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Cartografia e Geoprocessamento Ambiental - WA1 e WA2

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Cartografia e Geoprocessamento Ambiental 
Web-Aulas e Web-Atividades 
Apresentação da disciplina: 
Em nossa disciplina de “Técnicas de Geoprocessamento em Estudos Ambientais” teremos a 
oportunidade de aprender a respeito do Geoprocessamento, que paulatinamente vem sendo 
utilizado enquanto uma poderosa ferramenta de análise espacial. Para que possamos atingir 
nossos objetivos, primeiramente é necessário conhecermos a cartografia, posteriormente o 
sensoriamento remoto e por fim discutiremos sobre os sistemas de informações geográficas e 
sobre o geoprocessamento. 
Visando o melhor aproveitamento dos assuntos pertinentes, os temas serão trabalhados em 
nossas Web-aulas, Teleaulas, Fóruns, Portifólios e no livro da disciplina. 
Objetivos: 
A disciplina de Técnicas de Geoprocessamento em Estudos Ambientais tem os seguintes objetivos: 
 Discutir a história da Cartografia e seus conceitos básicos; 
 Diferenciar Cartografia Temática e Cartografia Sistemática e suas principais aplicações; 
 Apreender os fundamentos sobre o Geoprocessamento; 
 Discutir sobre os fundamentos do Sensoriamento Remoto e os sistemas sensores; 
 Compreender, a partir das bandas espectrais de um satélite, a leitura de uma imagem de satélite; 
 Apreender as principais características de um Sistema de Informações Geográficas; 
 Trabalhar em ambiente computacional com softwares gratuitos. 
Conteúdo Programático: 
Os principais temas que trabalharemos no decorrer do curso serão: 
 Fundamentos de Cartografia (sistemas de projeções cartográficas, escala cartográfica) e Geodésia; 
 Fundamentos de Cartografia Temática e de Semiologia Cartográfica; 
 Base de funcionamento do software philcarto; 
 Fundamentos de sensoriamento remoto; 
 Estrutura vetorial e matricial de representação de dados espaciais; 
 Fundamentos de um Sistema de Informações Geográficas; 
 Aspectos gerais do software SPRING. 
Metodologia: 
Os conteúdos programáticos ofertados nessa disciplina serão desenvolvidos por meio das 
teleaulas de forma expositiva e interativa (chat – tira dúvidas em tempo real), aula atividade por 
chat para aprofundamento e reflexão e web aulas que estarão disponíveis no ambiente colaborar, 
compostas de conteúdos de aprofundamento, reflexão e atividades de aplicação dos conteúdos e 
avaliação. Serão também realizadas atividades de acompanhamento tutorial, participação em 
fórum, atividades práticas e estudos independentes (auto estudo) além do material do livro da 
disciplina. 
 
Avaliação Prevista: 
O sistema de avaliação da disciplina compreende em assistir a tele-aula, participação no fórum, 
produção de texto/trabalho no portfólio, realização de duas avaliações virtuais, uma avaliação 
presencial embasada em todo o material didático, teleaula eweb aula da disciplina. 
 
Critérios para Participação dos Alunos no Fórum: 
 
 
Quando houver fórum de discussão o aluno será avaliado quanto ao conteúdo de sua postagem, 
onde deverá comentar o tópico apresentando respostas completas e com nível crítico de avaliação 
pertinente ao nível de pós-graduação. Textos apenas concordando ou discordando de comentários 
de outros participantes do fórum sem a devida justificativa ou complementação não acrescentam 
em nada ao debate da disciplina, sendo assim, devem ser evitados. Os textos devem sempre vir 
acompanhados das justificativas para a opinião do discente sobre o conteúdo discutido, para que 
assim, possamos dar continuidade ao debate em nível adequado. Além disso, podem ser utilizados 
citações de artigos, livros e outros recursos que fundamentem a opinião ou deem sustentação a 
sua posição crítica sobre o assunto. Deve ser respeitado o tópico principal do fórum, evitando 
debates que não tem relação com o tema selecionado pelo professor. 
 
 
 
 
 
