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Aula 01 Direito Trabalho - Teoria e Exercícios

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CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA
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Olá, 
Sejam todos bem-vindos! 
É muito bom estar aqui com vocês iniciando este curso de 
Direito do Trabalho! 
Vamos iniciar a nossa 1ª aula, estudando os Princípios do 
Direito do Trabalho, tema que constitui a base do estudo do 
Direito do Trabalho. 
Aula 1: Dos princípios e fontes do Direito do Trabalho. Dos 
direitos constitucionais dos trabalhadores (art. 7.º da CF/88). 
1.1 Princípios do Direito do Trabalho: Os Princípios são 
formas de integração da norma jurídica, isto porque eles atuam 
como fonte de integração das normas jurídicas, objetivando 
suprir as lacunas existentes no ordenamento jurídico. 
Observem que o art. 8º da CLT permite a aplicação dos 
princípios de direito do trabalho como fonte de integração, ou 
seja, fonte supletiva da lacuna existente no ordenamento 
jurídico. 
Art. 8º da CLT As autoridades administrativas e a 
Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou 
contratuais, decidirão, conforme o caso, pela 
jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros 
princípios e normas gerais de direito, principalmente do
direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e 
costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira 
que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça 
sobre o interesse público. 
 Parágrafo único - O direito comum será fonte 
subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que não for 
incompatível com os princípios fundamentais deste. 
DICA: Portanto, já podemos afirmar que são fontes integrativas 
ou supletivas do direito do trabalho: 
¾ A Jurisprudência; 
¾ A Analogia; 
¾ A Equidade; 
¾ Os Princípios Gerais do Direito do Trabalho; 
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¾ Os Princípios Gerais do Direito; 
¾ Os Usos e costumes; 
¾ O Direito Comparado. 
Vejamos, agora, os princípios peculiares do Direito do 
Trabalho! 
a) Princípio da Irrenunciabilidade dos Direitos: Este 
princípio é conhecido também como princípio da 
indisponibilidade ou da inderrogabilidade, caracterizando-
se pelo fato de que os empregados não poderão 
renunciar aos direitos trabalhistas que lhes são inerentes. 
Caso eles renunciem, os atos praticados serão 
considerados nulos de pleno direito, ou seja, 
independentemente de manifestação judicial. 
Exemplificando: A empregada Ana renunciou ao seu 
direito de gozar férias de 30 dias, pois decidiu trocar o gozo das 
mesmas pelo pagamento de uma indenização de dez vezes o 
valor de seu salário proposta feita pela sua empregadora Tecnic 
Ltda. O ato praticado por Ana e por sua empregadora feriu o art. 
9º da CLT, uma vez que Ana não poderia renunciar o seu direito 
de gozar férias. 
 
 Art. 9º da CLT Serão nulos de pleno direito os atos 
praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou 
fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente 
Consolidação. 
b) Princípio da Primazia da Realidade: Trata-se de um 
princípio geral do direito do trabalho que prioriza a 
verdade real diante da verdade formal. Assim, entre os 
documentos que disponham sobre a relação de emprego 
e o modo efetivo como, concretamente os fatos 
ocorreram, devem-se reconhecer estes em detrimento 
daqueles. 
DICA: As expressões abaixo são abordadas em provas para 
referirem-se ao Princípio da Primazia da Realidade. 
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¾ Prioriza-se a verdade real em relação à verdade formal ou 
aparente. 
¾ Os fatos prevalecem sobre os documentos. 
¾ Os fatos definem a verdadeira relação jurídica havida 
entre as partes e não os documentos. 
c) Princípio da Proteção: Geralmente, o empregado não 
possui a mesma igualdade jurídica do empregador, e por isso o 
direito do trabalho objetiva igualar os desiguais, através da 
busca de uma igualdade jurídica entre as partes. Em busca 
desta igualdade substancial o direito do trabalho protege a parte 
mais fraca da relação jurídica, que é o empregado. 
Assim, o princípio da proteção resulta das normas 
imperativas e, portanto de ordem pública que caracteriza a 
intervenção do Estado nas relações de trabalho, com o objetivo 
de proteger o empregado considerado hipossuficiente nas 
relações laborais. 
“O princípio da proteção ao trabalhador está caracterizado 
pela intensa intervenção estatal brasileira nas relações entre 
empregado e empregador, o que limita e muito a autonomia da 
vontade das partes” (Vólia Bonfim Cassar). 
A doutrina considera que o princípio da proteção abrange 
os seguintes princípios, que serão estudados a seguir: princípio 
in dúbio pro operário, princípio da norma mais favorável e 
princípio da condição mais benéfica. 
d) Princípio In dúbio Pro operário: Este princípio, corolário ao 
princípio da proteção ao trabalhador, caracteriza-se pelo fato de 
que o intérprete do direito ao defrontar-se com duas 
interpretações possíveis deverá optar pela mais favorável ao 
empregado, desde que não afronte a nítida manifestação do 
legislador e nem se trate de matéria probatória (direito 
processual). Portanto, quando ocorrerem dúvidas em relação a 
que dispositivo legal aplicar, deve-se aplicar aquele que seja 
mais favorável ao empregado. 
 
 
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Não poderia deixar de registrar que há uma corrente minoritária 
que entende que o princípio in dúbio pro operário poderá ser 
aplicado do processo do trabalho no que se refere à matéria 
probatória. Ressalto que para as provas objetivas deveremos 
nos filiar ao entendimento majoritário que é no sentido da 
inaplicabilidade do princípio in dúbio pro operário ao processo 
do trabalho. 
DICA: Alguns doutrinadores denominam o princípio “in 
dúbio pro operário” de “in dúbio pro misero” 
e) Princípio da Condição Mais Benéfica: Este princípio 
determina a prevalência das condições mais vantajosas ao 
empregado ajustadas no contrato de trabalho, no regulamento 
da empresa ou em norma coletiva, mesmo que sobrevenha 
norma jurídica imperativa e que determine menor proteção, uma 
vez que se aplica a teoria do direito adquirido do art. 5º, XXXVI 
da CRFB/88. 
Para que vocês possam entender melhor a teoria do 
direito adquirido em relação ao princípio da norma mais 
favorável, cito um exemplo dado pela professora Vólia Bonfim 
Cassar: 
Exemplificando: “Contrato de trabalho estabelece labor de oito 
às 17 horas, de segunda à sexta-feira, com uma hora de 
refeição e das oito às 12 horas aos sábados, com descanso aos 
domingos, respeitando o limite legal de 44 horas semanais. 
Todavia, o empregador permitiu, nos últimos três anos de 
contrato, que o empregado Manoel da Silva cumprisse de 
segunda a sexta-feira a jornada de seis horas, concedendo 
folga todos os sábados e domingos.” 
Agora, o empregador de Manoel não poderá mais exigir 
que ele trabalhe oito horas diárias e nem aos sábados, porque 
ele permitiu que Manoel usufruísse de uma condição mais 
favorável. Se o empregador de Manoel obrigá-lo a trabalhar oito 
horas por dia, deverá
pagar como horas extras as duas horas 
diárias, por aplicação do princípio da condição mais benéfica e 
da OJ 308 da SDI- 1 do TST. 
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DICA: Há duas Súmulas do TST que abordam implicitamente 
este princípio, a 51 e a 288: 
 Súmula 51 do TST I - As cláusulas regulamentares, que 
revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, só 
atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou 
alteração do regulamento. II - Havendo a coexistência de dois 
regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles 
tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro. 
Súmula 288 do TST A complementação dos proventos da 
aposentadoria é regida pelas normas em vigor na data da 
admissão do empregado, observando-se as alterações 
posteriores desde que mais favoráveis ao beneficiário do direito. 
f) Princípio da Norma mais favorável: Caracteriza-se por ser 
um princípio, em virtude do qual, independente da sua 
hierarquização na escala das normas jurídicas aplicar-se-á a 
que for mais favorável ao trabalhador. Assim, havendo razoável 
interpretação de duas normas, deve-se optar por aquela mais 
vantajosa ao trabalhador. 
Como saber qual a norma mais favorável? 
A doutrina aponta três teorias que ajudam na aferição da 
norma mais favorável: 
1ª Teoria ou Princípio do Conglobamento ou da 
Incindibilidade: Através desta teoria ao aferir-se qual a norma 
mais favorável ao empregado o intérprete deverá buscar a regra 
mais favorável em seu conjunto, ou seja, não poderá fragmentar 
as normas, escolhendo o que for melhor de cada uma delas. 
2ª Teoria ou Princípio Atomista ou da Acumulação: 
Estabelece que o operador jurídico ao aplicar a norma mais 
favorável poderá utilizar preceitos mais favoráveis de uma e de 
outra norma, acumulando-se preceitos favoráveis ao 
empregado criando assim, regras jurídicas próprias. 
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3ª Teoria Intermediária: Também conhecida por Teoria 
Moderada caracteriza-se pela impossibilidade de fragmentar as 
cláusulas das normas jurídicas em conflito. 
1.2. Fontes do Direito do Trabalho: As fontes do direito do 
trabalho dividem-se em materiais e formais. 
 As fontes materiais são os fatos sociais que deram origem 
à norma, como por exemplo, as greves, os movimentos sociais 
organizados pelos trabalhadores, as lutas de classes, a 
concentração do proletariado ao redor das fábricas, a revolução 
industrial, os conflitos entre o capital e o trabalho, e todos os 
fatos sociais que derem origem à formação do direito do trabalho. 
 A fonte formal é a manifestação da ordem jurídica 
positivada, ou seja, a norma é elaborada com a participação 
direta dos seus destinatários (fontes formais autônomas) ou sem 
a participação direta dos seus destinatários (fontes formais 
heterônomas). 
As fontes formais dividem-se em autônomas e heterônomas. 
Consideram-se fontes formais autônomas a convenção coletiva 
e os acordos coletivos, que são produzidos sem a participação 
direta do Estado. Isto porque a convenção coletiva é celebrada 
entre dois Sindicatos, um representante de empregados e outro 
representante de empregadores. Ao passo que o acordo 
coletivo é celebrado entre empresa ou grupo de empresas e o 
Sindicato de empregados. 
™ Fonte Material 
 (fatos sociais) 
Fontes do Direito do Trabalho 
 Formal Autônoma 
 (Participação dos destinatários) 
™ Fonte Formal 
 Formal Heterônoma 
 (Participação do Estado) 
 
