Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * CAPÍTULO 9 TRATAMENTOS TÉRMICOS E TERMOQUÍMICOS PARTE I TRATAMENTOS TÉRMICOS * * * TRATAMENTOS TÉRMICOS TRATAMENTOS TÉRMICOS: operações de aquecimento e resfriamento,controlados, com a finalidade de conferir a um determinado material propriedades especiais (controle de tempo,tempe-ratura, velocidade de resfriamento e meio de tratamento). * * * TRATAMENTOS TÉRMICOS OBJETIVOS DOS TRATAMENTOS TÉRMICOS remoção de tensões internas (oriundas de resfriamento desigual, tratamento mecânico etc.); aumento ou diminuição de dureza; aumento da resistência mecânica; melhora na ductilidade; melhora na resistência ao desgaste/abrasão; melhora na usinabilidade; melhora nas propriedades de corte; melhora na resistência à corrosão; melhora na resistência ao calor; modificação nas propriedades elétricas e mag-néticas. * * * TRATAMENTOS TÉRMICOS FATORES QUE INFLUENCIAM A REALIZAÇÃO DE UM TRATAMENTO TÉRMICO Aquecimento alteração nas propriedades mecânicas alteração da estrutura e nas condições de serviço (requisitos) velocidade de aquecimento lenta: crescimento do grão rápida: empenamentos/distorções/trincas temperatura de aquecimento meio de resfriamento tempo de permanência à temperatura de aque-cimento (oxidação ou crescimento indesejável dos grãos) * * * TRATAMENTOS TÉRMICOS PRINCIPAIS TIPOS DE TRATAMENTOS TÉRMICOS recozimento envolvem transformações de fases normalização a partir da austenita (aplicável a têmpera aços transformáveis) revenimento (aplicável a aços temperados) solubilização (controle da presença de segundas fases; por exemplo: carbonetos em aços inoxidáveis austeníticos). envelhecimento: após a solubilização. Aplicável a aços e ligas especiais (por exemplo, aços maraging, aços PH, ligas aeronáuticas à base de alumínio, superligas à base de níquel). * * * TRATAMENTOS TÉRMICOS Recozimento: tratamento térmico no qual um material é exposto a uma temperatura elevada,por um períodode tempo prolongado,e depois resfriado lentamente. Finalidades do recozimento remover as tensões internas oriundas dos proces-sos de fundição ou conformação mecânica; reduzir a dureza dos aços; aumentar a usinabilidade; facilitar o trabalho a frio; obter microestrutura desejada(por exemplo: ajustar o t.g., regularizar a textura bruta de fusão). * * * TRATAMENTOS TÉRMICOS Etapas do recozimento 1) aquecimento até a temperatura desejada; 2) manutenção ou “encharcamento” nessa tempe-ratura;e 3) resfriamento,geralmente até a temperatura ambiente. O tempo é um parâmetro importante nesses proce- dimentos. * * * TRATAMENTOS TÉRMICOS * * * TRATAMENTOS TÉRMICOS Recozimento pleno ou simplesmente reco- zimento : consiste em austenitizar o aço , resfriando-o lentamente (aquecimento aci-ma da temperatura de recristalização) Temperatura de recozimento pleno : ± 50°C acima de A3(aços hipoeutetóides) ± 50°C acima de A1(aços hipereutetóides), sem ultrapassar a linha Acm – pode ser for- mada cementita nos c.g.da austenita com conseqüente fragilização * * * TRATAMENTOS TÉRMICOS Temperatura de austenitização : mais altas : estrutura perlítica mais baixas : estrutura esferoidizada A transformação da austenita dá-se por uma transformação isotérmica ou resfria- mento contínuo. Aplicações : ligas ferrosas,ligas à base de Cu,Al,Mg,Ni,Ti. * * * TRATAMENTOS TÉRMICOS Recozimento subcrítico ou alívio de tensões: aquecimento abaixo de A1. Temperatura e tempo controlados: crescimento de grãos. Aquecimento e resfriamento homogêneos : distorções. * * * TRATAMENTOS TÉRMICOS Finalidades do recozimento: recuperação da ductilidade do aço encrua-do (600-680°C),seguido de resfriamento ao ar,para recuperação e recristalização das fases encruadas; redução das tensões residuais após solda- gem,fabricação etc; aplicações onde for esperada corrosão sob tensão ou superposição de tensões preju-diciais ao