 
WEB AULA 1 
Unidade 1 – Técnicas de Geoprocessamento em Estudos Ambientais 
Algumas notas sobre o Espaço Geográfico e o Geoprocessamento 
Sou formado em Geografia pela Universidade Estadual de Londrina, mestrando em Geografia 
Meio Ambiente e Desenvolvimento pela mesma Universidade. Professor de Ensino Superior, no 
qual leciona as disciplinas de Educação Ambiental, Fundamentos de Geologia, Gestão de 
Recursos Hídricos e Técnicas de Geoprocessamento Aplicado ao Estudo do Meio Ambiente. 
A relação do homem com meio motiva a continuidade de meus trabalhos, principalmente no 
concernente ao processo de urbanização, por reconhecer a cidade enquanto a maior obra da 
humanidade, na qual a relação homem X meio se efetiva de maneira mais complexa. 
Agora que já sabem um pouco sobre mim, convido vocês a conhecerem mais de nossa disciplina. 
Boa leitura e ótimos estudos!!! 
 Vamos começar!! 
Em nossas duas primeiras web aulas vamos trabalhar alguns assuntos que não foram discutidos 
tanto no livro da disciplina quanto nas tele aulas. 
Inicialmente é importante enfatizar alguns aspectos sobre o geoprocessamento, destacando a 
importância do espaço geográfico para o uso dos benefícios do geoprocessamento. 
Em nossa segunda web aula, vamos analisar o Sistema de Posicionamento Global, o GPS, seu 
funcionamento e suas principais características. 
Você provavelmente já deve ter ouvido falar sobre Geoprocessamento ou sobre Sistema de 
Informações Geográficas. Se por acaso esses termos são novidades para você, saiba que os 
benefícios do geoprocessamento estão mais próximos de sua vida do que você imagina! 
Aos que acreditam que o geoprocessamento é provavelmente algo distante de seu cotidiano, 
leiam com atenção a citação a seguir: 
[...] o termo Geoprocessamento denota a disciplina do conhecimento que utiliza técnicas 
matemáticas e computacionais para o tratamento da informação geográfica e que vem 
influenciando de maneira crescente as áreas de Cartografia, Análise de Recursos Naturais, 
Transportes, Comunicações, Energia e Planejamento Urbano e Regional. (CAMARA; DAVIS, 
2001) 
Podemos perceber que direta ou indiretamente uma grande parte das pessoas do mundo utiliza 
os benefícios do geoprocessamento. Vamos realizar uma observação antes de continuar nossa 
web aula: atualmente uma parte dos pesquisadores prefere adotar o termo Geoinformação ao 
invés de Geoprocessamento, pois o primeiro tem uma abrangência maior que o segundo. 
É pertinente enfatizar que mesmo que hoje exista uma vasta terminologia sobre o assunto os 
termos se referem basicamente ao mesmo tema: a atribuição de dados geográficos a uma 
informação. 
É cada vez mais corriqueira a utilização de dados georreferenciados no cotidiano, principalmente 
com a popularização do GPS automotivo (voltaremos a discutir sobre o GPS no decorrer de nossa 
web aula), que resumidamente, opera a partir de uma base de dados previamente instalada em 
um aparelho e, monitorado via satélite, um computador é capaz de traçar rotas para auxiliar a 
navegação de pessoas em cidades desconhecidas. Vamos imaginar uma outra situação que pode 
ser utilizada para exemplificar o uso de dados georreferenciados no cotidiano: imagine-se 
mudando para uma cidade que nunca antes esteve e se depara com a necessidade de matricular 
seu filho em um colégio. Caso haja uma base de dados georreferenciados sobre as escolas que 
você possa ter acesso é possível, em pouco tempo, realizar a melhor escolha para os estudos se 
seu filho, pois terá informações a respeito da distância das escolas e da melhor rota a ser seguida, 
número de alunos por sala, quantidade de professores, vagas disponíveis e outras informações 
que possam ser pertinente. 
Sobre o meio ambiente, que é o foco maior de nosso curso, há uma vasta gama de exemplos 
que poderíamos utilizar para demonstrar as vantagens de trabalhar com informações 
georreferenciadas, como, por exemplo, escolha do melhor local para instalação de uma atividade 
potencialmente poluidora, delimitação de áreas depreservação permanente, mapeamento de 
uso e ocupação do solo, criação de unidades de conservação, monitoramento de áreas 
susceptíveis à derrubada de florestas, monitoramento via GPS de animais, entre outras. Pois 
bem, vamos resumir assim como Gilberto Câmara e Clodoveu Davis o uso do 
geoprocessamento: se onde é importante para o seu negócio, então Geoprocessamento é a sua 
ferramenta de trabalho. Aliás, essa frase, assim como a supracitada foram retiradas de um livro 
digital que está disponível no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o INPE. Utilize o 
link para ter acesso ao livro intitulado Introdução à Ciência da 
Geoinformação: http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/introd/. Antes de continuarmos nossa web 
aula, leia a introdução (apresentação) desse livro. Caso você tenha intenção de aprofundar seus 
conhecimentos sobre o assunto, leia-o por completo, pois devido ao seu caráter introdutório, ele 
lhe fornecerá um primeiro contato com a linguagem e com os temas que envolvem a 
geoinformação. 
O capítulo 5 deste livro, escrito por Gilberto Câmara, Antônio Monteiro e José Simeão de 
Medeiros, discute o assunto que trabalharemos agora, a questão do espaço geográfico. Contudo 
a ênfase dos autores é a busca pelos fundamentos epistemológicos da ciência da geoinformação. 
Boa Leitura! 
Em nosso curso não temos tempo hábil para trabalhar todas as possibilidades de uso do 
geoprocessamento, tampouco discutirmos sobre as técnicas e tecnologias possíveis para usufruir 
dessa importante ferramenta. Isso devido o limite para usufruir dos benefícios do 
geoprocessamento ser o espaço geográfico, que por sua vez é formado por materialidades e 
imaterialidades. Não vamos entrar em pormenores a respeito das escolas de Geografia 
formuladas desde o final do século XIX até a atual conjuntura e discutir como diferentes autores 
e épocas consideraram o espaço de forma diferenciada (esse esforço foi realizado pelos autores 
do capítulo 5 do livro Introdução à ciência da Geoinformação), mas buscar reconhecer a 
importância de compreender o que é e como pode ser interpretado o espaço geográfico, pois o 
geoprocessamento é uma ferramenta para a análise do espaço geográfico. Temos que ter em 
mente que um Sistema de Informações Geográficas não é completo por si só, isto é, apenas ter 
um SIG não basta para obtenção de resultados em um estudo, pois há a necessidade de 
interpretar os dados computacionais e saber trabalhá-los de forma a conquistar o maior proveito 
possível desta ferramenta. 
Como já foi colocado anteriormente, o espaço geográfico é formado de materialidades e 
imaterialidades. Como exemplo de materialidades do espaço geográfico, podemos citar as 
estradas, as cidades, as áreas florestas, entre outras; como imaterialidades do espaço geográfico 
nós podemos citar os fluxos de informações, de pessoas e de capitais. O espaço geográfico pode 
ser entendido, então, como o espaço dos homens que é formado por fixos e fluxos e que está 
em constante modificação. Ou podemos ir além, considerando o espaço geográfico como um 
sistema de objetos e um sistema de ações. 
É importante levar em consideração, para a compreensão do espaço geográfico, que este é um 
hibrido entre a paisagem e a sociedade. Paisagem e espaço não são sinônimos, mas formam um 
par dialético. 
A paisagem existe a partir de suas formas, que, por sua vez, são criadas em momentos históricos 
diferentes, contudo coexistindo no momento atual, com uma função atual, como resposta às 
necessidades atuais da sociedade. Sendo assim, a paisagem existe carregada de fragmentos 
materiais de sucessivos passados, permitindo supor um passado que, para ser interpretado, é 
necessária a retomada da história que esses fragmentos que representam a história que a 
sociedade escreveu em um momento. 
Diferentemente e de forma complementar o espaço está perpetuado no presente; sendo as 
formas da paisagem com a adição da sociedade que a anima e que está em constante 
transformação. O geógrafo Milton Santos compara espaço e paisagem à bomba de nêutrons 
proposta pelo Pentágono durante a Guerra Fria. O projeto visava a construção de uma bomba 
que, ao explodir, poderia aniquilar com toda a vida humana na área pretendida, porém as 
construções permaneceriam preservadas. Com a explosão da bomba, o que na véspera seria 
ainda o espaço, após a explosão seria apenas paisagem. 
O espaço é estudado com um conteúdo social, isto é, espaço sem a sociedade não existe. Mas 
mesmo que durante essa web aula nós tenhamos enfatizado a questão do espaço geográfico, 
não podemos descartar a importância da paisagem para os estudos. 
As alterações no espaço e na paisagem ocorrem tão rapidamente quanto avançam as técnicas e 
a tecnologia, pois a capacidade humana de alterar o espaço é decorrente dos avanços da técnica. 
Por exemplo, atualmente construímos arranha-céus com uma quantidade de andares 
inimaginável há décadas, perfuramos túneis a uma velocidade muito maior que em qualquer 
