* COLETA DE MATERIAL ZOOLÓGICO Profª Janete Paranhos * Introdução Coleta ( lat. Collecta). Material a ser coletado depende: a) Finalidade da Pesquisa b) Grupo de interesse. * Tipos de Coleta Toda coleta deve ser conduzida a partir da emissão nominal de licença de captura, coleta e transporte pela Divisão de Fauna e Flora Silvestre, MMA e IBAMA. Lei nº 7653/88 Portaria IBAMA nº 332, de 13 de março de 1990. * COLETA ZOOLÓGICA A coleta é uma atividade profissional e deve ser realizada de acordo com as normas legais e princípios éticos, segundo os quais o respeito para com os seres vivos é indispensável. * MATERIAL NECESSÁRIO Livro de Campo Intinerário e datas Paisagem Procedência: Localidade,data da coleta,Nome do Coletor e Informações de Campo * INFORMAÇÕES Números de Campo Rotulagem de Campo: Localidade, município e estado, país, data e nome do(s) coletor(es). Fichas de Bordo – Local, data, hora, tempo,maré, dados abióticos. TÉCNICAS DE COLETA ▪ Depende do material zoológico que se pretende capturar. * TÉCNICAS DE PRESERVAÇÃO Preservação – conjunto de operações que permitem que um exemplar seja guardado indefinidamente numa coleção, sem se estragar e conservando ao máximo as características do animal vivo ou, pelo menos, aquelas que são necessárias ao seu estudo científico. * TÉCNICAS DE PRESERVAÇÃO Via Seca e Via úmida VIA SECA: Peles - Taxidermia Ossos Conchas Exoesqueletos * TÉCNICAS DE PRESERVAÇÃO * TÉCNICAS DE PRESERVAÇÃO OSSOS: * TÉCNICAS DE PRESERVAÇÃO * TÉCNICAS DE PRESERVAÇÃO * TAXIDERMIA Taxis(gr)=arranjo,organização+Derme= pele. Taxidermia – Consiste no preparo da pele de um animal para estudos científicos ou exposição. A taxidermia: donos de animais domésticos, Museus de História Natural, criadouros de animais comerciais e conservacionistas, Zoológicos,Universidades (coleção científica),pescadores e caçadores etc... * Princípios Básicos da Taxidermia Nunca agredir a natureza para obter uma peça. - Não ter fobia de trabalhar com óbitos de animais. - Ter paciência pois se trata de um trabalho lento e cuidadoso. - Ao coletar a peça anotar a localização, data da coleta, altitude do local,dados ecológicos do animal, cor dos olhos,sexo. * Princípios Básicos da Taxidermia Ter à disposição na hora de realizar a taxidermia, todo o material necessário que será utilizado durante o trabalho. Quando iniciar o trabalho, sempre concluir no mesmo dia;não deixar para o dia seguinte. Nunca desistir de concluir uma peça. Ter noções sobre comportamentos e hábitos do animal. * Cuidados Necessários Utilizar máscaras, luvas e bata quando estiver trabalhando. Concentração na retirada da pele, para evitar cortes desnecessários na mesma. Nunca esquecer, antes de iniciar os trabalhos de colocar algodão nas narinas, boca,ouvidos e ânus ou cloaca,para evitar corrimento de secreções. * Cuidados Necessários Todo cuidado ao dissecar a peça, para evitar a queda de pelos e penas. Fazer o enchimento correto para evitar deformações quando o animal estiver pronto. Não iniciar a taxidermia logo após a morte do animal . * Taxidermia de mamíferos 1ª incisão na região abdominal. * Perna preparada para ser cortada. * Membros posteriores cortados * Procedimento da retirada da cauda * Cortes dos membros anteriores * Procedimentos para retirada da pele na região da cabeça * Ossos dos membros descarnados e ou envoltos em algodão. * Detalhe da carcaça e moldes da cauda e corpo para preenchimento da pele. * Animal taxidermizado e disposto em posição anatômica. * TÉCNICAS DE PRESERVAÇÃO VIA ÚMIDA – utilizam-se líquidos fixadores e preservadores (formol e álcool). - REGRAS ESSENCIAIS DE FIXAÇÃO - 1- O volume