 São consideradas fontes formais heterônomas as leis, a 
CLT, a Constituição Federal, os decretos, a sentença normativa, 
as Súmulas vinculantes editadas pelo STF, as medidas 
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provisórias, as emendas à constituição, os tratados e 
convenções internacionais ratificados pelo Brasil, dentre outros. 
As súmulas vinculantes editadas pelo STF são fontes 
formais heterônomas de direito. (Art. 103-A da CRFB/88). 
 
DICA: As súmulas vinculantes editadas pelo STF são fontes 
formais heterônomas de direito. (Art. 103-A da CRFB/88).
Temos duas Súmulas Vinculantes do STF importantes que se 
aplicam ao Direito do Trabalho, a de nº4 e a de nº6, que serão 
comentadas nas próximas aulas. 
DICA: Outro ponto importante é saber que a competência para 
legislar sobre direito do trabalho é privativa da União, conforme 
dispõe o art. 22, I da CRFB/88. 
DICA: A sentença que decide a ação civil pública não é fonte de 
direito do trabalho. 
O artigo 8º da CLT é o dispositivo legal que refere-se às 
fontes do direito do trabalho. 
Artigo 8º da CLT As autoridades administrativas e a 
Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou 
contratuais, decidirão, conforme o caso, pela 
jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros 
princípios e normas gerais de direito, principalmente do 
direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e 
costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira 
que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça 
sobre o interesse público. 
 Parágrafo único - O direito comum será fonte 
subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que não for 
incompatível com os princípios fundamentais deste. 
O artigo acima transcrito sendo o dispositivo da CLT que 
trata de fontes do direito do trabalho é muito cobrado em 
provas. 
 
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DICA: As bancas consideram como fontes supletivas a 
jurisprudência, a analogia, a equidade, e os outros princípios e 
normas de Direito do trabalho e de direito, os usos e costumes e 
o direito comparado. Portanto, já podemos afirmar que são 
fontes integrativas ou supletivas do direito do trabalho: 
¾ A Jurisprudência: Considera-se jurisprudência a reunião 
de decisões reiteradas dos Tribunais em um mesmo 
sentido para suprir lacunas do ordenamento jurídico. É 
importante lembrar que a Súmula é a jurisprudência 
pacificada de determinado Tribunal e a Orientação 
Jurisprudencial é o entendimento majoritário de 
determinado Tribunal. 
¾ A Analogia: A analogia é a aplicação
de dispositivos legais 
que tratam de casos semelhantes. Ela divide-se em 
Analogia “Legis” e Analogia “Iuris”, a primeira ocorrerá 
quando o aplicador do direito recorrer a determinado 
dispositivo legal que regula uma matéria semelhante, na 
ausência de dispositivo legal relativo ao tema. Já a 
Analogia “Iuris” ocorrerá quando não existir um preceito 
legal semelhante e o aplicador do direito recorrer aos 
princípios gerais do direito, por exemplo. 
¾ A Equidade: O conceito de equidade derivado próprio 
nome, sendo considerada a disposição de agir com 
Justiça, equilibrando a justa medida entre as coisas. É 
oportuno ressaltar que o juiz somente poderá decidir por 
equidade nos casos previstos em lei, conforme dispõe o 
art. 127 do CPC. 
¾ Os Princípios Gerais do Direito do Trabalho: O princípio é 
o que orienta o aplicador do direito na sua atividade 
interpretativa. Ele também orienta e guia o legislador em 
sua função legiferante. 
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¾ Os Princípios Gerais do Direito: Como o da isonomia, da 
lealdade, da boa-fé, etc. 
¾ Os Usos e costumes: Há quem faça a distinção entre os 
usos e os costumes. Mas para o nosso estudo para 
provas objetivas o importante é saber que os costumes 
contra a lei não são admitidos. Apenas serão admitidos os 
costumes “praeter legem”, ou seja, para suprir as lacunas 
da lei. 
¾ O Direito Comparado: Permite-se a utilização de direito 
estrangeiro quando a legislação pátria não oferecer 
solução para determinado conflito de interesses. Ressalta-
se que o direito comparado somente poderá ser utilizado 
como fonte supletiva (art. 8º da CLT). 
Há várias fontes polêmicas, ou seja, uns doutrinadores 
consideram fontes e outros não. Assim, destas fontes não 
tratarei neste curso, pois o nosso foco são as provas objetivas. 
 
Apenas citarei as principais fontes polêmicas. São elas: 
portaria, avisos, instrução, circular, sentença arbitral, 
regulamento empresarial, jurisprudência que não sejam as 
súmulas vinculantes, doutrina, cláusulas contratuais, analogia e 
equidade. 
Em todo ordenamento jurídico há uma pirâmide de 
hierarquia de normas a serem seguidas e em caso de conflitos 
entre as normas, deve-se seguir a ordem hierárquica da 
pirâmide para que o mesmo possa ser solucionado. 
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 Hierarquia das Fontes 
 
 Constituição 
 Lei (CLT) 
 Regulamento 
 Sentença normativa 
 Convenção coletiva de trabalho 
 Costume 
A pirâmide hierárquica é rígida no Direito do Trabalho? 
Não, a pirâmide hierárquica não é rígida no direito do 
trabalho porque prevalece o princípio da norma mais favorável. 
Assim, deverá prevalecer a norma que for mais favorável ao 
empregado, mesmo que esteja abaixo de outra norma 
hierarquicamente considerada. 
1.3. Direitos Constitucionais dos Trabalhadores: 
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 
em seu art. 7º trata dos direitos sociais dos trabalhadores 
urbanos e rurais. A melhor forma de explicar estes dispositivos 
constitucionais é através de resolução de questões, sendo 
assim vou incluir uma assertiva de prova dentre as explicações 
dos incisos do art. 7º, que estarão com as partes importantes 
destacadas. 
 
