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Resumo 1 Legislação Tributária 2014-2 Guilhon

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FAP – Faculdade do Pará
Prof. Mauro Marques Guilhon 
Disciplina: Legislação Tributária
RESUMO DE AULA 1
UNIDADE 1 – ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO E A RECEITA TRIBUTÁRIA
 1.1. ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO: CONCEITO E FUNÇÃO; 1.2. DIREITO FINANCEIRO E DIREITO TRIBUTÁRIO: CONCEITO, OBJETOS E NORMAS CONSTITUCIONAIS E GERAIS; 1.3. OBJETOS DA ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO: DESPESA PÚBLICA, RECEITA PÚBLICA, ORÇAMENTO PÚBLICO E CRÉDITO PÚBLICO. 1.4. TRIBUTO: CONCEITO, CLASSIFICAÇÕES E ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS.
ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO: Segundo Kiyoshi Harada, é “É a atuação estatal voltada para obter, gerir e aplicar os recursos financeiros necessários à consecução das finalidades do Estado que, em última análise, se resumem na realização do bem comum.”.
Consiste em obter, criar, gerir e despender o dinheiro indispensável às necessidades, cuja satisfação o Estado assumiu ou cometeu a outras pessoas de direito público. (BALEEIRO, 1983)
Obter - receita
Criar- crédito
Gerir- orçamento
Despender - despesa.
DIREITO FINANCEIRO E DIREITO TRIBUTÁRIO: 
CONCEITO DE DIREITO FINANCEIRO: Conjunto de normas para regular PARTE da atividade financeira do Estado. Diz-se PARTE já que há ainda o Direito Tributário e o Direito Econômico. Assim o direito financeiro é um conjunto de normas que regulam o ORÇAMENTO PUBLICO.
Para a generalidade dos autores, o direito financeiro é o conjunto de normas que regulam a atividade financeira do Estado. Rubens Gomes de Sousa, tributarista pátrio, assim o conceituou "é a disciplina que estuda o ordenamento jurídico das finanças do Estado e as relações jurídicas por ele criadas no desempenho de sua atividade financeira”.
CONCEITO DE DIREITO TRIBUTÁRIO: Conjunto das leis reguladoras da arrecadação dos tributos (taxas, impostos e contribuição de melhoria), bem como de sua fiscalização. Regula as relações jurídicas estabelecidas entre o Estado e contribuinte no que se refere à arrecadação dos tributos.
O Direito Tributário cuida dos princípios e normas relativas à imposição e a arrecadação dos tributos, tendo como estudo a relação jurídica tributária, na qual figuram como partes os entes públicos e os contribuintes.
Funções Básicas do Estado: 
Prestação de serviços públicos (previstos na CF)
Exercício regular do poder de policia (limites e disciplina interesse ou liberdade, ato ou fato em razão de interesse publico).
Intervenção do domínio econômico (cria leis impedindo o abuso do poder econômico – CADE)
DIVISÃO CLÁSSICA DAS RECEITAS DO ESTADO: 
Receitas Originárias: O Estado age de forma semelhante a um particular. O regime jurídico é predominantemente de direito privado. Essas receitas se originam do patrimônio do Estado. Exemplos: aluguéis e receitas de empresas públicas e sociedades de economia mista.
Receitas Derivadas: O Estado age como tal, utilizando-se de seu “poder de império”; ou seja, usa de suas prerrogativas de direito público. O regime jurídico é de regime público. Essas receitas se originam do patrimônio de terceiros. Exemplos: Tributos e multas.
CRÉDITO PÚBLICO: “É a faculdade que tem o Estado de, com base na confiança que inspira e nas vantagens que oferece, obter, mediante empréstimo, recursos de quem deles dispõe, assumindo, em contrapartida, a obrigação de restituí-los nos prazo e condições fixados”. (BALEEIRO, Aliomar. Uma Introdução à Ciência das Finanças. 15ª ed. rev. e atual. por Dejalma de Campos. Rio de Janeiro. Forense, 2002.)