outra época e nos deslocamos a distâncias cada vez maiores em menos tempo. 
Temos que levar em conta também que nossa capacidade de alterar as paisagens é cada vez 
maior. As malhas urbanas se espalham pelo território a uma velocidade muito grande, às vezes 
criando gigantescos complexos de cidades, nos quais diversas metrópoles encontram-se em 
intensa interação, que chamamos de megalópole. No caso mais específico dos países da periferia 
do capitalismo mundial é necessário levar em consideração as ocupações de terras, públicas ou 
privadas, resultam em uma expansão não planejada, desordenada e rápida das malhas urbanas. 
Além da expansão física da cidade não podemos deixar de mencionar que o interior das mesmas 
sofre constantes modificações que podem ser percebidas no que concerne incorporação de novas 
construções, ou no aproveitamento de um prédio antigo para um novo uso (como o uso de um 
antigo banco enquanto um espaço cultural, por exemplo). 
Em um mapa de papel não temos a possibilidade de trabalhar com essas rápidas transformações 
que ocorrem no espaço. É necessário que a cada mudança um novo mapa seja criado. Já em 
ambiente computacional, essas mudanças podem vir a ser inseridas em um banco de dados, que 
tem a possibilidade de ser constantemente modificado. Na atual fase da humanidade o tempo é 
um fator primordial para a tomada de decisões e o geoprocessamento é uma ferramenta 
extremamente eficaz nesse sentido. E não apenas torna mais ágil o tempo na tomada de decisões 
como auxilia a otimização do uso do espaço. 
Contudo temos que levar em consideração que há um elemento que torna ainda mais complexo 
nossas reflexões: a velocidade com que a sociedade modifica o espaço e a paisagem é cada vez 
maior. Os fluxos ocorrem cada vez mais rápidos, haja vista que, no século XIX as maiores 
velocidades para transporte de pessoas, por exemplo, era da locomotiva a vapor, enquanto hoje 
temos os trens balas! 
Será que nossos avanços tecnológicos em geoprocessamento acompanharão essas mudanças? 
Ou melhor, conseguiremos elaborar SIGs que abarcarão essa complexidade da sociedade e suas 
vindouras? Assista o vídeo abaixo, que são recortes do documentário de Silvio Tendler 
intituladoEncontro com Milton Santos ou O Mundo Global visto do lado de cá, no qual a partir 
das reflexões apresentadas podemos criticamente reconhecer a complexidade de reproduzir o 
real em ambiente computacional (mesmo que não haja qualquer menção ao Geoprocessamento, 
é possível perceber o quão rápida é evolução tecnológica atual assim como o quão complexa são 
as relações entre dos homens entre os homes e com o espaço na atual fase do desenvolvimento 
humano): 
http://www.youtube.com/watch?v=p6rcRR3QskM 
A questão incidente é que por ora nem os mais avançados programas e computadores 
conseguem dar suporte o espaço geográfico emambiente computacional, pois os computadores 
apenas realizam operações matemáticas e lógicas a partir de dados georreferenciados, isto é, 
por melhor elaborado que seja um SIG ele não passa de um reducionismo simplista e incompleto 
da realidade e, portanto, o papel do pesquisador e suas interpretações a respeito do espaço não 
podem ser excluídos da análise. 
Na elaboração de um SIG tanto as escolhas dos elementos e atributos necessitam do 
conhecimento do pesquisador sobre o assunto que está a ser trabalhado, assim como o 
processamento desses dados em ambiente computacional quanto à análise do produto final. 
Vamos terminando por aqui nossa breve reflexão a respeito do espaço geográfico e da ciência 
da geoinformação. Espero que vocês tenham compreendido que a complexidade de nossa 
sociedade não é abarcada por completo pelos SIGs. Outro ponto fundamental é que o 
geoprocessamento não é uma finalidade em si mesma, pois as operações lógicas e matemáticas 
realizadas em ambiente computacional são ferramentas para nossa melhor compreensão do 
espaço geográfico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
WEB AULA 2 
Unidade 1 – Técnicas de Geoprocessamento em Estudos Ambientais 
GPS: história, aplicação e princípios 
Continuando nossa web aula, vamos trabalhar um assunto muito pertinente que não foi discutido 
nem no livro da disciplina e nem nas tele aulas: o GPS. 
O termo é a sigla em inglês para Sistema de Posicionamento Global (Global Position System) e 
foi desenvolvido para uso exclusivamente das forças armadas dos EUA, mas a cada dia vem se 
tornando mais popular e não me ponho em risco ao afirmar que um dia será tão popular quanto 
são os aparelhos de celular e os computadores hoje (quem imaginaria, no início da década de 
1990, em ter um telefone móvel e um computador portátil? Para se ter uma idéia, o primeiro 
celular, lançado em 1983, custava cerca de U$ 4.000,00 e tinha cerca de 33 cm!). Não acredito 
que todos terão um aparelho de GPS propriamente dito, mas sim que o barateamento da 
tecnologia o tornará apenas mais um item presente em outros equipamentos portáteis, como 
nas máquinas fotográficas,notebooks, celulares, carros, motos e outros. De fato esse processo 
está ocorrendo. 
Vamos então começar a compreender como funciona e qual a aplicação do GPS. Em primeiro 
lugar, essa tecnologia foi desenvolvida em decorrência de nossa necessidade de se localizar e 
navegar pelo espaço. Durante a Segunda Guerra Mundial o avanço da tecnologia se estendeu à 
navegação e foram criados sistemas baseados em ondas de rádio de alta freqüência emitidas 
por estações fixas que eram captadas pelos veículos em movimento. Estes veículos, por sua vez, 
possuíam receptores que eram capazes de detectar o intervalo de tempo transcorrido entre o 
sinal de rádio emitido e sua recepção, portanto, era possível calcular as distâncias percorridas. 
Durante a Segunda Guerra Mundial foram desenvolvidos dois sistemas: o Loran (Long, Range 
Navigation – ou navegação de longo alcance) e oDecca. Apesar de sua utilidade, esses sistemas 
apresentavam limitações como, por exemplo, ao se distanciarem muito das emissoras os 
receptores não tinham mais contato. Foi desenvolvido, então, o sistema Omega, que utilizando 
ondas de baixa freqüência, conseguiu um alcance muito maior e com oito estações fixas foi capaz 
de abarcar toda a superfície do planeta. Dessa forma, os EUA passaram a utilizá-lo em detrimento 
do sistema Loran. 
A partir da corrida espacial e o lançamento do satélite soviético Sputinik em outubro de 1957 
uma nova era para a navegação teve início. No início da década de 1960 os EUA elaboraram o 
primeiro sistema de navegação por satélite, conhecido por TRANSIT ou NAVSAT (Navy Navigation 
Satellite System). Inicialmente esse sistema foi utilizado pela marinha dos EUA e se baseava no 
“Efeito Doppler”, isto é, um efeito observado nas ondas quando emitidas ou refletidas por um 
objeto em está em movimento com relação ao observador, na qual a frequência de um sinal 
emitido por uma fonte em deslocamento é alterada. O NAVSAT com apenas cinco satélites tinha 
a capacidade de realizar a cobertura de todo o planeta Terra e quando estava em operação 
chegou a operar com uma constelação de 10 satélites. Contudo o pequeno número de satélites, 
todos em órbitas baixas, além do funcionamento a partir do Efeito Doppler não proporcionava 
uma relevante precisão quando o receptor se encontrava em movimento. 
Atualmente, tanto o Loran, quanto o Decca, o sistema Omega de navegação e o NAVSAT, não 
são mais utilizados, pois foram substituídos pelo GPS. Em 1973 todo o conhecimento tecnológico 
acumulado resultou na criação de um novo sistema de navegação: NAVSTAR/GPS (Navigation 
Satellite with Time and Ranging/Global Position System) ou simplesmente GPS. Esse novo 
sistema tornou os outros obsoletos. 
Inicialmente esse sistema foi criado para fornecer a posição instantânea e a velocidade de um 
ponto sobre a superfície terrestre e era utilizado exclusivamente para fins militares. No ano de 
1980 os civis foram autorizados a terem acesso ao sistema GPS, contudo os militares, 
preocupados com o uso inadequado do sistema, criaram um sistema de navegação para uso civil 
com uma precisão muito baixa (enquanto os militares utilizavam um sistema com uma precisão 
de cerca de 1 metro os civis utilizavam um sistema em que o erro podia chegar a 100 metros). 
Foi apenas no ano 2000 que, o então presidente dos EUA, Bill Clinton, revogou o sistema com 
duas taxas de precisão, isto é, tornou o sistema aberto aos civis. 
Passemos agora a nos dedicar mais sobre o funcionamento do sistema NAVSTAR/GPS. 
Global Position System 
Vamos observar algumas características do sistema GPS. 
Em primeiro lugar, o GPS é um sistema e um sistema é uma coleção ou arranjo de entidades ou 
coisas que estão conectadas ou relacionadas de modo que formam uma unidade. 
Portanto um sistema envolve a entrada, o processamento e saída. No caso especifico do GPS, o 
sistema pode ser sintetizado da seguinte maneira, conforme José Antonio M.R. Rocha (2003): 
 Entradas: sinal do satélite com as informações básicas para o cálculo da posição; 
 
