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Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * CAPÍTULO 5 MATERIAIS CRISTALINOS E POLICRISTALINOS IMPERFEIÇÕES CRISTALINAS * * * MATERIAIS CRISTALINOS E POLICRISTALINOS IMPERFEIÇÕES CRISTALINAS Objetivos Conhecer os conceitos de imperfeições/defeitos cristalinos e da sua importância no processamento dos materiais; Conhecer as classificações propostas para as imperfeições; Discutir as vantagens e as desvantagens da existência de impurezas em sólidos; e Recordar as diversas escalas de conversão composição/concentração. * * * MATERIAIS CRISTALINOS E POLICRISTALINOS IMPERFEIÇÕES CRISTALINAS Imperfeições cristalinas: são possíveis maneiras geométricas pelas quais um cristal pode-se afastar de sua estrutura ideal. É a diferença entre a perfeição total e a imperfeição. Exemplo: transição sólido-líquido (fusão) Há liberação de calor latente (no caso, fusão). * * * MATERIAIS CRISTALINOS E POLICRISTALINOS IMPERFEIÇÕES CRISTALINAS Classificação das imperfeições quanto ao aspecto termodinâmico estáveis instáveis quanto ao aspecto geométrico ponto linha superfície volume * * * IMPERFEIÇÕES EM SÓLIDOS Aspectos geométricos Pontuais: vazios, átomos intersticiais, átomos substitucionais; Lineares: discordâncias (aresta, hélice, mista); Superficiais: contornos de grão, maclas, falhas de empilhamento); e Volumétricas: bolhas, trincas, aglomerados, partículas com diferentes orientações, precipitados. * * * IMPERFEIÇÕES EM SÓLIDOS Defeitos de ponto: são pequenos ao longo das três dimensões e seus tamanhos não excedem alguns diâmetros atômicos. Vazios ou defeitos de Schottky fontes de vazios térmicos superfícies livres; contornos de grão; trincas; solidificação; e resultado de vibrações térmicas. * * * Intersticial Vazio Dois defeitos de ponto comuns em metais ou estruturas semicondutoras elementais são os vazios e os intersticiais. * * * Defeito de Frenkel Defeito de Schottky Dois defeitos de ponto comuns estruturais em estruturas compostas: defeito de Schottky e efeito de Frenkel. Observar a similaridade com a figura anterior. * * * IMPERFEIÇÕES EM SÓLIDOS Formação de vazios (outras formas que não o aquecimento) deformação plástica; ondas de choque; e irradiação (aceleradores de partículas e reatores nucleares). Nv = N0.exp[ - Qv/k.T ] N0 = número total de posições; Nv = número de vazios no equilíbrio; T = temperatura absoluta; Q = energia de formação de um vazio; T = constante de Boltzmann [ 1,38.10-23 J.átomo-1.K-1 = 8,62.10-5 átomo-1.K-1]. * * * EXEMPLO Cobre a 1000°C (= 1273 K) Qv = 0,9 eV.átomo-1 T= 1273 K K = 8,62.10-5 eV.K-1 ACu = 63,5 g.mol-1 ρ = 8,4 g.cm-3 NA = 6,02.1023 átomos.mol-1 N = ρ.NA / ACu Nv = N0.exp [ -Qv / kT ] * * * EXEMPLO: CÁLCULO DE MASSA ESPECÍFICA Cobre R(atômico) = 0,128 nm cfc – 4 átomos/c.u. (n= 4) ACu = 63,5 g.mol-1 VC = 16 .R3 ρ = (n.A) / VC.NA Aplicando-se os dados fornecidos encontra-se o valor de 8,89 g.cm-3. A literatura fornece o valor 8,94 g.cm-3, ou seja, uma diferença de 0,56%. * * * IMPERFEIÇÕES EM SÓLIDOS Impurezas em sólidos soluções sólidas substitucionais (regras de Hume Rothery) fator tamanho(15%); estrutura cristalina; eletronegatividade; e valência. Metais: pureza máxima de 99,9999%. [1022 a 1023 átomos de impurezas/m3 * * * SOLUÇÕES SÓLIDAS SUBSTITUCIONAIS A = solvente ; B = soluto Átomos de B possuem átomos de A como vizinhos ordenação (ordering). Átomos de B possuem átomos de B como vizinhos aglomeração (clusttering). Temperatura: define o ordenamento da rede. * * * Átomo de ouro Átomo de cobre Átomo de ouro – cobre “médio” (a) Desordenado (b) Ordenado * * * IMPERFEIÇÕES EM SÓLIDOS EXEMPLO: Cobre: 0,128nm; cfc; 1,9; +1[+2] Níquel: 0,125nm; cfc; 1,8; +2 * * * * * * * * * * * * IMPERFEIÇÕES EM SÓLIDOS Impurezas em sólidos soluções sólidas intersticiais (C, N, O, S, B, H); concentrações máximas de 10% do soluto. Exemplo: liga Fe-C [0,124nm; 0,071nm]. * * * * * * IMPERFEIÇÕES EM SÓLIDOS Defeitos de