 
 
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DICA: As bancas organizadoras de concursos públicos 
costumam abordar as normas contidas neste artigo nas provas 
de Direito Constitucional, abordando nas questões de Direito do 
Trabalho outros temas referentes à disciplina. 
 Art. 7º da CF/88 São direitos dos trabalhadores 
urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria 
de sua condição social: 
I - relação de emprego protegida contra despedida 
arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei 
complementar, que preverá indenização compensatória, 
dentre outros direitos; 
Não existe a lei complementar que regulamente este artigo, 
porém o art. 10 do ADCT multiplica por 4 vezes a indenização 
prevista na antiga Lei do FGTS, ficando em 40% a indenização 
contra despedida imotivada, sem justa causa. 
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego 
involuntário; 
O seguro-desemprego é um benefício previdenciário 
conferido à classe trabalhadora urbana e rural em caso de 
desemprego involuntário. 
É oportuno lembrar que a empregada doméstica não faz 
jus ao seguro-desemprego, por si só. Ela somente fará jus ao 
benefício do seguro-desemprego quando o seu empregador 
doméstico a inclui no regime do FGTS, que é facultativo para 
esta categoria. 
Tem direito ao benefício todo trabalhador dispensado sem 
justa causa que comprovar: 
a) Ter recebido salários consecutivos nos últimos seis 
meses; 
b) Ter trabalhado pelo menos seis meses nos últimos 36 
meses; 
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c) Não estar recebendo nenhum benefício da Previdência 
Social de prestação continuada, exceto auxílio acidente ou 
pensão por morte. 
d) Não possuir renda própria para o seu sustento e de 
seus familiares. 
¾ O empregado doméstico somente terá direito a 
receber o benefício do seguro-desemprego quando 
tenha trabalhado pelo menos 15 meses nos últimos 
24 meses inscrito no sistema do FGTS, de acordo 
com o art. 6º-A da lei 5.5859/72. 
¾ O empregado doméstico receberá no máximo 3 
parcelas do seguro-desemprego no valor máximo de 
um salário mínimo. 
¾ Os demais empregados terão direito ao seguinte 
número de parcelas: 
III - fundo de garantia do tempo de serviço; 
O FGTS é regido pela Lei 8.036/90 que será estudada nas 
próximas aulas. As bancas gostam muito de abordar em relação 
ao FGTS a Súmula que trata da prescrição, que será estudada 
de forma aprofundada na aula referente ao tema prescrição e 
decadência. 
O prazo prescricional para o empregado reclamar 
diferenças de depósitos no FGTS é de 30 anos para trás, 
porém, após deixar o emprego, este somente terá dois anos 
para reclamá-las. 
De 3 a 5 parcelas do benefício, de acordo com a quantidade de 
meses trabalhados nos últimos 36 meses anteriores à dispensa, 
da seguinte forma: 
De 06 a 11 meses ................ 03 Parcelas 
De 12 a 23 meses .................. 04 Parcelas 
De 24 a 36 meses ................... 05 Parcelas 
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Este é o entendimento da Súmula 362 do TST. 
Súmula 362 do TST É trintenária a prescrição do direito de 
reclamar contra o não-recolhimento da contribuição para o 
FGTS, observado o prazo de 2 (dois) anos após o término do 
contrato de trabalho. 
IV - salário mínimo fixado em lei, nacionalmente 
unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais 
básicas e às de sua família com moradia, alimentação, 
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e 
previdência social, com reajustes periódicos que lhe 
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua 
vinculação para qualquer fim; 
Aqui é oportuno citar as Súmulas vinculantes 4 e 6 do 
STF, que serão estudadas em um momento próprio. 
SÚMULA VINCULANTE Nº 4 STF Salvo os casos previstos na 
Constituição Federal, o salário mínimo não pode ser usado 
como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor 
público ou de empregado, nem ser substituído por decisão 
judicial. 
Súmula Vinculante 6 do STF NÃO VIOLA A CONSTITUIÇÃO 
O ESTABELECIMENTO DE REMUNERAÇÃO INFERIOR AO 
SALÁRIO MÍNIMO PARA AS PRAÇAS PRESTADORAS DE 
SERVIÇO MILITAR INICIAL. 
V - piso salarial proporcional à extensão e à 
complexidade do trabalho; 
Piso salarial é o valor mínimo garantido ao trabalhador, 
sendo fixado por lei, convenção coletiva ou sentença normativa. 
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em 
convenção ou acordo coletivo; 
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para 
os que percebem remuneração variável; 
 