O Estado pode obter crédito público de duas formas: contraindo empréstimos de entidades públicas ou privadas, nacionais, estrangeiras ou internacionais ou emitindo títulos e colocando-os junto aos tomadores privados de um determinado mercado, está também é uma forma de empréstimo público.
O ORÇAMENTO PÚBLICO, em sentido amplo, é um documento legal (aprovado por lei) contendo a previsão de receitas e a estimativa de despesas a serem realizadas por um Governo em um determinado exercício (geralmente um ano).
O OGU é constituído de três peças em sua composição: o Orçamento Fiscal, o Orçamento da Seguridade Social e o Orçamento de Investimento das Empresas Estatais Federais. 
A Constituição Federal de 1988 atribui ao Poder Executivo a responsabilidade pelo sistema de Planejamento e Orçamento, e a iniciativa dos seguintes projetos de lei:
•	Plano Plurianual (PPA)
•	Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
•	Lei de Orçamento Anual (LOA)
O PPA é a lei que define as prioridades do Governo pelo período de 4 (quatro) anos. O projeto de lei do PPA deve ser enviado pelo Presidente da República ao Congresso Nacional até o dia 31 de agosto do primeiro ano de seu mandato (4 meses antes do encerramento da sessão legislativa).
A LDO é a lei anterior à lei orçamentária, que define as metas e prioridades em termos de programas a executar pelo Governo. O projeto de lei da LDO deve ser enviado pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional até o dia 15 de abril de cada ano (8 meses e meio antes do encerramento da sessão legislativa). 
De acordo com a Constituição Federal, a LDO estabelece as metas e prioridades para o exercício financeiro subsequente, orienta a elaboração do Orçamento (Lei Orçamentária Anual), dispõe sobre alterações na legislação tributária e estabelece a política de aplicação das agências financeiras de fomento. 
Com base na LDO aprovada a cada ano pelo Poder Legislativo, a Secretaria de Orçamento Federal, órgão do Poder Executivo, consolida a proposta orçamentária de todos os órgãos dos Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) para o ano seguinte no Projeto de Lei encaminhado para discussão e votação no Congresso Nacional. 
Por determinação constitucional, o Governo é obrigado a encaminhar o Projeto de Lei Orçamentária Anual ao Congresso Nacional até o dia 31 de agosto de cada ano (4 meses antes do encerramento da sessão legislativa). 
A Lei Orçamentária Anual disciplina todos os programas e ações do governo federal no exercício. Nenhuma despesa pública pode ser executada sem estar consignada no Orçamento. A Constituição determina que o Orçamento deva ser votado e aprovado até o final de cada Legislatura (15.12 de cada ano). Depois de aprovado, o projeto é sancionado e publicado pelo Presidente da República, transformando-se na Lei Orçamentária Anual.
A Lei Orçamentária Anual (LOA) estima as receitas e autoriza as despesas do Governo de acordo com a previsão de arrecadação. Se durante o exercício financeiro houver necessidade de realização de despesas acima do limite que está previsto na Lei, o Poder Executivo submete ao Congresso Nacional um novo projeto de lei solicitando crédito adicional. 
Por outro lado, a necessidade de contenção dos gastos obriga o Poder Executivo muitas vezes a editar Decretos com limites orçamentários e financeiros para o gasto, abaixo dos limites autorizados pelo Congresso. São os intitulados Decretos de Contingenciamento, que limitam as despesas abaixo dos limites aprovados na lei orçamentária.
CONCEITO DE TRIBUTO
Art. 3º, do Código Tributário Nacional:
“Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.”
ELEMENTOS OBRIGATÓRIOS AO TRIBUTO:
PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA (DINHEIRO)
COMPULSÓRIA
Não depende de livre manifestação da vontade, como os contratos cíveis.
NÃO DECORRENTE DE ATO ILÍCITO
Tributo não é pena, portanto, o ato deve ser lícito.
 Multa tributária é uma prestação pecuniária compulsória, instituída em lei, que constitui sanção de ato ilícito. Cobrada mediante atividade vinculada.
