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AO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS ANTONIO DE JESUS DA MATA, brasileiro, solteiro, servidor público, , portador do RG nº 00000 SSP/DF e inscrito no CPF sob o nº 000.000.000-00, endereço eletrônico antonio.mata@hotmail.com, residente e domiciliado na Rua 15, lote 100, casa 00, Taguatinga Norte vem, respeitosamente, por seu advogado cuja qualificação se encontrará no final desta petição, com fulcro no artigo 1.015, I, do Código de Processo Civil, interpor AGRAVO DE INSTRUMENTO C/C PEDIDO DE EFEITO DE SUSPENSIVO Contra decisão interlocutória, que indeferiu o pedido de concessão dos benefícios da justiça gratuita, no processo de ação de obrigação de fazer, proposta em desfavor do DISTRITO FEDERAL. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DO PRESENTE RECURSO DA TEMPESTIVIDADE O presente Agravo de Instrumento é tempestivo, visto que a publicação da decisão ocorreu em 02.04.2018 (segunda-feira). Assim, o prazo de 15 dias úteis para a interposição do recurso termina no dia 23.04.2018 (segunda-feira), conforme artigo 1.017, inciso I c/c artigo 1015 do Código de Processo Civil. CABIMENTO DO PRESENTE RECURSO Nos termos do previsto no artigo 1015, inciso V, do Código de Processo Civil, é cabível o presente recurso, in verbis: Art. 1015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: V – rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; DO INTERESSE O interesse em recorrer, que constitui um pressuposto subjetivo ao recurso, caracteriza-se pela sucumbência. Isto se dá devido ao fato de que o real interesse na impugnação é a situação de prejuízo causado pela decisão. Portanto, nota-se no caso em epígrafe, o prejuízo da parte, no que diz respeito ao indeferimento do seu pedido de concessão da justiça gratuita, uma vez demonstrado o binômio interesse/necessidade através de documentos, faz jus o recebimento do recurso. LEGITIMIDADE Sendo a parte autora, Antônio de Jesus da Mata, que requereu o pedido de gratuidade de justiça, mas o mesmo foi indeferido, nota-se presente a sucumbência que recai sobre ele. Portanto, o mesmo possui legitimidade ad causam para recorrer desta decisão. PREPARO O Agravante acosta o comprovante de recolhimento do preparo, cuja guia, correspondente ao valor de R$ XXXX (valor por extenso), atende à tabela de custas deste Tribunal. (CPC, art. 1.007, caput c/c CPC, art. 1.017, § 1º). O agravante anexa a peça recursal a petição inicial, a decisão agravada e a certidão de intimação da decisão, conforme artigo 1.017, inciso I, do Código de Processo Civil. Consoante inciso II do artigo 1.017, do Código de Processo Civil, o agravante deixa de anexar a contestação e a procuração do advogado da agravada, uma vez que ele sequer foi citado ainda na origem. Junta a procuração do advogado do agravante, cujos dados são: NOME DO ADVOGADO, OAB, ENDEREÇO PROFISSIONAL. Outrossim, requer a intimação do agravado para oferecer resposta e que as razões sejam analisadas por esse Colendo Tribunal de Justiça Nestes Termos, Pede Deferimento Brasília, 23 de Março de 2018 ADVOGADO OAB RAZÕES DO AGRAVO DE INSTRUMENTO Agravante: Antônio de Jesus da Mata Agravado: Distrito Federal Juízo de origem: 6ª Vara da Fazenda Pública Nº do processo na origem: ID 12337 EGRÉRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIO A decisão ora agravada merece reforma pelas razões que passa a expor. DOS FATOS Antônio de Jesus da Mata, ora agravante, ajuizou a ação de obrigação de fazer em desfavor do Distrito Federal, ora agravado. Em sua exordial, o autor requereu a concessão dos benefícios da justiça gratuita, que foi indeferido pelo juiz da 6ª Vara de Fazenda, Pública determinando o recolhimento das custas, que seria aproximadamente R$ 500,00 (quinhentos reais), sob pena de cancelamento da distribuição. O agravante é Agente de Vigilância Ambiental do