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Dicas - Direito Constitucional

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Direito Constitucional
TEORIA DA CONSTITUIÇÃO
As normas constitucionais de eficácia contida são autoaplicáveis, e em parte podem ser restringidas, desde que, neste ultimo caso, seja editada uma lei infraconstitucional. OU seja, as normas de eficácia contida são aquelas que o legislador constituinte regulou suficientemente os interesses relativos à determinada matéria, mas deixou á atuação restritiva por parte da competência discricionária do Poder Público, nos termos que a lei estabelecer ou nos termos de conceitos gerais nelas enunciados.
Já as normas de eficácia plena não podem ter sua eficácia restrita pelo legislador infraconstitucional. 
As normas de eficácia limitada dependem integralmente da edição de uma lei infraconstitucional para adquirirem eficácia.
Constituição popular ou democrática → se originam de um órgão composto de representantes do povo, eleitos para o fim de as elaborar e estabelecer.
Constituição rígida → é aquela que para a sua reforma, é necessário um mecanismo mais rigoroso do que aquele utilizado para a produção da legislação originária.
Constituição outorgada → é aquela imposta, geralmente são editadas em períodos ditatoriais.
São características essenciais do paradigma “Estado Democrático de Direito” a vinculação dos atos estatais á Constituição, vinculação do legislador à Constituição e a afirmação do principio da soberania popular.
A Republica Federativa do Brasil, segundo o texto da CR/88, rege-se nas relações internacionais pelos princípios da independência nacional, prevalência dos direitos humanos e a auto-determinação dos povos.
A soberania, a cidadania e o pluralismo político são fundamentos da República Federativa do Brasil.
As normas constitucionais definidoras dos direitos e garantias fundamentais tem aplicação imediata.
As normas constitucionais podem ter eficácia plena , contida e limitada.
As normas constitucionais de eficácia plena são aquelas que desde a entrada em vigor da Constituição produzem, ou podem produzir, todos os efeitos essenciais, relativos aos interesses, comportamentos e situações, que o legislador constitucional, direta e normativamente, quis regular. 
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no ultimo caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal e instrução processual penal.
O principio constitucional do “acesso ao poder judiciário” assegura o direito de pleitear a prestação jurisdicional sempre que um direito for lesado ou ameaçado de lesão.
A escusa de consciência é o direito que uma pessoa tem de recusar imposições legais que contrariem convicções religiosas, políticas ou filosóficas.
Os tratados e as convenções internacionais sobre os direitos humanos podem ingressar no direito brasileiro, com força normativa equivalente às emendas constitucionais.
As garantias constitucionais do contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes, são assegurados aos litigantes, em quaisquer processos, administrativos ou judiciais.
No âmbito judicial e administrativo é assegurado a todos, como direito fundamental, a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
Aos litigantes em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes, sendo inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios lícitos.
É garantido o devido processo legal, sendo que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória e ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente.
Segundo a CR/88 constitui crime inafiançável e imprescritível a prática de racismo.
É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.
É possível que o Poder Judiciário excepcionalmente em relação às políticas públicas definidas na CR/88, determine que sejam implementadas pelos órgãos estatais inadimplentes.
A concessão de habeas corpus ocorrerá quando alguém sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.
Nas ações populares somente será devido o pagamento de custas se houver comprovada má-fé do autor da ação.
O direito de propriedade intelectual abrange tanto a propriedade industrial quanto os direitos do autor.
A CR/88 prevê expressamente que a República Federativa do Brasil buscará integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, tal como previstos no art. 3º da CR/88, uma sociedade livre, justa e solidária, garantir o desenvolvimento nacional, erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; e promover o bem de todos, sem preconceito de raça, cor, sexo, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
O Ministério Público não faz parte dos poderes da União, pois está inserido no Capitulo das funções essenciais à justiça.
A Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com deficiência foi aprovado na forma do art. 5º §3º da CR/88, sendo sua hierarquia normativa de emenda constitucional.
Segundo a CR/88 não pode ser instituída pena de caráter perpétuo, de trabalhos forçados e de banimento.
