Aula 3 Formação dos contratos

Prévia do material em texto

Formação dos contratos.
Vícios Redibitórios (É o defeito oculto da coisa recebida que a torna inapropriada ao fim a que se destina ou que lhe diminui o valor.)
Devem ser apresentados o conceito e as características, bem como as consequências jurídicas da identificação dos vícios redibitórios e o prazo para propositura das ações edilícias. É importante esclarecer o tratamento dos vícios redibitórios no Código de Defesa do Consumidor.
Evicção (Perda, que pode ser parcial ou total, de um bem por motivo de decisão judicial ou ato administrativo que se relacione a causa preexistente ao contrato)
O instituto deve ser conceituado, assim como apresentados os seus fundamentos jurídicos, requisitos, direitos do evicto, espécies de evicção (total e parcial) e a cláusula de não evicção (ver arts. 457, 448 e 449, CC).
Contratos aleatórios
Conceituar o contrato aleatório como aquele em que o risco é inerente à sua essência, não havendo previsão por, pelo menos um dos contratantes, da vantagem que auferirá, a exemplo dos contratos de jogo, aposta e seguro.
O contrato aleatório tem como espécies: 
a) aleatórios por natureza
b) acidentalmente aleatórios, que são a venda de coisas existentes, mas expostas a risco e venda de coisas futuras, que se dividem em risco concernente à própria existência da coisa ou risco concernente à quantidade da coisa.
Contrato preliminar
O docente deverá conceituar o instituto, evidenciar sua natureza jurídica e classificação. Poderá acrescentar que como um pactum de contrahendo, a obrigação de fazer estabelecida no contrato preliminar deve, em regra, ser objeto da tutela específica prevista nos arts. 497 a 501 do CPC/2015 (GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Manual de Direito Civil. 2. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2018).
QUESTÃO OBJETIVA 1
(Prefeitura Municipal/Jaboatão dos Guararapes/Auditor Tributário/2006/Fundação Carlos Chagas) A coisa recebida em virtude de contrato comutativo (São os contratos de prestações certas e determinadas) pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor. Se o alienante não conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá:
Art. 457
a) As despesas do contrato com perdas e danos.
b) Somente o valor recebido.
c) Somente as despesas do contrato.
d) O valor recebido com perdas e danos.
e) O valor recebido, mais as despesas do contrato.
QUESTÃO OBJETIVA 2
(TRF/1ª Reg./Analista Judiciário/2006/Fundação Carlos Chagas) De acordo com o Código Civil brasileiro, a coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de:
a) trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva sendo que, se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade. (Art. 445 CC)
b) trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva, sendo que, se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido de 1/3.
c) sessenta dias se a coisa for móvel, e de três anos se for imóvel, contado da entrega efetiva, sendo que, se já estava na pose, o prazo conta-se da alienação, reduzido de 1/3.
d) noventa dias se a coisa for móvel, e dois anos se for imóvel, contado da entrega efetiva, sendo que, se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido de 1/3.
e) noventa dias se a coisa for móvel, e dois anos se for imóvel, contado da entrega efetiva, sendo que, se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.
QUESTÃO OBJETIVA 3
(OAB/Exame Unificado 2009.3/CESPE/UnB) Assinale a opção CORRETA a respeito dos vícios redibitórios e da evicção.
a) Não há responsabilidade por evicção caso a aquisição do bem tenha sido efetivada por meio de hasta pública (o ato processual pelo qual se alienavam bens penhorados). Subsiste mesmo com hasta pública – Art. 447
b) Se o alienante não conhecia, à época da alienação, o vício ou defeito da coisa, haverá exclusão da sua responsabilidade por vício redibitório. (Se não conhecia restituirá o valor recebido e as despesas de contrato – Art. 443 CC)
c) As partes podem inserir (Não inserir... Mas sim... expressar, reforças, diminuir ou excluir – Art. 448) no contrato cláusula que exclua a responsabilidade do alienante pela evicção.
d) O adquirente, ante o vício redibitório da coisa, somente poderá reclamar o abatimento do preço. (Correto! Art. 442)
QUESTÃO OBJETIVA 4
(PGE/SP/Procurador do Estado/2005/VUNESP) Em matéria de evicção, não é possível demandar se o adquirente foi privado da coisa por furto. Este posicionamento está
a) correto, porque não há como responder por fato que é alheio ao alienante. (Art. 449)
b) correto, já que é entendimento majoritário da doutrina tratar-se de força maior.
c) incorreto, já que o Código Civil em vigor não fez essa restrição contida no Código revogado.
d) incorreto, pois haveria um enriquecimento sem causa do evicto.
e) incorreto, não há como se invocar qualquer excludente.