linha: discordâncias. aresta/cunha/”edge”/Taylor; hélice/espiral/helicoidal/”screw”/Burgers; e mista. As discordâncias surgem pelo escorregamento dos planos cristalinos (cisalhamento). * * * * * * Escalagem de uma discordância: (a) e (b) aniquilação de vazio; (c) e (d) criação de vazio. * * * Escorregamento de planos cristalinos (b) Curva tensão de cisalhamento versus deslocamento * * * Figure 4.12 Burgers circuit round a dislocation A fails to close when repeated in a perfect lattice unless completed by a closure vector FS equal to the Burgers vector b. * * * Slip caused by the movement of an edge dislocation. * * * Slip caused by the movement of a screw dislocation. * * * Figure 4.21 Screw-dislocation in an elastic continuum. * * * Figure 4.47 Growth of single- and double-faulted loops in magnesium on annealing at 175 °C for (a) t D 0 min, (b) t D 5 min, (c) t D 15 min and (d) t D 25 min (after Hales, Smallman and Dobson). * * * Figure 5.37 Direct observation of dislocations. (a) Pile-up in a zinc single crystal (after Gilman, 1956, p. 1000). (b) Frank-Read source in silicon (after Dash, 1957; courtesy of John Wiley and Sons). * * * Linha da discordância Vetor de Burgers, b * * * Linha da discordância * * * * * * * * * * * * * * * * * * Enquanto isso, no Marco Zero... * * * Mini-trio do forró, rumo a Caruaru.... * * * IMPERFEIÇÕES EM SÓLIDOS Defeitos de superfície: maclas (twins) Maclas: volume de material cuja orientação é imagem especular da orientação da matriz, podendo originar-se durante o “crescimento de um cristal” ou durante uma “deformação”. Podem ser maclas de deformação ou de recozimento. Maclação (twinning) Uma fronteira de macla separa duas regiões cristalinas que são, estruturalmente, imagens espelho uma da outra. Contorno de macla * * * IMPERFEIÇÕES EM SÓLIDOS Defeitos de superfície: maclas * * * IMPERFEIÇÕES EM SÓLIDOS Plano de macla (fronteira) * * * IMPERFEIÇÕES EM SÓLIDOS Defeitos de superfície: contornos de grão. * * * IMPERFEIÇÕES EM SÓLIDOS a) Desenho esquemático de um contorno de grão. b) Observação metalográfica de uma amostra de aço inoxidável. Contorno de grão * * * IMPERFEIÇÕES EM SÓLIDOS Contorno de grão * * * IMPERFEIÇÕES EM SÓLIDOS Contorno de grão como barreira física para o movimento de discordâncias. * * * IMPERFEIÇÕES EM SÓLIDOS Contornos de grão: mais importante defeito de superfície. Região de ‘transição’ e ‘desordem’ entre dois cristais adjacentes (ou a superfície externa do cristal) de orientações distintas, e que apresentam alto nível de energia associada (o empilhamento atômico nesta região é imperfeito). Tais cristais são denominados “grãos”. Contorno de grão: Representação esquemática de grãos – diferentes orientações cristalográficas proporcionam características de visualização diferentes. * * * IMPERFEIÇÕES EM SÓLIDOS A forma do grão de um sólido é controlada pela presença dos grãos circunvizinhos. No interior de cada grão, todos os átomos estão arranjados segundo um único modelo e uma única orientação, caracterizada pela célula unitária. É a natureza imperfeita dos contornos dos grãos que permite ao microscopista vê-los (seja por dispersão de luz ou por ataque químico). Considera-se contorno de grão quando ψ>15º. * * * IMPERFEIÇÕES EM SÓLIDOS Contornos de grão: Contornos de grão: (a) Molibdênio (250X). (b) Representação esquemática (áreas de desordem). (a) (b) * * * IMPERFEIÇÕES EM SÓLIDOS É um tipo particular de corrosão intergranular. Caracteriza-se pela perda da resistência à corrosão do aço inox austenítico ao atingir uma faixa de temperatura relativamente elevada (550 C - 850C), em processos de soldagem ou tratamentos térmicos. Ocorre a precipitação Cr23C6 ou Cr7C3 nos contornos de grão. Na formação destes precipitados, os átomos de carbono, que possuem coeficiente de difusão superior ao do cromo, migram para os contornos de grão. Em conseqüência, esta região fica com baixa concentração de cromo, que confere a resistência à corrosão ao aço