projeto. * * * TRATAMENTOS TÉRMICOS Esferoidização : obtenção de estrutura de carbonetos esferoidizados em matriz ferrí- tica. Aplicável a aços de médio e alto carbono para melhorar a usinabilidade. * * * TRATAMENTOS TÉRMICOS Como obter a esferoidização : manutenção por tempo prolongado à tempe- ratura de A1; aquecimento e resfriamento alternados entre temperaturas pouco acima e pouco abaixo de A1; aquecimento acima de Acm,seguido de resfria- mento rápido(para evitar a formação de rede de carbonetos),até pouco abaixo de A1. * * * TRATAMENTOS TÉRMICOS Recozimento em caixa (para aços) : uso de atmosferas protetoras para proteger a superfície da oxidação e reduzir o encrua- mento (bobinas,chapas ou tiras). Recozimento para usinabilidade : aplicável para peças fundidas. * * * TRATAMENTOS TÉRMICOS Normalização : semelhante ao recozimento nos objetivos. Consiste na austenitização completa do aço seguida de resfriamento ao ar,para obter-se uma estrutura mais fina que a produzida pe- lo recozimento. É indicada para homogeneização da estru-tura após o forjamento e antes da têmpera / revenimento. * * * TRATAMENTOS TÉRMICOS Coalescimento : tratamento que fornece a dureza mais baixa e melhora as condições de usinabilidade. Como obter-se o coalescimento : temperaturas de revenimento próximas ao limi- te inferior da zona crítica(estrutura coalescida); aquecimento prolongado(a partir do recozimen- to). * * * TRATAMENTOS TÉRMICOS Têmpera : é tratamento mais importante dos aços empregados em construção me- cânica. Aquecimento : semelhante ao recozimento/ normalização. Resfriamento : água,óleo,etc. Fator que influi na têmpera : velocidade de resfriamento. * * * TRATAMENTOS TÉRMICOS Tratamento que : aumenta dureza resistência à tração resistência ao desgaste diminui ductilidade Aumento das tensões internas tensões estruturais tensões térmicas * * * TRATAMENTOS TÉRMICOS Cuidados a serem tomados na têmpera no aquecimento : idênticas ao recozimento; tempo e temperatura : controle para evitar crescimento de grão,empenamentos,ten – sões residuais elevadas,trincas); agitação do banho durante o resfriamento; quantidade de líquido suficiente para o tra- tamento. * * * TRATAMENTOS TÉRMICOS Revenimento A conjugação de tensões internas,dureza e pouca ductilidade requerem que se faça um tratamento de revenimento no aço que foi temperado. É um tratamento aplicável aos aços tempe- rados,imediatamente após a têmpera,para temperaturas inferiores à zona crítica. * * * TRATAMENTOS TÉRMICOS PROBLEMAS QUE SURGEM DAS TENSÕES DE TÊMPERA contração do aço durante o resfriamento; expansão associada à transformação martensítica; e mudanças bruscas de seção e outros concentradores de tensão. CONSEQÜÊNCIAS : empenamentos (deformação plástica); rupturas (trincas de têmpera);e tensões residuais (estruturais e térmicas). * * * TRATAMENTOS TÉRMICOS MARTENSITA REVENIDA: dura e frágil (baixa tenacidade) Austenita ( γ ) Martensita revenida ( α’ ) + Austenita retida Martensita ( αS ) * * * Transformação martensítica * * * Transformação martensítica * * * Transformação martensítica * * * Transformação martensítica * * * * * * TRATAMENTOS TÉRMICOS Finalidades do revenimento modificar a estrutura obtida na têmpera; melhorar a ductilidade; reduzir os valores de dureza e de resis - tência à tração; aliviar/eliminar as tensões internas. * * * Tratamentos térmicos Endurecibilidade : descreve a habilidade de uma liga ser endurecida pela formação de martensi-ta,como resultado de um dado tratamento tér-mico. A endurecibilidade não é o mesmo que dureza, esta significando uma resistência a uma impres-são/penetração. A endurecibilidade é uma medida qualitativa da taxa segundo a qual a dureza cai em função da distância ao se penetrar no interior de uma amostra, como resultado do menor teor de mar- tensita. * * * * * * Tratamentos térmicos Endurecibilidade : os elementos de liga tor-os aços mais temperávei,atrasando o iní- cio da transformação (velocidade de trans- formação mais lenta). Endurecibilidade por têmpera : susceptibi- dade que um aço tem para desenvolver uma estrutura martensítica.