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RENAN BITTENCOURT MAIA 3° PERIODO FACULDADE DE MEDICINA ESTÁCIO DE SÁ CAMPUS ARCOS DA LAPA EXAMES DE IMUNODIAGNÓSTICO INTRODUÇÃO Testes Sorológicos: Baseados na ligação antígeno-anticorpo Métodos: Direto Indireto Buscar ANTÍGENO, ANTICORPO, IMUNOCOMPLEXOS (ou PATÓGENO e seus PRODUTOS) Suprem métodos PARASITOLÓGICOS, MICROBIOLÓGICOS Quando se busca anticorpo? Processos patológicos (Diferenciar patologias por apresentar sinais clínicos semelhantes) Diferenciar fase da doença Diagnóstico de doença congênita Selecionar doadores de sangue Selecionar doadores e receptores de transplantes Selecionar doadores e receptores de transplantes Avaliar prognóstico de doença Eficácia e suspensão terapêutica Avaliar imunidade específica, adquirida por contato com patógeno ou vacina Vantagens: 1-Métodos rápidos e simples na execução 2-Relativamente baratos 3-Alta sensibilidade (afinidade e especificidade do anticorpo) 4-Possibilidade de automação Disciplina: SISTEMA IMUNOLÓGICO Professor: ANA CRISTINA Resumo: EXAMES DE IMUNODIAGNÓSTICO Professor Resumo: RENAN BITTENCOURT MAIA 3° PERIODO FACULDADE DE MEDICINA ESTÁCIO DE SÁ CAMPUS ARCOS DA LAPA Tipos de Exames Sorológicos: 1)IMUNOFLUORESCÊNCIA: Permite identificar se um tecido tem o patógeno ou o anticorpo. Utiliza material líquido (secreção, líquor, soro) ou tecido (in situ-Biópsia) A Ferramenta Imunológica dessa técnica também são anticorpos ligados a uma molécula com capacidade de fluorescência, o fluorócromo ou fluoróforo, substâncias que recebem excitação por feixes luminosos de determinado comprimento de onda e passam a emitir luz de comprimento de onda maior. Tipos: Direta ou Técnica de camada simples: Utilização de anticorpos ligados DIRETAMENTE às sondas fluorescentes, e esse anticorpo se ligará ao antígeno gerando fluorescência. Essa técnica é usada para detecção de ANTÍGENOS. Técnica: Produz-se uma lâmina com material coletado. Deixa o material aderir e lava-se a lâmina. Introduz-se o anticorpo específico marcado com o fluocromo, escolhido de acordo com a suspeita clínica ou de imagem, espera-se o tempo para que age ligação. Lava-se novamente a lâmina para retirar anticorpos que não ligaram. Leva-se para o microscópio de fluorescência, que gera um feixe de luz, que excita a sonda gerando a fluorescência, captando essa luz, e então a imagem é formada. Indireta ou Técnica de camada dupla: Utilização de ANTICORPOS LIGADOS/CONJUGADOS ÀS SONDAS e também ANTICORPOS LIGADOS/NÃO CONJUGADOS. De forma que o anticorpo específico (VERDE) para o antígeno (LARANJA) é colocado, se ligará ao antígeno fixado, aderindo-se a lâmina. A partir daí anticorpos contra o anticorpo específico (AZUL ESCURO), conjugados à sonda de fluorescência irão se ligar ao anticorpo especifico, gerando fluorescência. Essa técnica é usada geralmente para detecção de ANTICORPO. Usado como teste confirmatório para HIV (usa-se também o Western Blot, porém a imunoflorescência é mais barata e mais rápida). Técnica: Produz-se uma lâmina com antígeno, e esse antígeno irá ser fixado com um fixador. Lava- se a lâmina para retirar o que não fixou. Adiciona-se o soro do paciente e espera-se um tempo para incubação. Lava-se novamente. Adiciona-se, então, o anticorpo contra o anticorpo do paciente (anti IgG ou IgM ou Ig- anticorpo contra região Fc) conjugado à sonda fluorescente. Aguarda e lava-se para retirar os anticorpos que não se ligaram. Leva-se para o microscópio de fluorescência, que gera um feixe de luz, que excita a sonda gerando a fluorescência, captando essa luz, e então a imagem é formada. LÂMINA COM TECIDO OU ESFRAGAÇO COM ANTÍGENO LÂMINA COM TECIDO OU ESFRAGAÇO COM ANTÍGENO 2° camada 1° camada LÂMINA COM TECIDO OU ESFRAGAÇO COM ANTÍGENO LÂMINA COM TECIDO OU ESFRAGAÇO COM ANTÍGENO LÂMINA COM TECIDO OU ESFRAGAÇO COM ANTÍGENO RENAN BITTENCOURT MAIA 3° PERIODO FACULDADE DE MEDICINA ESTÁCIO DE SÁ CAMPUS ARCOS DA LAPA 2)CITOMETRIA DE FLUXO ou FACCS: A Ferramenta Imunológica dessa técnica também são anticorpos ligados a uma molécula com capacidade de fluorescência. Técnica utilizada para identificar, quantificar, separar em tubos diferentes e analisar/caracterizar as células, tudo isso é feito através dos antígenos de membrana dessas células (Viva ou não). Podendo ser T CD4+ circulante, TCD8. Realizada a coleta e a centrifugação do sangue e se pega a parte CELULAR do sangue, que fica embaixo. São produzidos Anticorpos para as moléculas que quiser (CD3, CD4, CD8). Incuba-se a célula do paciente com o anticorpo Anti-CD3, Anti-CD4 ou Anti-CD8 que está marcado com fluorescência de cores diferentes. Essas células vão passar pelo tubo, por gotejamento, e o sensor libera 1 célula por vez. Ao passar, a célula passa por um laser que excita o fluoróforo, emitindo cor e um filtro irá captar