inox austenítico. Como resultado, ocorre oxidação (corrosão) nos contornos de grão. Sensitização nos aços inoxidáveis. * * * TÉCNICAS DE MEDIÇÃO DO TAMANHO DE GRÃO Existem 3 métodos: i) Contagem do número de grãos contidos numa determinada área; ii) Contagem do número de grãos ou contornos que interceptam uma linha aleatória num dado comprimento; e iii) Comparação com padrões (técnica mais utilizada). * * * TÉCNICAS DE MEDIÇÃO DO TAMANHO DE GRÃO Contagem do número de grãos contidos numa determinada área. Técnica baseada na norma ASTM E-112. Tamanho de grão ASTM Calculado como: onde: n = t.g. ASTM; e N = grãos/pol2 a 100X. * * * TÉCNICAS DE MEDIÇÃO DO TAMANHO DE GRÃO ii) Contagem do número de grãos ou contornos que interceptam uma linha aleatória num dado comprimento (método dos Interceptos). Método do intercepto médio: trace uma reta aleatória; e conte as interseções dos c.g. Medida de contorno de grão * * * * * * METAIS/LIGAS MONOFÁSICOS Metais monofásicos zinco para revestimento de aços; cobre para fiação elétrica; e alumínio para utensílios domésticos. Latão (Cu- Zn) O limite de Bronze (Cu-Sn) solubilidade entre Ligas Cu-Ni os componentes Ligas Ti – Al – V não é ultrapassado. * * * METAIS/LIGAS MONOFÁSICOS Exemplos de ligas Binárias: Cu-Zn; Cu-Sn Ternárias: Ti-6Al-4V Quaternárias: Ti-6Al-6V-2Sn Polinárias: Aço 8620 (96,9Fe; 0,2C; 0,55Ni 0,5Cr; 0,2Mo; 0,8Mn) Invar: 64Fe 36Ni Superinvar: 63Fe 32Ni 5Co Solda branca/fraca : 62,5Sn 37,5Pb * * * METAIS/LIGAS MONOFÁSICOS Propriedades das ligas monofásicas aumento da dureza; aumento da resistência mecânica; diminuição nas condutividades térmica e elétrica(impurezas colocadas no reticulado); e aumento na resistência à corrosão. * * * METAIS/LIGAS MONOFÁSICOS Microestrutura de ligas monofásicas tamanho forma dos grãos orientação Fases: partes de um material que são distintas das demais em estrutura e/ou composição. Contorno de fase: descontinuidade na estrutura. * * * METAIS/LIGAS MONOFÁSICOS Processamento de ligas monofásicas fundição vazamento produto final lingote Trabalho mecânico de conformação: frio ou quente. Referência: temperatura de recristalização. * * * METAIS/LIGAS MONOFÁSICOS Processos primários laminação forjamento normalmente a quente extrusão Processos secundários trefilação normalmente repuxamento a frio * * * CÁLCULO DE MASSA ESPECÍFICA ρ = (n.A)/Vc.NA em que : n = número de átomos associado à c.u.; A = peso atômico; Vc = volume da célula unitária; e NA = número de Avogadro ( 6,023.1023 átomos.mol-1). * * * CONVERSÃO DE COMPOSIÇÃO/CONCENTRAÇÃO Porcentagem em peso C1 = m1/(m1 + m2) em porcentagem em que: m1 e m2 são peso (ou massa) dos elementos 1 e 2, respectivamente. * * * CONVERSÃO DE COMPOSIÇÃO/CONCENTRAÇÃO C = concentração em peso (%p) C = concentração atômica (%at) C = concentração em massa (kg.m) ρ = massa específica (g.cm-3) * * * CONVERSÃO DE COMPOSIÇÃO/CONCENTRAÇÃO Porcentagem atômica: número de moles de um elemento em relação ao número de moles total dos elementos na liga. Número de moles nm1 = m1’ /A1 nm1 = (massa em gramas)/peso atômico; C1 = nm1/(nm1 + nm2) em porcentagem. O número de moles pode ser substituído pelo número de átomos. * * * CONVERSÃO DE COMPOSIÇÃO/CONCENTRAÇÃO % peso para % atômica C1 + C2 = 100 C1’ + C2’ = 100 C1’ = C1A2/(C1A2 + C2A1) C2’ = C2A1/(C1A2 + C2A1) C1 = C1’A1/(C1’A1 + C2’A2) C1 = C2’A2/(C1’A1 + C2’A2) C1 e C2 em % peso C1’ e C2’ em % atômica A1 e A2 são os pesos atômicos. * * * EXEMPLO Determine a composição (%at.) de uma liga que consiste de 97% Al e 3% Cu (%p). Solução : C(Al) = 97; C(Cu) = 3 A(Al) = 26,98 g.mol-1 A(Cu) = 63,55 g.mol-1 C’1 = (97.63,55)/[97.63,55 + 3.26.98].100 C’1= 98,7%at. Logo: C’2= 100 – 98,7 = 1,30%at. * * * CONVERSÃO DE COMPOSIÇÃO/CONCENTRAÇÃO % peso para % massa de um componente/unidade de volume do material (kg.m-3). Utilizada em difusão. C1’’ = C1/[ C1/ρ1 + C2/ ρ2 ] . 103 C2’’ = C2/[ C1/ρ1 + C2/ ρ2 ] . 103
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