Portanto, a diferença entre tributo e multa tributária é que o primeiro nunca é punição por um ilícito e a segunda é sempre penalidade por ato contrário à legislação tributária.
INSTITUÍDA EM LEI (PRINCÍPIO DA LEGALIDADE)
Nunca é possível, mediante ato infralegal (atos administrativos), criar um tributo. 
COBRADO MEDIANTE ATIVIDADE ADMINISTRATIVA PLENAMENTEVINCULADA 
A lei não dá qualquer margem de liberdade ao agente da Administração tributária no que diz respeito à cobrança de tributos logo, esse não tem poder discricionário quanto à cobrança.
CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS
Quanto à discriminação de rendas por competência:
Federais
Estaduais
Municipais
Quanto à hipótese de incidência / vinculação com a atividade estatal:
Vinculados: Tributos que têm por fato gerador um “fato de estado”. Para justificar sua cobrança, o sujeito ativo precisa realizar uma atividade específica relativa ao contribuinte. Ex: taxas e contribuições de melhoria.
Não vinculados: Tributos que têm por fato gerador um “fato de contribuinte”. Para justificar sua cobrança, o sujeito ativo não precisa realizar uma atividade específica relativa ao contribuinte. Ex: impostos.
Quanto à função:
Fiscal: Quando o seu principal objetivo é a arrecadação de recursos para o ente tributante. Ex: ISS, ICMS.
Extrafiscal: Quando o seu principal objetivo é intervir numa situação econômica ou social. Ex: II, IE.
Parafiscal: Quando a lei tributária nomeia sujeito ativo diverso da pessoa que o expediu, atribuindo-lhe a disponibilidade dos recursos para a consecução de seus objetivos. Ex: contribuições para o chamado Sistema ‘S’, que serão vistas adiante.
Quanto ao destino da arrecadação:
Tributos de arrecadação vinculada: a receita obtida deve ser destinada exclusivamente em determinada atividade. Ex: empréstimos compulsórios e contribuições sociais para o financiamento da seguridade social (COFINS, CSSLL).
Tributos de arrecadação não vinculada: o Estado tem liberdade para aplicar suas receitas em qualquer despesa autorizada do orçamento. Ex: impostos, contribuições de melhoria.
Quanto à competência impositiva:
Privativos: quando a CF/88 defere a determinado ente político competência exclusiva para sua instituição, não sendo possível qualquer delegação. Ex: impostos, empréstimos compulsórios, contribuições especiais e contribuição de iluminação pública.
Comuns: quando a competência para instituição é deferida pela CF/88 a todos os entes políticos.
Residuais: os novos impostos (CF/88, art. 154, I) e as novas contribuições sociais para a seguridade social (CF/88, art. 195, § 4º) que, porventura, sejam criadas pela União. 
ESPÉCIES DO GÊNERO TRIBUTO
Alguns autores afirmam existir apenas as três primeiras espécies de tributos, mas na verdade são cinco as seguintes espécies de tributos:
O art. 5º do CTN, categoricamente, afirma: “Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria”. (escola tricotômica)
“Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.”.
IMPOSTO: Prestação pecuniária, direta ou indireta, que o Estado e órgãos fazendários exigem de cada particular, pessoa física ou jurídica com capacidade contributiva, para ocorrer às despesas da administração, sem se obrigarem à contraprestação de serviço especificado ou determinado.
É o tributo cuja obrigação tenha por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica relativa ao contribuinte. É criado em função da capacidade contributiva de cada um e não implica contraprestação direta por parte do Estado e é cobrado em face da ocorrência de fato social de caráter econômico, revelador da capacidade contributiva do indivíduo. 
Características do Imposto:
Imposto é tributo não vinculado (pois não se vincula à atividade estatal específica).
No caso de imposto, não se permite exigir obras e serviços públicos (a lei orçamentária que indicará onde será gasta a contribuição).
O contribuinte que paga a mais não tem direitos de pedir mais obras ou serviços daquele que pagou menos.
Porque se paga o imposto, se não há contraprestação? Porque há uma descrição legal (fontes formais), uma hipótese de incidência (uma “conduta”) e porque há um fato gerador (uma “tipificação”).