 
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Este inciso protege o trabalhador que recebe salário 
misto, ou seja, aquele salário com parte fixa e parte variável, ou 
que recebe salário variável, como comissões, gorjetas ou 
tarefas. 
Assim, o trabalhador que recebe remuneração variável 
não poderá auferir menos que o salário mínimo. 
Vamos às questões de prova! 
Gabarito: 
71-Errada. O art. 7º, IV da CRFB/88 diz que o salário mínimo, 
fixado em lei, é nacionalmente unificado. O dispositivo não 
menciona o local onde resida o trabalhador. 
72-Certa. O art. 7º VI, da CRFB/88 fala do Princípio da 
irredutibilidade salarial que somente poderá ocorrer por acordo 
ou convenção coletiva de trabalho. 
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração 
integral ou no valor da aposentadoria; 
A gratificação de Natal, também conhecida como 13º 
salário, é um direito constitucionalmente assegurado a todos os 
trabalhadores urbanos e rurais a partir da CF/88. 
¾ A gratificação de Natal foi instituída pela Lei 4090, 
de 13/07/1962, regulamentada pelo Decreto 57.155, 
de 03/11/1965, e alterações posteriores. 
(CESPE/TST/Técnico Judiciário- Área Administrativa/2007) Com 
base na Constituição Federal de 1988 e na Consolidação das Leis 
do Trabalho (CLT), julgue os itens seguintes acerca dos direitos dos 
trabalhadores urbanos e rurais. 
71. O salário mínimo é fixado por lei federal, variando segundo as 
peculiaridades de cada região do país, de modo a preservar as 
necessidades vitais do trabalhador e de sua família, conforme o 
local onde resida. 
72. O salário pode ser reduzido por ajuste em convenção ou acordo 
coletivo de trabalho. 
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¾ Será devida a todo empregado, inclusive o o rural, 
safrista, o doméstico, o avulso. Corresponderá a 
uma gratificação de 1/12 (um doze avos) da 
remuneração por mês trabalhado. 
¾ A base de cálculo da remuneração é a devida no 
mês de dezembro do ano em curso ou a do mês do 
acerto rescisório, se ocorrido antes desta data. 
¾ O Décimo Terceiro é devido por mês trabalhado, ou 
fração do mês igual ou superior a 15 dias. 
¾ O empregado tem o direito de receber o 
adiantamento da primeira parcela junto com suas 
férias, desde que o requeira no mês de janeiro do 
ano correspondente. 
¾ O empregador não está obrigado a pagar o 
adiantamento do Décimo Terceiro a todos os 
empregados no mesmo mês. 
¾ A gratificação de Natal será ainda devida na 
extinção do contrato por prazo determinado, na 
cessação da relação de emprego por motivo de 
aposentadoria, e no pedido de dispensa pelo 
empregado. 
¾ Não terá direito ao Décimo Terceiro o empregado 
que for dispensado por justa causa. 
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do 
diurno; 
O trabalho noturno do urbano tem remuneração de 20% 
superior ao diurno; já o do rural, de 25%. 
DICA: A banca UnB/CESPE tem uma tendência de abordar 
questões nas quais, busca-se o dispositivo legal em que está 
contido determinado direito. Portanto, se ela afirmar que o 
adicional de 20% do Urbano está descrito na Constituição 
Federal, a assertiva estará errada. 
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo 
crime sua retenção dolosa; 
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XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada 
da remuneração, e, excepcionalmente, participação na 
gestão da empresa, conforme definido em lei; 
O fato de ser desvinculada da remuneração faz com que a 
participação nos lucros não seja computada para incidência de 
depósitos do FGTS e de contribuições previdenciárias, pois não 
constitui verba de natureza salarial. 
XII - salário-família pago em razão do dependente do 
trabalhador de baixa renda nos termos da lei; 
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito 
horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada 
a compensação de horários e a redução da jornada, 
mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; 
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em 
turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação 
coletiva; 
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente 
aos domingos. 
Gabarito: 73-Errada. O art. 7º,XV, da CRFB/88 trata do repouso 
semanal remunerado que deverá ocorrer preferencialmente aos 
domingos, sendo de vinte e quatro horas consecutivas . A Lei 
605/49 disciplina o repouso semanal remunerado. 
(CESPE/TST/Técnico Judiciário- Área Administrativa/2007) Com 
base na Constituição Federal de 1988 e na Consolidação das Leis 
do Trabalho (CLT), julgue os itens seguintes acerca dos direitos dos 
trabalhadores urbanos e rurais. 
73. O repouso semanal remunerado deve necessariamente recair 
em domingos, sendo facultado ao trabalhador, por razão de crença 
religiosa, optar pela folga em sábados. 
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XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no 
mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; 
Gabarito: 75-Errada. O trabalho extraordinário terá o adicional 
de 50%, porém o adicional noturno para o urbano será de 20% 
e para o rural será de 25%. 
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo 
menos, um terço a mais do que o salário normal; 
Gabarito: A assertiva está errada, uma vez que a CF/88 não 
menciona o prazo das férias que é mencionado no art. 130 da 
CLT. 
Art. 7º VII da CF/88 - gozo de férias anuais remuneradas 
com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; 
Art. 130 da CLT - Após cada período de 12 (doze) meses 
de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá 
direito a férias, na seguinte proporção: 
(CESPE/TST/Técnico Judiciário- Área Administrativa/2007) Com 
base na Constituição Federal de 1988 e na Consolidação das Leis 
do Trabalho (CLT), julgue os itens seguintes acerca dos direitos dos 
trabalhadores urbanos e rurais. 
75. O trabalho extraordinário e o noturno serão remunerados com o 
adicional pertinente de 50% sobre o valor da hora normal de 
trabalho. 
(CESPE/UnB - Procurador do Município de Vitória/2007) A 
Constituição Federal assegura a todos os trabalhadores urbanos e 
rurais o direito a férias de, no mínimo, trinta dias. 
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I- 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao 
serviço mais de 5 (cinco) vezes; 
II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 
6 (seis) a 14 (quatorze) faltas; 
III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 
(quinze) a 23 (vinte e três) faltas; 
IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte 
e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas. 
§ 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do 
empregado ao serviço. 
§ 2º - O período das férias será computado, para todos os 
efeitos, como tempo de serviço 
Gabarito: 92. Errada. O adicional de férias é um terço e não um 
sexto como consta na assertiva. 
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do 
salário, com a duração de cento e vinte dias; 
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; 
A licença-paternidade será de cinco dias. Atenção: serão 
apenas cinco dias, e não dias úteis ou dias corridos. (Vide art. 
10, § 1º, do ADCT). 
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, 
mediante incentivos específicos, nos termos da lei; 
(UnB/CESPE-TRT 5.a Região/Analista Judiciário/Execução de 
Mandados/2008) 
92. Segundo a CF, o trabalhador tem direito ao gozo de férias 
anuais remuneradas com um adicional de, pelo menos, um sexto do 
salário normal. 
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XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, 
sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; 
Gabarito: 76-Certa. De acordo com o Art. 7º, XXI, da CRFB/88. 
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio 
de normas de saúde, higiene e segurança; 
XXIII - adicional de remuneração para as atividades 
penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; 
As atividades insalubres possuem adicional de 10% (grau 
mínimo), 20% (grau médio) e 40% (grau máximo), conforme 
dispõe o art. 192 da CLT. O adicional para atividades perigosas 
é de 30%. 
XXIV – aposentadoria; 
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes 
desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em 
creches e pré-escolas; 
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos 
coletivos de trabalho; 
As convenções coletivas de trabalho são celebradas entre 
sindicatos de categoria econômica e de categoria profissional. 
Já os acordos coletivos de trabalho são celebrados entre o 
sindicato da categoria profissional e uma ou mais empresas. 
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; 
(CESPE/TST/Técnico Judiciário- Área Administrativa/2007) Com 
base na Constituição Federal de 1988 e na Consolidação das Leis 
do Trabalho (CLT), julgue os itens seguintes acerca dos direitos dos 
trabalhadores urbanos e rurais. 
76. O aviso-prévio será proporcional ao tempo de serviço, 
observado, sempre, o mínimo de trinta dias, nos termos da lei. 
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Gabarito: 91. Certa. É o que dispõe o inciso XXVII do art. 7º da 
CF/88. 
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do 
empregador, sem excluir a indenização a que este está 
obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; 
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das 
relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco 
anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite 
de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; 
A prescrição é a extinção do direito de ação em virtude da 
inércia do seu titular em exercitá-lo dentro do prazo previsto. 
Este inciso é um dos mais importantes, pois trata da 
prescrição da ação trabalhista. Para Câmara Leal, prescrição é 
a extinção de uma ação ajuizável em virtude da inércia de seu 
titular durante um certo lapso de tempo, na ausência de causas 
preclusivas de seu curso. 
As causas preclusivas são aquelas que impedem, 
interrompem ou suspendem o curso do prazo prescricional, 
estando contidas nos arts. 194 a 207 do Código Civil e art. 440 
da CLT. 
Os institutos da prescrição e da decadência objetivam dar 
uma maior segurança jurídica à Sociedade e às relações 
jurídicas. Isto porque, no caso da prescrição, ocorrerá a 
limitação do exercício do direito de ação, o qual deverá ser 
exercido em determinado tempo. 
(UnB/CESPE-TRT 5.a Reg./Analista Judiciário/Execução de 
Mandados/2008) A respeito dos direitos sociais, julgue os seguintes 
itens. 
91 Entre os direitos sociais previstos na CF,inclui-se a proteção do 
trabalhador em relação à automação, na forma da lei. 
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Vamos às questões de prova! 
 
Comentários: Correta a letra “A”. A extinção do contrato de 
trabalho de Douglas ocorreu em Janeiro de 2008. Logo, ele teria 
até Janeiro de 2010 para ingressar com a ação. A partir do 
momento que ele ingressar com a ação ele contará o bloco de 5 
anos para traz, então como ele ingressou com a ação em 
Janeiro de 2009, subtraindo-se 5 anos, chegaremos à 
conclusão de que todos os direitos anteriores a Janeiro de 2004 
estariam prescritos. 
Questão de Prova: (FCC/TRT/16a REGIÃO - Técnico Judiciário - 
2009) Douglas laborava na empresa X desde Janeiro de 2002, 
sendo que em Janeiro de 2008 foi dispensado com justa causa. Em 
Janeiro de 2009, Douglas ajuizou reclamação trabalhista em face de 
sua ex-empregadora. Neste caso, em regra, não estarão prescritos 
direitos trabalhistas do ano de 
(A) 2004 em diante. 
(B) 2006 em diante. 
(C) 2003 em diante. 
(D) 2002 em diante. 
(E) 2007 em diante. 
(FCC/Analista Judiciário/TRT 24ª Região)
O direito de ação 
quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em
a) dois anos para o trabalhador urbano e cinco anos para o 
trabalhador rural, após a extinção do contrato; 
b) dois anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de 
um ano após a extinção do contrato; 
c) dois anos para os trabalhadores urbanos e rurais,, após a 
extinção do contrato, sem prazo limite para a interposição da ação; 
d) cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de 
dois anos após a extinção do contrato; 
e) cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, após a 
extinção do contrato, sem prazo limite para a interposição da ação. 
 
 
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Comentários: Correta a letra “D”. 
Art. 7º XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das 
relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos 
para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois 
anos após a extinção do contrato de trabalho; 
Comentários: A assertiva está correta. De acordo com o 
art. 7º, XXIX da Constituição Federal o empregado teria 
até outubro de 2005 para ajuizar reclamação trabalhista, 
uma vez que o prazo é de dois anos após a extinção do 
contrato de trabalho. Trata-se da prescrição total.O 
empregado ajuizou a ação em agosto de 2004,a 
prescrição parcial do direito de reclamar direitos 
trabalhistas ocorrerá em agosto de 1999. Logo a 
reclamação do pagamento de salário de 2001 não está 
prescrita. 
XXX – proibição de diferença de salários, de exercício de 
funções e de critério de admissão por motivo de sexo, 
idade, cor ou estado civil; 
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a 
salário e critérios de admissão do trabalhador portador 
de deficiência; 
(CESPE/UnB - Procurador do Município de Vitória/2007) 
Considere a seguinte situação hipotética. Um empregado não 
recebeu o salário do mês de Junho de 2001. Em outubro de 2003, 
ele foi dispensado sem justa causa. Em agosto de 2004, ajuizou 
reclamação trabalhista para receber o valor do salário que não foi 
pago em Junho de 2001. Nessa situação não há prescrição a ser 
consumada. 
 
