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Aula 5 e 6_variações e tipologia textual

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Português Instrumental
Segurança do Trabalho / Português Instrumental / Modulo I
Variações Linguísticas
	
	A variação das formas da linguagem sistemática e coerentemente. Uma nação apresenta diversos traços de identificação, e um deles é a língua. Esta pode variar de acordo com alguns fatores, tais como o tempo, o espaço, o nível cultural e a situação em que um indivíduo se manifesta verbalmente.
	
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Conceito: variedade é um conceito maior do que estilo de prosa ou estilo de linguagem. Alguns escritores de sociolinguística usam o termo “leto”, aparentemente um processo de criação de palavras para termos específicos, são exemplos dessas variações:
	Dialetos (variação diatópica?), isto é, variações faladas por comunidades geograficamente definidas.
	Idioma é um termo intermediário na distinção dialeto-linguagem e é usado para referir-se ao sistema comunicativo estudado (que poderia ser chamado tanto de um dialeto ou uma linguagem) quando sua condição em relação a esta distinção é irrelevante (sendo, portanto, um sinônimo para linguagem num sentido mais geral);
Variações Linguísticas
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Variações Linguísticas
	Socioletos, isto é, variações faladas por comunidades socialmente definidas linguagem padrão ou norma padrão, padronizada em função da comunicação pública e da educação 
	idioletos, isto é, uma variação particular a uma certa pessoa
	registros (ou diátipos), isto é, o vocabulário especializado e/ou a gramática de certas atividades ou profissões
	etnoletos, para um grupo étnico
	ecoletos, um idioleto adotado por uma casa
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Variações Linguísticas
Variações como dialetos, idioletos e socioletos podem ser distinguidos não apenas por seu vocabulário, mas também por diferenças na gramática, na fonologia e na versificação. 
Exemplo: o sotaque de palavras tonais nas línguas escandinavas tem forma diferente em muitos dialetos. Um outro exemplo é como palavras estrangeiras em diferentes socioletos variam em seu grau de adaptação à fonologia básica da linguagem.
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Variações Linguísticas
	Certos registros profissionais, como o chamado legalês, mostram uma variação na gramática da linguagem padrão. Por exemplo, jornalistas ou advogados ingleses frequentemente usam modos gramaticais, como o modo do subjuntivo, que não são mais usados com frequência por outros falantes. Muitos registros são simplesmente um conjunto especializado de termos (veja jargão).
	É uma questão de definição se gíria e calão podem ser considerados como incluídos no conceito de variação ou de estilo. Coloquialismos e expressões idiomáticas geralmente são limitadas como variação do léxico, e de, portanto, estilo.
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Tipologia e Gêneros Textuais
	Quando falamos em tipos de textos, normalmente nos limitamos a tripartição, sob o enfoque tradicional: Descrição, Narração e Dissertação. Vamos um pouco mais além no intuito de conhecer um pouco mais sobre este assunto.
	