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
São remédios Constitucionais e possuem caráter preventivo e repressivo simultaneamente:
Ação Popular
Habeas Corpus		
Mandado de Segurança
São remédios Constitucionais e possuem caráter apenas repressivo:
Habeas Data
Mandado de Injunção
MANDADO DE INJUNÇÃO: art. 5, LXXI – CF.
Cabível “sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades Constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.”
Embora não haja previsão expressa na Constituição, há pacífica orientação do STF a respeito do cabimento do mandado de injunção coletivo, admitindo-se a impetração pelas entidades sindicais ou de classe, com a finalidade de viabilizar, em favor dos membros ou associados dessas instituições, o exercício de direitos assegurados pela CF e que estejam inviabilizados pela ausência de regulamentação.
O mandado de injunção não é gratuito e, para sua impetração, é necessária a assistência de advogado.
Não caberá mandado de injunção:
Se já existe norma regulamentadora do direito previsto na Constituição
Diante da falta de norma regulamentadora de direito prevista em normas infraconstitucionais
Diante da falta de regulamentação dos efeitos de Medida Provisória não convertida em lei pelo Congresso Nacional.
LEGITIMAÇÃO ad causam PARA O MI:
Qualquer pessoa física ou jurídica que se veja impossibilitada de exercer um determinado direito constitucional por falta de norma regulamentadora. No mandado de injunção coletivo, a legitimação pertence ao partido político com representação no Congresso Nacional e à organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados.
DO MANDADO DE SEGURANÇA: art. 5º, incs. 69 e 70 – CF.
Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
O texto constitucional também prevê o mandado de segurança coletivo, que poderá ser impetrado por partido político com representação no Congresso Nacional, organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelomenos um ano, em defesa de seus membros ou associados (art. 5º, inc. 70, a e b).
O MS é uma ação judicial, de rito sumário especial, a ser utilizada quando direito líquido e certo do indivíduo for violado por ato de autoridade governamental ou de agente de pessoa jurídica privada que esteja no exercício de atribuição do Poder Público. É sempre ação de natureza civil, ainda quando impetrado contra ato de juiz criminal, praticado em processo penal.
O MS é ação de natureza residual, subsidiária, pois somente é cabível quando o direito líquido e certo a ser protegido não for amparado por outros remédios judiciais (habeas corpus, habeas data, ação popular, etc.).
Legitimidade ativa para impetrar MS:
a) as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, domiciliadas ou não no Brasil;
b) as universalidades reconhecidas por lei, que, embora sem personalidade jurídica, possuem capacidade processual para a defesa de seus direitos (ex: o espólio, a massa falida, o condomínio de apartamentos, a herança, a sociedade de fato, a massa do devedor insolvente, etc...);
c) os órgãos públicos de grau superior, na defesa de suas prerrogativas e atribuições;
d) os agentes políticos (governador de estado, prefeito municipal, magistrados, deputados, senadores, vereadores, membros do MP, membros dos Tribunais de Contas, Ministros de Estado, Secretários de Estado, etc.), na defesa de suas atribuições e prerrogativas;
e) o Ministério Público, competindo a impetração, perante os Tribunais locais, ao promotor de Justiça, quando o ato atacado emanar de juiz de primeiro grau;
Observação importante para provas: segundo o STF, todos os Tribunais têm competência para julgar, originariamente, os MS contra os seus próprios atos, os dos respectivos presidentes e os de suas câmaras, turmas ou seções. Assim, MS contra ato do STJ, do Presidente do STJ ou de uma turma do STJ, será julgado pelo próprio STJ, e assim sucessivamente. No âmbito da Justiça Estadual, caberá aos próprios estados-membros cuidar da competência para a apreciação do MS contra atos de suas autoridades, por força do art. 125-CF.
O Ministério Público é oficiante obrigatório no MS, como parte pública autônoma, encarregada de velar pela correta aplicação da lei e pela regularidade do processo. É indispensável o efetivo pronunciamento do MP no feito, sob pena de nulidade. 
HABEAS DATA: Art. 5, LXXII – CF.
Destinado a assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público e para permitir a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo de modo sigiloso.
O HD é remédio constitucional, de natureza civil, submetido a rito sumário.