 
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Em nenhuma hipótese os menores de 18 anos poderão 
exercer trabalho noturno, perigoso ou insalubre. Quanto ao 
aprendiz, o art. 428 da CLT dispõe o limite de idade de 14 até 
24 anos, exceto se ele for portador de deficiência, caso em que 
não haverá limite de idade. 
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, 
técnico e intelectual ou entre os profissionais 
respectivos. 
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou 
insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a 
menores de dezesseis anos, salvo na condição de 
aprendiz, a partir de quatorze anos; 
Em nenhuma hipótese os menores de 18 anos poderão 
exercer trabalho noturno, perigoso ou insalubre. Quanto ao 
aprendiz, o art. 428 da CLT dispõe o limite de idade de 14 até 
24 anos, exceto se ele for portador de deficiência, caso em que 
não haverá limite de idade. 
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com 
vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. 
Trabalhador avulso é aquele que mesmo não possuindo 
vínculo de emprego receberá todos os direitos trabalhistas, pois 
a CRFB/88 determinou a aplicação do princípio da igualdade 
entre eles. 
 Distingue-se o trabalhador avulso do empregado porque a 
relação de trabalho não é contínua, ele será designado pelo 
sindicato ou pelo órgão gestor de mão-de-obra portuária. 
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos 
trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, 
VI,VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua 
integração à previdência social. 
 
 
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DICA: Em relação ao parágrafo único do art. 7º da CF/88, 
elaborei o quadro esquemático abaixo, uma vez que já vi provas 
de concursos públicos abordarem quais seriam os direitos 
constitucionais, previstos no art. 7º da CF/88, comuns ao 
doméstico, ao militar e ao servidor público. 
Observem que são 4 direitos e estão destacados em azul 
os direitos comuns aos três. 
 Doméstico Servidor Público Militar 
 13 º Salário 13 º Salário 13 º Salário 
Licença-gestante Licença-gestante Licença-gestante 
Férias + 1/3 Férias + 1/3 Férias + 1/3 
Licença Paternidade Licença Paternidade Licença Paternidade 
Salário Mínimo Salário Mínimo Salário família 
Irredutibilidade do 
Salário 
Remuneração do 
trabalho noturno 
Assistência gratuita 
aos filhos e 
dependentes em 
creches e pré-escolas. 
Repouso Semanal 
Remunerado 
Repouso Semanal 
Remunerado 
Aviso Prévio (30 dias) Salário família 
Aposentadoria Adicional de horas 
extras de 50% 
Integração à 
Previdência Social 
Proteção do mercado 
de trabalho da mulher 
Redução dos riscos 
inerentes ao trabalho 
Proibição de diferenças 
de salário. 
Art. 7º Parágrafo Único 
da CF/88. 
Art. 39, parágrafo 3º da 
CF/88. 
Art. 142, parágrafo 1º 
da CF/88. 
 
 
 
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1.4. Questões de Prova sem comentários: 
1. (FCC/Juiz do Trabalho- TRT - 14ª Região/2005) Sobre 
princípios do Direito do Trabalho: 
I. O art. 468 da CLT, que restringe a possibilidade de alteração 
nas condições de trabalho pactuadas pelas partes, de forma 
expressa ou tácita, observa o princípio da condição mais 
benéfica. 
II. A sucessão de empregadores, regulada pelos artigos 10 e 
448 da CLT, em sua definição clássica, tem como suporte o 
princípio da continuidade da relação de emprego, o mesmo se 
podendo dizer da regra jurisprudencial que confere ao 
empregador o ônus da prova do despedimento do empregado. 
III. Havendo dúvida fundada quanto ao alcance da norma 
trabalhista a ser aplicada ao caso concreto, bem como em 
relação à prova produzida no processo, deverá o julgador, na 
condição de intérprete, decidir em favor do empregado, 
invocando o princípio do in dubio pro operario. 
IV. A regra legal que transfere a apenas uma das partes do 
contrato de trabalho os riscos da atividade econômica consagra 
o princípio da alteridade, peculiar ao Direito do Trabalho. 
a) Há apenas uma proposição verdadeira. 
b) Há apenas duas proposições verdadeiras. 
c) Há apenas três proposições verdadeiras. 
d) Todas as proposições são verdadeiras. 
e) Todas as proposições são falsas. 
2. (ESAF- Procurador- PGDF /2007) Examine os itens 
seguintes: 
I - A fonte material do Direito do Trabalho é originária da 
pressão exercida sobre o Estado capitalista pela reivindicação 
dos trabalhadores; 
II - A Constituição, a lei, a sentença normativa e a convenção 
coletiva são fontes formais e heterônomas do Direito do 
Trabalho, e o regulamento de empresa, a sua vez, já não é mais 
considerado fonte do Direito do Trabalho; 
III - Norma constitucional de conteúdo material trabalhista pode 
ser desaplicada, no Direito do Trabalho, diante de conflito com 
norma profissional ou contratual mais favorável, desde que 
aquelas não tenham conteúdo de lei proibitiva; 
 
 
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IV-
Nos contratos de trabalho é legal a transformação das 
condições de trabalho por mútuo consentimento do empregador 
e do empregado; 
V - São nulos os atos praticados pelo empregador como 
objetivo de desvirtuar a aplicação dos preceitos trabalhistas, 
salvo se ratificados posteriormente pelo empregado. 
A quantidade de itens corretos é igual a: 
a) 1; b) 2; c) 3; d) 4; e) 5 
3. (UnB/CESPE- Técnico Judiciário/TRT- 9ª região/2007) 
Acerca dos princípios e fontes do Direito do Trabalho julgue os 
itens que se seguem. 
57. Quando houver omissão nas disposições da legislação 
trabalhista, nos contratos individuais ou nas convenções e 
acordos coletivos de trabalho, o juiz do trabalho pode julgar por 
precedente jurisprudencial, analogia ou por equidade, inclusive 
adotando o direito comum como fonte subsidiária. 
58. Uma das premissas do Direito do Trabalho é a busca da 
norma legal ou contratual pela melhoria das condições sociais 
do trabalhador sob pena de nulidade. 
4. (CESPE/UnB - Procurador do Município de Vitória/2007) 
Considere a seguinte situação hipotética. Um empregado não 
recebeu o salário do mês de Junho de 2001. Em outubro de 
2003, ele foi dispensado sem justa causa. Em agosto de 2004, 
ajuizou reclamação trabalhista para receber o valor do salário 
que não foi pago em Junho de 2001. Nessa situação não há 
prescrição a ser consumada. 
5. (UnB/CESPE – AGU/2009) Em cada um dos itens seguintes 
é apresentada uma situação hipotética seguida de uma 
assertiva a ser julgada, com relação aos direitos dos 
trabalhadores quanto à duração do trabalho. 
179 O horário de trabalho de João está distribuído em turnos 
para cobrir todo o período de atividade da empresa onde ele 
trabalha, que funciona ininterruptamente. João integra equipe 
de trabalho sujeita a sistema de revezamento, com alternância, 
para cada empregado, de jornadas diurnas e noturnas. Nessa 
situação hipotética, considerando-se que a jornada máxima 
para quem labora em turno ininterrupto de revezamento, de 
 
 
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acordo com a Constituição Federal, é de seis horas diárias, 
caso João trabalhe oito horas por dia, será necessário um 
acordo escrito de compensação de jornada, sob pena de o 
empregador ter de lhe pagar duas horas extras diárias. 
6. (UnB/CESPE – AGU/2009) Considerando as estabilidades 
provisórias, julgue os itens a seguir. 
183 Suponha que Plínio seja eleito diretor esportivo do 
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Ensino de 
São Paulo. Nessa situação hipotética, caso Plínio seja o 15.º 
diretor da entidade, ele não será detentor de estabilidade 
sindical. 
7. (UnB/CESPE – AGU/2009) Considerando as estabilidades 
provisórias, julgue os itens a seguir. 
184 Considere que uma empregada contratada em 20/11/2006 
tenha engravidado no curso da relação de emprego, tendo seu 
filho nascido no dia 5/12/2008. Nessa situação, a estabilidade 
da empregada se extinguirá em 5/4/2009. 
8. (UnB/CESPE - Juiz do Trabalho/TRT 5ª. Região/2007) Com 
base no conceito, na natureza, na autonomia, na flexibilização, 
na desregulamentação e nas fontes do direito do trabalho, 
assinale certo ou errado: Um exemplo de flexibilização das 
normas trabalhistas, previsto na Constituição Federal de 1988, 
refere-se à possibilidade de majoração da jornada de trabalho 
de seis horas para turnos ininterruptos de revezamento, 
mediante negociação coletiva. 
9. (UnB/CESPE/Juiz do Trabalho - TRT 5ª Reg./2007) 
Considerando as fontes formais do direito do trabalho, seu 
conceito, classificação e hierarquia, conflitos de normas e suas 
soluções; interpretação e aplicação do direito do trabalho, o 
papel da eqüidade e a eficácia das normas trabalhistas no 
tempo e no espaço; revogação, irretroatividade e direito 
adquirido no direito do trabalho, assinale certo ou errado: De 
acordo com a legislação trabalhista vigente, a jurisprudência é 
uma fonte de integração da lei. 
 
