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CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá pessoal, Conforme prometido segue a 8ª aula, antecipada. Vamos ao estudo do nosso tema de hoje! Aula 8: Da proteção ao trabalho do menor. Da proteção ao trabalho da mulher; da estabilidade da gestante; da licença-maternidade. 8.1. Trabalho do Menor: As principais normas referentes ao trabalho do menor, abordadas em provas, estão contidas nos artigos 402 /440 da CLT, vejamos: ¾ Considera-se menor para os efeitos desta Consolidação o trabalhador de quatorze até dezoito anos. ¾ É proibido qualquer trabalho aos menores de dezesseis anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos quatorze anos. ¾ O trabalho do menor não poderá ser realizado em locais prejudiciais à sua formação, ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social e em horários e locais que não permitam a freqüência à escola. ¾ Ao menor de 18 (dezoito) anos é vedado o trabalho noturno, considerado este, o que for executado no período compreendido entre as 22 (vinte e duas) e as 5 (cinco) horas. Dispositivos Consolidados: Art. 405 - Ao menor não será permitido o trabalho: I - nos locais e serviços perigosos ou insalubres, constantes de quadro para esse fim aprovado pela Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho; II - em locais ou serviços prejudiciais à sua moralidade. § 2º - O trabalho exercido nas ruas, praças e outros logradouros dependerá de prévia autorização do Juiz da Infância e da Juventude, ao qual cabe verificar se a ocupação é indispensável à sua própria subsistência ou à de seus pais, CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 2 avós ou irmãos e se dessa ocupação não poderá advir prejuízo à sua formação moral. § 3º - Considera-se prejudicial à moralidade do menor o trabalho: a) prestado de qualquer modo em teatros de revista, cinemas, boates, cassinos, cabarés, dancings e estabelecimentos análogos; b) em empresas circenses, em funções de acrobata, saltimbanco, ginasta e outras semelhantes; c) de produção, composição, entrega ou venda de escritos, impressos, cartazes, desenhos, gravuras, pinturas, emblemas, imagens e quaisquer outros objetos que possam, a juízo da autoridade competente, prejudicar sua formação moral; d) consistente na venda, a varejo, de bebidas alcoólicas. § 4º - Nas localidades em que existirem, oficialmente reconhecidas, instituições destinadas ao amparo dos menores jornaleiros, só aos que se encontrem sob o patrocínio dessas entidades será outorgada a autorização do trabalho a que alude o § 2º § 5º - Aplica-se ao menor o disposto no art. 390 e seu parágrafo único. Art. 406 - O Juiz da Infância e da Juventude poderá autorizar ao menor o trabalho a que se referem as letras a e b do § 3º do art. 405: I - desde que a representação tenha fim educativo ou a peça de que participe não possa ser prejudicial à sua formação moral II - desde que se certifique ser a ocupação do menor indispensável à própria subsistência ou à de seus pais, avós ou irmãos e não advir nenhum prejuízo à sua formação moral. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 3 Art. 407 - Verificado pela autoridade competente que o trabalho executado pelo menor é prejudicial à sua saúde, ao seu desenvolvimento físico ou a sua moralidade, poderá ela obrigá- lo a abandonar o serviço, devendo a respectiva empresa, quando for o caso, proporcionar ao menor todas as facilidades para mudar de funções. Parágrafo único - Quando a empresa não tomar as medidas possíveis e recomendadas pela autoridade competente para que o menor mude de função, configurar-se-á a rescisão do contrato de trabalho, na forma do art. 483. Art. 408 - Ao responsável legal do menor é facultado pleitear a extinção do contrato de trabalho, desde que o serviço possa acarretar para ele prejuízos de ordem física ou moral. Art. 409 - Para maior segurança do trabalho e garantia da saúde dos menores, a autoridade fiscalizadora poderá proibir- lhes o gozo dos períodos de repouso nos locais de trabalho. Art. 410 - O Ministro do Trabalho poderá derrogar qualquer proibição decorrente do quadro a que se refere o inciso I do art. 405 quando se certificar haver desaparecido, parcial ou totalmente, o caráter perigoso ou insalubre, que determinou a proibição. Art. 411 - A duração do trabalho do menor regular-se-á pelas disposições legais relativas à duração do trabalho em geral, com as restrições estabelecidas neste Capítulo. Art. 412 - Após cada período de trabalho efetivo, quer contínuo, quer dividido em 2 (dois) turnos, haverá um intervalo de repouso, não inferior a 11 (onze) horas. Art. 413 - É vedado prorrogar a duração normal diária do trabalho do menor, salvo: I - até mais 2 (duas) horas, independentemente de acréscimo salarial, mediante convenção ou acordo coletivo nos termos do Título VI desta Consolidação, desde que o excesso de horas em um dia seja compensado pela diminuição em outro, de CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 4 modo a ser observado o limite máximo de 48 (quarenta e oito) horas semanais ou outro inferior legalmente fixado; II - excepcionalmente, por motivo de força maior, até o máximo de 12 (doze) horas, com acréscimo salarial de pelo menos 50% (cinqüenta por cento) sobre a hora normal e desde que o trabalho do menor seja imprescindível ao funcionamento do estabelecimento. Parágrafo único - Aplica-se à prorrogação do trabalho do menor o disposto no art. 375, no parágrafo único do art. 376, no art. 378 e no art. 384 desta Consolidação. Art. 414 - Quando o menor de 18 (dezoito) anos for empregado em mais de um estabelecimento, as horas de trabalho em cada um serão totalizadas. Art. 424 - É dever dos responsáveis legais de menores, pais, mães, ou tutores, afastá-los de empregos que diminuam consideravelmente o seu tempo de estudo, reduzam o tempo de repouso necessário à sua saúde e constituição física, ou prejudiquem a sua educação moral. Art. 425 - Os empregadores de menores de 18 (dezoito) anos são obrigados a velar pela observância, nos seus estabelecimentos ou empresas, dos bons costumes e da decência pública, bem como das regras de higiene e medicina do trabalho. Art. 426 - É dever do empregador, na hipótese do art. 407, proporcionar ao menor todas as facilidades para mudar de serviço. Art. 427 - O empregador, cuja empresa ou estabelecimento ocupar menores, será obrigado a conceder-lhes o tempo que for necessário para a freqüência às aulas. Parágrafo único - Os estabelecimentos situados em lugar onde a escola estiver a maior distancia que 2 (dois) quilômetros, e que ocuparem, permanentemente, mais de 30 (trinta) menores analfabetos, de 14 (quatorze) a 18 (dezoito) anos, serão CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 5 obrigados a manter local apropriado em que lhes seja ministrada a instrução primária. Em relação ao trabalho do menor é importante falar do contrato de aprendizagem. Trata-se de um Contrato de Trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, objetivando assegurar, ao maior de 14 anos e a menor de 24 anos, a formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, bastando que os mesmos estejam inscritos em um programa de aprendizagem e comprometam-se a executar com zelo e diligência as tarefasnecessárias à sua formação. O objetivo deste contrato é possibilitar ao empregado a formação técnico-profissional metódica, ou seja, promover a capacitação do aprendiz de forma a inseri-lo no mercado de trabalho. Até agora, vimos as características do contrato de aprendizagem e as inovações da lei 10.097/00, passarei a falar das suas formas de extinção. O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz completar 24 anos, ou ainda poderá ser extinto antecipadamente. A extinção antecipada do contrato de aprendizagem ocorrerá nos seguintes casos: a) em caso de inadaptação do aprendiz ou desempenho insuficiente; b) pelo cometimento de falta disciplinar grave; c) a pedido do aprendiz; d) em caso de ausência à escola que implique a perda do ano letivo. No que se refere à extinção antecipada do contrato de aprendizagem por quaisquer das causas acima elencadas, é importante falar que a indenização mencionada nos artigos 479 e 480 da CLT para os contratos de prazo determinado não se aplica aos casos de extinção antecipada dos contratos de aprendizagem. O contrato de aprendizagem não poderá ultrapassar 2 anos de duração, sendo obrigatória a sua anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado, conforme estabelece o art. 428 da CLT. A doutrina diverge no tocante ao prazo máximo de 2 anos de duração do contrato nos casos em que o aprendiz não completou 24 anos. Indagam se ele deverá respeitar o prazo de 2 anos quando não tenha completado 24 anos. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 6 A maioria entende que deverá ser respeitada a lei quando fala do prazo de dois anos e indicam como fundamento legal o art. 433 da CLT afirma que o contrato de aprendizagem será extinto quando o aprendiz completar 24 anos. A jornada de trabalho do aprendiz foi estipulada em 6 horas diárias, vedada a prorrogação e a compensação. Tal limite poderá ser extendido até 8 horas diárias, porém só para o aprendiz que houver completado o ensino fundamental e, ainda assim, caso sejam computadas neste horário as horas destinadas à aprendizagem teórica. O aprendiz receberá salário mínimo hora de acordo com o art. 428 da CLT e 7º, XXX, da CF/88. Podemos notar que a Lei 10.097/00 ampliou as formas de atuação do contrato de aprendizagem e trouxe medidas que acarretaram a redução de custos para os empregadores, permitindo a terceirização e reduzindo o percentual do FGTS para 2%, permitindo que outras instituições de ensino atuassem na formação e não somente os serviços nacionais como Senar, Senac, Senai e Senat. Outra inovação desta lei é a obrigatoriedade das empresas contratarem aprendizes de 5% a15%, exceto para as micro e pequenas empresas, conforme estabelece a lei 9841/99. É importante fazer a distinção entre contrato de aprendizagem e estágio. O primeiro é regulamentado pelo art. 428 da CLT, sendo um contrato de trabalho e por isso o aprendiz terá vínculo de emprego. Ao passo que o estágio não gera vínculo de emprego quando realizado em conformidade com os requisitos da lei, como já estudamos anteriormente. Resumo: Principais características do Contrato de Aprendizagem Contrato especial, escrito e de prazo determinado É contrato de trabalho Não poderá ultrapassar 2 anos de duração, salvo para o portador de deficiência. Idade de 14 até 24 anos, salvo o portador de deficiência que não terá limite de idade. Obrigatoriedade de registro na CT- PS. Não se aplica somente a menores de 18 anos. Receberá o salário mínimo hora. Depósito do FGTS de 2% sobre a sua remuner- ação. Jornada máxima de 6 horas diárias. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 7 Jornada poderá ir até 8 horas diárias se o aprendiz completou o ensino fundamental e forem computadas as normas destinadas à aprendizagem teórica. Obrigatoriedade de matrícula e freqüência do aprendiz à escola. Não pagamento de indenização em caso de extinção antecipada. Dispositivos Consolidados: Art. 428 Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação. § 1º. A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, matrícula e freqüência do aprendiz na escola, caso não haja concluído o ensino médio, e inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica. § 2º - Ao menor aprendiz, salvo condição mais favorável, será garantido o salário mínimo hora. § 3º. O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de aprendiz portador de deficiência. § 4º A formação técnico-profissional a que se refere o caput deste artigo caracteriza-se por atividades teóricas e práticas, metodicamente organizadas em tarefas de complexidade progressiva desenvolvidas no ambiente de trabalho. § 5º A idade máxima prevista no caput deste artigo não se aplica a aprendizes portadores de deficiência. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 8 § 6º Para os fins do contrato de aprendizagem, a comprovação da escolaridade de aprendiz portador de deficiência mental deve considerar, sobretudo, as habilidades e competências relacionadas com a profissionalização. (NR § 7º. Nas localidades onde não houver oferta de ensino médio para o cumprimento do disposto no § 1º deste artigo, a contratação do aprendiz poderá ocorrer sem a freqüência à escola, desde que ele já tenha concluído o ensino fundamental. Art. 429 - Os estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar e matricular nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem número de aprendizes equivalente a cinco por cento, no mínimo, e quinze por cento, no máximo, dos trabalhadores existentes em cada estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional. § 1º-A. O limite fixado neste artigo não se aplica quando o empregador for entidade sem fins lucrativos, que tenha por objetivo a educação profissional § 1º As frações de unidade, no cálculo da percentagem de que trata o caput, darão lugar à admissão de um aprendiz. Art. 430 - Na hipótese de os Serviços Nacionais de Aprendizagem não oferecerem cursos ou vagas suficientes para atender à demanda dos estabelecimentos, esta poderá ser suprida por outras entidades qualificadas em formação técnico-profissional metódica, a saber: I – Escolas Técnicas de Educação; II – entidades sem fins lucrativos, que tenham por objetivo a assistência ao adolescente e à educação profissional, registradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. § 1o As entidades mencionadas neste artigo deverão contar com estrutura adequada ao desenvolvimento dos programas de aprendizagem, de forma a manter a qualidade do processo de ensino, bem como acompanhar e avaliar os resultados. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 9 § 2o Aosaprendizes que concluírem os cursos de aprendizagem, com aproveitamento, será concedido certificado de qualificação profissional. § 3o O Ministério do Trabalho e Emprego fixará normas para avaliação da competência das entidades mencionadas no inciso II deste artigo. Art. 431 - A contratação do aprendiz poderá ser efetivada pela empresa onde se realizará a aprendizagem ou pelas entidades mencionadas no inciso II do art. 430, caso em que não gera vínculo de emprego com a empresa tomadora dos serviços. Art. 432 - A duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis horas diárias, sendo vedadas a prorrogação e a compensação de jornada § 1º - O limite previsto neste artigo poderá ser de até oito horas diárias para os aprendizes que já tiverem completado o ensino fundamental, se nelas forem computadas as horas destinadas à aprendizagem teórica. Art. 433. O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz completar 24 (vinte e quatro) anos, ressalvada a hipótese prevista no § 5º do art. 428 desta Consolidação, ou ainda antecipadamente nas seguintes hipóteses: I – desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz; II – falta disciplinar grave; III – ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo; ou IV – a pedido do aprendiz. § 2o - Não se aplica o disposto nos arts. 479 e 480 desta Consolidação às hipóteses de extinção do contrato mencionadas neste artigo. Art. 434 - Os infratores das disposições deste Capítulo ficam sujeitos à multa de valor igual a 30 (trinta) valores-de-referência CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 10 regionais, aplicada tantas vezes quantos forem os menores empregados em desacordo com a lei, não podendo, toa, a soma das multas exceder a 50 (cinqüenta) vezes o valor-de- referência, salvo no caso de reincidência, em que esse total poderá ser elevado ao dobro. Art. 435 - Fica sujeita à multa de valor igual a 30 (trinta) vezes o valor-de-referência regional e ao pagamento da emissão de nova via a empresa que fizer na Carteira de Trabalho e Previdência Social anotação não prevista em lei. Art. 438 - São competentes para impor as penalidades previstas neste Capítulo os Delegados Regionais do Trabalho ou os funcionários por eles designados para tal fim. Parágrafo único - O processo, na verificação das infrações, bem como na aplicação e cobrança das multas, será o previsto no título "Do Processo de Multas Administrativas", observadas as disposições deste artigo. Art. 439 - É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários. Tratando-se, porém, de rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao menor de 18 (dezoito) anos dar, sem assistência dos seus responsáveis legais, quitação ao empregador pelo recebimento da indenização que lhe for devida. Art. 440 - Contra os menores de 18 (dezoito) anos não corre nenhum prazo de prescrição. Art. 441 - O quadro a que se refere o item I do art. 405 será revisto bienalmente. 8.2. Trabalho da Mulher: A CLT possui normas especiais de proteção do trabalho da mulher devido às condições fisiológicas como a gravidez e a lactação, como a menor força física entre outros. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 11 A Constituição Federal prevê igualdade formal entre homens e mulheres, ou seja, a igualdade perante a lei. Porém deve-se buscar a igualdade material ou substancial para isto desiguala os desiguais, assim determinadas normas jurídicas não afrontam o Princípio da Isonomia previsto no art. 7º da CRFB/88. Ressalta-se que a própria CRFB/88 no art. 7º, XX, prevê a proteção ao mercado de trabalho da mulher, porém tal artigo depende de lei para regulamentá-lo pois é norma de eficácia limitada. Art. 7º da CF/88 São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; A Constituição Federal assegura à mulher os seguintes direitos: a) licença-maternidade sem prejuízo do emprego e do salário com a duração de 120 dias; b) proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; c) proibição de diferença de salário de exercício de função e de critérios de admissão por motivos de sexo; d) garantia de emprego à mulher gestante desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto; e)condições para que a presidiária permaneça com os seus filhos durante o período de amamentação. A Jornada de Trabalho da mulher é de 8 horas diárias e 44 semanais, sendo as disposições sobre repouso intrajornada e interjornada aplicáveis à mulher, as mesmas do homem. Regras especiais para o trabalho da mulher: ¾ A mulher tem que ter um período de descanso de 15 minutos antes de prestar o trabalho extraordinário. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 12 ¾ Caso a mulher trabalhe aos domingos deverá ter uma escala de revezamento quinzenal que garanta no mínimo a cada 15 dias o repouso aos domingos. ¾ É vedado exigir que a mulher empregue força muscular superior a 20 quilos em trabalho contínuo ou 25 quilos para o trabalho ocasional. Caso a remoção ocorra por impulso ou tração esta vedação não existirá. ¾ Em relação aos locais de trabalho o empregador será obri- gado: a) a adotar medidas como higienização, ventilação,iluminação e outros concernentes à segurança e ao conforto das mulheres; b) instalar bebedouros, aparelhos sanitários lavatórios cadeiras ou bancos suficientes que permitam às mulheres trabalharem sem grande esgotamento físico; c)instalar vestiários com armários individuais privativos das mulheres, exceto os estabelecimentos comerciais,escritórios, bancos e atividades afins, em que não seja exigida a troca de roupa, e outros a critério da autoridade competente em matéria de segurança e higiene do trabalho. �Normas da CLT aplicadas ao Trabalho da Mulher: Art. 372 - Os preceitos que regulam o trabalho masculino são aplicáveis ao trabalho feminino, naquilo em que não colidirem com a proteção especial instituída por este Capítulo. Parágrafo único - Não é regido pelos dispositivos a que se refere este artigo o trabalho nas oficinas em que sirvam exclusivamente pessoas da família da mulher e esteja esta sob a direção do esposo, do pai, da mãe, do tutor ou do filho. Art. 373 - A duração normal de trabalho da mulher será de 8 (oito) horas diárias, exceto nos casos para os quais for fixada duração inferior. Art. 373-A - Ressalvadas as disposições legais destinadas a corrigir as distorções que afetam o acesso da mulher ao mercado de trabalho e certas especificidades estabelecidas nos acordos trabalhistas, é vedado: I - publicar ou fazer publicar anúncio de emprego no qual haja referência ao sexo, à idade, à cor ou situação familiar, salvo CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 13 quando a natureza da atividade a ser exercida, pública e notoriamente, assim o exigir; II - recusar emprego, promoção ou motivar a dispensa do trabalho em razão de sexo, idade, cor, situação familiar ou estado de gravidez, salvo quando a natureza da atividade seja notória e publicamente incompatível; III - considerar o sexo, a idade, a cor ou situação familiar como variável determinante para fins de remuneração, formaçãoprofissional e oportunidades de ascensão profissional; IV - exigir atestado ou exame, de qualquer natureza, para comprovação de esterilidade ou gravidez, na admissão ou permanência no emprego; V – impedir o acesso ou adotar critérios subjetivos para deferimento de inscrição ou aprovação em concursos, em empresas privadas, em razão de sexo, idade, cor, situação familiar ou estado de gravidez; VI - proceder o empregador ou preposto a revistas íntimas nas empregadas ou funcionárias. Parágrafo único - O disposto neste artigo não obsta a adoção de medidas temporárias que visem ao estabelecimento das políticas de igualdade entre homens e mulheres, em particular as que se destinam a corrigir as distorções que afetam a formação profissional, o acesso ao emprego e as condições gerais de trabalho da mulher. Art. 377 - A adoção de medidas de proteção ao trabalho das mulheres é considerada de ordem pública, não justificando, em hipótese alguma, a redução de salário. Art. 381 - O trabalho noturno das mulheres terá salário superior ao diurno. § 1º - Para os fins desse artigo, os salários serão acrescidos de uma percentagem adicional de 20% (vinte por cento) no mínimo. § 2º - Cada hora do período noturno de trabalho das mul- heres terá 52 (cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. Art. 382 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho, haverá um intervalo de 11(onze) horas consecutivas, no mínimo, destinado ao repouso. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 14 Art. 383 - Durante a jornada de trabalho, será concedido à empregada um período para refeição e repouso não inferior a 1 (uma) hora nem superior a 2 (duas) horas salvo a hipótese prevista no art. 71, § 3º. Art. 384 - Em caso de prorrogação do horário normal, será obrigatório um descanso de 15 (quinze) minutos no mínimo, antes do início do período extraordinário do trabalho. Art. 385 - O descanso semanal será de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas e coincidirá no todo ou em parte com o domingo, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa de serviço, a juízo da autoridade competente, na forma das disposições gerais, caso em que recairá em outro dia. Parágrafo único - Observar-se-ão, igualmente, os preceitos da legislação geral sobre a proibição de trabalho nos feriados civis e religiosos. Art. 386 - Havendo trabalho aos domingos, será organizada uma escala de revezamento quinzenal, que favoreça o repouso dominical. Art. 388 Em virtude de exame e parecer da autoridade competente, o Ministro do Trabalho e da Administração poderá estabelecer derrogações totais ou parciais às proibições a que alude o artigo anterior, quando tiver desaparecido, nos serviços considerados perigosos ou insalubres, todo e qualquer caráter perigoso ou prejudicial mediante a aplicação de novos métodos de trabalho ou pelo emprego de medidas de ordem preventiva. Art. 389 - Toda empresa é obrigada: I - a prover os estabelecimentos de medidas concernentes à higienização dos métodos e locais de trabalho, tais como ventilação e iluminação e outros que se fizerem necessários à segurança e ao conforto das mulheres, a critério da autoridade competente; II - a instalar bebedouros, lavatórios, aparelhos sanitários; dispor de cadeiras ou bancos, em número suficiente, que permitam às mulheres trabalhar sem grande esgotamento físico; CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 15 III - a instalar vestiários com armários individuais privativos das mulheres, exceto os estabelecimentos comerciais, escritórios, bancos e atividades afins, em que não seja exigida a troca de roupa e outros, a critério da autoridade competente em matéria de segurança e higiene do trabalho, admitindo-se como suficientes as gavetas ou escaninhos, onde possam as empregadas guardar seus pertences; IV - a fornecer, gratuitamente, a juízo da autoridade competente, os recursos de proteção individual, tais como óculos, máscaras, luvas e roupas especiais, para a defesa dos olhos, do aparelho respiratório e da pele, de acordo com a natureza do trabalho. § 1º - Os estabelecimentos em que trabalharem pelo menos30 (trinta) mulheres com mais de 16 (dezesseis) anos de idade terão local apropriado onde seja permitido às empregadas guardar sob vigilância e assistência os seus filhos no período da amamentação. §2º - A exigência do § 1º poderá ser suprida por meio de creches distritais mantidas, diretamente ou mediante convênios, com outras entidades públicas ou privadas, pelas próprias empresas, em regime comunitário, ou a cargo do SESI, do SESC, da LBA ou de entidades sindicais. Art. 390 - Ao empregador é vedado empregar a mulher em serviço que demande o emprego de força muscular superiora 20 (vinte) quilos para o trabalho continuo, ou 25 (vinte e cinco) quilos para o trabalho ocasional. Parágrafo único - Não está compreendida na determinação deste artigo a remoção de material feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, de carros de mão ou quaisquer aparelhos mecânicos. Art. 390-B - As vagas dos cursos de formação de mãodeobra, ministrados por instituições governamentais, pelos próprios empregadores ou por qualquer órgão de ensino profissionalizante, serão oferecidas aos empregados de ambos os sexos. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 16 Art. 390-C - As empresas com mais de cem empregados, de ambos os sexos, deverão manter programas especiais de incentivos e aperfeiçoamento profissional da mão-de-obra. Art. 390-E - A pessoa jurídica poderá associar-se a entidade deformação profissional, sociedades civis, sociedades cooperativas, órgãos e entidades públicas ou entidades sindicais, bem como firmar convênios para o desenvolvimento de ações conjuntas, visando à execução de projetos relativos ao incentivo ao trabalho da mulher. Art. 391 - Não constitui justo motivo para a rescisão do contrato de trabalho da mulher o fato de haver contraído matrimônio ou de encontrar-se em estado de gravidez. Parágrafo único - Não serão permitidos em regulamentos de qualquer natureza contratos coletivos ou individuais de trabalho, restrições ao direito da mulher ao seu emprego, por motivo de casamento ou de gravidez. Art. 392 - A empregada gestante tem direito à licença maternidade de 120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário. § 1º - A empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data do início do afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre o 28º (vigésimo oitavo) dia antes do parto e ocorrência deste. § 2º - Os períodos de repouso, antes e depois do parto, poderão ser aumentados de 2 (duas) semanas cada um,mediante atestado médico. § 3º - Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos120 (cento e vinte) dias previstos neste artigo. § 4º - É garantido à empregada, durante a gravidez, sem prejuízo do salário e demais direitos: CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 17 I - transferência de função, quando as condições de saúde o exigirem, assegurada a retomada da função anteriormente exercida, logo após o retorno ao trabalho; II -dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de,no mínimo, seis consultas médicas e demais exames complementares. Art. 393 - Durante o período a que se refere o art. 392, a mulher terá direito ao salário integral e, quando variável,calculado de acordo com a média dos 6 (seis) últimos meses de trabalho, bemcomo aos direitos e vantagens adquiridos, sendo-lhe ainda facultado reverter à função que anteriormente ocupava. Art. 394 - Mediante atestado médico, à mulher grávida é facultado romper o compromisso resultante de qualquer contrato de trabalho, desde que este seja prejudicial à gestação. Art. 395 - Em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a mulher terá um repouso remunerado de 2 (duas) semanas, ficando-lhe assegurado o direito de retornar à função que ocupava antes de seu afastamento. Art. 396 - Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais, de meia hora cada um. Parágrafo único - Quando o exigir a saúde do filho, o período de 6 (seis) meses poderá ser dilatado, a critério da autoridade competente. Art. 397 - O SESI, o SESC, a LBA e outras entidades públicas destinadas à assistência à infância manterão ou subvencionarão, de acordo com suas possibilidades financeiras, escolas maternais e jardins de infância, distribuídos nas zonas de maior densidade de trabalhadores, destinados especialmente aos filhos das mulheres empregadas. Art. 399 - O Ministro do Trabalho e da Administração conferirá diploma de benemerência aos empregadores que se distinguirem pela organização e manutenção de creches e de CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 18 instituições de proteção aos menores em idade pré-escolar, desde que tais serviços se recomendem por sua generosidade e pela eficiência das respectivas instalações. Art. 400 - Os locais destinados à guarda dos filhos das operárias durante o período da amamentação deverão possuir, no mínimo, um berçário, uma saleta de amamentação, uma cozinha dietética e uma instalação sanitária. 8.3. Estabilidade da Gestante e Licença-maternidade: A empregada gestante tem assegurado pela Constituição Federal uma licença de 120 dias sem prejuízo do emprego e do salário, sendo inclusive vedada a sua dispensa arbitrária ou sem justa causa. Faz jus, ainda a uma estabilidade provisória desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. A comprovação da gravidez durante o prazo do Aviso Prévio dá direito ao salário-maternidade, pois o período de Aviso prévio integra o Contrato de Trabalho. Sem prejuízo do salário é garantido á empregada durante a gravidez: a) mudar de função caso por questões de saúde a gravidez exija; b) o direito de ausenta-se para seis consultas médicas e demais exames complementares; c) dois intervalos de meia hora para amamentação (art. 396 da CLT); d) as empresas onde trabalhem pelo menos 30 mulheres o empregador deverá ter creches. Porém tal exigência será suprida por convênios com Sesi, Sesc e etc. O pagamento de reembolso creche também supre a exigência de instalação de creche; e) É exigida a manutenção de uma cozinha, com instalações sanitárias nos locais destinados à amamentação. A gravidez determina duas situações jurídicas distintas: a) 4 semanas antes do parto até 120 dias é Estabilidade absoluta segundo o jurista Arnaldo Sussekind; b) nos cinco meses após o parto é Estabilidade relativa, pois estará protegida contra despedida arbitrária e não contra Justa Causa. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 19 Os artigos 93/103 do Decreto 3048/99 e a Lei 8.213/91 dispõem sobre o salário-maternidade que é devido à segurada da previdência social durante 120 dias com início em 28 dias antes e término 91 dias depois do parto, podendo ser prorrogado em casos excepcionais, por mais duas semanas antes ou depois do parto mediante atestado médico específico. Seja o parto antecipado ou não a segurada terá direito aos 120 dias. O salário-maternidade da segurada empregada será uma renda mensal igual a sua remuneração integral e será pago pela empresa que compensará quando do recolhimento das contribuições incidentes sobre folha de salários. No caso de empregos concomitantes a segurada fará jus ao salário-maternidade relativo a cada emprego. Para a empregada doméstica o salário-maternidade será igual ao seu último salário de contribuição. A empregada doméstica faz jus ao salário-maternidade e faz jus a garantia de emprego de cinco meses após o parto que é estabilidade relativa, pois a Lei 11.324/2006 acrescentou o § 4º à Lei do Doméstico. GESTANTE- -Súmula 244 do TST I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT). II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade. III - Não há direito da empregada gestante à estabilidade provisória na hipótese de admissão mediante contrato de experiência, visto que a extinção da relação de emprego, em face do término do prazo, não constitui dispensa arbitrária ou sem justa causa. A Súmula 244 do TST é muito cobrada em concursos públicos, por isso estudaremos melhor esta Súmula através da resolução de exercícios práticos no item de resolução de questões abaixo. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 20 8.4. Questões de prova: 1. (FCC – Juiz do Trabalho – TRT/RO-AC/2003) A proteção do trabalho da mulher se consubstancia nas seguintes garantias: I) licença-maternidade de 60 dias para a empregada que adotar criança com dois anos de idade. II) licença-maternidade de 120 para a empregada gestante. III) garantia de emprego, desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto. IV) a percepção em dobro da remuneração do período de afastamento, corrigida monetariamente, acrescida dos juros legais, quando o rompimento do contrato se der por ato discriminatório do empregador. Assinale a resposta: a) todas as afirmativas estão corretas. b) apenas as afirmativas II e III estão corretas. c) apenas a afirmativa III está incorreta. d) apenas a afirmativa IV está incorreta. e) apenas as afirmativas I, III e IV estão incorretas. 2. (UnB/CESPE – AGU - Procurador Federal/2010) No que se refere ao contrato de aprendizagem, julgue os itens que se seguem. 154 Não são aplicadas ao trabalhador portador de necessidades especiais as restrições típicas do contrato de aprendizagem inerentes à idade máxima de vinte e quatro anos, tampouco a limitação de prazo contratual de dois anos. 155 Ao menor aprendiz que trabalha em jornada de seis horas é garantido o salário mínimo mensal. 3. (CESPE/Técnico Judiciário/TRT 16ª Região) Em face da legislação e jurisprudência protetivas quanto ao trabalho da mulher, julgue os itens subseqüentes: 61 Se uma empregada de uma instituição bancária engravidar-se e for dispensada, tomando ciência do aviso prévio após 20 dias da concepção, ainda que o empregador desconheça o seu estado gravídico, está obrigado a respeitar a estabilidade prevista em relação à gestante, pagando a indenização inerente ao período. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 21 62 Caso uma empregada dê à luz uma criança no dia 20/06/2005, sua estabilidade prevalecerá até o dia 20/11/2005. Após tal data, o empregador poderá dispensá-la sem pagar qualquer indenização decorrente da estabilidade. 4. (UnB/CESPE – TRT 17.ª Região/Analista Judiciário – Área: Judiciária – Execução de Mandados /2009) Julgue os próximositens, a respeito do direito do trabalho. 71 Na hipótese de trabalho da mulher aos domingos, é obrigatória uma escala de revezamento quinzenal que favoreça o repouso dominical, garantindo à mulher pelo menos uma folga aos domingos a cada 15 dias. 5. (UnB/CESPE – TRT 17.ª Região/Analista Judiciário – Área: Judiciária – Execução de Mandados /2009) Julgue os próximos itens, a respeito do direito do trabalho. 78 É vedada a realização de horas extras fundamentadas na celebração de acordo de prorrogação de horas no caso de atividades perigosas. 6. (UnB/CESPE – SERPRO/2010) Julgue os próximos itens acerca do instituto da estabilidade provisória 113 Caso uma empregada de determinada empresa, tenha dado à luz filho nascido em 05 04 2010, ela será detentora de estabilidade provisória até o dia 5 9 2010. 7. (FCC - Analista Judic. – Área Adm./ TRT/PI - 2004) É garantia da empregada gestante durante a gravidez: a) Dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no mínimo, 9 (nove) consultas médicas, sem prejuízo do salário e demais direitos. b) Dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no mínimo, 6 (seis) consultas médicas, sem prejuízo do salário e demais direitos. c) Dispensa de 2(duas) horas diárias, a partir da notificação da gravidez, sem prejuízo do salário. d) Transferência de função, quando as condições de saúde o exigirem, não assegurada a retomada da função anteriormente exercida, sem prejuízo do maior salário. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 22 e) Transferência de função, quando as condições de saúde o exigirem, sem prejuízo da remuneração variável de acordo com a média dos últimos 03 (três) meses de trabalho. 8. (FCC - Analista Judiciário – Área Administrativa - TRT/PI - 2004) Considera-se prejudicial à moralidade do menor o trabalho: a) nos locais e serviços perigosos. b) nos locais e serviços insalubres. c) Em peças de teatro infantil. d) de entrega de impressos com autorização judicial. e) Em empresas circenses em função de ginasta. 9. (ESAF – Analista Judiciário – Execução de Mandados/ 2003) Considerando as regras especiais de proteção ao trabalho do menor, aponte a opção incorreta. a) O trabalho do menor com idade entre 14 anos e 16 anos de idade apenas é admitido na condição de aprendiz. b) O trabalho em condições de agressão à saúde, executado por trabalhador com 16 anos de idade, impõe ao empregador a obrigação de pagamento do adicional de insalubridade, em nível proporcional ao nível de agressão experimentado. c) É vedado ao menor prestar serviços em estabelecimentos prejudiciais à sua moralidade, tais como boates e outros que comercializam bebidas alcoólicas a varejo. d) Ao trabalhador menor é lícito firmar recibos de quitação salarial sem a assistência de seus responsáveis, salvo em se tratando de rescisão do contrato de trabalho. e) Ao menor com idade de 16 anos é vedado o labor em atividade que o exponha a risco de vida. 10. (UnB/CESPE – Técnico Judiciário - TRT 17.ª Região/2009) No que se refere ao direito do trabalho, julgue os itens seguintes. 85 A mulher gestante adquire estabilidade a partir do momento em que comunicar ao seu empregador o estado gravídico. 