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	Tipos Textuais
	Descrição		Narração
	Dissertação		Exposição
	Injunção
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A descrição usa procura descrever o ambiente, um ser, uma cena, uma situação.
Texto Descritivo
Texto Narrativo
	Esta é uma modalidade textual em que se conta um fato, fictício ou real, ocorrido num determinado tempo e lugar envolvendo certos personagens. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. A narrativa não busca a opinião ou ponto de vista do narrador, apenas expressar o fato narrado.
	Na narração encontramos ainda os personagens (principais ou secundários), o espaço (cenário) e o tempo da narrativa.
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	Nesse tipo de texto há posicionamentos pessoais e exposição de idéias. Tem por base a argumentação, apresentada de forma lógica e coerente a fim de defender um ponto de vista. Assim, a dissertação consiste na ordenação e exposição de um determinado assunto. 
	É a modalidade mais exigida nos concursos, já que exige dos candidatos um conhecimento de leitura do mundo, como também um bom domínio da norma culta.
	Está estruturada basicamente assim:
Idéia principal (introdução)
Desenvolvimento (argumentos e aspectos que o tema envolve)
Conclusão (síntese da posição assumida) 
	Texto Dissertativo
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	Texto Injuntivo
	Este tipo de texto indica como realizar uma determinada ação. Ele normalmente pede, manda ou aconselha. Utiliza linguagem direta, objetiva e simples. 
	Bons exemplos deste tipo de texto são as receitas de culinária, os manuais, receitas médicas, editais, etc..
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	Gêneros Textuais
	Muitos confundem os tipos de texto com os gêneros. No primeiro, eles funcionam como modos de organização, sendo limitados. No segundo, são chamados textos materializados, encontrados em nosso cotidiano. 
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	A Redação Técnica
	Por essa introdução, você pode pensar que redação técnica é algum bicho-de-sete-cabeças. Não é. Na verdade, os princípios básicos em que se assenta são os mesmo de qualquer tipo de comunicação (clareza, correção, coerência, ênfase, objetividade, ordenação lógica, etc..), embora sua estrutura e seu estilo apresentem algumas características próprias.
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A Redação Técnica
Na definição sumária de Margaret Norgaard, “é qualquer espécie de linguagem escrita que trate de fatos ou assuntos técnicos ou científicos, e cujo estilo “não deve ser diferente de outros tipos de composição’’. 
É necessariamente objetiva quanto ao ponto de vista.
Não há espaço aqui para tratarmos do que “achamos”, mas do que os fatos apontam.
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A bem dizer, todo composição que deixe em segundo plano o feitio artístico da frase, preocupando-se de preferência com a objetividade, a eficácia e a exatidão da comunicação, pode ser considerada como redação técnica. 
Neste caso, a redação oficial, a correspondência comercial e bancária, os papéis e documentos notariais e forenses constituem redação técnica, Entretanto, parece conceito pacifico o de que tal expressão designa apenas aquelas formas de comunicação escrita incontestável caráter cientifico, e especialmente da área das ciências experimentais. É nesse sentido restrito que passamos a empregar as expressões equivalentes redação técnica ou redação científica.
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	TIPOS DE REDAÇÃO TÉCNICA OU CIENTÍFICA
	Há diversos tipos de redação técnica: as descrições e narrações técnicas propriamente ditas, os manuais de instrução, os pareceres, os relatórios, as teses e dissertações científicas (monografias em geral) e outros. Alguns não chegam a ter individualidade própria, já que são sempre parte de outros, como as duas primeiras citadas e mais o sumário científico. O mais importante de todos, entretanto, é o relatório, não só porque há dele várias espécies mas também porque, dada a sua estrutura, nele se pode incluir um grande número de trabalhos de pesquisas usualmente publicados em revistas científicas sob a denominação genérica de “artigos”.
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O estudo da estrutura e das características formais dos diferentes tipo de redação técnica exigiria um desenvolvimento que esta obra já não pode comportar, pois além das prescrições de ordem geral, seria indispensável apresentar
certo número de modelos comentados. Em virtude disso, vamos limitar-nos à descrição técnica, que está presente em todos os tipos de redação científica, e ao relatório.
TIPOS DE REDAÇÃO TÉCNICA OU CIENTÍFICA
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	DESCRIÇÃO DE OBJETO OU SER
	A descrição técnica apresenta, é claro, muitas das características gerais da literária. Porém, nela se sublinha mais a precisão do vocabulário, a exatidão dos pormenores e a sobriedade de linguagem do que a elegância e os requisitos de expressividade linguística. A descrição técnica deve esclarecer, convencendo; a literária deve impressionar, agradando. Uma traduz-se em objetividade; a outra sobrecarrega-se de tons afetivos. Uma é predominante denotativa; a outra. Predominantemente conotativa.
	
