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Aula 13 Fármacos TGI

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AGENTES ANTIÚLCERA PÉPTICA
Causas Ulcera Péptica:
1) Infecção por Helicobacter pylori
2) Uso de AINES
3) Hipersecreção (Zollinger-Ellison)
corpo
antro
fundo
Antagonista dos receptores H2 de histamina, como, por exemplo, ranitidina: 
- úlcera péptica; 
- esofagite de refluxo. 
• Inibidores da bomba de prótons, como, por exemplo, omeprazol, lansoprazol: 
- úlcera péptica; 
- esofagite de refluxo; 
- como componente da terapia para a infecção por Helicobacter pylori; 
- Síndrome de Zollinger-Ellison (condição rara causada por tumores secretores de 
gastrina). 
• Antiácidos, como, por exemplo, trissilicato de magnésio, hidróxido de alumínio, 
alginatos: 
- dispepsia; 
- alívio sintomático na úlcera péptica ou (alginato) refluxo esofágico. 
• Quelato de bismuto: 
- como componente da terapia contra a infecção por H. pylori. 
ANTIÁCIDOS
Constituinte 
Capacidade de 
Neutralização
Sal 
formado
Solubilidad
e do Sal
Efeitos adversos
NaHCO3 Alta NaCl Alta
Alcalose sistêmica, retenção de 
líquidos
CaCO3 Moderada CaCl2 Moderada
Hipercalemia, nefrolítiase, 
síndrome de leite-alcali
Al(OH)3 Alta AlCl3 Baixa
Constipação, hipofosfatemia; a 
adsorção do fármaco reduz a sua 
biodisponibilidade
Mg(OH)2 Alta MgCl2 Baixa
Diarréia, hipermagnesemia
(pacientes com insuficiência 
renal)
Inibem a secreção ácida por bloqueio competitivo da interação de histamina com 
receptores H2 da célula parietal gástrica. 
EFEITOS ADVERSOS
Cimetidina e Ranitidina podem produzir cefaléia, tonteira, mal-estar, dor muscular, 
náusea, diarréia ou constipação, erupções cutâneas, prurido, perda do desejo sexual 
e impotência.
Famotidina e nizatidina produzem poucas reações adversas, sendo mais comum a 
ocorrência de cefaléia, seguida de constipação ou diarréia e erupção cutânea.
USO
Tratamento sintomático de úlceras pépticas 
Papel coadjuvante na redução de recorrência de úlceras pépticas 
Tratamento dos sintomas e da esofagite associados à doença do refluxo gastresofágico
ANTAGONISTAS H2 – CIMETIDINA, RANITIDINA, FAMOTIDINA E NIZATIDINA
Inibidores da bomba de prótons – omeprazol, pantoprazol, lanzoprazol, rabeprazol
e esomeprazol
Suprimem a secreção de ácido gástrico por meio da inibição específica da enzima 
H+/K+-ATPase na superfície secretora da célula parietal gástrica. 
Reduzem a produção diária de ácido em 95%. 
USO
Tratamento sintomático de úlceras pépticas 
Papel coadjuvante na redução de recorrência de úlceras pépticas 
Tratamento de esofagite ou sintomas associados a doença do refluxo 
gastresofágico 
Prevenção de lesões gastroduodenais ou sangramento digestivo alto em usuários 
de antiinflamatórios não-esteróides
Reações Adversas
Dor abdominal 
Diarréia
Náusea
Vômito
Considerado um agente citoprotetor. 
Adere às células epiteliais de forma muito intensa na base das úlceras, 
considerando-se a proteção do nicho ulceroso como sua principal ação terapêutica.
Mecanismo está relacionado em reduzir os efeitos de agentes nocivos e acelerar a 
cicatrização de úlceras
USO
 Tratamento sintomático de úlceras pépticas
Reações Adversas
Constipação
Náusea
Gosto metálico
SULCRALFATO
As principais prostaglandinas sintetizadas pela mucosa gástrica são a E2 e I2. 
Inibem a secreção de ácido e estimulam a secreção de muco e bicarbonato. 
MISOPROSTOL
USO
Prevenção de lesões gastroduodenais ou sangramento digestivo alto em usuários de 
antiinflamatórios não-esteróides
Análogo da prostaglandina E2
Reações Adversas
Diarréia (comum)
Dor abdominal
Gases
Indigestão
Náusea 
Vômito
DROGAS ANTIEMÉTICAS
São usadas para impedir náusea e vômito. 