Legitimidade ativa: O HD poderá ser ajuizado por qualquer pessoa física, brasileira ou estrangeira, bem como por pessoa jurídica. Saliente-se, porém, que a ação é personalíssima, vale dizer, somente poderá ser impetrada pelo titular das informações.
Ação somente poderá ser impetrada em Juízo diante da prévia negativa da autoridade administrativa de fornecimento.
No HD, não há necessidade de que o impetrante revele as causas do requerimento ou demonstre que as informações são imprescindíveis à defesa de eventual direito seu, pois o direito de acesso lhe é garantido, independentemente de motivação, até porque o acesso aos próprios dados constitui, na visão da melhor doutrina, uma materialização dos direitos de personalidade.
A impetração do HD não está sujeita a prazo prescricional ou decadencial, podendo a ação ser proposta a qualquer tempo.
Tanto o procedimento administrativo quanto a ação judicial de HD são gratuitos. 
___________________________________________________________________________________
O Mandado de Segurança tem caráter residual, pois somente pode ser impetrado quando o direito não for amparado por habeas corpus ou habeas data.
O Mandado de Segurança individual pode ser impetrado por pessoas jurídicas.
O Mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por organização sindical em funcionamento há pelo menos 1 ano.
O Habeas Data é ação de caráter personalíssimo, somente podendo ser utilizado para obtenção de informações referentes á própria pessoa impetrante.
Quanto a Ação Popular podemos dizer que é a ação proposta por qualquer cidadão que vise anular ato lesivo ao meio ambiente ou ao patrimônio histórico e cultural.
A CR/88 conferiu ao MP legitimidade para proposição de ação civil pública com o objetivo de proteção ao patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos, não excluindo, todavia, a legitimação de terceiros para a propositura de ações da mesma natureza.
DIREITOS A NACIONALIDADE
São brasileiros natos os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país.
São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro OU mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham residir no Brasil e optem, a qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro OU mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da Republica Federativa do Brasil.
Sentença Judicial condenatória, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional, implica na perda de nacionalidade brasileira.
Dentre outros casos, será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que adquirir outra nacionalidade, salvo as exceções constitucionais, sendo elas:
Reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira
Imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em Estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direito civis.
 Brasileiro nato não pode ser extraditado, sendo que o brasileiro naturalizado poderá ser. Quanto ao estrangeiro é possível a extradição, com exceção dos casos de crime político ou de opinião.
São cargos privativos de brasileiros natos os Ministros do STF e o Ministro de Estado de Defesa, o presidente do Senado Federal e o Presidente da Câmara dos Deputados. Atenção! Ministro do Tribunal de Constas e Ministro da justiça não é necessário ser brasileiro nato!
A CR/88 permite a perda da nacionalidade de brasileiro nato.
É proibida a distinção de brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previsto na própria CR/88.
DOS DIREITOS POLÍTICOS E PARTIDOS POLÍTICOS
Os analfabetos e os inalistáveis são inelegíveis para qualquer cargo.
Lei Complementar pode estabelecer outros casos de inelegibilidade relativa, alem daqueles previstos expressamente na CR/88.
O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os maiores de 18 anos.
Se o atual vice-governador assumir o cargo de Governador, nos seis meses anteriores ao pleito, poderá se candidatar a Governador, na condição de reeleição.
Pessoa que se exime de prestar serviço militar, alegando motivo de crença religiosa e se recusa a prestar serviços alternativos previstos em lei é privado de direitos políticos. 
Reconhecida a incapacidade civil absoluta, mediante sentença que decrete a interdição, ocorre a suspensão de direitos políticos, mas não a perda de tais direitos.
O conceito de domicílio eleitoral não se confunde com o de domicílio da pessoa natural regulado no Código Civil, pois, naquele, leva-se em conta o lugar onde o interessado tem vínculos políticos e sociais, e, não, o lugar onde ele reside com animus definitivo.
A CR/88 determina que as eleições de deputados federais, estaduais e dos vereadores devem efetivar-se pelo critério proporcional.
Conforme dispõe a CR/88 os prefeitos somente devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 meses antes do pelito, se forem concorrer a outros cargos eletivos.