essa mensagem e vai separando-as. O citometro vai detectar a fluorescência e vai computar o número de células que tem a molécula ligada ao anticorpo (Ele também detecta o tamanho e a granulosidade da célula, mas não tem nada a ver com os marcadores). OBS: Se não tiver a molécula expressa o equipamento não “enxerga” a célula porque ele detecta a Fluorescência do Anticorpo anti-molécula. Assim, no gráfico, essas moléculas vão ser os pontinhos próximos ao Zero. 3)ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay): Técnica Imunoenzimática utilizada para detecção de ANTICORPO (no soro) ou ANTÍGENO, para verificar se o indivíduo está ou se já esteve infectado, identificando quanto de Antígeno (ELISA DIRETO) ou de Anticorpo (ELISA INDIRETO) que ele tem no sangue. A Ferramenta Imunológica dessa técnica é o Anticorpo ligado à Enzima. O anticorpo será marcado com uma enzima na porção amina (Fosfatase alcalina, peroxidase ou ß galactosidase) Essa técnica é muito usada no diagnóstico do HIV, mas também usada para outras doenças e para ver se a vacina deu certo. É uma técnica de baixo custo e para ser realizada são usadas placas com poços e nele são realizadas reações. É uma técnica colorimétrica, quanto mais corado, maior a concentração no poço 4 3 2 1 0 CD4 CD8 DUPLO NEGATIVO DUPLO POSITIVO SÓ CD8 SÓ CD4 RENAN BITTENCOURT MAIA 3° PERIODO FACULDADE DE MEDICINA ESTÁCIO DE SÁ CAMPUS ARCOS DA LAPA Tipos: EXEMPLO: Indivíduo suspeita de HIV Indireto: Técnica: Primeiro é feita a Coleta de Sangue do paciente, que é centrifugado, pegando o plasma, que é onde está o anticorpo, podendo ser dosada também a célula de memória. No poço da placa de poliestireno é colocado o antígeno, no caso foi usado GP120 que é uma proteína presente na estrutura do HIV, com um fixador. Depois se adiciona ao poço a amostra de plasma do indivíduo testado. É feita uma Lavagem da placa. OBS: Se o Indivíduo tiver o Anticorpo Específico, ele vai se ligar ao antígeno pela porção Fab e assim, mesmo após a lavagem o anticorpo vai ficar aderido à placa. Caso contrário, após a lavagem só estará aderido à placa o antígeno primeiramente colocado É produzido um Anticorpo Anti Porção Fc do Anticorpo Anti GP120, por exemplo, Anti-IgG. Esse Anticorpo é adicionado ao poço, juntamente com uma Enzima, para que se ligue ao Anticorpo Anti- GP120. É feita outra Lavagem. OBS2: Se estiver contido no poço o Anticorpo Anti-GP120 o novo anticorpo com a enzima vai se ligar e ficar aderido na placa. Senão tiver Anticorpo Anti-GP120, o Anti Anticorpo não sei se ligar e vai sair do poço, junto com a enzima, durante a lavagem Adiciona-se o Substrato daquela enzima junto com um Cromógeno. Realiza-se a terceira lavagem. OBS3: Se no poço tiver Anticorpo Anti-GP120 ligado ao Anti Anticorpo com a enzima, na adição do substrato vai haver uma reação Alterando o Cromógeno e fazendo com que ele produza uma coloração. Se não tiver os anticorpos e a enzima, não vai ter reação e não vai gerar cor RESULTADO: Se houver reação Enzima-Substrato altera cromógeno, gera cor e o teste é considerado Positivo para HIV. Se não houver reação, não muda a coloração e o teste é considerado Negativo para HIV. RENAN BITTENCOURT MAIA 3° PERIODO FACULDADE DE MEDICINA ESTÁCIO DE SÁ CAMPUS ARCOS DA LAPA Direto: Técnica: É produzido um Anticorpo Específico Anti GP120 que é adicionado no poço da placa. Adiciona-se ao poço da placa sensibilizada com o anticorpo anti GP120 o plasma do Indivíduo. É realizada a lavagem. OBS: Se tiver no plasma Antígeno GP120 ele vai ficar aderido à placa, já que vai interagir com a Porção Fab do Anticorpo. Adiciona-se outro anticorpo para outro epítopo do antígeno, e esse anticorpo é conjugado com uma enzima. É realizada outra lavagem. OBS2: Se tiver no plasma o outro epítopo, o Anticorpo vai se ligar a ele pela porção Fab e vai ficar juntamente com a enzima aderido à placa. Depois é adicionado o Substrato para a enzima e o Cromógeno. Realiza-se outra lavagem. RESULTADO: Se tiver reação enzima-substrato, vai alterar o Cromógeno e ele vai produzir coloração. Se não corar é porque na lavagem o anticorpo saiu juntamente com a enzima porque não se ligou. Obs 1: FALSO POSITIVO pode ocorrer por UM ESQUECIMENTO DA ÚLTIMA LAVAGEM, então a enzima e o substrato ficarão reagindo no poço mas não vão estar aderidos à placa, ou seja, não vão ter se ligado ao anticorpo ou ao antígeno. Obs 2: FALSO NEGATIVO pode ocorrer por um ESQUECIMENTO DE SE COLOCAR O SUBSTRATO, então não vai haver reação mesmo a enzima com o anticorpo estando lá aderida à placa. Obs3: O ideal é realizar os 2 tipos de teste (ou até mais de 1 técnica) para dar um resultado. No caso do ELISA é bom fazer os dois porque a janela imunológica para o Anticorpo é de 20 dias e para o antígeno é no Máximo 5.
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