 Processamento: cálculo da posição, realizado pelos receptores, e cálculo processado pelo 
segmento de controle dos parâmetros orbitais do satélite; e 
 
 Saídas: a posição exata de uma entidade na superfície da terra. 
Um receptor GPS tem como objetivo a determinação contínua da posição geográfica onde ele se 
encontra, mesmo que esteja em movimento. As posições são chamadas de pontos e constituem 
os dados para a navegação. Os pontos são considerados entidades, isto é, um objeto que tem 
existência própria. As entidades são descritas por seus atributos, que, por sua vez, são 
elementos que agregam informações à entidade. 
A posição geográfica é, portanto, uma entidade e pode ter os seguintes atributos: nome (ou um 
número), latitude, longitude, altitude (ou profundidade), sistema geodésico, algum comentário, 
símbolo, etc. Veja o exemplo abaixo (ROCHA, 2003): 
Nome: Boial 
Latitude: s 07º 48’ 56.9’’ 
Longitude: w 34º 50’ 05.7’’ 
Profundidade: 0 metros 
Sistema Geodésico: Córrego Alegre 
Comentário: Bóia principal da armadilha de pesca 
O sistema NAVSTAR/GPS, assim como já foi descrito anteriormente, foi desenvolvido pelos 
militares estadunidenses. Ele oferece auxílio à navegação em três dimensões (latitude, longitude 
e altitude) com elevada precisão, mesmo que o receptor esteja em movimento, navegação em 
tempo real, uma rede de satélites cobre todo o planeta, cobertura 24 horas e uma rápida 
obtenção das informações transmitidas pelos satélites. Tanto a posição quanto a velocidade do 
usuário, são obtidas a partir da triangulação de dados enviados pelos satélites. 
O sistema GPS é composto de três segmentos:segmento espacial, segmento de controle e 
segmento de usuários, conforme pode ser observado na figura a seguir: 
 
Segmento espacial: refere-se aos satélites artificiais da Terra, que emitem sinais 
eletromagnéticos. O NAVSTAR/GPS é composto de 24 satélites operacionais, orbitando a uma 
altitude de 20.200 km, em seis órbitas e com uma inclinação, em relação ao plano equatorial, 
de 55º. Existem sempre ao menos quatro satélites visíveis acima do horizonte para que se possa 
determinar qualquer ponto e cada um demora 11horas e 58 minutos para dar uma volta completa 
ao redor da Terra. 
 
Segmento de Controle: refere-se ao responsável pelo monitoramento, geração, correções e 
avaliações de todo o sistema. É constituído por cinco estações de rastreio, três antenas e ainda 
uma estação principal (que se localiza em Colorado Springs, em Colorado – EUA). Este segmento 
informa aos satélites as informações sobre a órbita que devem tomar além de sincronizar os 
relógios. 
Segmento dos Usuários: é constituído por aqueles que utilizam o GPS, isto é, é composto por 
um número ilimitado de receptores espalhados pelo mundo todo. Os receptores GPS apresentam 
tipicamente uma antena, circuitos eletrônicos e um mostrador. Alguns apresentam um teclado e 
canal serial (para a saída de dados destinados a outro equipamento eletrônico). 
 Princípio de Funcionamento do GPS 
Já trabalhamos de forma geral o princípio de funcionamento do GPS, mas vamos agora nos 
aprofundar um pouco mais no assunto e buscar compreender o motivo de eventuais imprecisões 
na marcação dos pontos. 
Um receptor mede a distância entre ele mesmo e três satélites, usando tais distâncias como 
raios de três esferas, cada uma com um satélite ao centro. À determinação da altitude é 
necessário o contato com um quarto satélite. O receptor tem que reconhecer as localizações dos 
satélites e para tanto, uma lista de posições, conhecida como almanaque, é transmitida de cada 
satélite para os receptores. Observe na figura abaixo a triangulação realizada por três satélites 
para determinação de um ponto: 
 
Diversos fatores podem influenciar na precisão das medidas. Pode, inclusive, haver erros na 
determinação da posição de um satélite, em função do desvio de órbita e do atraso com que 
esse desvio é detectado pelas estações de controle. 
Os receptores de uso civil processam continuamente o cálculo da posição a partir de uma banda 
do espectro eletromagnético (banda UHF com frequência de 1.575 MHz) tipo “linha-de-visada”, 
isto é, obstáculos entre o receptor e o céu interferem na precisão. 
Quando os sinais eletromagnéticos emitidos pelos satélites atravessam a atmosfera terrestre, 
sua velocidade é afetada por partículas ionizadas e pelo vapor de água existente na atmosfera, 
o que diminui também a precisão das medidas. 
É chamada de Diluição da Precisão (DOP), ou coeficiente de rigidez, a influência da geometria 
da constelação de satélites na acurácia das coordenadas. O DOP é uma grandeza adimensional, 
isto é, sem unidades associadas que tem por objetivo a contínua avaliação da melhor ou pior 
distribuição de satélites acima do horizonte. Caso um receptor esteja sob quatro satélites que 
estão na mesma região do céu, sua geometria será pobre, pois todas as medidas serão 
provenientes da mesma região do céu. A reflexão do sinal em algum objeto é outro fator que 
compromete a precisão, pois o receptor entende que o satélite está mais longe do que na 
realidade ele se encontra e o erro causado normalmente é de cerca de 2 metros. Observe as 
figuras abaixo: 
 
Fonte: CUGNASCA, Carlos E.; PAZ, Sérgio M. O sistema de posicionamento global (GPS) e suas 
aplicações. 
Existe uma técnica chamada DGPS (differential GPS) que é usada em tempo real ou no pós-
processamento para remover a maioria dos erros no uso de GPS. Consiste em um receptor 
estacionário sobre um ponto de coordenadas já conhecidas. Esse receptor de referência utiliza 
os dados dos satélites e determina sua posição. Comparando com a sua posição real (que já é 
previamente conhecida) ele pode determinar o erro a que está sujeito o sinal enviado por cada 
satélite a vista, dessa forma, é possível uma precisão entre 2m – 5m. 
Atualmente novos sistemas de GPS estão sendo desenvolvidos. Os europeus estão testando 
desde 2006 satélites do Sistema Galileo, que será composto de uma constelação de 30 satélites 
e terá maior precisão que o atual NAVSTAR/GPS. O Galileo e o NAVSTAR não serão os dois únicos 
sistemas de GPS. Os russos possuem um sistema chamado de GLONASS e os chineses possuem 
o sistemaCompass. O sistema russo e o chinês, assim como o NAVSTAR/GPS são originalmente 
militares, diferentemente do Galileo que é de natureza civil. 
A partir das informações discutidas sobre o GPS nessa web aula, assista aos vídeos abaixo, nos 
quais é possível observar o funcionamento e aplicações do uso de GPS: 
< https://www.youtube.com/watch?v=RszVbOVhL_0 > 
 < https://www.youtube.com/watch?v=_8F2T2oTPZ8&feature=fvw > 
Espero que essas palavras tenham despertado seu interesse em estudar mais sobre o assunto! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Av1 - Gest. Ambiental - [dp] 
Cartografia e Geoprocessamento Ambiental 
1) De acordo com Camara e Davis (2001), o geoprocessamento 
enquanto disciplina utiliza técnicas: 
c) Matemáticas e computacionais para o tratamento da informação geográfica e que 
vem influenciando de maneira crescente as áreas de Cartografia, Análise de Recursos 
Naturais, Transportes, Comunicações, Energia e Planejamento Urbano e Regional
 
2) Sobre o conceito de paisagem, esta existe a partir de suas formas, que, 
por sua vez, são criadas em momentos históricos diferentes, contudo 
coexistindo no momento atual, com uma função atual, como resposta às 
necessidades atuais da sociedade. Sendo assim, a paisagem: 
c) É carregada de fragmentos materiais de sucessivos passados, permitindo supor um 
passado que, para ser interpretado, é necessária a retomada da história que esses 
fragmentos que representam a história que a sociedade escreveu em um momento. 
 