Os direitos políticos não podem ser cassados. Podem, no entanto, sofrer a perda ou a suspensão à luz das normasconstitucionais pelo fundamento de improbidade administrativa.
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
A CR/88 consagra modos verticais e horizontais de repartição de competências.
Os Estados federados tem autonomia política, administrativa e financeira.
As normas gerais federais supervenientes suspendem a eficácia de normas estaduais, aditadas no âmbito da competência concorrente.
Considerando a forma federativa adotada pela a Constituição podemos dizer que a federação brasileira surgiu a partir de um movimento centrífugo do poder político.
A forma federativa do Estado brasileiro impede a criação de municípios, sem prévia consulta plebiscitária às populações locais envolvidas.
É vedado a União, Estados, DF e Municípios recusar fé aos documentos públicos.
A União possui competências materiais e legislativas.
Se requer Lei Complementar federal aprovando a criação de novos entes estaduais.
DA REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
A competência para legislar sobre direito tributário, financeiro e econômico é concorrente a União, aos Estados e ao Distrito Federal.
É competência privativa da União legislar sobre águas, energia e trânsito.
A lei estadual que regulamenta o serviço de mototaxi é inconstitucional porque se trata de competência legislativa privativa da União.
Questões específicas inseridas nas competências privativas da União Federal podem ser delegadas aos Estados-membros, desde que por meio de lei complementar.
No âmbito da competência legislativa concorrente, a União é competente para legislar sobre normas gerais.
Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
A repartição de competências constitucionais é elemento determinante do modelo federativo.
As competências privativas e exclusivas é que determinam o espaço de autonomia de cada uma das entidades federadas.
As competências cocorrentes não podem ser restringidas nem alargadas pelo legislador infraconstitucional.
É inconstitucional norma do Estado ou do Distrito Federal sobre obrigações ou outros aspectos típicos de contratos de prestação de serviços escolares ou educacionais. Cabe a União legislar sobre o assunto.
Á União compete legislar sobre direito processual e normas gerais de procedimento.
DO PODER LEGISLATIVO
Sobre o Estatuto dos Congressistas é correto afirmar que recebida a denuncia contra os membros do Congresso Nacional, por crime ocorrido após a diplomação, o STF dará ciência a casa respectiva, quem por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. 
Desde a expedição do diploma, deputados federais e senadores estão sujeitos a julgamento perante STF, o qual, ao receber a denuncia contra congressista, deverá solicitar autorização à respectiva casa para prosseguir com a ação penal.
Aos Deputados Estaduais aplicam-se as mesmas regras da CR/88 sobre o sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação as Forças Armadas, pertinentes aos parlamentos federais.
Na organização do Estado brasileiro, o Poder Legislativo bicameral, do tipo federativo, está presente somente na União.
Os membros do Congresso Nacional possuem imunidade, mas podem ser presos, desde a expedição do diploma, no caso de flagrante de crime inafiançável.
É competência do Congresso Nacional a expedição de decreto legislativo.
O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados, DF e Municípios, eleitos pelo sistema proporcional.
Cabe a uma comissão mista de deputados e senadores examinar as medidas provisórias e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas.
Além de outros casos previstos na CR/88, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão, em sessão conjunta, para a apreciação de veto presidencial a projeto de lei e sobre ele deliberar.
Aos membros do poder legislativo municipal são asseguradas apenas imunidades materiais visto que lhes é garantida a inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos, no exercício do mandato e na circunscrição do município.
PROCESSO LEGISLATIVO
Se o Presidente da República vetar projeto de lei cuja votação foi concluída na Câmara dos Deputados, o veto será apreciado em sessão conjunta das duas Casas do Congresso Nacional, no prazo de 30 dias contados do seu recebimento.
As propostas de emendas constitucionais serão discutidas e votadas em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, 3/5 dos votos dos respectivos membros.
A CR/88 não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal.
A matéria constante de proposta de emenda rejeitada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
No processo legislativo, a denominada sanção tácita ocorre na falta de apreciação, em 15 dias, pelo Presidente da República. 
A Constituição Federal poderá, ainda que por tempo limitado, ficar totalmente imodificável.
A forma federativa de Estado e a separação dos Poderes, dentre outros, são considerados como limites materiais ao Poder Constituinte Derivado.
