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TRABALHO ECOLOGICA KARINA 1

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11.4 – resumo 
 A atividade agricola, ao mesmo tempo que cumpre um papel fundamental para a erradicação da fome no mundo está diretamente associada à demanda insustentável pelos recursos naturais. Segundo as organização das nações unidas para agricultura e alimentação, a produção agropecuária é a principal fonte antropogênica de gases responsáveis pelo efeito estufa e contribui de forma significativa para outros tipos de contaminação do ar e da agua. Alem disso, os metodos agricolas , flçorestais e pesqueiros são as principais causas da perda de biodiversidade no mundo. 
 A degradação ambiental no setor agricola esta associada principalmente à expansão da frontira produtiva, à utilização de defensivos quimicos e ao arranjo ineficiente destes e dos demais insumos. Da mesma forma, particularmente no caso das commodities agricolas, a necessidade de continuos ganhos de produtividade visando à transposição das barreiras protecionistas no mercado internacional é considerada incompativel com os padroes ecologicamente sustentaveis de produção.
de acordo com Procopio filho vaz e tachinardi (1994), existe um amplo consenso de que barreiras comerciais e subsidios na area agricola tem provocado significativas distorções de mercado em prejuízo aos PEDs e induzido modos ineficientes de produção. Há varias evidencias de que o protecionismo agricola não somente pode falhar na ajuda ao meio ambiente, como pode ser uma fonte importante de degradação ambiental.
Entretanto os mesmos autores ressalvam que o comércio agrícola não pode ser inequivocamente apontado como o principal causador dos danos ambientais gerados a partir da agricultura. No longo prazo, os efeitos dinâmicos da liberalização do comercio neste setor dependerão do seu impacto sobre o uso de insumos (agroquímicos em particular) e do aporte de tecnologias que permitam maximizar o uso do solo, da água e dos insumos produtivos. A política de subsídios adotada pelos principais países da OCDE (Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico), no intuito de garantir a competitividade dos seus produtos, reduz os preços internacionais das commodities agrícolas, contribuindo para a estagnação econômica dos PEDs. Em contrapartida, cada vez mais, os PEDs vêem-se obrigados a intensificar o uso de defensivos agrícolas e outras práticas degradantes ao meio ambiente, afim de não verem abalada a competitividade dos seus principais produtos destinados à exportação.
Os dados estimados para o consumo mundial de agroquímicos destinados à produção agrícola nas décadas de 1980 e 1990, evidenciam o contraste Norte-Sul na orientação de políticas agrícolas e ambientais. Ao passo que as legislações ambientais nacionais dos PDs eram orientadas no sentido de criarem incentivos ao abandono a praticas potencialmente agressivas à paisagem rural e mantinham a política de subsídios ao setor, nos PEDs a utilização em larga escala dos chamados insumos modernos, como fertilizantes, era proclamada como medida fundamental para resguardar a competitividade de seus produtos agrícolas no exterior.
Os PEDs, por sua vez, condenam ações “ecoprotecionistas” que pressionam pela harmonização internacional de normas e padrões ambientais, utilizando-se de três argumentos principais. O primeiro diz respeito à diferença de prioridade entre países ricos e pobres: os PDs já adquiriram índices de desenvolvimento satisfatórios, podendo dar ao ecossistema uma prioridade maior do que os PEDs que ainda necessitam melhorar significamente as condições básicas à toda população, como saneamento básico, acesso à saúde e à educação e garantir a segurança alimentar e por isso a questão ambiental nos PEDs é vista em segundo plano, como demonstrado na figura abaixo: 
O segundo argumento enfatiza que os PDs só se desenvolveram porque, no passado, enriqueceram fazendo uso das bases naturais que dispunham em seus territórios ou colônias, o que contribuiu significamente para o atual estágio de degradação ambiental do planeta. 
O terceiro argumento é sustentado nas conclusões expressas no relatório Bruntland, documento oficial da Comissão Mundial sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente, que sistematizou e divulgou o conceito de desenvolvimento sustentável. Neste é deixado claro que a degradação ambiental não pode ser confrontada de forma efetiva na ausência de crescimento econômico e de redução da pobreza. Assim, sendo o comercio internacional, uma das fontes de crescimento econômico, não pode ser reduzido senão sob alguma forma de compensação por parte dos PDs.
Tendo em vista a atual tendência de estes países procurarem intensificar a aplicação extraterritorial de normas e padrões ambientais, visando à harmonização dos mesmos, intensifica-se o risco de os PEDs virem a confrontar-se com medidas restritivas ao seu comercio agrícola. 
Historicamente o setor agrícola ocupa um papel de destaque na economia brasileira. Desde o descobrimento até a emancipação política e econômica do Brasil no século XIX, os períodos de prosperidade ou crise na economia nacional estiveram ligados, direta ou indiretamente, às condições mercadológicas dos produtos agrícolas exportados. Mesmo após a desestruturação do tradicional modelo agroexportador de desenvolvimento na década de 1930, e a subseqüente passagem da economia brasileira de predominantemente agrícola para uma economia alimentar industrializada na década de 1980, a agricultura jamais deixou de figurar entre as principais atividades econômicas do país. 
Paralelamente à maturação desse processo, ao longo da decada de 1980, ocorre a reversão da postura intervencionista do Estado e a partir daí, mais intensamente após a abertura comercial da decada de 1990, a agricultura brasileira é definitivamente orientada em direção a economia de mercado. 
O aquecimento do setor do agronegocio no período 1998-2003 contrasta com o desaquecimento dos demais setores da economia brasileira e de certa forma confirma as expectativas da CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) , que já previa um processo de “desindustrialização” das economias latino - americanas que aderissem o chamado consenso de Washington.
No comercio exterior, o mesmo diagnostico é valido, visto que houve uma “reprimarização” das trocas internacionais brasileiras em decorrencia do crescimento da competitividade dos produtos agricolas na ultima decada. 
Em 2007 as exportações brasileiras do agronegocio totalizaram U$$58,4 bilhões, enquanto em 1997, apenas U$$23,4 bilhões. Segundo o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), entre 2000 e 2007, periodo de maior impulso dessas exportações, o valor comercializado registrou taxa media anual de crescimento de 16%, refletindo os aumentos anuais de 4,2% nos preços e 11,3% nas quantidades exportadas.
Não obstante o comportamento favoravel da demanda externa tenha sido fundamental para a expansão das exportações agropecuárias, são muitos os condicionantes internos que tambem contribuíram decisivamente para o sucesso do setor agroexportador brasileiro. Dentre estes destaca-se a consolidação de um ambiente institucional favoravel a produção de grãos. Segundo os dados da CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento ) entre as safras de 1993/1994 e 2007/2008, a produção de grãos passou de 76,04 para 144,11 milhões de toneladas, o que equivale a um crescimento de 88,63% no periodo. O mais surpreendente é que este crescimento ocorreu, principalmente, via ganhos de produtividade (toneladas/hectare), visto que o avanço da fronteira agricola foi de apenas 21,7%. 
a mensuração dos impactos desta expansão da safra agricola em termos de sustentabilidade ambiental é complexa e envolve a avaliação de diversos fatores. Se por um lado o melhor aproveitamento da terra permitiu a conservação de areas ainda não exploradas, por outro a expansão das monoculturas de exportação trasnaformou a paisagem natural e intensificou o uso de insumos considerados degradantes ao meio ambiente.
De acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentaçãoe Agricultura ) , as principais categorias de impactos ambientais relacionados ao cultivo agricola são basicamente, os efeitos para a saúde humana, a erosão do solo, as perdas da fauna e da flora e também a contaminação das aguas freáticas e superficiais.

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