86 Considera-se menor, para os efeitos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o trabalhador com idade entre 14 e 18 anos. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 23 11. (UnB / CESPE – TRT / 16ª. Região Analista Judiciário – Área: Judiciária/2005) Em cada um dos próximos itens, é apresentada uma situação hipotética acerca das regras legais que protegem o trabalho do menor e da mulher, seguida de uma assertiva a ser julgada. 98 Com o propósito de ajudar a família de um ex-empregado falecido, Mário, proprietário de uma loja de conveniências instalada em um posto de gasolina, resolveu contratar Lucas, de 14 anos de idade, filho do falecido, para laborar como atendente, no horário de 20 às 2 horas, durante cinco dias na semana. Nessa situação, por ser nulo o contrato firmado, Lucas não fará jus à percepção do adicional noturno devido. 99 Consultando o jornal de sua cidade, Elaine verificou a existência de oferta de emprego para a função de recepcionista em uma empresa organizadora de festas, congressos e demais eventos. Observou também que havia restrição de acesso às mulheres casadas, em razão das constantes viagens que as recepcionistas deveriam realizar. Seis meses após conseguir o emprego, Elaine e seu namorado casaram-se, fato que acabou conduzindo à rescisão justificada do contrato de trabalho. Nessa situação, diante da pre- visão contratual contrária ao matrimônio, a atitude da empresa foi correta, inexistindo qualquer direito rescisório a ser pago a Elaine. 12. (UnB/CESPE – OAB - Exame de Ordem 2008.3) No que concerne ao trabalho da mulher, assinale a opção correta. A) A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 dias, sem prejuízo do emprego e do salário, devendo, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data do início do afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre o 28.º dia antes do parto e ocorrência deste. B) As empresas que tenham em seus quadros mais de100 empregados são obrigadas a contratar, no mínimo, 20 mulheres, em obediência à CF e à legislação ordinária. C) Os estabelecimentos em que trabalharem pelo menos 25 mulheres com mais de 16 anos de idade são obrigados a dispor de local apropriado onde seja permitido às empregadas, no período da amamentação, deixar, sob vigilância e assistência, os seus filhos. D) Ao empregador é vedado empregar mulher em serviço que demande o emprego de força muscular superior a 25 quilos para o trabalho contínuo, exceto quanto à remoção de material feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, de carros-de-mão ou quaisquer aparelhos mecânicos. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 24 13. (UnB/CESPE – OAB - Exame de Ordem 2008.3) Suponha que Paulo, contratado para trabalhar em uma usina, em 18/7/2004, exerça suas atividades em sistema elétrico, tendo contato com sistema de alta potência duas vezes por semana, em média, durante uma hora em cada uma dessas vezes. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta. A) Em decorrência do contato com sistema de alta potência, Paulo tem direito à percepção do adicional de insalubridade. B) O adicional de periculosidade a que Paulo faz jus não pode, ante o princípio da proteção, ser fixado em percentual inferior ao legalmente estabelecido nem ser calculado proporcionalmente ao tempo de exposição do empregado ao risco, ainda que por meio de convenção coletiva de trabalho ou acordo coletivo de trabalho. C) O cálculo do adicional de periculosidade devido a Paulo deve ser efetuado sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial por ele recebidas. D) O adicional de periculosidade a que Paulo faz jus deve incidir apen- as sobre o seu salário básico, e não sobre este acrescido de outros adicionais. ............................................................................................................... Gabarito: 1. 6. 11. 2. 7. 12. 3. 8. 13. 4. 9. 5. 10. ............................................................................................................... CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 25 8.5. Questões de prova comentadas: 1. (FCC – Juiz do Trabalho – TRT/RO-AC/2003) A proteção do trabalho da mulher se consubstancianas seguintes garantias: I) licença-maternidade de 60 dias para a empregada que adot- ar criança com dois anos de idade. II) licença-maternidade de 120 para a empregada gestante. III) garantia de emprego, desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto. IV) a percepção em dobro da remuneração do período de afastamento, corrigida monetariamente, acrescida dos juros legais, quando o rompimento do contrato se der por ato discriminatório do empregador. Assinale a resposta: a) todas as afirmativas estão corretas. b) apenas as afirmativas II e III estão corretas. c) apenas a afirmativa III está incorreta. d) apenas a afirmativa IV está incorreta. e) apenas as afirmativas I, III e IV estão incorretas. Comentários: I- Incorreta. II- Correta. III- Correta. IV. Correta. Não há gabarito nesta questão porque a prova é de 2003 e o art. 392 – A da CLT foi extinto recentemente. 2. (UnB/CESPE – AGU - Procurador Federal/2010) No que se refere ao contrato de aprendizagem, julgue os itens que se seguem. 154 Não são aplicadas ao trabalhador portador de necessidades especiais as restrições típicas do contrato de aprendizagem inerentes à idade máxima de vinte e quatro anos, tampouco a limitação de prazo contratual de dois anos. 155 Ao menor aprendiz que trabalha em jornada de seis horas é garantido o salário mínimo mensal. Comentários: 154 C 155E CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 26 Art. 428 Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação. § 2º - Ao menor aprendiz, salvo condição mais favorável, será garantido o salário mínimo hora. § 3º. O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de aprendiz portador de deficiência. § 5º A idade máxima prevista no caput deste artigo não se aplica a aprendizes portadores de deficiência. 3. (CESPE/Técnico Judiciário/TRT 16ª Região) Em face da legislação e jurisprudência protetivas quanto ao trabalho da mulher, julgue os itens subseqüentes: 61 Se uma empregada de uma instituição bancária engravidar-se e for dispensada, tomando ciência do aviso prévio após 20 dias da concepção, ainda que o empregador desconheça o seu estado gravídico, está obrigado a respeitar a estabilidade prevista em relação à gestante, pagando a indenização inerente ao período. 62 Caso uma empregada dê à luz uma criança no dia 20/06/2005, sua estabilidade prevalecerá até o dia 20/11/2005. Após tal data, o empregador poderá dispensá-la sem pagar qualquer indenização decorrente da estabilidade. Comentários: 61. Correta. Observem o que diz a Súmula 244 do TST: Súmula 244 do TST I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT). CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 27 II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade. III - Não há direito da empregada gestante à estabilidade provisória na hipótese de admissão mediante contrato de experiência, visto que a extinção da relação de emprego, em face do término do prazo, não constitui dispensa arbitrária ou sem justa causa. 62. Correta. A empregada gestante tem assegurado pela Constituição Federal uma licença de 120 dias sem prejuízo do emprego e do salário, sendo inclusive vedada a sua dispensa arbitrária ou sem justa causa. Faz jus, ainda a uma estabilidade provisória desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. A data de 20/11/2005 é exatamente o marco de cinco meses após o parto, por isso o empregador poderá dispensá-la sem pagar indenização, pois já exauriu o período da estabilidade. 4. (UnB/CESPE – TRT 17.