3) A sigla G.P.S em português significa: 
d) Sistema de Posicionamento Global 
 
4) O sistema GPS é composto por três segmentos: 
b) Segmento espacial, segmento de controle e segmento de usuários
 
5) No início da década de 1960 os EUA elaboraram o primeiro sistema 
de navegação por satélite, conhecido como: 
a) TRANSIT OU NAVSAT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
WEB AULA 1 
Unidade 2 – Técnicas de Geoprocessamento em Estudos Ambientais 
Corrida Espacial e lançamento de satélites 
Nesta web-aula teremos a oportunidade de nos aprofundar em um tema que brevemente 
foi discutido na página 103 de nosso livro da disciplina, que é a questão dos satélites 
artificiais. Portanto, serão trabalhados com maior ênfase os tipos de órbitas e os 
principais satélites disponíveis e suas diferentes aplicações. A pertinência do assunto é 
resultado da quantidade de satélites disponíveis, portanto temos que levar em 
consideração que suas diferentes características resultam em diferentes aplicações, 
dessa forma, um de nossos objetivos é discutir que muitas vezes não é possível dizer 
que este satélite é melhor que outro, mas sim que este é mais apropriado para 
determinado estudo do que outro. 
Para melhor compreensão desta web aula é importante que você tenha disponível a 
Unidade 3,Fundamentos de Sensoriamento Remoto, de nosso livro da disciplina. Leia ou 
releia os fundamentos principais da unidade, como a classificação de sistemas sensores 
e assinatura espectral. 
Em primeiro lugar um satélite pode ser definido como qualquer objeto, natural ou não, 
que dá voltas em torno de um planeta em trajetos circularesou elípticos, ligados por 
forças gravitacionais, assim como a Lua ou a constelação de satélites do NAVSTAR/GPS 
que estudamos na web aula 02. 
O avanço tecnológico dos satélites, assim com no caso do GPS, está diretamente ligado 
a questão militar. Para compreender o desenvolvimento dos satélites temos que nos 
remeter ao fim da Segunda Guerra Mundial. Ao término do conflito direto entre as nações 
um novo tipo de conflito iniciou-se, contudo marcado por um caráter político-ideológico 
entre as duas maiores potências da época, os EUA e a URSS, que ficou conhecido como 
Guerra Fria. Esse novo cenário de disputa foi marcado por um jogo de pressões e 
contrapressões e os conflitos armados ficaram restritas a áreas de influência de cada 
potência e não em seus territórios, haja vista que o conflito direto entre eles poderia 
resultar em uma catástrofe nuclear. A disputa entre os EUA capitalista e URSS socialista 
ocorreu em todos os campos da atividade humana: economia, política, cultura, 
propaganda, ciência, técnica, esportes e na astronáutica. 
O período da Guerra Fria se por um lado alertava a humanidade para um possível 
confronto direto entre as duas potências, por outro resultou em um dos mais bem 
afortunados avanços tecnológicos da história: a corrida espacial. E os comunistas 
tiveram os primeiros resultados satisfatórios. 
Em 04 de outubro de 1957 os soviéticos lançaram ao espaço o satélite Sputinik 1, um 
satélite muito simples em comparação com os que hoje são fabricados. No mesmo ano 
eles enviaram ao espaço a cadela Laika, o primeiro ser vivo terrestre a estar no espaço. 
Em 1959, novamente os soviéticos, lançaram a nave não-tripuladas com as sondas Lunik 
1, 2 e 3 transmitindo as primeiras fotos espaciais do planeta e da chamada “face oculta 
da Lua”. Contudo um dos maiores feito foi enviar Iuri Gagárin, o primeiro homem a 
circundar a Terra em um voo orbital, em 12 de abril de 1961. 
Os êxitos da URSS suscitaram a disputa do espaço com os EUA. A pressão popular e 
política dos estadunidenses foram imediatas perante o feito soviético e um amplo 
investimento foi realizado para que o desenvolvimento nessa área do conhecimento fosse 
superior ao soviético. De fato, em 1962 os EUA enviaram John Glenn ao espaço e na 
mesma década de 1960 iniciaram o projeto Apolo que culminou com a chegada do 
homem à Lua em 16 de julho de 1969. 
A disputa espacial entre as duas potências da Guerra Fria foi marcada por objetivos 
belicistas e pela necessidade de demonstração ao oponente de sua superioridade técnica 
e tecnológica. Se por um lado o mundo capitalista e socialista mostrava um ao outro seu 
desenvolvimento técnico aeroespacial, por outro intimidavam o oponente, pois se eram 
capazes de lançar foguetes ao espaço eram também capazes de lançar mísseis 
intercontinentais. Mas de toda forma, os avanços nas áreas de comunicação, 
sensoriamento remoto e telemetria (localização e navegação) sofreram um rápido 
desenvolvimento. 
A população civil começou a ter os benefícios diretos do uso da tecnologia dos satélites 
no decorrer da década de 1980, principalmente quando o bloco soviético começou a dar 
sinais de enfraquecimento. Paulatinamente esses benefícios passaram a ser mais 
acessíveis à população em geral e atualmente dispomos, inclusive, de imagens de 
satélites gratuitas. É interessante notar também que a tecnologia desenvolvida para a 
manutenção da tripulação a bordo das espaçonaves, assim como alguns materiais para 
a construção dos foguetes e roupas espaciais atualmente são utilizados em nosso 
cotidiano, desde o forno de microondas, velcro, teflon, até as lentes de óculos resistentes 
a arranhões e roupa de bombeiro! Acesse o site: http://ciencia.hsw.uol.com.br/10-
tecnologias-nasa11.htm e observe 10 tecnologias desenvolvidas pela NASA que são 
utilizadas em nosso cotidiano. 
Vamos agora buscar compreender as características principais dos satélites. 
Os satélites podem ser divididos em duas partes principais: 
 Carga útil: são os sensores, câmeras, transmissores, experimentos científicos. 
 Plataforma: parte necessária para suportar o lançamento e sustentar a operação 
da carga útil. 
O lançamento de um satélite e o fato dele ser colocado em órbita é um evento delicado, 
pois o satélite necessita ser arremessado a uma velocidade tal que a força da gravidade 
não seja suficiente para fazê-lo aterrissar. Por exemplo: digamos que ao arremessar 
uma bola você seja capaz de fazê-la percorrer um caminho de cerca de 30 metros e 
então ela cai no chão, atraída pela força gravitacional. Esse caminho que ela percorreu 
pode ser compreendido como um curto espaço em que a bola esteve em órbita. Caso 
você dispare essa bola com uma força muito maior, como por exemplo, de um pequeno 
canhão, e ela consiga percorrer alguns poucos quilômetros antes de atingir o solo, a 
órbita percorrida foi maior. Com uma velocidade inicial muito grande, você seria capaz 
de fazer o caminho percorrido pela bola ser grande o suficiente para que ela seguisse a 
curvatura da Terra antes de atingir o chão. Se você aumentar ainda mais a velocidade 
de lançamento haverá um momento em que a bola não mais voltará ao solo, isto é, 
estará em órbita. Para observar a velocidade necessária para que um objeto entre em 
órbita, acesse este link: 
http://br.geocities.com/saladefisica3/laboratorio/lancamento/lancamento.htm e escolha 
a velocidade no applet e pressione Fire. 
Para que qualquer corpo possa escapar da atração gravitacional da Terra a velocidade 
de escape(ou de fuga) deve ser de 40.320 km/h em um trajeto parabólico. Podemos 
notar que a energia necessária é realmente alta. Assista ao vídeo e observe o lançamento 
do foguete brasileiro: 
http://www.youtube.com/watch?v=KJeTW-laTa4 
Se quiser mais informações sobre o programa espacial brasileiro acesse o site da Agencia 
Espacial Brasileira: www.aeb.gov.br, onde é possível ter informações sobre os satélites 
brasileiros e veículos lançadores. Vamos voltar agora a discutir sobre os satélites de 
forma geral. 
Ao chegar à órbita o satélite passa a ser atraído constantemente pela gravidade do 
planeta, isto é, fica em queda constante. Sem a atração gravitacional ele seria levado 
para o espaço afora, dessa forma, é necessário que a velocidade com a qual ele se 
encontra seja equilibrado com a força gravitacional. É chamada de velocidade orbital a 
velocidade necessária para que se alcance esse equilíbrio, que é de aproximadamente 
27.359 km/h a uma altitude de 242 km. Caso a velocidade seja excessiva, o satélite 
tende a sair da órbita, à deriva no espaço, mas se for inferior o satélite será atraído pela 
força gravitacional e cairá na superfície do planeta. 
A velocidade orbital depende da altitude na qual está o satélite. Quanto mais baixa a 
órbita, maior a velocidade necessária. 
Os satélites descrevem órbitas elípticas ou circulares que, portanto, são regidas pelas 
leis da mecânica celeste desenvolvida por Johanes Kepler (1571-1630). As leis de Kepler 
foram elaboradas para conceituar o movimento dos planetas. 
A primeira Lei de Kepler, chamada de Lei das Órbitas, afirma que os planetas 
descrevem órbitas elípticas, das quais o Sol ocupa um dos focos. Em primeiro lugar a 
elipse não é apenas uma oval, mas uma curva geometricamente definida por dois pontos 
conhecidos como foco. Segundo essa lei, a distância de um planeta do Sol varia de acordo 
com sua órbita, determinando a existência de um ponto de maior proximidade e maior 
afastamento do Sol. O ponto mais próximo de um planeta do Sol é chamado de Periélio 
e o ponto de maior afastamento é chamado de Afélio. No caso dos satélites, é chamado 
de Perigeu (ou periastro) o ponto de maior proximidade com a Terra e de Apogeu o 
ponto de maior afastamento. Os termos perigeu e apogeu não se referem apenasaos 
satélites e à Terra, mas qualquer corpo que gravite ao redor de outro (com exceção ao 
Sol, que é denominado de afélio e periélio). Observe o Perigeu e Apogeu na figura abaixo: 
 