Somente os projetos de Lei ordinária e de Lei complementar se submentem à sanção ou veto do Presidente da República.
As emendas constitucionais são promulgadas pelas mesas da Câmara dos deputados e do Senado Federal.
Se a Medida Provisória perder eficácia por decurso de prazo ou, em caráter expresso, for rejeitada pelo Congresso Nacional, vedada será sua reedição na mesma sessão legislativa.
O projeto de lei resultante de iniciativa popular deve ser subscrito por eleitores de 5 Estados da Federação.
DAS COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO 
A Comissão Parlamentar de Inquérito ao exercer a competência investigatória prevista no art. 53 § 3º da CR/88, está sujeita às mesmas limitações constitucionais que incidem sobre as autoridades judiciárias, devendo fundamentar suas decisões.
As CPI’s podem ser criadas por 1/3 do Senado Federal ou 1/3 da Câmara dos Deputados, separadamente, ou 1/3 de ambas as casas se forem mistas.
As CPI’s objetivam a apuração de fatos certos e determinados, de relevante interesse para a vida política, jurídica ou social de todo o país.
As CPI’s podem encaminhar suas conclusões ao MP, se for o caso, para a promoção da responsabilidade civil ou criminal dos infratores perante o Poder Judiciário.
As CPI’s podem decretar de ofício, quebra do sigilo das comunicações telefônicas.
As CPI’s possuem poderes de investigação próprios das autoridades judiciais.
As CPI’s sempre serão criadas por prazo certo.
As CPI’s dispõe de competência constitucional para ordenar a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico das pessoas sob investigação do Poder Legislativo, mas devem fundamentar adequadamente a decisão de quebra.
DO PODER EXECUTIVO
O ato do Presidente da República que atenta contra o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação é considerado crime de responsabilidade.
No processo de impedimento do Presidente da República, em seu julgamento no Senado, funcionará como presidente o do STF.
DO PODER JUDICIÁRIO
O CNJ é órgão de fiscalização do Poder Judiciário, competindo-lhe o controle do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes.
A respeito do CNJ pode afirmar que pode rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há menos de um ano.
O CNJ tem competência para determinar a remoção, a disponibilidade e a aposentadoria do magistrado por interesse público.
As ações contra o CNJ e contra o Conselho Nacional do Ministério Público serão julgadas no STF, em qualquer hipótese.
A decisão judicial que contraria súmula vinculante, aprovada pelo STF, poderá ser cassada por meio de reclamação ao próprio STF.A CR/88 assegura aos membros do Poder Judiciário, no primeiro grau a irredutibilidade de subsidio.
Ao STF compete julgar o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Df ou o território + julgar, em recurso ordinário, o recurso político.
Compete o STJ julgar originalmente o mandado de segurança contra ato de ministro de Estado.
OUTRAS QUESTÕES
O valor social do trabalho e da livre iniciativa é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil.
De acordo com a doutrina majoritária, os direitos de segunda geração, ou direitos sociais, não constituem simples normas de natureza dirigente, sendo verdadeiros direitos subjetivos que impõem ao Estado um facere.
Quando uma norma infraconstitucional contar com mais de uma interpretação possível, uma, no mínimo, pela constitucionalidade e outra ou outras pela inconstitucionalidade, adota-se a técnica da interpretação conforme para, sem redução do texto, escolher aquela ou aquelas que melhor se conforme(m) à Constituição, afastando-se, consequentemente, as demais.
A Federação é forma de Estado, ao passo que a República é forma de governo.
A República Federativa do Brasil é pessoa jurídica de direito público interno.
A matéria veiculada em MP rejeitada pelo Congresso Nacional não poderá ser reapresentada na mesma sessão legislativa, cabendo a esse órgão disciplinar, por meio de decreto legislativo, as relações jurídicas decorrentes da edição da MP rejeitada.
Compete ao STF processar e julgar originariamente os mandados de segurança e habeas corpus impetrados contra o Conselho Nacional do Ministério Público.
Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério.
Público, sem prejuízo do controle exercido pelo Tribunal de Contas.
O mandado de segurança é um importante instrumento de proteção a direitos líquidos e certos, individuais ou coletivos, que não estejam amparados por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou tiver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade.