 
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10. (UnB/CESPE – Analista Judiciário – TRT 6ª Região/2002) 
Considerando as fontes e os princípios do direito do trabalho 
julgue certo ou errado: Se um pedido formulado em reclamatória 
trabalhista foi fundado em decisão proferida em dissídio 
normativo, então esta decisão normativa foi tomada pelo 
reclamante como fonte de direito. 
11. (UnB/CESPE- Técnico Judiciário/TRT- 9ª região/2007) 
Acerca dos princípios e fontes do Direito do Trabalho julgue: 
Quando houver omissão nas disposições da legislação 
trabalhista, nos contratos individuais ou nas convenções e 
acordos coletivos de trabalho, o juiz do trabalho pode julgar por 
precedente jurisprudencial, analogia ou por equidade, inclusive 
adotando o direito comum como fonte subsidiária. 
12. (UnB/CESPE- Técnico Judiciário/TRT- 9ª região/2007) 
Acerca dos princípios e fontes do Direito do Trabalho julgue: 
Uma das premissas do Direito do Trabalho é a busca da norma 
legal ou contratual pela melhoria das condições sociais do 
trabalhador sob pena de nulidade. 
13. (UnB/CESPE – Analista Judiciário – TRT 6ª Região/2002) 
Considerando as fontes e os princípios do direito do trabalho 
julgue certo ou errado: A primazia da regularidade nas relações 
de emprego determina a prevalência das condições 
documentalmente ajustadas entre as partes sobre aquelas 
faticamente adotadas por elas, mesmo que mais benéficas ao 
obreiro. 
14. (FCC/TRT - AL- Técnico Judiciário - 2008) Mário, 
empregado da empresa TITO, será pai pela segunda vez. 
Porém, seu segundo filho nascerá da união estável que mantém 
com Joana. Neste caso, Mário 
(A) terá direito a licença paternidade, podendo não comparecer 
ao serviço pelo prazo de sete dias. 
(B) não terá direito a licença paternidade uma vez que não é 
casado legalmente com Joana. 
(C) terá direito a licença paternidade, podendo não comparecer 
ao serviço pelo prazo de três dias. 
 
 
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(D) não terá direito a licença paternidade uma vez que a licença 
paternidade só é devida no nascimento do primeiro filho. 
(E) terá direito a licença paternidade, podendo não comparecer 
ao serviço pelo prazo de cinco dias. 
15. (FCC/TRT/16a REGIÃO - Técnico Judiciário - 2009) São 
direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que 
visem à melhoria de sua condição social, 
(A) o seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do 
empregado. 
(B) o repouso mensal remunerado, preferencialmente aos 
sábados e domingos. 
(C) a remuneração do trabalho noturno inferior, no máximo em 
vinte por cento à do diurno. 
(D) a proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua 
retenção dolosa. 
(E) o aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no 
máximo de trinta dias, nos termos da lei. 
.......................................................................................................
 
Marque no quadro abaixo o gabarito que você assinalou e em 
seguida recorte este quadro e confira os erros e acertos ao final 
desta aula, onde consta o quadro com o gabarito das questões. 
Gabarito do aluno: 
1. 6. 11. 
2. 7. 12.
3. 8. 13. 
4. 9. 14.
5. 10. 15. 
...................................................................................................... 
 
 
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1.5. Questões de Prova
com comentários: 
1. (FCC/Juiz do Trabalho- TRT - 14ª Região/2005) Sobre 
princípios do Direito do Trabalho: 
I. O art. 468 da CLT, que restringe a possibilidade de alteração 
nas condições de trabalho pactuadas pelas partes, de forma 
expressa ou tácita, observa o princípio da condição mais 
benéfica. 
II. A sucessão de empregadores, regulada pelos artigos 10 e 
448 da CLT, em sua definição clássica, tem como suporte o 
princípio da continuidade da relação de emprego, o mesmo se 
podendo dizer da regra jurisprudencial que confere ao 
empregador o ônus da prova do despedimento do empregado. 
III. Havendo dúvida fundada quanto ao alcance da norma 
trabalhista a ser aplicada ao caso concreto, bem como em 
relação à prova produzida no processo, deverá o julgador, na 
condição de intérprete, decidir em favor do empregado, 
invocando o princípio do in dubio pro operario. 
IV. A regra legal que transfere a apenas uma das partes do 
contrato de trabalho os riscos da atividade econômica consagra 
o princípio da alteridade, peculiar ao Direito do Trabalho. 
a) Há apenas uma proposição verdadeira. 
b) Há apenas duas proposições verdadeiras. 
c) Há apenas três proposições verdadeiras. 
d) Todas as proposições são verdadeiras. 
e) Todas as proposições são falsas. 
Comentários: Letra B. 
A assertiva I está incorreta, pois o art. 468 da CLT consagra o 
princípio da inalterabilidade contratual lesiva, determinando que 
as alterações nos contratos individuais de trabalho somente 
poderão ocorrer por mútuo consentimento e desde que não 
resultem prejuízos diretos ou indiretos para o empregado. 
O princípio da condição mais benéfica determina que nos 
contratos de trabalho uma condição benéfica ao empregado não 
poderá ser substituída por outra menos vantajosa ao 
empregado. 
 
 
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A assertiva II está correta pelo princípio da continuidade da 
relação de emprego ser de fato o fundamento da sucessão 
trabalhista descrita nos artigos 10 e 448 da CLT, uma vez que a 
sucessão configura-se quando haja transferência da titularidade 
da empresa e que não haja solução de continuidade na 
prestação de serviços. 
Já a Súmula 212 do TST refere-se a este princípio como 
presunção favorável ao empregado. Observem abaixo: 
Súmula 212 do TST - DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA O 
ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando 
negados a prestação de serviço e o despedimento, é do 
empregador, pois o princípio da continuidade da relação de 
emprego constitui presunção favorável ao empregado. 
A assertiva III está incorreta, pois se refere ao princípio in dúbio 
pro operário, ou seja, na dúvida entre duas normas a serem 
aplicadas ao empregado, deverá aplicar-se a norma mais 
favorável ao empregado. Porém, este princípio não deverá ser 
aplicado no processo do trabalho, uma vez que neste caso 
deverá aplicar-se o ônus da prova, não podendo o juiz na 
dúvida em relação a quem alega a verdade decidir 
favoravelmente ao empregado. 
Já a assertiva IV está correta, uma vez que a alteridade 
consagra o princípio segundo o qual o risco do negócio é do 
empregador no contrato de trabalho. 
2. (ESAF- Procurador- PGDF /2007) Examine os itens 
seguintes: 
I - A fonte material do Direito do Trabalho é originária da 
pressão exercida sobre o Estado capitalista pela reivindicação 
dos trabalhadores; 
II - A Constituição, a lei, a sentença normativa e a convenção 
coletiva são fontes formais e heterônomas do Direito do 
Trabalho, e o regulamento de empresa, a sua vez, já não é mais 
considerado fonte do Direito do Trabalho; 
III - Norma constitucional de conteúdo material trabalhista pode 
ser desaplicada, no Direito do Trabalho, diante de conflito com 
norma profissional ou contratual mais favorável, desde que 
aquelas não tenham conteúdo de lei proibitiva; 
 