Extraído e adaptado 
de: http://www.dca.iag.usp.br/www/material/satelite/aula_1_orbitas.pdf 
Acesso em: 22 set. 2009. 
A Segunda Lei de Kepler, chamada de Lei das Áreas afirma que a reta que une o Sol 
a um planeta percorre áreas iguais em tempos iguais, isto é, refere-se à velocidade de 
rotação dos planetas, que não é uniforme. Os planetas têm a velocidade aumentada 
quando se aproximam do periélio e diminuída quando se aproximam do afélio. Observe 
a figura abaixo: 
 
Órbita da Terra ao redor do Sol 
Extraído e adaptado 
de: http://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/GravitacaoUniversal/lk.php. 
Acesso em: 22 set. 2009 
Na figura acima podemos perceber que a Terra ao se aproximar do Sol, que está 
ocupando um dos focos da elipse, aumenta sua velocidade. A área A1 é igual a área A2, 
mas a distância entre os pontos A e B são maiores que entre os pontos C e D e o tempo 
gasto para percorrer essas distâncias (Δt) é o mesmo. 
A Terceira Lei de Kepler, chamada de Lei dos Tempos afirma que o quadrado do 
período de qualquer planeta é proporcional ao cubo do semi-eixo maior da sua órbita, 
ou seja, os planetas com órbitas mais alongadas se movem mais lentamente ao redor 
do Sol, isso implica que a força gravitacional entre o Sol e o planeta diminui com a 
distância. Mas qual a importância das leis de Kepler para o entendimento dos satélites? 
Para se definir uma órbita completamente, são necessários não somente tamanho e 
forma dos satélites, mas também a orientação do plano de órbita no espaço. O 
posicionamento dos satélites, que é o movimento do satélite no espaço em relação à 
Terra, depende do conjunto de elementos que o posicionam completamente em sua 
órbita e são conhecidas como elementos keplerianos, em referência as leis supracitadas. 
Não apenas as leis de Kepler são necessárias para o lançamento de satélites em órbita, 
mas as três Leis de Isaac Newton também. As três leis de Newton afirmam que: 
1º. Lei da Inércia: Um corpo livre da ação de forças permanece em repouso (se já 
estiver em repouso) ou em movimento retilíneo uniforme (se já estiver em movimento); 
2º. Lei do Princípio Fundamental da Dinâmica: A força resultante do conjunto das 
forças que atuam em um corpo produz nele uma aceleração com a mesma direção e o 
mesmo sentido da força resultante, que é maior quanto maior for a intensidade da força 
resultante; 
3º. Lei da Ação e Reação: Se um corpo A aplicar uma força sobre um corpo B receberá 
deste uma força de mesma intensidade, mesma direção e sentido oposto à força que 
aplicou em B. 
Se essas leis da física parecem complicadas convido você a acessar um excelente site 
educativo que explica de forma muito didática não apenas as leis aqui muito brevemente 
explicadas, mas os processos necessários para o lançamento de satélites, os subsistemas 
de um satélite, as leis de Kepler e Newton e inclusive há jogos educativos sobre como 
utilizar essas leis para fazer um satélite se acoplar à Estação Espacial Internacional! O 
site é o:http://www6.cptec.inpe.br/~grupoweb/Educacional/MACA_SSS/ desenvolvido 
pela Agência Espacial Brasileira (AEB) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais 
(INPE). Esse site foi desenvolvido para alunos em idade escolar, por isso a interface dele 
é apropriada a essa faixa etária, contudo o conteúdo é o mesmo que estamos discutindo 
em nossa web aula e vai além. 
Para finalizar essa web aula, assistam a animação do lançamento do satélite GeoEye-1: 
http://www.youtube.com/watch?v=C5wN9dp5Dhw&feature=related 
WEB AULA 2 
Unidade 2 – Técnicas de Geoprocessamento em Estudos Ambientais 
Satélites: tipos de órbitas e principais usos 
Vamos agora nos aprofundar um pouco nos assuntos que foram trabalhados entre as 
páginas 102 a 104 do nosso livro da disciplina, isto é, os tipos de órbitas dos satélites, 
os tipos de satélites e os principais satélites artificiais utilizados pelos diferentes 
pesquisadores. 
Passamos agora a discutir sobre os tipos de órbitas de satélites, pois essa é uma 
característica muito importante, haja vista que auxilia a determinar a aplicação que os 
satélites podem vir a ter. 
Primeiramente a órbita de um satélite pode ser caracterizada a partir da altitude que o 
mesmo se encontra, como pode ser observado na tabela abaixo: 
Órbita Altitude 
Órbitas baixas 320 a 800 km (Low Earth Orbit – LEO); 
Órbitas médias 1000 a 1500 km (Médium Earth Orbit – MEO); 
Órbita geoestacionária equatorial 35.786 km 
Órbitas altas acima de 35.786 km (High Earth Orbit – HEO) 
Vamos agora observar a classificação das órbitas a partir de seu posicionamento, que 
pode ser: Geoestacionárias, Polares e Héliossíncronas: 
Órbita Geostacionária 
Esse tipo de órbita tem como característica o fato do satélite sempre estar posicionado 
no mesmo ponto de referência da Terra, isto é, um observador estático abaixo do satélite 
sempre o terá sobre si. Muitos satélites geoestacionários estão acima de uma faixa ao 
longo do equador, com altitude de aproximadamente 35.786 km, ou quase um décimo 
da distância até a Lua. Dessa forma apresenta o período de rotação coincidente com o 
período sideral de rotação da Terra, isto é, gira com a mesma velocidade de rotação da 
Terra. O sentido da órbita é o mesmo da rotação do planeta e a excentricidade da órbita 
deve ser nula. Assista aos vídeos abaixo para observar a órbita geoestacionária (o 
segundo vídeo está em espanhol): 
 