O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado em defesa de direitos líquidos e certos que pertençam a apenas parte dos membros de uma categoria ou associação, substituídos pelo impetrante.
A ação popular é um importante instrumento para a promoção da tutela coletiva de direitos. Acerca da coisa julgada formada pelas sentenças de mérito proferidas em tais ações, é correto afirmar que a produção de efeitos erga omnes não ocorre se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas.
O juiz poderá ser assistido de um ou de mais peritos quando realizar a inspeção direta, assim como as partes podem assistir ao ato, prestar esclarecimentos e fazer observações que reputem de interesse para a causa.
A sentença liminar assegura ao juiz a possibilidade de dispensar a citação e proferir desde logo sentença, nas hipóteses em que o juízo já tenha proferido sentença de total improcedência em casos idênticos.
Interposto o recurso de apelação contra a sentença liminar, o juiz poderá exercer juízo de retratação no prazo de cinco dias.
SÚMULA VINCULANTE:
Requisitos para sua edição:
Matéria constitucional sedimentada,
Controvérsias judiciais ou administrativas atuais sobre o tema,
Quorum de 2/3 dos ministros do STF.
Quem pode provocar a corte para editar ou cancelar a sumula vinculante: 
O STF de ofício
Os legitimados do art. 103 CR/88
Defensor público Geral da União
Todos os tribunais brasileiros
Ao descumprimento de uma súmula vinculante cabe uma Reclamação Constitucional diretamente ao STF.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA:
Presidido pelo Ministro presidente do STF.
Possui 15 membros, sendo 2 do MP, 2 advogados, 2 cidadãos comuns e 9 da magistratura.
Os membros possuem mandado de 2 anos, permitida uma reeleição.
O CNJ exerce atividade de fiscalização administrativa e financeira dos demais órgão do poder judiciário, a exceção de um: o STF, que é o responsável por apreciar eventuais ilegalidades que tenham sido cometidas pelo CNJ.
PROCESSO LEGISLATIVO:
Lei ordinária: aprovada com o quorum de maioria simples ou relativa.
Lei complementar: aprovada com o quorum de maioria absoluta.
Para dispor sobre a LC a CR/88 menciona expressamente no texto constitucional que a matéria deve ser regida pela LC, salvo contrário, a expressão “LEI” indica que o tema pode ser cuidado por uma lei ordinária.
Qual é a Casa iniciadora por excelência do processo legislativo brasileiro?
→ A Câmara dos Deputados, MAS se o projeto for oferecido pelo Senado Federal, haverá inversão da ordem de votação entre as casas, passando o Senado a ser a casa iniciadora e a Câmara fica com o papel de casa revisora.
MEDIDAS PROVISÓRIAS:
Pode ser instituída no plano dos Estados e no plano dos municípios desde que haja previsão nas suas respectivas normas de auto-organização.
Limitações da MP: art. 62 § 1º:
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: 
I – relativa a:
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;
b) direito penal, processual penal e processual civil;
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;
II – que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro;
III – reservada a lei complementar;
IV – já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República.
Não cabe MP sobre matéria reservada, Lei Complementar, Direito Penal, Direito Processual Penal, Direito Processual Civil, Direitos Políticos, Direitos Eleitorais....
EMENDAS CONSTITUCIONAIS:
Deve ser aprovada em 2 turnos de votação em cada casa do Congresso Nacional, recebendo um quorum de 3/5 de cada casa. Este é um quorum qualificado que deve ser respeitado para a edição das EC’s.
As EC’s não podem ser promulgadas durante:
A intervenção federal
O Estado de Defesa
O Estado de Sítio
IMUNIDADE PARLAMENTAR:
Deputados Federais, Estaduais, Distritais e os Senadores gozam das mesmas imunidades, de natureza material, relacionadas a manifestação de expressão e de natureza formal, dividida entre prisão e processo.
1. Imunidade Material: manifestação de expressão.
2. Imunidade Formal:
	2.1 Prisão: só podem ser preso em flagrante de crime inafiançável, e os autos são remetidos para a casa legislativa que pode, pela maioria de seus membros, resolver “relaxar” a prisão.
