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AGENTES ANTIÚLCERA PÉPTICA Causas Ulcera Péptica: 1) Infecção por Helicobacter pylori 2) Uso de AINES 3) Hipersecreção (Zollinger-Ellison) corpo antro fundo Antagonista dos receptores H2 de histamina, como, por exemplo, ranitidina: - úlcera péptica; - esofagite de refluxo. • Inibidores da bomba de prótons, como, por exemplo, omeprazol, lansoprazol: - úlcera péptica; - esofagite de refluxo; - como componente da terapia para a infecção por Helicobacter pylori; - Síndrome de Zollinger-Ellison (condição rara causada por tumores secretores de gastrina). • Antiácidos, como, por exemplo, trissilicato de magnésio, hidróxido de alumínio, alginatos: - dispepsia; - alívio sintomático na úlcera péptica ou (alginato) refluxo esofágico. • Quelato de bismuto: - como componente da terapia contra a infecção por H. pylori. ANTIÁCIDOS Constituinte Capacidade de Neutralização Sal formado Solubilidad e do Sal Efeitos adversos NaHCO3 Alta NaCl Alta Alcalose sistêmica, retenção de líquidos CaCO3 Moderada CaCl2 Moderada Hipercalemia, nefrolítiase, síndrome de leite-alcali Al(OH)3 Alta AlCl3 Baixa Constipação, hipofosfatemia; a adsorção do fármaco reduz a sua biodisponibilidade Mg(OH)2 Alta MgCl2 Baixa Diarréia, hipermagnesemia (pacientes com insuficiência renal) Inibem a secreção ácida por bloqueio competitivo da interação de histamina com receptores H2 da célula parietal gástrica. EFEITOS ADVERSOS Cimetidina e Ranitidina podem produzir cefaléia, tonteira, mal-estar, dor muscular, náusea, diarréia ou constipação, erupções cutâneas, prurido, perda do desejo sexual e impotência. Famotidina e nizatidina produzem poucas reações adversas, sendo mais comum a ocorrência de cefaléia, seguida de constipação ou diarréia e erupção cutânea. USO Tratamento sintomático de úlceras pépticas Papel coadjuvante na redução de recorrência de úlceras pépticas Tratamento dos sintomas e da esofagite associados à doença do refluxo gastresofágico ANTAGONISTAS H2 – CIMETIDINA, RANITIDINA, FAMOTIDINA E NIZATIDINA Inibidores da bomba de prótons – omeprazol, pantoprazol, lanzoprazol, rabeprazol e esomeprazol Suprimem a secreção de ácido gástrico por meio da inibição específica da enzima H+/K+-ATPase na superfície secretora da célula parietal gástrica. Reduzem a produção diária de ácido em 95%. USO Tratamento sintomático de úlceras pépticas Papel coadjuvante na redução de recorrência de úlceras pépticas Tratamento de esofagite ou sintomas associados a doença do refluxo gastresofágico Prevenção de lesões gastroduodenais ou sangramento digestivo alto em usuários de antiinflamatórios não-esteróides Reações Adversas Dor abdominal Diarréia Náusea Vômito Considerado um agente citoprotetor. Adere às células epiteliais de forma muito intensa na base das úlceras, considerando-se a proteção do nicho ulceroso como sua principal ação terapêutica. Mecanismo está relacionado em reduzir os efeitos de agentes nocivos e acelerar a cicatrização de úlceras USO Tratamento sintomático de úlceras pépticas Reações Adversas Constipação Náusea Gosto metálico SULCRALFATO As principais prostaglandinas sintetizadas pela mucosa gástrica são a E2 e I2. Inibem a secreção de ácido e estimulam a secreção de muco e bicarbonato. MISOPROSTOL USO Prevenção de lesões gastroduodenais ou sangramento digestivo alto em usuários de antiinflamatórios não-esteróides Análogo da prostaglandina E2 Reações Adversas Diarréia (comum) Dor abdominal Gases Indigestão Náusea Vômito DROGAS ANTIEMÉTICAS São usadas para impedir náusea e vômito. Os antieméticos agem através de uma ampla gama de mecanismos. Algumas agem nos centros de controle medular (centro do vômito e zona de disparo quimioreceptora) enquanto outras afetam os receptores periféricos. Fármacos antieméticos: -Antagonistas do receptor H1 (anti-histamínicos): Dimenidrato (Dramin®). Úteis para combater a cinetose e êmese pós-operatória. -Antagonistas Muscarínicos (anticolinérgicos): Maldemar (Escopolamina®). Sua principal utilidade está na prevenção e no tratamento da cinetose. Também tem atividade sobre as náuseas e vômitos pós-operatórios. -Antagonista do receptor D2 (dopamina): Metoclopramida (Plasil®) e Domperidona. É o grupo mais utilizado na prática clínica. Tratam a êmese produzida por estímulos da área postrema e são úteis as etiologias medicamentosas, tóxicas e metabólicas. - Antagonistas do receptor 5-HT3 (serotonina): Ondansetrona (Vonau®). Mais amplamente utilizados no tratamento de vômitos induzidos por quimioterapia. Mas também são eficazes contra a hiperêmese gravídica e náuseas pós-operatórias. Antieméticos e antinauseantes Antagonistas da serotonina (5-HT3) Azasetrona · Dolasetrona · Ondansetrona · Granisetrona · Palonossetrona · Ramosetrona · Tropisetrona Antagonistas da dopamina Bromoprida Domperidona · Metoclopramida · Metopimazina · Proclorperazina Anti-histamínicos (H1) Dimenidrato Ciclizina · Meclizina · Prometazina Antagonistas do receptor NK1 (neurocinina ou subst. P) Aprepitanto · Casopitanto · Fosaprepitanto Canabinóides Dronabinol · Nabilona • Nonabina Benzodiazepinas Lorazepam · Midazolam Anticolinérgicos Escopolamina e Hioscina Corticosteróides Dexametasona Outros Cerium .oxalate · Clorobutanol · Propofol · Trimetobenzamida EFEITOS ADVERSOS Os antieméticos anti-histamínicos e fenotiazinas produzem sonolência; pode ocorrer estimulação paradoxal do SNC. No SNC fenotiazinas e os antagonistas dos receptores da serotonina podem provocar confusão, ansiedade, euforia, agitação, depressão, cefaléia, insônia, inquietaçãoe fraqueza. O efeito anticolinérgico dos antieméticos pode causar constipação, boca e garganta secas, micção dolorosa ou difícil, retenção urinária, impotência e distúrbios visuais e auditivos. As reações adversas às fenotiazinas antieméticas incluem hipotensão e hipotensão ortostática com elevação da frequencia cardíaca, desmaio e tonteira. São antieméticos que se destacam por seu efeito de acelerar o esvaziamento gástrico. Além disso, podem elevar o tônus do esfíncter esofágico inferior. GASTROCINÉTICAS USO RGE (Refluxo gastroesofágico); Gastroparesias, Vômitos de várias etiologias, Exames radiológicos do trânsito gastrintestinal. Metoclopramida, Domperidona e Bromoprida Metoclopramida (Plazil) Tem vários mecanismos de ação: (1) Exerce efeito agonista sobre receptores 5HT4 localizados nos neurônios colinérgicos facilitatórios do trato GIA, o que acarreta maior liberação de ACh pelos neurônios motores primários ( “parassimpático”). (2) Central e perifericamente, atua como antagonista de receptores dopaminérgicos D2. O bloqueio dos receptores D2 localizados no neurônio motor primário, contribui para o aumento da liberação de ACh (já que o neurônio DAérgico é inibitório). O efeito anti-D2 central explica seu efeito antiemético (bem como muitos efeitos adversos); (3) Apresenta fraco efeito anti-5HT3 (central e periférico). Efeitos adversos: reações extrapiramidais, aumento da prolactina, sedação. Domperidona (Motilium) Bloqueia receptores periféricos de DA (praticamente não atravessa a BHE). Efeitos adversos: cefaléia, hiperprolactinemia (apesar de não atravessar a BHE. provavelmente esses neurônios não apresentam barreira). Bomoprida (Digesan) Atua central e perifericamente, bloqueando receptores dopaminérgicos. Seu efeito de facilitar