http://www.youtube.com/watch?v=R1RNvtQ48DU&feature=related 
O satélite pode obter imagens de aproximadamente 70º de latitude, mas na prática, as 
deformações relacionadas à curvatura da Terra limita essa área a cerca de 55º de 
latitude. 
Há fatores que influenciam esse caráter estacionário, como o campo gravitacional 
terrestre que não é homogêneo, portanto a órbita deve ser constantemente ajustada. 
Alguns autores consideram que as órbitas são Geoestacionária quando o satélite tem 
inclinação e excentricidade de órbita igual a zero, caso ele venha a ter inclinação orbital, 
sua órbita passa a ser chamada de geosíncrona. Em algumas referências podem ser 
consideradas sinônimos. 
Como as áreas em que os satélites geoestacionários podem se localizar são restritas, 
atualmente podemos considerar que há um “congestionamento” nessa área do céu. As 
órbitas geoestacionárias são, sobretudo, utilizadas pelos satélites meteorológicos e de 
comunicação. Com os avanços nessas áreas é fácil de compreender que cada vez mais 
são utilizados esses tipos de satélites. Os satélites de comunicação, como os de televisão, 
permitem que nossas antenas parabólicas sejam postas em uma posição fixa, devido ao 
tipo de órbita. 
Tamanha a quantidade de satélites situados nessa faixa que eles precisam ser muito 
bem posicionados, a fim de evitar interferência nos outros satélites e quiçá uma colisão. 
Os satélites geoestacionários meteorológicos mais conhecidos são: 
 Meteosat (Europa – link: http://www.eumetsat.int/Home/index.htm); 
 GOES (EUA – link: http://www.goes.noaa.gov/); 
 GSM (Japão – link: http://www.jma.go.jp/en/gms/); 
 GOMS (Rússia – link: http://sputnik.infospace.ru/goms/engl/goms_e.htm); 
 INSAT (Índia – link: http://www.imd.gov.in/section/satmet/img/sanew.htm) 
Nos links acima é possível observar imagens dos referidos satélites. No Brasil, a página 
do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas 
Espaciasi (CPTEC-INPE:http://satelite.cptec.inpe.br/home/) é possível visualizar 
imagens da América do Sul dos satélites GOES, MSG, NOAA, AQUA e TERRA, assim como 
ter acesso a mais informações sobre esses satélites, suas órbitas e sistemassensores. É 
necessário realizar uma observação: dos satélites disponíveis no último link apenas o 
MSG e o GOES têm órbita geoestacionária. 
Órbita Polar 
A órbita polar é descrita por satélites que descrevem trajetórias orbitais no sentido norte-
sul, isto é, perpendiculares ao equador. Diferentemente das órbitas geoestacionárias, as 
polares têm uma capacidade de cobertura da área do planeta muito maior, haja vista 
que a baixa altitude a alta velocidade de deslocamento resulta em diversas órbitas 
completas em um único dia. Em média um satélite com órbita polar completa 15 órbitas 
diárias. 
A trajetória em sentido norte-sul do satélite e o movimento de rotação da Terra em 
sentido oeste-leste resulta em uma cobertura praticamente completa do planeta. 
Diversos tipos de satélites têm esse tipo de órbita, desde satélites meteorológicos até 
satélites de imageamento para sensoriamento remoto. Observe na figura a baixo um 
exemplo de órbita polar: 
 
Extraído de: http://br.geocities.com/redescefetpi/feitos/satelites/orbita.htm. Acesso 
em: 23 set. 2009. 
Imagine a figura acima em movimento, com o satélite se movimentando em sentido 
norte-sul e a Terra em movimento oeste-leste. As faixas brancas são as áreas cobertas 
pelo satélite. O satélite da imagem é o IKONOS, da instituição estadunidense GeoEye Um 
mesmo local é revisitado por esse satélite a cada 3 dias! 
Há um tipo de órbita polar que apresenta uma característica em especial, são 
sincronizadas com o Sol. Sua velocidade de deslocamento perpendicular ao plano do 
Equador é calculada para que sua posição angular se mantenha constante ao longo do 
ano. Esse tipo de órbita é chamada de Heliossíncrona. 
Órbita Heliossíncrona 
É um tipo de órbita polar ou quase polar em sincronia com o Sol. O resultado é que a 
uma latitude determinada, a posição do Sol no céu será a mesma sempre que o satélite 
passar por aquele local. A vantagem é que a toda passagem será assegurada a 
iluminação consistente do local imageado. 
Por exemplo, o satélite sino-brasileiro CBERS tem como horário de passagem às 
10h30min. A órbita heliossíncrona deste satélite está situada a uma altitude de 778 Km, 
e executa cerca de 14 revoluções por dia, sempre cruzando o equador na mesma hora 
local. Em 26 dias toda a cobertura do planeta Terra é realizada. Contudo é necessário 
verificar que o CBERS possui três câmeras com campos de visadas diferentes: a CCD e 
a IRMSS que possuem, respectivamente, um campo de visada de 113 e 120 km e a 
câmera WFI com campo de visada de 890 km, portanto as duas primeiras têm 26 dias 
de resolução temporal enquanto a última em 5 dias recobre todo o planeta. Observe 
abaixo a órbita do CBERS: 
 
Esse tipo de órbita, além da garantia da iluminação, permite a realização de mosaico 
com uma continuidade da imagem com a mesma iluminação. O ponto que foi imageado 
pode ser unido ao ponto imageado ao lado de forma que não haja diferenças na 
continuidade da imagem final. 
Essas informações sobre as órbitas dos satélites são importantes para, por exemplo, a 
aquisição de uma imagem para realização de um trabalho. Todo satélite tem um sistema 
de referência baseada em órbitas e pontos e com um mapa das faixas imageadas é 
possível escolher o ponto que se quer obter. Vamos observar o sistema órbita-ponto do 
CBERS na figura abaixo: 
 