Os antieméticos agem através de uma ampla gama de mecanismos. 
Algumas agem nos centros de controle medular (centro do vômito e zona de disparo 
quimioreceptora) enquanto outras afetam os receptores periféricos.
Fármacos antieméticos:
-Antagonistas do receptor H1 (anti-histamínicos): Dimenidrato (Dramin®). Úteis para 
combater a cinetose e êmese pós-operatória.
-Antagonistas Muscarínicos (anticolinérgicos): Maldemar (Escopolamina®). Sua 
principal utilidade está na prevenção e no tratamento da cinetose. Também tem 
atividade sobre as náuseas e vômitos pós-operatórios.
-Antagonista do receptor D2 (dopamina): Metoclopramida (Plasil®) e Domperidona. 
É o grupo mais utilizado na prática clínica. Tratam a êmese produzida por estímulos 
da área postrema e são úteis as etiologias medicamentosas, tóxicas e metabólicas.
- Antagonistas do receptor 5-HT3 (serotonina): Ondansetrona (Vonau®). Mais 
amplamente utilizados no tratamento de vômitos induzidos por quimioterapia. Mas 
também são eficazes contra a hiperêmese gravídica e náuseas pós-operatórias.
Antieméticos e antinauseantes
Antagonistas da serotonina 
(5-HT3)
Azasetrona · Dolasetrona · Ondansetrona ·
Granisetrona · Palonossetrona · Ramosetrona
· Tropisetrona
Antagonistas da dopamina
Bromoprida Domperidona · Metoclopramida ·
Metopimazina · Proclorperazina
Anti-histamínicos (H1) Dimenidrato Ciclizina · Meclizina · Prometazina
Antagonistas do receptor NK1 
(neurocinina ou subst. P)
Aprepitanto · Casopitanto · Fosaprepitanto
Canabinóides Dronabinol · Nabilona • Nonabina
Benzodiazepinas Lorazepam · Midazolam
Anticolinérgicos Escopolamina e Hioscina
Corticosteróides Dexametasona
Outros
Cerium
.oxalate · Clorobutanol · Propofol ·
Trimetobenzamida
EFEITOS ADVERSOS
Os antieméticos anti-histamínicos e fenotiazinas produzem sonolência; pode ocorrer 
estimulação paradoxal do SNC.
No SNC fenotiazinas e os antagonistas dos receptores da serotonina podem provocar 
confusão, ansiedade, euforia, agitação, depressão, cefaléia, insônia, inquietaçãoe fraqueza.
O efeito anticolinérgico dos antieméticos pode causar constipação, boca e garganta 
secas, micção dolorosa ou difícil, retenção urinária, impotência e distúrbios visuais e 
auditivos.
As reações adversas às fenotiazinas antieméticas incluem hipotensão e hipotensão 
ortostática com elevação da frequencia cardíaca, desmaio e tonteira.
 São antieméticos que se destacam por seu efeito de acelerar o esvaziamento gástrico.
 Além disso, podem elevar o tônus do esfíncter esofágico inferior.
GASTROCINÉTICAS
USO
RGE (Refluxo gastroesofágico); 
Gastroparesias, 
Vômitos de várias etiologias, 
Exames radiológicos do trânsito gastrintestinal.
Metoclopramida, Domperidona e Bromoprida
Metoclopramida (Plazil)
Tem vários mecanismos de ação:
(1) Exerce efeito agonista sobre receptores 5HT4 localizados nos neurônios colinérgicos 
facilitatórios do trato GIA, o que acarreta maior liberação de ACh pelos neurônios 
motores primários ( “parassimpático”).
(2) Central e perifericamente, atua como antagonista de receptores dopaminérgicos D2. 
O bloqueio dos receptores D2 localizados no neurônio motor primário, contribui para o 
aumento da liberação de ACh (já que o neurônio DAérgico é inibitório). 
O efeito anti-D2 central explica seu efeito antiemético (bem como muitos efeitos 
adversos);
(3) Apresenta fraco efeito anti-5HT3 (central e periférico).
Efeitos adversos: reações extrapiramidais, aumento da prolactina, sedação.
Domperidona (Motilium)
Bloqueia receptores periféricos de DA (praticamente não atravessa a BHE).
Efeitos adversos: cefaléia, hiperprolactinemia (apesar de não atravessar a BHE. provavelmente 
esses neurônios não apresentam barreira).