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	DESCRIÇÃO DE OBJETO OU SER
A descrição técnica pode aplicar-se a objetos (sua cor, forma, aparência, dimensões, pesos, etc.), a aparelhos ou mecanismos, a processos (funcionamento de mecanismos, procedimentos, fases de pesquisas). A fenômenos, fatos, lugares, eventos.
Mas nenhum desses temas lhe é exclusivo; eles podem sê-lo também da literária. O que, então, distingue essas duas formas de composição é o objetivo e o ponto de vista: a descrição que Eça de Queirós faz da sala de Jacinto - segundo o exemplo que oferecemos em Par. 3.3.1.6 – é bem diversa, quando ao objetivo, da que faria um policial encarregado de descrevê-la num relatório, se nela tivesse ocorrido um crime de morte.
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	Muito diversas hão de ser, pelo mesmo motivo, as descrições de uma borboleta feitas por um romancista em cena bucólica e por um entomologista debruçado sobre o microscópio.
	O ponto de vista é tão importante quando o objetivo; dele dependem a forma verbal e a estrutura lógica da descrição: qual é o objeto a ser descrito (definição denotativa)? Que parte dele deve ser ressaltada? De que ângulo deve ser encarado? Que pormenores devem ser examinados de preferência a outros? Que ordem descritiva deve ser adotada? (lógica? Psicológica? Cronológica?) a quem, a que espécie de leitor se destina? A um leigo ou a um técnico?
	DESCRIÇÃO DE OBJETO OU SER
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Assim, uma vitrola ou uma máquina de lavar roupa podem ser descritas do ponto de vista: 
do possível comprador (legenda propaganda); 
do usuário (o jovem ou dona-de-casa que de uma ou de outra se vão servir); 
do técnico encarregado da sua montagem ou instalação; 
do técnico que terá eventualmente de consertá-la. São fatores que precisam ser levados em conta, pois deles dependem a extensão, a estrutura e o estilo da descrição técnica.
	O seguinte exemplo pode dar-nos uma idéia do que deve ser esse tipo de composição
	DESCRIÇÃO DE OBJETO OU SER
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	DESCRIÇÃO DE OBJETO OU SER
	“O motor está montado na traseira do carro, fixado por quatro parafusos à caixa de câmbio, a qual, por sua vez, está fixada por coxins de borracha na extremidade bifurcada do chassi. Os cilindros estão dispostos horizontalmente e opostos dois a dois. Cada par de cilindros tem um cabeçote comum de metal leve. As válvulas, situadas nos cabeçotes, são comandadas por meio de tuchos e balancins. O virabrequim, livre de vibrações, de comprimento reduzido, com têmpera especial nos colos, gira em quatro pontos de apoio e aciona o eixo excêntrico por meio de engrenagens oblíquas. As bielas contam com maneais de chumbo-bronze e os pistões são fundidos de uma liga de metal leve.”
	Manual de instruções (Volkswagen)
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	Trata-se de parágrafo de descrição que tem em vista o usuário em geral, leigo – pois o emprego de termos técnicos está reduzido ao mínimo indispensável ao seu esclarecimento.
	A descrição tipicamente científica, descrição de campo ou de laboratório, consiste muitas vezes numa enumeração detalhada das características do objeto ou ser vivo. Neste caso, ela se caracteriza por uma estrutura de frases curtas, em grande partes nominais, como no seguinte exemplo, em que o Autor faz a descrição de um holótipo de Hylarizibilis. A ordem da descrição é a lógica: o Autor começa cabeça (suas dimensões em relação ao corpo), e vai detalhando: olhos, o tímpano, as narinas, os dentes, a língua, os membros superiores e inferiores, etc.. O último parágrafo da descrição é destinado a indicar a aparência do conjunto, destacando o colorido dorsal. O seguinte fragmento é ilustrado:
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	“Membros anteriores curtos e robustos; o antebraço mais desenvolvido do que o braço. Dedos longos e robustos, os externos unidos por uma membrana vestigiária. Discos do tamanho do tímpano, o do polegar um pouco menor. Polegar com prepólex rudimentar; calos subarticulares e carpais bem desenvolvidos.”
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	Note-se: vocabulário de sentido exclusivamente denotativo ou extensional, frases curtas, muitas delas nominais, ausência de afetividade linguística.
	Eric M. Steel dá-nos um exemplo muito ilustrativo de descrição de objeto – um relógio de parede, daqueles antigos. Como o trecho é muito extenso, limitamo-nos apenas ao plano, suficiente por si mesmo como orientação:
	 
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	Plano da descrição de um relógio de parede
	1. Visão de conjunto:
	a) função ou finalidade: marcar o tempo;
	b) modo de operação ou funcionamento (pêndulo);
	c) aparência: alto, de madeira, com tais e tais dimensões, etc..
	d) partes componentes: a caixa, o mostrador, etc.
	2. Descrição detalhada das partes:
	a) a caixa;
	b) o mostrador
	c) o mecanismo
	3. Conclusão

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