A figura acima representa a grade sistema órbita-ponto do satélite CBERS. Os pontos 
em vermelho, mais visíveis na ampliação, vão de 147 até 194 na América do Sul no 
sentido leste-oeste e representam as órbitas, isto é, as faixas recobertas pelo satélite 
em cada passagem; os pontos são os números em vermelho, em sentido sul-norte, e 
vão de 145 até 90 (para obter essa imagem em arquivo shape ou PDF, 
acesse: www.dgi.inpe.br e posteriormente clique sobre o link arquivos e documentos. É 
possível obter também a grade do satélite Landsat). O círculo na imagem corresponde à 
área de abrangência da estação de recepção de Cuiabá/MT. 
Cruzando as órbitas e pontos podemos selecionar o quadrante de uma imagem, por 
exemplo: queremos uma imagem que contemple o norte da Ilha do Bananal, que está 
situado na órbita 161 e no ponto 111. No site de catálogo de imagens do INPE 
(http://www.dgi.inpe.br/CDSR/) é só inserir esses dados para visualizar a imagem. 
Pois bem, já que a partir da compreensão da órbita heliossíncrona enfatizamos o projeto 
sino-brasileiro CBERS, assista ao vídeo abaixo para ter maiores informações sobre o 
programa: 
http://www.youtube.com/watch?v=XWqXUiMt8dU 
Tipos de Satélites 
No decorrer desta aula você deve até se perguntado: qual o melhor satélite que existe? 
A resposta é simples: depende do objetivo de seu trabalho. 
Muitas vezes as pessoas imaginam que o melhor satélite é o que tem a melhor resolução, 
porém, melhor resolução implica em mais informações que na prática é uma imagem 
que ocupa um maior espaço. Por exemplo, uma imagem de baixa resolução de uma 
grande área pode utilizar menos espaço de no disco rígido do que uma imagem de alta 
resolução de uma área menor. Caso seu estudo contemple uma área muito grande (a 
bacia do rio Paraná, por exemplo) e você queira trabalhar com imagens de um satélite 
de alta resolução (como o QuickBird, que tem 0,6 metros de resolução) terá um gasto 
enorme de dinheiro (cerca de R$1.500,00 cada 25km2 – caso não saiba, a bacia do rio 
Paraná tem cerca de 1,5 milhões de Km2) e necessitará de um equipamento que seja 
capaz de armazenar tanta informação. Dessa forma é muito mais viável trabalhar com 
imagens de menor resolução. 
Imagens de maior resolução são aplicadas em estudos que necessitam de um maior 
detalhamento, como estudos em sobre áreas urbanas. Estudos atmosféricos não 
necessitam de informações a respeito da superfície, por isso as bandas espectrais de 
satélites para meteorologia realizam o imageamento da umidade, por exemplo. Sensores 
de microondas, como os radares, têm a capacidade de adquirem imagens a qualquer 
hora, independente da cobertura de nuvens e são importantes para estudos geológicos 
e oceanográficos. 
Vamos observar agora os tipos de satélites: 
Satélites Meteorológicos: auxiliam os meteorologistas a prever e monitorar o tempo 
atmosférico. Permite aquisição de imagens do clima da Terra e podem ser tanto de órbita 
geoestacionária quanto polar; 
Satélites de Comunicação: são satélites estacionários utilizados em telecomunicação; 
Satélites de Transmissão: enviam sinais de televisão de um ponto a outro (similar aos 
satélites de comunicação); 
Satélites Científicos: executam uma variedade de pesquisas e missões científicas, 
assim com o satélite espacial Hubble; 
Satélites de Navegação: auxiliam a navegação, como por exemplo, os satélites GPS 
que vivos na web aula 2; 
Satélites de Resgate: respondem a sinais de rádio que pedem socorro; 
Satélites de Observação Terrestre: podem ter diversas finalidades, desde 
imagemento para monitoramento, aplicações em previsão do tempo e estudos 
climáticos, mapeamento, etc. Não correspondem ao uso militar; 
Satélites Militares: não é possível saber exatamente quais as tecnologias e aplicações 
são destinados, haja vista que suas verdadeiras aplicações são segredo. 
Espero que essas informações possam ter sido úteis, assim como ter despertado um 
maior interesse por esse fascinante tema. Se quiser obter maiores informações sobre os 
mais importantes satélites que atualmente estão em operação, 
acesse: http://www.sat.cnpm.embrapa.br/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Av2 - Gest. Ambiental - [dp] 
Cartografia e Geoprocessamento Ambiental 
1) O avanço tecnológico dos satélites, assim com no caso do GPS, está 
diretamente ligado à questãomilitar. Sobre o assunto analise as assertivas a 
seguir e assinale a alternativa correspondente: 
I - Os Soviéticos obtiveram os primeiros grandes resultados satisfatórios, como o 
primeiro satélite lançado, o envio do primeiro ser vivo e o primeiro humano ao espaço. 
II - Os Estados Unidos obtiveram os primeiros grandes resultados satisfatórios, como o 
primeiro satélite lançado, o envio do primeiro ser vivo e o primeiro humano ao espaço. 
III - Os Estados Unidos conseguiram enviar um ser humano à Lua antes que a União 
Soviética lançasse seu primeiro satélite. 
IV - A disputa espacial entre as duas potências da Guerra Fria foi marcada por 
objetivos belicistas e pela necessidade de demonstração ao oponente de sua 
superioridade técnica e tecnológica. 
Estão corretas apenas: 
d) I e IV
 
2) Os satélites podem ser divididos em duas partes principais: carga útil e 
plataforma. Sobre o assunto, analise as alternativas a seguir e assinale a que 
estiver incorreta: 
d) A plataforma se refere aos equipamentos que são colocados nos satélites. 
 
3) O lançamento de um satélite é uma operação complexa. Sobre o assunto, 
analise as assertivas a seguir e assinale a alternativa correspondente: 
I – Ao chegar à órbita o satélite passa a ser atraído constantemente pela gravidade do 
planeta, isto é, fica em queda constante. 
II – Quanto mais baixa for a altitude de um satélite, menor é a velocidade necessária 
para que o mesmo se mantenha em órbita. 
III – Os satélites descrevem órbitas elípticas ou circulares. 
IV – Se a velocidade orbital for excessiva o satélite tende a sair da órbita. 
Estão corretas apenas: 
d) I, III e IV 
 
4) O tipo de órbita de um satélite é uma característica muito importante, haja 
vista que auxilia a determinar a aplicação que os satélites podem vir a ter. 
Sobre o assunto, analise as alternativas a seguir e assinale a que estiver 
correta: 
a) A órbita Geoestacionária pode ser compreendida como aquela em que o satélite 
está sempre posicionado em um ponto fixo em relação à Terra, isto é, acompanha o 
movimento de rotação do planeta.
 
5) Sobre os tipos de órbitas dos satélites, analise as assertivas a seguir e 
assinale a alternativa correspondente: 
I – São consideradas como órbitas baixas aquelas situadas a uma altitude média de 
35.786 km. 
II – Como a altitude de órbita geoestacionária é restrita, atualmente há um 
"congestionamento" no céu nessa altitude. 
III – A órbita polar é descrita por satélites que descrevem trajetórias orbitais no 
sentido norte-sul, isto é, perpendiculares ao equador. 
IV – A órbita heliossíncrona é um tipo de órbita polar ou quase polar em sincronia com 
o Sol. 
Estão corretas apenas: 
c) II, III e IV

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