Bomoprida (Digesan)
Atua central e perifericamente, bloqueando receptores dopaminérgicos. Seu efeito de facilitar a 
liberação de ACh inclui as vias biliares.
Efeitos adversos: cefaléia, sedação, aumento da prolactina. Boa margem de segurança.
Cisaprida
Retirada por causar efeitos arrítmicos importantes.
AlizapridaTambém pouco importante.
É um antiflatulento
Indicada para pessoas com excesso de gases gastrintestinais. 
Atua na quebra da tensão superficial dos líquidos digestivos, levando ao rompimento 
das bolhas que retêm os gases.
Sem reações adversas conhecida.
DIMETICONA
Ele tem a capacidade de coletar seletivamente os gases ou impurezas no interior 
dos seus poros, absorvendo as substâncias (líquidas ou sólidas) que poderiam ser 
fermentadas, se em contato com as bactérias intestinais, reduzindo a produção dos 
gases que provocariam a flatulência.
Ele está indicado também nos casos de dores no estômago, mau hálito, aftas, gases 
intestinais, diarréias infecciosas, disenteria hepáticas e intoxicações, no tratamento 
da flatulência, distensão por gases intestinais e aerocolia (distensão do cólon por 
gases).
CARVÃO ATIVADO
Efeitos Adversos
Fezes negras
Constipação
Laxativos ou laxantes causam amolecimento do bolo fecal.
Catárticos (purgantes ou purgativos) causa emissão de fezes líquidas
Classificação, exemplos e propriedades gerais:
1) Laxativos emolientes promovem amolecimento fecal. Exs. Óleo mineral (Nujol), 
dioclissulfosuccinato (este também exerce efeito estimulante).
2) Laxativos boiantes: são formadores de volume, derivados de fibras vegetais. Ex. metilcelulose, 
agar-ágar, plantago, tamarindo, bassorina, etc.
3) Catárticos (e laxativos) osmóticos:
A. Salino: Na2SO4 (sal de Glauber, limonada purgativa), MgSO4 (sal de Epson – sal amargo), 
Mg(OH)2 (leite de magnésia – utilizado na prisão de ventre + pirose gravídicas), 
Na2HPO3/NaH2PO3 (fleet enema – para preparo do cólon para cirurgia eletiva).
B. Não-salinos: lactulose (Laxativo). Exerce efeito laxativo suave, sendo adequada na maioria dos 
pacientes, exceto naqueles cuja prisão de ventre seja por falta de fibras vegetais. É um açúcar de 
difícil digestão, em formato de xarope e com sabor agradável.
4) Catárticos estimulantes (ou de contacto): atuam diretamente na mucosa 
intestinal e/ou na musculatura lisa. Uso crônico é nocivo (em especial do óleo 
de rícino).
4.1) Derivados do difenilmetano: bisacodil (Dulcolax). Atuam no cólon.
4.2) Derivados antraquinônicos (ou emodínicos).
a. Sena (Cássia acutifólia e C. angustifólia) e senosídeos.
b. Cáscara sagrada.
c. Diidroantraquinona ou dantrona.
4.3) Óleo de rícino (age no delgado, efeito rápido).
4.4) Picossulfol (Guftalax)
Agentes antidiarréicos
1. Opióides
Diofenoxilato (associado à atropina no Lomotil, desaconselhado): também não usar.
Loperamida (imosec): utilizado para diarréia dos viajantes.
Não usar o elixir paregórico já que possui atropina e possui muitos efeitos colaterais.
2. Inibidores da encefalinase intestinal
Racecadotrila (Tiorfan): a encefalina existe no cérebro e no intestinal e atua sobre o receptor de 
opióide. 
É continuamente produzida no trato digestivo. 
É degradada pela encefalinase. 
3. Adsorventes
Caulim + Pectina (+hidróxido de alumínio).
Não há comprovação científica que funcionem, mas não apresentam efeitos colaterais.
Teoricamente se ligam a toxinas bacterianas e saem juntos com as fezes.
4. Agentes biológicos ( “restauradores da flora”)
Lactobacillus acidophillus (Floren).
Saccharomyces boulardi (Floratil).
Emprego é discutido. São bactérias não-patogênicas capazes de povoar o intestino e, em tese, 
restaurar a flora intestinal. Funcionaria mais nas diarréias em que o agente etiológico seja um 
antibiótico de largo espectro

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