	
	2.2 Processual: no curso da ação é possível que um partido político apresente um pedido de sustação do processo, e se a casa legislativa a qual pertence o parlamentar decidir favoravelmente, o processo ficará suspenso durante o mandato parlamentar.
O julgamento dos parlamentares federais é feito pelo STF. (Deputados e senadores)
Deputados Estaduais são julgados pelo Tribunal de Justiça.
Deputados Distritais são julgados pelo Tribunal de Justiça do DF.
Vereador → só goza de imunidade material (manifestação de expressão), no âmbito do município que o elegeu vereador.
Vereadores podem ser presos como qualquer pessoa comum, não havendo possibilidade de suspensão do processo criminal. Ou seja, não gozam de imunidade formal.
MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL:
Mudança informal da Constituição.
A releitura do texto constitucional a luz dos novos fatos sociais, econômicos, políticos, culturais, permitindo que a constituição esteja sempre atualizada e de acordo com as demandas sociais. Ex. Reinterpretação do art. 226 § 3º da CR/88 sobre a união homoafetiva.
IMUNIDADES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, GOVERNADORES E PREFEITOS:
Presidente: Só pode ser preso em razão de sentença condenatória criminal transitada em julgado, e,além disso, ele goza de imunidade formal quanto ao processo, só há julgamento contra o presidente, seja por crime comum ou por crime de responsabilidade, se houver juízo de admissibilidade favorável da Câmara dos deputados, por 2/3 dos seus membros.
Crime comum → STF*
Crime de responsabilidade→ Senado Federal*	
*Se a Câmara concordar com pelo menos 2/3 de seus membros.
O único capaz de suceder o presidente em caso de vacância é o VICE-PRESIDENTE, e tão somente ele. Não existe rol de sucessores, mas existe rol de substitutos.
Substitutos:
Vice-presidente
Presidente da Câmara dos Deputados
Presidente do Senado Federal
Presidente do STF
Sucessor: Vice-presidente
Os governadores e os prefeitos não gozam de imunidade formal quanto a prisão. Podem ser presos cautelarmente ou em razão de uma prisão definitiva.
Quem julga governador por crime comum é o STJ (art. 105, I, a)
Já os prefeitos são julgados pelo Tribunal de Justiça por crimes comuns (art. 29, X)
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE:
Somente pelos votos da maioria absoluta dos membros do tribunal ou do órgão especial, uma lei pode ser declarada inconstitucional → Principio da reserva de plenário.
As ações do controle concentrado de constitucionalidade:
ADI
ADC
ADO
ADPF
ADI → objeto: lei ou ato normativo federal ou estadual
ADC → objeto: lei ou ato normativo federal
ADO → objeto: normas constitucionais de eficácia limitada que ainda dependem de regulamentação. Ação que ira cuidar da omissão inconstitucional.
ADPF: objeto: leis municipais que ofendam diretamente a constituição federal ou ainda normas pré-constitucionais (ex. uma lei de 1950...)
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS:
Habeas Corpus: visa defender-nos em face da liberdade de locomoção que esteja sendo ameaçada ou que já sofreu uma lesão.
Habeas Data: visa defender dados pessoais.
Mandado de injunção: visa defender direitos fundamentais que dependam de regulamentação.
Ação popular: visa defender os direitos difusos, relacionados ao meio ambiente, a moralidade administrativa.
Mandado de segurança: serve para defender vários direitos líquidos e certos, desde que estes não possam ser defendidos pelas outras ações.
A única das ações constitucionais que independe de advogado é o Habeas Corpus.
As ações gratuitas são: Habeas data e habeas corpus
A Ação Popular só pode ser apresentada pelo cidadão que esteja em pleno gozo de seus direitos políticos com a apresentação do título de eleitor.
Habeas Data: ação personalíssima que só pode ser apresentada pelo titular do dado, salvo em caso de falecimento. A jurisprudência permite que os herdeiros do de cujus possa ajuizar a ação.
Só cabe habeas data se houver comprovação da recusa por parte da autoridade administrativa. Não se trata de esgotamento de instancia, é uma tentativa de acesso ao dado no âmbito administrativo para só assim ajuizar a ação judicial.

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