O imposto trata da vida pessoal financeira do contribuinte.
 
Classificação dos Impostos:
a) Discriminados: artigos 153, 155 e 156 CR/88.
b) De Competência Residual: artigo 154, I, CR/88.
c) Extraordinários: artigo 154, II, CR/88.
  
TAXA: “Forma de contribuição que os indivíduos pagam como remuneração de serviços especiais que o Estado lhes presta diretamente ou pela utilização normal de coisa do seu domínio patrimonial; tributo especial que se opõe a imposto (...) CF/88, artigo 145, II c/c art. 77 CNT)” (Pedro Nunes).
É o tributo, de competência comum, cujo fato gerador é o exercício do poder de polícia ou a utilização efetiva ou potencial de serviços públicos, específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição.
FATO GERADOR DAS TAXAS: SERVIÇO PÚBLICO E PODER DE POLÍCIA.
O poder de polícia tem o propósito de promover e assegurar o bem comum pela limitação e disciplinamento de direitos, interesse e liberdades, tais como polícia de pesos e medidas, polícia sanitária, expedição de passaporte, etc. (art. 78 CTN).
O serviço público pode ser prestado ou tão-somente colocado à disposição do contribuinte, ou seja, mesmo que o beneficiário a dispense, a taxa será devida, bastando que o serviço público lhe seja posto à disposição para que se verifique a obrigatoriedade do tributo. 
O específico é aquele que pode ser destacado em unidade autônomas para sua prestação (tem que ser prestado para cada um) e divisível é aquele que é suscetível de utilização, separadamente, por parte de cada usuário (cada um vai pagar quando usar) (art. 79 CTN). 
Não pode ter fato gerador idêntico a de imposto, tampouco pode ser cobrada em função do capital das empresas.
 
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA: Tributo que é cobrado dos proprietários de bens imóveis beneficiados com a realização da obra pública. Assim sendo, toda vez que o poder público realiza uma obra pública que traga benefícios para os proprietários de bens imóveis poderá ser instituída a contribuição de melhoria, desde que vinculada à exigência por lei. 
É o tributo que decorre de obras públicas, de competência comum, e a União, Estados, Distrito Federal e Municípios podem cobrar, quando for feita uma obra pública que beneficia diretamente a um grupo restrito, ou seja, houve valorização imobiliária. Assim o valor total da obra (limite total) será rateado entre os beneficiários na medida de seus ganhos individuais, ou seja, o acréscimo de valor que resultar da obra para cada imóvel beneficiado (limite individual). 
Tem caráter contraprestacional (art. 82 CTN) e deste modo não é restituível. Visa reembolsar aos cofres públicos o que foi gasto na obra.
 
Características da Contribuição de Melhoria:
Competência comum (União, Estados, Municípios).
Vinculado ao contribuinte e descrito da hipótese de incidência.
Não trata da vida pessoal financeira do contribuinte; nesse caso o Estado realiza um ato e tem um direito de cobrar uma contraprestação.
Ampla publicidade.
O procedimento tem que ter publicidade, ampla defesa administrativa, devido processo e o lançamento.
Não pode haver lucro para o Estado.
Não se permite cobrar além do custo da obra.
Alguns doutrinadores consideram a Contribuição de Melhoria como o tributo menos injusto.
O Estado poderá cobrar apenas uma parcela como contribuição de melhoria e arcar com o restante da obra, de acordo com o artigo 82 CTN.
Poderá o Estado, da mesma forma, cobrar valores diferenciados para contribuintes diversos, é a “valorização para cada uma das áreas diferenciadas”, recepcionada no mesmo artigo citado anteriormente, por que pode ocorrer que um contribuinte aufira maiores vantagens com determinada obra do que outro, em localidade diversa, mas dentro da mesma região que está sendo tributada.
 
Fato Gerador da Contribuição de Melhoria: Realização da obra pública com a valorização imobiliária (para situação de desvalorização não existe Contribuiçãode Melhoria).