 
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IV- Nos contratos de trabalho é legal a transformação das 
condições de trabalho por mútuo consentimento do empregador 
e do empregado; 
V - São nulos os atos praticados pelo empregador como 
objetivo de desvirtuar a aplicação dos preceitos trabalhistas, 
salvo se ratificados posteriormente pelo empregado. 
A quantidade de itens corretos é igual a: 
a) 1; b) 2; c) 3; d) 4; e) 5 
Comentários: Letra B. 
I- Correta, as fontes materiais do direito do trabalho são os fatos 
sociais e a pressão exercida pelos trabalhadores sobre o 
Estado capitalista é um fato social que deu origem ao direito do 
trabalho. 
II- Incorreta. As convenções coletivas são consideradas fontes 
autônomas de direito do trabalho. 
III- Correta. A questão está referindo-se à aplicação do princípio 
da norma mais favorável. 
IV- Incorreta, uma vez que o art. 468 da CLT estabelece que, 
não poderão resultar prejuízos ao empregado as alterações no 
contrato de trabalho. Assim, transformações que resultem em 
prejuízos ao empregado são vedadas por lei. 
V- Incorreta. Serão nulos de pleno direito os atos praticados 
com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar as aplicações 
dos dispositivos da CLT, bem como dos direitos trabalhistas 
(art. 9º da CLT). Não há que se falar em ratificação, a banca 
tentou induzir o candidato a erro. 
3. (UnB/CESPE- Técnico Judiciário/TRT- 9ª região/2007) 
Acerca dos princípios e fontes do Direito do Trabalho julgue os 
itens que se seguem. 
57. Quando houver omissão nas disposições da legislação 
trabalhista, nos contratos individuais ou nas convenções e 
acordos coletivos de trabalho, o juiz do trabalho pode julgar por 
precedente jurisprudencial, analogia ou por equidade, inclusive 
adotando o direito comum como fonte subsidiária. 
58. Uma das premissas do Direito do Trabalho é a busca da 
norma legal ou contratual pela melhoria das condições sociais 
do trabalhador sob pena de nulidade. 
 
 
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Comentários: 
57. (Certa) É o que dispõe o art. 8º da CLT. 
58. (Certa) O fundamento principiológico do Direito do Trabalho 
é sempre a melhoria de condições sociais, objetivando sempre 
a proteção do trabalhador que é a parte hipossuficiente na 
relação com o seu empregador. 
4. (CESPE/UnB - Procurador do Município de Vitória/2007) 
Considere a seguinte situação hipotética. Um empregado não 
recebeu o salário do mês de Junho de 2001. Em outubro de 
2003, ele foi dispensado sem justa causa. Em agosto de 2004, 
ajuizou reclamação trabalhista para receber o valor do salário 
que não foi pago em Junho de 2001. Nessa situação não há 
prescrição a ser consumada. 
Comentários: A assertiva está correta. De acordo com o art. 7º, 
XXIX da Constituição Federal o empregado teria até outubro de 
2005 para ajuizar reclamação trabalhista, uma vez que o prazo 
é de dois anos após a extinção do contrato de trabalho. Trata-se 
da prescrição total. Já a prescrição parcial é a de 5 anos, sendo 
assim como o empregado ajuizou a ação em agosto de 2004, a 
prescrição parcial do direito de reclamar direitos trabalhistas 
ocorrerá em agosto de 1999. Logo a reclamação do pagamento 
de salário de 2001 não está prescrita. 
5. (UnB/CESPE – AGU/2009) Em cada um dos itens seguintes 
é apresentada uma situação hipotética seguida de uma 
assertiva a ser julgada, com relação aos direitos dos 
trabalhadores quanto à duração do trabalho. 
179 O horário de trabalho de João está distribuído em turnos 
para cobrir todo o período de atividade da empresa onde ele 
trabalha, que funciona ininterruptamente.
João integra equipe 
de trabalho sujeita a sistema de revezamento, com alternância, 
para cada empregado, de jornadas diurnas e noturnas. Nessa 
situação hipotética, considerando-se que a jornada máxima 
para quem labora em turno ininterrupto de revezamento, de 
acordo com a Constituição Federal, é de seis horas diárias, 
caso João trabalhe oito horas por dia, será necessário um 
acordo escrito de compensação de jornada, sob pena de o 
empregador ter de lhe pagar duas horas extras diárias. 
 
 
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Comentários: INCORRETA. De acordo com o art. 7º, XIV da 
CF/88 será necessário que a jornada superior a seis horas, para 
os que trabalhem em turnos ininterruptos de revezamento, seja 
estabelecida por acordo ou convenção coletiva. 
Caso o empregador amplie a jornada dos empregados que 
trabalhem em turnos ininterruptos de revezamento por acordo 
de compensação, ele terá que pagar como hora extraordinária 
as horas que excederem. 
Art. 7º, XIV - jornada de seis horas para o trabalho 
realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo 
negociação coletiva; 
A Súmula 423 do TST permite a ampliação da jornada para até 
8 horas, mediante acordo ou convenção coletiva. Neste caso, a 
sétima e oitava hora não será considerada como horas extras. 
Súmula 423 do TST Estabelecida jornada superior a seis horas 
e limitada a oito horas por meio de regular negociação coletiva, 
os empregados submetidos a turnos ininterruptos de 
revezamento não tem direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas 
como extras. 
6. (UnB/CESPE – AGU/2009) Considerando as estabilidades 
provisórias, julgue os itens a seguir. 
183 Suponha que Plínio seja eleito diretor esportivo do 
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Ensino de 
São Paulo. Nessa situação hipotética, caso Plínio seja o 15.º 
diretor da entidade, ele não será detentor de estabilidade 
sindical. 
Comentários: CORRETA. O art. 522 da CLT que limita a sete o 
número de diretores da entidade sindical foi recepcionado pela 
Constituição Federal de 1988, conforme o inciso II da Súmula 
369 do TST. 
Súmula 369 do TST I - É indispensável a comunicação, pela 
entidade sindical, ao empregador, na forma do § 5º do art. 543 
da CLT. II - O art. 522 da CLT, que limita a sete o número de 
dirigentes sindicais, foi recepcionado pela Constituição Federal 
de 1988. 
 
 
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DICA: Embora não tenha sido objeto desta questão, é 
importante lembrar que o membro de conselho fiscal do 
Sindicato e o delegado sindical não são detentores da 
estabilidade sindical. 
OJ 369 da SDI-1 do TST O delegado sindical não é beneficiário 
da estabilidade provisória prevista no art. 8º, VIII, da CF/1988, a 
qual é dirigida, exclusivamente, àqueles que exerçam ou 
ocupem cargos de direção nos sindicatos, submetidos a 
processo eletivo. 
OJ 365 do TST Membro de conselho fiscal de sindicato não tem 
direito à estabilidade prevista nos arts. 543, § 3º, da CLT e 8º, 
VIII, da CF/1988, porquanto não representa ou atua na defesa 
de direitos da categoria respectiva, tendo sua competência 
limitada à fiscalização da gestão financeira do sindicato (art. 
522, § 2º, da CLT). 
7. (UnB/CESPE – AGU/2009) Considerando as estabilidades 
provisórias, julgue os itens a seguir. 
184 Considere que uma empregada contratada em 20/11/2006 
tenha engravidado no curso da relação de emprego, tendo seu 
filho nascido no dia 5/12/2008. Nessa situação, a estabilidade 
da empregada se extinguirá em 5/4/2009. 
Comentários: INCORRETA. A estabilidade extinguir-se-á em 
05/05/2009, porque de acordo com a CF/88 a gestante terá 
direito a estabilidade desde a confirmação da gravidez até cinco 
meses após o parto. Sendo assim, como o parto ocorreu em 
05/12/08, a contagem dos 5 meses expirará em 05/05/2009. 
8. (UnB/CESPE - Juiz do Trabalho/TRT 5ª. Região/2007) Com 
base no conceito, na natureza, na autonomia, na flexibilização, 
na desregulamentação e nas fontes do direito do trabalho, 
assinale certo ou errado: Um exemplo de flexibilização das 
normas trabalhistas, previsto na Constituição Federal de 1988, 
refere-se à possibilidade de majoração da jornada de trabalho 
de seis horas para turnos ininterruptos de revezamento, 
mediante negociação coletiva. 
 