Distrito Federal e percebe o salário de R$ 3.200,00 (três mil e duzentos reais) líquido, valor este utilizado para arcar com os seus gastos básicos, como: alimentação, moradia, vestimenta, higienização pessoal, saúde, entre outros. Além disso, é estudante de engenharia civil, arcando com a mensalidade no valor de R$ 1.184,56 (um mil e cento e oitenta e quatro reais e cinquenta e seis centavos). O magistrado, baseando nos seu rendimento bruto, que ultrapassa o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), indeferiu o pedido de concessão dos benefícios da justiça gratuita. DOS FUNDAMENTOS JURIDICOS É sabido, que a assistência judiciária gratuita visa trazer a igualdade de oportunidades a todos os que pretendem buscar a tutela jurisdicional do Estado, garantindo-lhes o acesso à justiça e assegurando-lhes o direito constitucional ao devido processo legal. Considera-se necessitado, para os fins de concessão da gratuidade de justiça, todo aquele cuja situação econômica não lhe permita pagar as custas do processo e os honorários advocatícios, sem prejuízo do sustento próprio ou da família, devendo, para a obtenção do benefício, declarar nos autos, mediante simples afirmação, a sua hipossuficiência econômica. Com efeito, o art. 98 c/c art. 99, §2º do CPC/2015 dispõe que a parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação, na própria petição inicial de que não está em condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família. Na hipótese em comento, o magistrado da 6ª Vara da Fazenda Pública, concluiu que o agravante não ostenta o perfil de miserabilidade de que cogita o legislador. Conclusão essa, com todo respeito, equivocada. Ao fazer a analise minuciosa dos elementos trazidos e anexados pelo agravante, é possível perceber que este faz jus aos benefícios da justiça gratuita. É possível, verificar-se em sua declaração e pelos seus rendimentos que os seus ganhos mensais giram em torno de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) BRUTO, sendo que o seu líquido é aproximadamente, R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais), utilizados para arcar com suas despesas básicas e necessárias, tais como: alimentação, moradia, vestimenta, higiene pessoal, saúde, entre outras importantes. Além disso, o agravante é estudante de Engenharia Civil, arcando com uma mensalidade no valor de R$1.184, 56 (um mil cento e oitenta e quatro reais e cinquenta e seis centavos). Portanto, hipossuficiência restou suficientemente comprovada, não havendo nenhum elemento concreto nos autos que evidencie que ele poderia pagar as custas do processo sem prejuízo do seus sustento, que, com base no valor da causa, exige-se um recolhimento de R$ 500,00 (quinhentos reais). Registre-se, ainda, que o acesso à justiça deve ser facilitado, não só aos miseráveis economicamente, mas a todos aqueles que, ainda que seja considerado pertencente à chamada classe média da sociedade, encontrem-se em situação de hipossuficiência econômica, conforme o previsto no artigo 5º, XXXV da Constituição Federal e CONCLUSÃO Ante as razões expostas, requer o agravante: I. Que Vossa Excelência, o conhecimento do presente recurso com efeito suspensivo à decisão interlocutória, como autoriza o art. 1.019, I do CPC/2015, no sentido de suspender os efeitos da decisão agravada, com o objetivo do não pagamento das custas judiciais tanto em 1ª instância, quanto as custas recursais em 2ª instância, reconhecendo assim, a hipossuficiência do agravante. II. Requer o conhecimento e o consequente provimento do presente recurso, para reformar a decisão atacada e conceder ao agravante o direito de acessar a justiça de forma gratuita, conforme artigo 4º da Lei 1.060/1950. Nestes Termos, Pede Deferimento Brasília, 23 de Março de 2018 ADVOGADO OABLUÍS FILIPE VIEIRASANTOS CPD: 43745 UNIEURO ÁGUAS CLARAS
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