 
Critérios de Cálculo: Limites Individual e Total
A base de cálculo da contribuição de melhoria é o limite total, o custo, observando a valorização proporcional individual e particular de cada imóvel, auferido pela obra pública. 
No artigo 3°, caput e parágrafos 1° e 2° do Decreto-lei n° 195/67, redigem a base de cálculo da contribuição de melhoria. 
“Art. 3º - A Contribuição de Melhoria a ser exigida pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, para fazer face ao custo das obras públicas, será cobrada pela Unidade administrativa que as realizar, adotando-se como critério o benefício resultante da obra, calculado através de índices cadastrais das respectivas zonas de influência, a serem fixados em regulamentação deste Decreto-Lei. 
§ 1º - A apuração, dependendo da natureza das obras, far-se-á levando em conta a situação do imóvel na zona de influência, sua testada, área, finalidade de exploração econômica e outros elementos a serem considerados, isolada ou conjuntamente. 
§ 2º - A determinação da Contribuição de Melhoria far-se-á rateando, proporcionalmente, o custo parcial ou total das obras, entre todos os imóveis incluídos nas respectivas zonas de influência.”.
Com a leitura deste artigo, nota-se que o núcleo para a base de cálculo é o benefício real que a obra pública somatizou ao bem imóvel da zona beneficiada pela obra. 
Decorre da contribuição de melhoria o ressarcimento ao poder público do custo total que a obra teve aos cofres públicos, este custo deve ser dividido proporcionalmente entre todos os imóveis beneficiados (art. 3°, § 2°), cada proprietário dos imóveis devem constituir com o máximo do benefício advindo da obra. 
Assim, a obra pública: 
Não poderá exceder ao custo da obra (limite total, limite global). 
Não poderá exceder o benefício, imobiliário (limite individual). 
PUBLICAÇÃO OBRIGATÓRIA:
Memorial escrito
Projeto
Orçamento da obra
Regulamento do PTD (processo tributário administrativo) para que se possa impugnar o valor e realizar a obra.
7.4 EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO: Tributo estabelecido por lei, sob a forma de empréstimo obrigatório. Serve para atender a situações excepcionais, e só pode ser instituído pela União (competência exclusiva).
O art. 148 da Constituição Federal assim dispõe:
“Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b.
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.”.
Competência exclusiva da União que, mediante lei complementar, pode instituir empréstimo compulsório para despesas extraordinárias decorrente de calamidade pública e iminência ou caso de guerra externa (não segue anterioridade) ou investimento público de relevante interesse social (segue anterioridade).
A lei instituidora do empréstimo compulsório deve trazer expressa as condições de resgate e o prazo, nos termos do art. 15 do CTN.
Os empréstimos compulsórios são tributos de arrecadação vinculada.
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS: As contribuições especiais são tributos arrecadados para custear alguma atividade social do governo, para intervenção no domínio econômico, para financiar entidades sindicais e corporativas e para financiar o serviço de iluminação pública.
Está pacificado na doutrina e também na jurisprudência o entendimento de que as contribuições especiais têm natureza tributária, o que, por muito tempo, foi objeto de discussão no âmbito do direito tributário. 
Tipos de contribuições especiais
Constituição Federal outorga competência para as pessoas jurídicas de direito público instituírem diversos tipos de contribuições (doravante denominadas de contribuições especiais), com base no seu artigo 149. Vale destacar que apesar de receberem a denominação genérica de contribuições, podem ser separadas em: 
Contribuições sociais; 
Contribuições para a intervenção no domínio econômico; 
Contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas. 
Contribuições para o financiamento da Seguridade Social
Contribuição para custeio do Serviço de Iluminação Pública (COSIP).
As contribuições sociais, as de intervenção no domínio econômico e as destinadas ao financiamento para a Seguridade Social, são parcelas fundamentais para a arrecadação do Estado brasileiro. Grande exemplo disso é: a Contribuição Social sobre o Lucro (“CSL”), a contribuição ao Programa da Integração Social (“PIS”), a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (“COFINS”), entre outras.
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