtos do catabolismo Suplementos para ganho de massa muscular: Benefícios/Malefícios?? BCAA (Branch Chain Amino Acids,- aminoácidos de cadeia ramificada “Conheça os benefícios da Maltodextrina, a famosa Malto“ Utilizado principalmente para aumentar a força durante o treinamento e ‘inchar’ o músculo. Proteína do soro de leite Abstract Emerging technologies allow the high-throughput profiling of metabolic status from a blood specimen (metabolomics). We investigated whether metabolite profiles could predict the development of diabetes. Among 2,422 normoglycemic individuals followed for 12 years, 201 developed diabetes. Amino acids, amines and other polar metabolites were profiled in baseline specimens by liquid chromatography–tandem mass spectrometry (LC-MS). Cases and controls were matched for age, body mass index and fasting glucose. Five branched-chain and aromatic amino acids had highly significant associations with future diabetes: isoleucine, leucine, valine, tyrosine and phenylalanine. A combination of three amino acids predicted future diabetes (with a more than fivefold higher risk for individuals in top quartile). The results were replicated in an independent, prospective cohort. These findings underscore the potential key role of amino acid metabolism early in the pathogenesis of diabetes and suggest that amino acid profiles could aid in diabetes risk assessment. Metabolite profiles and the risk of developing diabetes Whang et al., 2011
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