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Faculdade Brasil central Disciplina: Metodologia cientifica Acadêmicos: Marilene Nunes Faria Souza Samara Gonçalves da Silva “A vida na escola e a escola da vida” Porangatu-GO 2018 Obra: CECCON, Claudius. De Oliveira, Miguel Darcy, De Oliveira, Rosiska Darcy, A vida na escola e a escola na vida. 23ª ed., Petrópolis: Editora Vozes Ltda em co-edição com IDAC, 1991 Resumo: O livro elaborado por Claudis, Miguel e Rosiska traz uma série de questões, que mostra a realidade hoje nas escolas, fazendo com que se levantam postos que devem ser discutidos para assim acontecer mudanças arraigadas em nossas escolas atuais. A obra está dividida em cinco capítulos que servem de apoio aos interessados de melhorar a aprendizagem de nossas crianças, fornecendo auxílio para encarar a realidade que urgentemente necessita-se de ajuda para sobrevir mudanças. A discussão sobre a questão do fracasso escolar é sempre um dilema na sociedade, pois vivem acusando um ao outro querendo sempre ter a sua própria razão, não conseguindo entender e nem chegar a raiz do problema, que vem se agravando a cada dia mais em nosso meio. Muitas crianças são prejudicadas com reprovações, e isso acaba desanimando-as fazendo com que desistem da escola, e os pais preocupados acreditam que futuramente seu filho será prejudicado não tendo condições de conseguir um emprego digno por falta de um diploma e qualificação, tornando-o assim incapaz de conseguir um trabalho adequado ao seu nível de conhecimento. O sucesso de estudo deveria ser oferecido a todos para não existirem desigualdades econômicas e sociais. Deveriam dar oportunidade de melhorias de vida, melhores empregos e bons salários, não impondo diferenças de classes, uma escola democrática, aberta, favorecida a todos de forma justa. A sociedade não está contente com a escola, sonhando com uma escola melhor, uma escola que realmente cumpra o seu papel que é de dar instrução a todos. A família vem preocupando com a vida escolar de seus filhos, que muitas vezes são reprovados. Os professores por sua vez se sentem sobrecarregados e desvalorizados em sua jornada de trabalho. Suas condições de trabalhos precárias: classes superlotadas, falta de material didático, currículos muito extensos e complicados. Os professores muitas vezes são vistos pelos alunos como um inimigo, que não estão ali para ajudar, mas sim como aquelas pessoas que sabe o que eles não sabem, que fala enquanto eles têm que ficar quietos, que fala bonito e diz que eles falam errado, que castiga quando eles se comportam mal e reprova quando eles não conseguem aprender o que tem que ser aprendido. Eles têm receio e, para se defender, se fecham em si mesmos ou tornam-se agressivos e indisciplinados. Para o aluno tudo o que eles sabem de experiência de mundo não é levado em conta na escola, aos poucos eles vão perdendo a motivação para continuar se esforçando, vão se sentindo incapazes de aprender e vão se resignando a um fracasso que será marcado para o resto de suas vidas. A partir dos 10- 11 anos de idade os alunos abandonam de vez os estudos consideravelmente. É nessa idade que muitos têm que começar a trabalhar para sobreviver e ajudar a família, as vezes caindo nas armadilhas do mundo em um caminho sem retorno onde a família se sente fracassada. A escola é feita para aqueles que não precisam trabalhar, ela faz de conta de que ninguém trabalha e coloca exigências que os que trabalham não têm tempo nem condições de cumprir. Os resultados escolares dos alunos que têm que combinar estudo com trabalho vão piorando cada vez mais, as reprovações e repetências vão se acumulando até que as crianças ou os próprios pais desistem. A maiorias das crianças de renda baixa estão sendo excluídas da escola, sem qualquer qualificação ou formação, sem ter aprendido o útil para sua vida e consequentemente para o seu trabalho. Praticamente a única lição que os anos de escola ensinam é a se considerarem a si mesmos como inferiores aos outros, aos que tiveram sucesso. Grande parte dos professores e dos profissionais de ensino não tem interesse em saber se a escola poderia se organizar de outra forma, levando em conta a dificuldade financeira e trabalhando no intuito de reduzir e compensar seus efeitos. A escola muita das vezes não tenta se adaptar às necessidades dos alunos menos favorecidos financeiramente, sendo que seria perfeitamente possível, mas, ao contrário, pede-se a eles que se adaptem a uma escola que não foi projetada para eles, o que é praticamente impossível. E, como eles não conseguem se adaptar a esse ritmo, vão sendo eliminados pouco a pouco, o que faz o problema desaparecer, da escola. não sendo democrática porque a sociedade a qual vivemos ainda não é verdadeiramente democrática. Os donos da verdade são também os donos do saber e os menos favorecidos são excluídos tanto da escola quanto da participação nas decisões. Por parte a escola integrante dessa sociedade injusta e desigual, em que presa a regra de comportamento é “cada um por si e salve-se quem puder”. Conclusão: A escola não está desempenhada o seu trabalho com eficácia, e pelo contrário, ela está produzindo muito mais fracasso que sucesso, trata com indiferenças os alunos de capacidade inferior aos demais colegas leva a criança a compreender que fracassam porque são inferiores. Priorizam a minoria nas escolas. Mesmo estando ciente de que as leis são de direito para todas as crianças, isso não é levada em conta nas escolas pois as portas estão fechadas para muitos. Os excluídos que são atingidos pelas escolas. Tendem a ter um destino diferente da grande maioria, aceitando os trabalhos mais duros, e de baixas remuneração, mas com um maior risco de desemprego na crise. As pessoas ainda pensam que a escola é um local democrático que trata todos com igualdade. Sendo que na verdade, as crianças entram na escola em uma situação de desigualdade social. Para haver mudanças na escola e necessário saber o que faz com que ela hoje não seja uma engrenagem, onde não atendem os interesses da população. A forma como a escola está organizada e o que podemos resultar da organização de uma sociedade em seu conjunto. A sociedade cobra da escola uma democracia, onde nem mesmo a sociedade e verdadeiramente democrática. Os donos do poder são também os donos do saber e os pobres são excluídos tanto da escola quanto da participação nas decisões, com isso onde se mais cobra democracia é a onde se menos a vê.