 
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Comentários: Correta. A Constituição Federal traz em seu bojo 
três hipóteses de flexibilização das leis trabalhistas sob tutela 
sindical, são elas: A irredutibilidade salarial (art. 7º VI), a jornada 
de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos 
de revezamento (art. 7º, XIV) e a da duração normal do trabalho 
não superior a oito horas diárias ou quarenta e quatro semanais 
(art. 7º, XIII). 
9. (UnB/CESPE/Juiz do Trabalho - TRT 5ª Reg./2007) 
Considerando as fontes formais do direito do trabalho, seu 
conceito, classificação e hierarquia, conflitos de normas e suas 
soluções; interpretação e aplicação do direito do trabalho, o 
papel da eqüidade e a eficácia das normas trabalhistas no 
tempo e no espaço; revogação, irretroatividade e direito 
adquirido no direito do trabalho, assinale certo ou errado: De 
acordo com a legislação trabalhista vigente, a jurisprudência é 
uma fonte de integração da lei. 
Comentários: CORRETA. É o que estabelece o art. 8º da CLT. 
10. (UnB/CESPE – Analista Judiciário – TRT 6ª Região/2002) 
Considerando as fontes e os princípios do direito do trabalho 
julgue certo ou errado: Se um pedido formulado em reclamatória 
trabalhista foi fundado em decisão proferida em dissídio 
normativo, então esta decisão normativa foi tomada pelo 
reclamante como fonte de direito. 
Comentários: CORRETA. Uma decisão normativa é uma 
sentença normativa que é fonte formal heterônoma do direito do 
trabalho. 
11. (UnB/CESPE- Técnico Judiciário/TRT- 9ª região/2007) 
Acerca dos princípios e fontes do Direito do Trabalho julgue: 
Quando houver omissão nas disposições da legislação 
trabalhista, nos contratos individuais ou nas convenções e 
acordos coletivos de trabalho, o juiz do trabalho pode julgar por 
precedente jurisprudencial, analogia ou por equidade, inclusive 
adotando o direito comum como fonte subsidiária. 
Comentários: CORRETA. Art. 8º da CLT. 
 
 
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12. (UnB/CESPE- Técnico Judiciário/TRT- 9ª região/2007) 
Acerca dos princípios e fontes do Direito do Trabalho julgue: 
Uma das premissas do Direito do Trabalho é a busca da norma 
legal ou contratual pela melhoria das condições sociais do 
trabalhador sob pena de nulidade. 
Comentários: CORRETA. O fundamento principiológico do 
Direito do Trabalho é sempre a melhoria de condições sociais, 
objetivando sempre a proteção do trabalhador que é a parte 
hipossuficiente na relação com o seu empregador. 
13. (UnB/CESPE – Analista Judiciário – TRT 6ª Região/2002) 
Considerando as fontes e os princípios do direito do trabalho 
julgue certo ou errado: A primazia da regularidade nas relações 
de emprego determina a prevalência das condições 
documentalmente ajustadas entre as partes sobre aquelas 
faticamente adotadas por elas, mesmo que mais benéficas ao 
obreiro. 
Comentários: Incorreta. O Princípio da primazia da realidade é 
um princípio geral do direito do trabalho que prioriza a verdade
real diante da verdade formal. Assim, entre os documentos que 
disponham sobre a relação de emprego e o modo efetivo como, 
concretamente os fatos ocorreram, prevalecerão estes em 
detrimento daqueles. Portanto a questão está errada, pois os 
fatos não deverão prevalecer sobre os documentos. E, ainda, 
há na assertiva um erro grave, pois o princípio não se chama 
primazia da regularidade. 
14. (FCC/TRT - AL- Técnico Judiciário - 2008) Mário, 
empregado da empresa TITO, será pai pela segunda vez. 
Porém, seu segundo filho nascerá da união estável que mantém 
com Joana. Neste caso, Mário 
(A) terá direito a licença paternidade, podendo não comparecer 
ao serviço pelo prazo de sete dias. 
(B) não terá direito a licença paternidade uma vez que não é 
casado legalmente com Joana. 
(C) terá direito a licença paternidade, podendo não comparecer 
ao serviço pelo prazo de três dias. 
 
 
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(D) não terá direito a licença paternidade uma vez que a licença 
paternidade só é devida no nascimento do primeiro filho. 
(E) terá direito a licença paternidade, podendo não comparecer 
ao serviço pelo prazo de cinco dias. 
Comentários: Letra E. A licença-paternidade será de cinco dias. 
Peço a atenção de vocês para o fato de que serão apenas cinco 
dias, e não dias úteis ou corridos. (Vide art. 10, parágrafo 1º da 
ADCT). 
15. (FCC/TRT/16a REGIÃO - Técnico Judiciário - 2009) São 
direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que 
visem à melhoria de sua condição social, 
(A) o seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do 
empregado. 
(B) o repouso mensal remunerado, preferencialmente aos 
sábados e domingos. 
(C) a remuneração do trabalho noturno inferior, no máximo em 
vinte por cento à do diurno. 
(D) a proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua 
retenção dolosa. 
(E) o aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no 
máximo de trinta dias, nos termos da lei. 
Comentários: Letra D. Através da resoluçaõ destas questões 
vocês puderam observar que em relação aos direitos constitu-
cionais dos trabalho, as bancas costumam abordar a literalidade 
do artigo. 
Assim, a letra A está errada pois fala empregado e não 
empregador. Já a letra B fala em repouso mensal e não seman-
al e fala sábados. A letra C está errada porque fala inferior e o 
correto é superior. E, por fim a letra E fala no máximo 30 dias e 
o correto é no mínimo 30 dias. 
Pode parecer fácil, mas na hora da adrenalina da prova o aluno 
não percebe o erro, portanto peço atenção de vocês em relação 
ás questões que abordam a literalidade da legislação. 
...................................................................................................... 
 
 
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 Gabarito: 
1. B 6. Correta 11. Correta 
2. B 7. Incorreta 12. Correta 
3. 57. Certa 58. 
Certa 
8. Correta 13. Incorreta 
4. Certa 9. Correta 14. E 
5. Incorreta 10. Correta 15. D 
...................................................................................................... 
1.6. Dever de casa: Resolvi acrescentar nesta aula, 3 questões 
para que vocês possam treinar os conhecimentos apreendidos. 
Todas são da FCC que é a banca do TRT 9ª Região e serão 
corrigidas no início da próxima aula. 
1. (FCC/TRT/16a REGIÃO - Técnico Judiciário - 2009) 
Considere: 
I. Lei ordinária. 
II. Medida provisória. 
III. Sentenças normativas. 
IV. Convenção Coletiva de Trabalho. 
V. Acordo Coletivo de Trabalho. 
São Fontes de origem estatal as indicadas APENAS em 
(A) IV e V.(B) I, II e V.(C) I e II. (D) I, II, IV e V.(E) I, II e III. 
2. (FCC/Anal. Judic. – Área Adm./ TRT/PI/ 2004) Na ausência 
de disposições legais ou contratuais, são formas de integração 
do Direito do Trabalho: 
a) analogia, eqüidade, princípios de direito e do Direito do 
trabalho. 
b) Analogia, eqüidade, os costumes e pareceres do 
Ministério Público do trabalho. 
c) Analogia, eqüidade, jurisprudência e sentença normativa. 
d) Princípios e normas gerais do direito, jurisprudência e 
sentença normativa. 
e) Princípios e normas gerais do direito, eqüidade e sentença 
normativa. 
 
 
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3. (FCC/Juiz do Trabalho- TRT - 14ª Região/2005) Sobre 
fontes do Direito do Trabalho: 
I. Os acordos coletivos, as convenções coletivas e as sentenças 
normativas são considerados fontes autônomas do Direito do 
Trabalho. 
II. A lei é a fonte material por excelência do Direito do Trabalho. 
III. A hierarquia entre as diversas fontes do Direito do Trabalho se 
define em consonância com o caráter social e teleológico desse 
ramo jurídico especializado, fazendo prevalecer, dentro de uma 
situação concreta, a norma mais favorável ao empregado. 
IV. Pela teoria do conglobamento, para se buscar no ordena-
mento a norma mais favorável ao obreiro deve ser verificado não 
o caso concreto individual que se apresenta, mas o trabalhador 
de forma objetiva, considerando para isso o conjunto normativo 
delineado em função da matéria tratada. 
a) Há apenas uma proposição verdadeira. 
b) Há apenas duas proposições verdadeiras. 
c) Há apenas três proposições verdadeiras. 
d) Todas as proposições são verdadeiras. 
e) Todas as proposições são falsas. 
...................................................................................................... 
Bem, a nossa aula de hoje chegou ao final! 
Estarei à disposição de vocês no fórum do Ponto para 
responder quaisquer dúvidas em relação à aula. 
Gostaria de lembrá-los que respondo a todas as perguntas que 
são elaboradas no fórum. Portanto, se você fizer alguma per-
gunta e em uma semana eu não respondê-la, peço o favor de 
gravar novamente a pergunta. Ok? 
Tenham um excelente final de semana! 
Até a próxima quarta-feira. 
Um grande abraço, 
Déborah Paiva

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