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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE FARMÁCIA, ODONTOLOGIA E ENFERMAGEM DEPARTAMENTO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS DISCIPLINA: BIOQUÍMICA CLÍNICA APLICADA DOCENTE: THAMIRES MARIA FONTENELE MORAIS METABOLISMO DO FERRO ANTÔNIA BEATRIZ QUEIROZ DE OLIVEIRA - 369046 DÉBORA COLARES SIQUEIRA DE OLIVEIRA - 369047 JULIANA MARIA MACIEL - 367258 RAISSA GEOVANNA PEREIRA LOPES – 369061 FORTALEZA 2015 FERRO Ferro Hemínico (inorgânico) Ferro não- Hemínico MITO X VERDADE Ferro da Carne Ferro Vegetal FUNÇÕES DO FERRO • Síntese de DNA: Ribonucleotídeo redutase, enzimas que limitam a taxa de síntese do DNA, só pode ser continuamente síntetizada se houver um fornecimento contínuo de ferro. • Participação do sistema imune: Tanto a sobrecarga quanto a deficiência de ferro resultam em resposta imune. • OBS: Proteínas ligadas ao ferro evitam que se tornem disponíveis aos microorganismos. PEROXIDASES • Desintoxicação celular. • Hêmicas ou não hêmicas • Hêmicas: catalisam a peroxidação de substratos usando o íon de ferro presente no grupo heme. GRUPO HEME α2 β2 α1 β1 O ferro também possui função de proteção, pois participa da composição da enzima catalase, que transforma o peróxido de hidrogênio (H2O2) em água (H2O) e oxigênio (O2). Inclui-se no transporte de oxigênio, fazendo parte da Hemoglobina e Mioglobina. No quesito da produção de energia, tem importante função no metabolismo enérgico. Respiração Mitocondrial: Os citrocromos são um grupo de enzimas transportadoras de elétrons localizadas nas mitocôndrias com função aeróbia, caracterizadas pela presença de um grupo heme. (heme-porfirina) 1. O ferro é reduzido de Fe3+ a Fe2+ pela ação da Dcytb (ferri-redutase). 2. O ferro é transferido da superficie dos enterócitos para o interior atráves de DMT1 (transportador de metal divalente-1) 3. Parte desse Fe2+ liga-se à ferroportina e é transportado com o auxílio da hefaestina. 4. No plasma, ocorre a oxidação de Fe² a Fe³ que liga à transferrina. O Fe hêmico se encontra ligado à uma protoporfirina, formando o grupo heme possui uma proteína carreadora específica (a HCP – heme carrier protein), que quando o grupo heme se liga ao à proteína HCP, formando o complexo heme-HCP, ele é internalizado por endocitose. Agora dentro da vesícula endossomal, esse complexo heme-HCP sofre a ação da heme oxigenasse (HO), liberando monóxido de carbono, bilirrubina-IXa e o Fe+2. ETAPAS DA ABSORÇÃO DE FERRO NO ENTERÓCITO RESUMO DA ABSORÇÃO DO FERRO... Absorvido no duodeno (maior parte) Transportado na forma de Ferrosa (embora nos alimentos esteja forma Férrica) Vitamina C (ácido ascórbico) Vit. C – Converte Férrico Ferroso • O ferro é essencial para o desevolvimento neurológico normal em embriões, já que cérebro está mais vulnerável durante os períodos de maior crescimento e desevolvimento. • O ferro contruibui para a função normal do paladar, sendo associado com anormalidades na mucosa da boca e do trato gastrintestinal. Pica e pagofagia estão associados à deficiência de ferro. • A vitamina C, A e Betacaroteno aumentam a absorção de ferro não-heme. CONTROLE DO METABOLISMO Lúmen intestinal Plasma Retenção de Ferro para o seu interior (enterócitos) PROTEÍNAS REGULADORAS TRANSFERRINA FERRITINA 10-20 mg (ingerido) 1-2 mg (perda diária) Absorção diária: 1-2mg + *Hb e Eritropoiese – 75% *Ferritina Fígado e coração – 10-20% *Outros compartimentos – 5-15% RECEPTORES DE TRANSFERRINA TfR1 Expressão regulada pelo Fe plasmático; Sobrecarga Fe: ↓ expressão. TfR2 Não regulado pelo ferro; Afinidade diminuída pelo ferro. FERRITINA Captação e armazenamento do ferro; Cada molécula pode se ligar a 4.000 íons de ferro; Presente em todas as células, maior parte no citoplasma PARÂMETROS BIOQUÍMICOS FERRO SÉRICO FERRITINA TRANSFERRINA CTLF CLLF IST AVALIAÇÃO LABORATORIAL BIOQUÍMICA ANEMIA FERRORIVA E VULNERABILIDADE Dcytb Lúmen intestinal - Ferro na forma férrica (Fe+++) Ferro na forma ferrosa (Fe++) Enterócito DMT-1/ Nramp2 Armazenada na forma de FERRITINA Liberada para o PLASMA No plasma: Via Hefaestina Fe++ Fe+++ ARTIGO: CARVALHO, M.C de; BARACAT, E.C.E; SGARBIERI, V.C; ANEMIA FERROPRIVA – MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Fadiga, prejuízo no crescimento e no desempenho muscular, disfagia intensa; • Distúrbios comportamentais: irritabilidade, dificuldade de aprendizado; • Mais propensos as infecções. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL • 1º Estágio: • 2º Estágio: Dosagem de ferritina sérica Dosagem de hemossiderina CTLF Dosagem de ferritina sérica Saturação da transferrina DIAGNÓSTICO LABORATORIAL • 3º Estágio: *VCM= Volume Corpuscular Médio *HCM= Hemoglobina Corpuscular Média *CHCM= Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média *RDW= Red Distribution Width( Variação do tamanho dos eritrócitos) VCM CHCM HCM RDWA DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Hemácias normais Hemácias hipocrômicas e microcísticas HEMÁCIAS NORMAIS HEMÁCIAS HIPOCRÔMICAS E MICROCÍTICAS ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA • Definição: presença de doença crônica, infecciosa (fúngicas, bacterianas e virais), inflamatórias ou neoplásicas, anemia e hipoferremia. ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA • No processo da anemia de Doença Crônica ocorrem pelo menos três mecanismos: - Alterações na eritropoese - Diminuição da sobrevida das hemácias - Resposta inadequada da medula à hemólise ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA • As opiniões sobre a relação da quantidade de ferro no organismo e a imunidade do mesmo são controversas. • CONSIDERAÇÕES FINAIS: - Por ser um problema existente há muito tempo, as anemias e a deficiência de ferro vêm sendo trabalhadas quanto à diminuição de sua incidência. - A suplementação profilática de ferro vem se destacando como a medida de intervenção mais econômica. ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA -É PRECISO TOMAR CUIDADO QUANDO: A pessoa for diagnosticada com anemia de Doença Crônica e deficiência de ferro simultaneamente. REFERÊNCIAS • Burtis, C.A., Ashowood, E.E., Bruns, D.E. Tietz Fundamentos de Química Clínica. Editora Elsevier, 6ª edição, 2008. • Motta, V. T. Bioquímica Clínica para o Laboratório – Princípios e Interpretações. Editora MedBook, 5ª edição, 2009. • CARVALHO, M.C de; BARACAT, E.C.E; SGARBIERI, V.C; Anemia Ferropriva e Anemia de Doença Crônica: Distúrbios do Metabolismo de Ferro, Segurança Alimentar e Nutricional, Campinas, 13(2): 54-63, 2006.
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