ª Região/Analista Judiciário – Área: Judiciária – Execução de Mandados /2009) Julgue os próximos itens, a respeito do direito do trabalho. 71 Na hipótese de trabalho da mulher aos domingos, é obrig- atória uma escala de revezamento quinzenal que favoreça o repouso dominical, garantindo à mulher pelo menos uma folga aos domingos a cada 15 dias. Comentários: certa Art. 385 da CLT O descanso semanal será de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas e coincidirá no todo ou em parte com o domingo, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa de serviço, a juízo da autoridade competente, na forma das disposições gerais, caso em que recairá em outro dia. Parágrafo único - Observar-se-ão, igualmente, os preceitos da legislação geral sobre a proibição de trabalho nos feriados civis e religiosos. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 28 5. (UnB/CESPE – TRT 17.ª Região/Analista Judiciário – Área: Judiciária – Execução de Mandados /2009) Julgue os próximos itens, a respeito do direito do trabalho. 78 É vedada a realização de horas extras fundamentadas na celebração de acordo de prorrogação de horas no caso de atividades perigosas. Comentários: 78. errada. As mulheres poderão trabalhar em regime de horas extras. 6. (UnB/CESPE – SERPRO/2010) Julgue os próximos itens acerca do instituto da estabilidade provisória 113 Caso uma empregada de determinada empresa, tenha dado à luz filho nascido em 05 04 2010, ela será detentora de estabilid- ade provisória até o dia 5 9 2010. Comentários: A Constituição Federal assegura estabilidade para a gestante desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto. 7. (FCC - Analista Judic. – Área Adm./ TRT/PI - 2004) É garantia da empregada gestante durante a gravidez: a) Dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no mínimo, 9 (nove) consultas médicas, sem prejuízo do salário e demais direitos. b) Dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no mínimo, 6 (seis) consultas médicas, sem prejuízo do salário e demais direitos. c) Dispensa de 2(duas) horas diárias, a partir da notificação da gravidez, sem prejuízo do salário. d) Transferência de função, quando as condições de saúde o exigirem, não assegurada a retomada da função anteriormente exercida, sem prejuízo do maior salário. e) Transferência de função, quando as condições de saúde o exigirem, sem prejuízo da remuneração variável de acordo com a média dos últimos 03 (três) meses de trabalho. Comentários: Letra B (art. 392, parágrafo 4º, II da CLT) CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 29 Art. 392 da CLT A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário § 1º - A empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data do início do afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre o 28º (vigésimo oitavo) dia antes do parto e ocorrência deste. § 2º - Os períodos de repouso, antes e depois do parto, poderão ser aumentados de 2 (duas) semanas cada um, mediante atestado médico § 3º - Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 120 (centoe vinte) dias previstos neste artigo. § 4º - É garantido à empregada, durante a gravidez, sem prejuízo do salário e demais direitos: I - transferência de função, quando as condições de saúde o exigirem, assegurada a retomada da função anteriormente exercida, logo após o retorno ao trabalho; II - dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no mínimo, seis consultas médicas e demais exames complementares. 8. (FCC - Analista Judiciário – Área Administrativa - TRT/PI - 2004) Considera-se prejudicial à moralidade do menor o trabalho: a) nos locais e serviços perigosos. b) nos locais e serviços insalubres. c) Em peças de teatro infantil. d) de entrega de impressos com autorização judicial. e) Em empresas circenses em função de ginasta. Comentários: Letra E (art. 405, parágrafo 3º, b da CLT) CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 30 Art. 405 da CLT - Ao menor não será permitido o trabalho: I - nos locais e serviços perigosos ou insalubres, constantes de quadro para esse fim aprovado pela Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho; II - em locais ou serviços prejudiciais à sua moralidade. § 2º - O trabalho exercido nas ruas, praças e outros logradouros dependerá de prévia autorização do Juiz da Infância e da Juventude, ao qual cabe verificar se a ocupação é indispensável à sua própria subsistência ou à de seus pais, avós ou irmãos e se dessa ocupação não poderá advir prejuízo à sua formação moral. § 3º - Considera-se prejudicial à moralidade do menor o trabalho: a) prestado de qualquer modo em teatros de revista, cinemas, boates, cassinos, cabarés, dancings e estabelecimentos análogos; b) em empresas circenses, em funções de acrobata, saltimbanco, ginasta e outras semelhantes; c) de produção, composição, entrega ou venda de escritos, impressos, cartazes, desenhos, gravuras, pinturas, emblemas, imagens e quaisquer outros objetos que possam, a juízo da autoridade competente, prejudicar sua formação moral; d) consistente na venda, a varejo, de bebidas alcoólicas. § 4º - Nas localidades em que existirem, oficialmente reconhecidas, instituições destinadas ao amparo dos menores jornaleiros, só aos que se encontrem sob o patrocínio dessas entidades será outorgada a autorização do trabalho a que alude o § 2º. § 5º - Aplica-se ao menor o disposto no art. 390 e seu parágrafo único. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 31 9. (ESAF – Analista Judiciário – Execução de Mandados/ 2003) Considerando as regras especiais de proteção ao trabalho do menor, aponte a opção incorreta. a) O trabalho do menor com idade entre 14 anos e 16 anos de idade apenas é admitido na condição de aprendiz. b) O trabalho em condições de agressão à saúde, executado por trabalhador com 16 anos de idade, impõe ao empregador a obrigação de pagamento do adicional de insalubridade, em nível proporcional ao nível de agressão experimentado. c) É vedado ao menor prestar serviços em estabelecimentos prejudiciais à sua moralidade, tais como boates e outros que comercializam bebidas alcoólicas a varejo. d) Ao trabalhador menor é lícito firmar recibos de quitação salarial sem a assistência de seus responsáveis, salvo em se tratando de rescisão do contrato de trabalho. e) Ao menor com idade de 16 anos é vedado o labor em atividade que o exponha a risco de vida. Comentários: Comentários: Letra B a) Correta. Art. 7º, XXXIII da CF/88 - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; b) Incorreta, porque o menor não poderá prestar trabalho noturno, perigoso ou insalubre. Caso isto ocorra, o seu empregador será multado e deverá pagar os respectivos adicionais de forma integral. Art. 404 da CLT - Ao menor de 18 (dezoito) anos é vedado o trabalho noturno, considerado este o que for executado no período compreendido entre as 22 (vinte e duas) e as 5 (cinco) horas. c) Correta. (art.405 da CLT) d) Correta. e) Correta (art. 7º da CF/88). CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 32 10. (UnB/CESPE – Técnico Judiciário - TRT 17.ª Região/2009) No que se refere ao direito do trabalho, julgue os itens seguintes. 85 A mulher gestante adquire estabilidade a partir do momento em que comunicar ao seu empregador o estado gravídico. 86 Considera-se menor, para os efeitos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o trabalhador com idade entre 14 e 18 anos. Comentários: 85. Incorreta. De acordo com a Súmula 244 do TST o dispositivo constitucional que diz que a gestante adquire estabilidade desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto, deverá ser interpretada, a confirmação da gravidez, como uma certeza íntima da gestante. 