É medido pela profundidade de têmpera. * * * Tratamentos térmicos Ensaio Jominy da extremidade temperada Norma ASTM A255 –Método de Ensaio Padronizado da Extremidade Temperada para a Endurecibilidade de Aços. * * * Tratamentos térmicos Corpo de prova cilíndrico com 25,4mm de diâmetro(1 pol) e 100mm(4 pol) de compri- mento, austenitizado a tempo e temperatura pré-determinados. Resfriamento em dispositivo próprio pela ex- tremidade por jato de água com vazão e temperaturas específicas (a taxa de resfria-mento é mais elevada na extremidade res- friada e diminui ao longo do comprimento do cp). * * * Tratamentos térmicos Confecção de chanfros,com 0,4mm de pro-fundidade,ao longo do comprimento do cp, para a realização de medições de dureza Rockwell para os primeiros 50mm : a) 12,8mm(0,5”) : medidas em intervalos de 1,6mm (1/16”); b) para os demais 38,4mm(1,5”) : medi- das em intervalos de 3,2mm(1/8”). Plotar gráfico dureza X posição. * * * Tratamentos térmicos * * * * * * * * * * * * Tratamentos térmicos Endurecimento por precipitação : processo de melhoria na resistência e na dureza de algumas ligas metálicas pela formação de partículas extremamente pequenas e uni- formemente dispersas de uma segunda fase,no interior da matriz original. As partículas da nova fase são conhecidas por precipitados. * * * Tratamentos térmicos Este procedimento é também conhecido como endurecimento por envelhecimento, pois a resistência desenvolve-se ao longo do tempo ou à medida que a liga enve-lhece. Exemplos : ligas Al-Cu ; ligas Cu-Be ; ligas Cu-Sn ; ligas Mg-Al : algumas ligas ferrosas. * * * Tratamentos térmicos O endurecimento por precipitação deve ser estudado usando-se um diagrama de fases binário,com duas características principais : a) deve haver uma solubilidade máxima apreciável de um componente no outro; b) deve haver um limite de solubilidade que diminua rapidamente com a con – centração do componente principal em função da redução da temperatura. * * * * * * * * * TRATAMENTOS ISOTÉRMICOS Necessitam o conhecimento das curvas TTT ou curvas em S. Austêmpera : tratamento que visa produ- zir uma estrutura que alia boa dureza e excelente ductilidade.É superior ao trata- mento conjunto têmpera + revenimento. Martêmpera : mesmos objetivos que o tra- tamento têmpera + revenimento,em que as tensões são mais facilmente remo -víveis. * * * CURVAS TEMPO - TEMPERATURA - TRANSFORMAÇÃO Fatores que influem nas curvas TTT a) composição química; b) tamanho de grão; c) impurezas; * * * CURVAS TEMPO - TEMPERATURA - TRANSFORMAÇÃO a) composição química : de modo geral, deslocam a curva TTT para a direita,em virtude de retardarem as transformações. b) tamanho de grão : quanto maioo for o grão,mais demorada será a transformação total e menor o número de núcleos iniciais. A curva TTT é deslocada para a direita. * * * CURVAS TEMPO - TEMPERATURA - TRANSFORMAÇÃO c) impurezas : deslocam a curva TTT para esquerda.Localizam-se nos contornos de grão,causando distorção no reticulado e criando tensões que facilitam a transfor – mação. * * * Tratamentos térmicos Fornos para tratamentos térmicos fornos elétricos; fornos de revérbero (aquecidos por combus- tão de coque,carvão de madeira,óleo combus- tível,gás natural). Meios de aquecimento ar (mais usual) : reações indesejáveis; atmosferas protetoras; banhos de sal. Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * TRATAMENTOS TÉRMICOS E TERMOQUÍMICOS PARTE II TRATAMENTOS TERMOQUÍMICOS * * * Tratamentos termoquímicos São tratamentos realizados em condições de ambiente tais que promovam uma mo-dificação superficial da composição quími-ca do material. Objetivos fundamentais : aumentar a du-reza e a resistência ao desgaste da super-fície,até uma certa profundidade,ao mes – mo tempo em que o núcleo,cuja compo-siçãonão foi alterada ,mantém-se tenaz. * * * Tratamentos termoquímicos Principais tratamentos termoquímicos cementação nitretação cianetação carbonitretação boretação * * * Tratamentos termoquímicos Carbonetação (cementação) : tratamento superficial ,com a finalidade de enriqueci- mento de carbono ,em especial em aços de baixo carbono. Temperatura de aquecimento : acima da temperatura crítica. Meios carbonetantes :sólidos (carvão);líqui- dos (banhos de sal); gasosos (atmosferas CO2). Peças cementadas exigem têmpera posterior. * * * Tratamentos termoquímicos Cementação líquida : consiste em manter aço em um banho de sal fundido,a uma temperatura acima de A1. A espessura da camada cementada de-pende da temperatura e da composição do banho. Aplicável a aços carbono 1010 a 1020 e a aços de baixa liga tipo 1113,1117,1118, 8620 e 9620. * * * Tratamentos termoquímicos Cementação líquida de aços carbono : cia- netos de sódio ; cloreto de bário,potássio e sódio ; carbonato de sódio. * * * Tratamentos termoquímicos Nitretação : tratamento superficial com a finalidade de enriquecimento superficial de nitrogênio,que se combina com elementos do aço,formando nitretos de alta dureza e elevada resistência ao desgaste Temperatura de aquecimento : abaixo da temperatura crítica. * * * Tratamentos termoquímicos Meios nitretantes : atmosferas gasosas ri- cas em nitrogênio e banhos de sal. Nitretação líquida : cianeto de sódio e carbo- natos de sódio e potássio. Aços nitretados não exigem têmpera posterior. * * * Tratamentos termoquímicos Cianetação ou carbonitretação líquida:tratamen-to superficial com a finalidade de enriqueci-mento superficial ,com a introdução simultânea de carbono e de nitrogênio.Após a têmpera em óleo ou água,o aço desenvolve uma camada dura,resistente ao desgaste. Aplicável aos aços – carbono e aços liga. Temperatura de aquecimento : abaixo da temperatura crítica (entre 760 e 870°C). * * * Tratamentos termoquímicos Meios cianetantes : banhos de sal, com cianeto de sódio ( 30 a 97%),carbonato de sódio(2 a 40%) e cloreto de sódio(0 a 30%).Os dois últimos são inertes e melhoram a fluidez do banho. A cianetação apresenta menor distorção das peças ,em comparação com a carboni- tretação. * * * Tratamentos termoquímicos Carbonitretação : tratamento superficial com finalidades idênticas à cianetação. Também conhecida como cianetação seca, cianetação a gás ou nitrocarbonetação. Diferença : emprega atmosfera gasosa( o carbono provém de uma gás rico em carbono e o nitrogênio da amônia). * * * Tratamentos termoquímicos Temperatura de aquecimento : 700 a 900°C O objetivo é formar uma camada resistente ao desgaste de 0,07 0,70 mm.Por empregar menores temperatura de trabalho que a cementação gasosa,produz menor distorção Aplicável a aços 10XX,41XX,51XX e 86XX, com teores de carbono na faixa de 0,25%. * * * Tratamentos termoquímicos Boretação : consiste no enriquecimento superficial em boro pela difusão química, com a formação de boretos de ferro (Fe2B e FeB). Meios boretantes : sólidos : boro puro(muito caro),ferro-boro, carboneto de boro; líquidos: banhos de sais (formação de camadas que impedem a difusão); gasosos : formação de gases venenosos. * * * Tratamentos termoquímicos Espessura de camada : 10 a 300 μm. As camadas de FeB são susceptíveis de trincas. Temperatura de aquecimento : 800 a 1050°C. Têmpera em óleo ou ar e revenimento em meio inerte(sob gás protetor ou banho de sal neutro). * * * Tratamentos termoquímicos Microdureza da camada boretada bastan-te alta. Grande resistência ao ataque por meios ácidos(clorídrico,sulfúrico e fosfórico). Aços empregados para boretação : aços carbono,baixa liga,ferramenta e inoxidável
Compartilhar