de fixador dentro do recipiente deve ser maior que o volume dos animais a fixar; 2- Todas as partes do animal deve ser banhada pelo fixador. * VIA ÚMIDA Liquído preservador mais habitual álcool a 70%. O fixador é o formol em diferentes concentrações. Vertebrados – devem receber injeções de fixadores antes da imersão em álcool. Invertebrados – Na maioria dos casos os animais, tão logo capturados e ainda vivos, são colocados diretamente no álcool a 70%. * Anestesia,Fixação e Preservação de Vertebrados * Anestesia,Fixação e Preservação. * TRANSPORTE DE MATERIAL ZOOLÓGICO Material preservado por via seca - Mamíferos e aves menores - Ossos - Insetos Camadas de algodão Papel absorvente Caixinhas Triângulo de papel * Triângulo de papel para armazenamento temporário de insetos. A-D: Sequência de dobras. * Manta entomológica * Em cada envelope, triângulo ou manta contendo insetos, não se deve esquecer de colocar uma etiqueta com os dados de coleta: localidade,data da coleta, nome do coletor e outras informações que se julgarem importantes para o estudo feito. * TRANSPORTE DE MATERIAL ZOOLÓGICO Material preservado por via úmida: - Pequenos Vertebrados – frascos com álcool a 70%. - Vertebrados maiores – recipientes com exemplares separados por camada de algodão, ou formol a 10%. - Invertebrados – frascos com álcool ou comprimidos entre camadas de algodão dentro de tubos. * PREPARAÇÃO Restrita quase que exclusivamente a insetos preservados a seco. DIRETA – quando alfinetes entomológicos atravessam o corpo do animal. DUPLA MONTAGEM – quando insetos são colados a cartões ou triângulos de cartolina. Alfinetes entomológicos – importados ou de aço inoxidável * Dupla montagem de insetos em diversas situações. A: Inseto alfinetado com micro-alfinete; B: Inseto colado no verso de dobra em cartolina; C: Formigas montadas em um mesmo alfinete; D: Percevejos em cópula. * PREPARAÇÃO Câmara úmida – cristalizador com areia grossa no fundo para conservar a umidade. Montagem – a região corporal a ser atravessada pelo alfinete depende da Ordem a qual o inseto pertence. Etiquetagem – Reproduzem os dados dos rótulos de campo. Rotulagem por número. * Modelo de Câmara úmida * Posição correta para inserção do alfinete. A: Orthoptera;B: Homoptera;C: Hemiptera; D:Coleoptera; E:Lepidoptera; F:Hymenoptera. * Uso de outros alfinetes para posicionar corretamente apêndices dos insetos. * ACESSO DO MATERIAL Á COLEÇÃO O material recebe um número individual (ou de lote) e é tombado, sob este número de coleção. Livro de Tombo – o acervo perderia quase todo o seu valor científico se os dados dos seus livros-tombo fossem perdidos. Informações mais comuns: data de acesso, coletor,dados de procedência,número de campo,nome científico,sexo, anotações. * ACESSO DO MATERIAL Á COLEÇÃO Fichário de registro – Fichas numeradas, cada uma das fichas numeradas, contém informações idênticas às do livro de registro. Computadores – a informatização tem sido um passo importante para a melhoria do gerenciamento das coleções. * IDENTIFICAÇÃO Remessa de material a especialista; Identificação por comparação direta; Bibliografia. ETIQUETAS DE IDENTIFICAÇÃO - Nome do Táxon - Nome de quem identificou - Ano de Identificação * ORGANIZAÇÃO DA COLEÇÃO O material identificado deve ser disposto na coleção de modo que permita sua pronta localização. CATÁLOGOS – Enumerados pelas Ordens zoológicas nas Famílias que as constituem, cada uma destas em Subfamílias e assim até espécie.Normalmente as espécies estão em Ordem alfabética. Coleções devem ser dispostas em: Armários, Gavetas, Estantes e Laminários. * COLETA DE MAMÍFEROS A maioria dos mamíferos