86. Correta. (art. 402 da CLT) Art. 402 da CLT Considera-se menor para os efeitos desta Consolidação o trabalhador de quatorze até dezoito anos. 11. (UnB / CESPE – TRT / 16ª. Região Analista Judiciário – Área: Judiciária/2005) Em cada um dos próximos itens, é apresentada uma situação hipotética acerca das regras legais que protegem o trabalho do menor e da mulher, seguida de uma assertiva a ser julgada. 98 Com o propósito de ajudar a família de um ex-empregado falecido, Mário, proprietário de uma loja de conveniências instalada em um posto de gasolina, resolveu contratar Lucas, de 14 anos de idade, filho do falecido, para laborar como atendente, no horário de 20 às 2 horas, durante cinco dias na semana. Nessa situação, por ser nulo o contrato firmado, Lucas não fará jus à percepção do adicional noturno devido. 99 Consultando o jornal de sua cidade, Elaine verificou a existência de oferta de emprego para a função de recepcionista em uma empresa organizadora de festas, congressos e demais eventos. Observou também que havia restrição de acesso às mulheres casadas, em razão das constantes viagens que as recepcionistas deveriam realizar. Seis meses após conseguir o emprego, Elaine e seu namorado casaram-se, fato que acabou conduzindo à rescisão justificada do contrato de trabalho. Nessa situação, diante da previsão contratual contrária ao matrimônio, a atitude da empresa foi correta, inexistindo qualquer direito rescisório a ser pago a Elaine. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 33 Comentários: 98. Errada. No Direito do Trabalho a nulidade apresenta contornos diferentes do Direito Civil. Assim, como o empregador não poderá ser beneficiado com a sua própria torpeza e a força de trabalho despendida pelo menor não poderá ser devolvida, fará jus o empregado a todos os direitos trabalhistas. 99. Errada. O Art. 373-A da CLT veda, dentre outros motivos, a recusa de emprego em decorrência de situação familiar Art. 373-A da CLT Ressalvadas as disposições legais destinadas a corrigir as distorções que afetam o acesso da mulher ao mercado de trabalho e certas especificidades estabelecidas nos acordos trabalhistas, é vedado: I - publicar ou fazer publicar anúncio de emprego no qual haja referência ao sexo, à idade, à cor ou situação familiar, salvo quando a natureza da atividade a ser exercida, pública e notoriamente, assim o exigir; II - recusar emprego, promoção ou motivar a dispensa do trabalho em razão de sexo, idade, cor, situação familiar ou estado de gravidez, salvo quando a natureza da atividade seja notória e publicamenteincompatível; III - considerar o sexo, a idade, a cor ou situação familiar como variável determinante para fins de remuneração, formação profissional e oportunidades de ascensão profissional; IV - exigir atestado ou exame, de qualquer natureza, para comprovação de esterilidade ou gravidez, na admissão ou permanência no emprego; V - impedir o acesso ou adotar critérios subjetivos para deferimento de inscrição ou aprovação em concursos, em empresas privadas, em razão de sexo, idade, cor, situação familiar ou estado de gravidez; VI - proceder o empregador ou preposto a revistas íntimas nas empregadas ou funcionárias. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 34 Parágrafo único - O disposto neste artigo não obsta a adoção de medidas temporárias que visem ao estabelecimento das políticas de igualdade entre homens e mulheres, em particular as que se destinam a corrigir as distorções que afetam a formação profissional, o acesso ao emprego e as condições gerais de trabalho da mulher 12. (UnB/CESPE – OAB - Exame de Ordem 2008.3) No que concerne ao trabalho da mulher, assinale a opção correta. A) A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 dias, sem prejuízo do emprego e do salário, devendo, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data do início do afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre o 28.º dia antes do parto e ocorrência deste. B) As empresas que tenham em seus quadros mais de100 empregados são obrigadas a contratar, no mínimo, 20 mulheres, em obediência à CF e à legislação ordinária. C) Os estabelecimentos em que trabalharem pelo menos 25 mulheres com mais de 16 anos de idade são obrigados a dispor de local apropriado onde seja permitido às empregadas, no período da amamentação, deixar, sob vigilância e assistência, os seus filhos. D) Ao empregador é vedado empregar mulher em serviço que demande o emprego de força muscular superior a 25 quilos para o trabalho contínuo, exceto quanto à remoção de material feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, de carros-de-mão ou quaisquer aparelhos mecânicos. Comentários: Letra A B) Incorreta. Art. 390-C da CLT- As empresas com mais de cem empregados, de ambos os sexos, deverão manter programas especiais de incentivos e aperfeiçoamento profissional da mãodeobra. C) Incorreta. Art. 389 da CLT- Toda empresa é obrigada: § 1º - Os estabelecimentos em que trabalharem pelo menos 30 (trinta) mulheres com mais de 16 (dezesseis) anos de idade terão local apropriado onde seja permitido às empregadas guardar sob vigilância e assistência os seus filhos no período da amamentação. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 35 D) Incorreta. Art. 390 da CLT - Ao empregador é vedado empregar a mulher em serviço que demande o emprego de força muscular superior a 20 (vinte) quilos para o trabalho continuo, ou 25 (vinte e cinco) quilos para o trabalho ocasional. Parágrafo único - Não está compreendida na determinação deste artigo a remoção de material feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, de carros de mão ou quaisquer aparelhos mecânicos. 13. (UnB/CESPE – OAB - Exame de Ordem 2008.3) Suponha que Paulo, contratado para trabalhar em uma usina, em 18/7/2004, exerça suas atividades em sistema elétrico, tendo contato com sistema de alta potência duas vezes por semana, em média, durante uma hora em cada uma dessas vezes. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta. A) Em decorrência do contato com sistema de alta potência, Paulo tem direito à percepção do adicional de insalubridade. B) O adicional de periculosidade a que Paulo faz jus não pode, ante o princípio da proteção, ser fixado em percentual inferior ao legalmente estabelecido nem ser calculado proporcionalmente ao tempo de exposição do empregado ao risco, ainda que por meio de convenção coletiva de trabalho ou acordo coletivo de trabalho. C) O cálculo do adicional de periculosidade devido a Paulo deve ser efetuado sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial por ele recebidas. D) O adicional de periculosidade a que Paulo faz jus deve incidir apenas sobre o seu salário básico, e não sobre este acrescido de outros adicionais. Comentários: Letra C Paulo é eletricitário, logo o cálculo de seu adicional será feito conforme a OJ 191 da SDI- 1 do TST OJ 191 da SDI-1 do TST O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não sobre este acrescido de outros adicionais. Em relação aos eletricitários, o cálculo do adicional de periculosidade deverá ser efetuado sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 36 ............................................................................................................... Gabarito: 1. 6. 113 certa 11. 98 errada 99 errada 2. 154 certa 155 errada 7. B 12. A 3. 61 certa 62 certa 8. E 13. C 4. 71 certa 9. B 5. 78 errada 10. 85 errada 86 certa ............................................................................................................... Bem pessoal! A nossa aula de hoje chegou ao final. Abraços a todos! Déborah Paiva
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