a liberação de ACh inclui as vias biliares. Efeitos adversos: cefaléia, sedação, aumento da prolactina. Boa margem de segurança. Cisaprida Retirada por causar efeitos arrítmicos importantes. AlizapridaTambém pouco importante. É um antiflatulento Indicada para pessoas com excesso de gases gastrintestinais. Atua na quebra da tensão superficial dos líquidos digestivos, levando ao rompimento das bolhas que retêm os gases. Sem reações adversas conhecida. DIMETICONA Ele tem a capacidade de coletar seletivamente os gases ou impurezas no interior dos seus poros, absorvendo as substâncias (líquidas ou sólidas) que poderiam ser fermentadas, se em contato com as bactérias intestinais, reduzindo a produção dos gases que provocariam a flatulência. Ele está indicado também nos casos de dores no estômago, mau hálito, aftas, gases intestinais, diarréias infecciosas, disenteria hepáticas e intoxicações, no tratamento da flatulência, distensão por gases intestinais e aerocolia (distensão do cólon por gases). CARVÃO ATIVADO Efeitos Adversos Fezes negras Constipação Laxativos ou laxantes causam amolecimento do bolo fecal. Catárticos (purgantes ou purgativos) causa emissão de fezes líquidas Classificação, exemplos e propriedades gerais: 1) Laxativos emolientes promovem amolecimento fecal. Exs. Óleo mineral (Nujol), dioclissulfosuccinato (este também exerce efeito estimulante). 2) Laxativos boiantes: são formadores de volume, derivados de fibras vegetais. Ex. metilcelulose, agar-ágar, plantago, tamarindo, bassorina, etc. 3) Catárticos (e laxativos) osmóticos: A. Salino: Na2SO4 (sal de Glauber, limonada purgativa), MgSO4 (sal de Epson – sal amargo), Mg(OH)2 (leite de magnésia – utilizado na prisão de ventre + pirose gravídicas), Na2HPO3/NaH2PO3 (fleet enema – para preparo do cólon para cirurgia eletiva). B. Não-salinos: lactulose (Laxativo). Exerce efeito laxativo suave, sendo adequada na maioria dos pacientes, exceto naqueles cuja prisão de ventre seja por falta de fibras vegetais. É um açúcar de difícil digestão, em formato de xarope e com sabor agradável. 4) Catárticos estimulantes (ou de contacto): atuam diretamente na mucosa intestinal e/ou na musculatura lisa. Uso crônico é nocivo (em especial do óleo de rícino). 4.1) Derivados do difenilmetano: bisacodil (Dulcolax). Atuam no cólon. 4.2) Derivados antraquinônicos (ou emodínicos). a. Sena (Cássia acutifólia e C. angustifólia) e senosídeos. b. Cáscara sagrada. c. Diidroantraquinona ou dantrona. 4.3) Óleo de rícino (age no delgado, efeito rápido). 4.4) Picossulfol (Guftalax) Agentes antidiarréicos 1. Opióides Diofenoxilato (associado à atropina no Lomotil, desaconselhado): também não usar. Loperamida (imosec): utilizado para diarréia dos viajantes. Não usar o elixir paregórico já que possui atropina e possui muitos efeitos colaterais. 2. Inibidores da encefalinase intestinal Racecadotrila (Tiorfan): a encefalina existe no cérebro e no intestinal e atua sobre o receptor de opióide. É continuamente produzida no trato digestivo. É degradada pela encefalinase. 3. Adsorventes Caulim + Pectina (+hidróxido de alumínio). Não há comprovação científica que funcionem, mas não apresentam efeitos colaterais. Teoricamente se ligam a toxinas bacterianas e saem juntos com as fezes. 4. Agentes biológicos ( “restauradores da flora”) Lactobacillus acidophillus (Floren). Saccharomyces boulardi (Floratil). Emprego é discutido. São bactérias não-patogênicas capazes de povoar o intestino e, em tese, restaurar a flora intestinal. Funcionaria mais nas diarréias em que o agente etiológico seja um antibiótico de largo espectro
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