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Dengue, Chikungunya, Zika e Febre Amarela

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DOENÇAS TRANSMITIDAS PELO AEDES E FEBRE AMARELA 
LUCAS MAGALHÃES DE OLIVEIRA – FAGOC – 2019/1 
 
AGENTE PATOGENIA INCUBAÇÃO QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO 
FEBRE 
AMARELA 
→ Vírus se replicam em linfonodos 
regionais próximos a região da 
picada. 
→ Disseminação hematogênica leva 
ao fígado, baço, medula óssea e 
músculos cardíaco e esquelético. 
3 a 10 dias 
 
Doença febril 
aguda 
inespecífica e 
benigna 
(maioria) 
 
AUTOLIMITADA 
(90%) 
Período de Viremia (3 dias) 
→ Inicio súbito de febre, cefaleia, mialgia, náuseas, vômitos, hiporexia, 
epistaxe, gengivorragia. 
→ Intervalo de 24h com melhora dos sintomas e desaparecimento da febre 
Formas Graves 
→ Retornam manifestações iniciais + hemorragia + desidratação. 
ATENÇAO! Albuminúria e redução do débito urinário indicam 
comprometimento renal. 
→ Sinal de Faget: Dissociação Pulso-Temperatura 
Laboratório 
→ Leucopenia 
→ Neutropenia 
→ Linfocitose 
→ Plaquetopenia < 50.000 
→ BT e TGO/TGP ↑ 
→ Hematúria e ProteinúriaI 
Forma Leve 
→ Sintomático + Hidratação 
 
Forma Grave (Disf. Hepatorrenal) 
→ Internação 
→ Hidratação Venosa 
→ Correção dos distúrbios 
hidroeletrolíticos 
→ Transfusão de hemoderivados 
DENGUE 
(Flavovírus) 
→ Sorotipos mais comuns: 2 e 3 
 
→ Vírus se replica nos linfonodos 
locais (2-3 dias) e depois faz 
disseminação hematogênica. 
7 dias 
 
Viremia de 4-5 
dias com 
sintomas de 
febre alta 
 
Sinais de Alarme 
Vômito persistente 
Dor ABD intensa 
Sangramento de 
mucosas 
↑ Repentino Hto 
(> 38%) 
↓ Abrupta 
plaquetas 
→ Síndrome Viral Indiferenciada: febre, mialgia, cefaleia, dor retrorbitária e 
exantema. 
Forma Clássica 
→ Extravasamento vascular, prova do laço positiva, petéquias, discreto 
sangramento gengival, febre, mialgia e dor retrorbitária. 
→ No 3-4º dia, desaparecimento da febre, com exantema maculopapular 
centrífugo pruriginoso. 
→ Padrão Bifásico: Após o desaparecimento do exantema, podem surgir 
fenômenos hemorrágicos leves e reaparecimento dos sintomas. 
Forma Grave 
→ Acontece após melhora clínica da primeira fase (sintomas clássicos) com 
posterior piora do quadro. 
→ Ocorre sangramento mais importante, petéquias em grande quantidade, 
gengivorragia, epistaxe, choque e extravasamento vascular para 3º espaço. 
→ Ocorrem sinais de piora clínica: Vômitos, dores abdominais, hepatomegalia, 
sangramento ou sinais de má perfusão periférica, taquicardia, taquipneia 
(quadro de choque). 
Forma Clássica 
→ Fase inicial com leucopenia e 
neutropenia, nos dias seguintes 
com linfocitose e/ou linfócitos 
atípicos. Plaquetas em numero 
normal ou reduzidas. 
 
Forma Grave 
→ Leucopenia, plaquetopenia, 
hipoalbuminemia, ↑ Hto, 
Alteração do coagulograma, ↑ 
TGO/TGP 
 
Prova do Laço 
→ Mais de 10 petéquias indica 
positividade. Quando positiva, faz 
hemograma, resultado é de 
plaquetopenia. 
→ Notificação compulsória 
→ Prova do laço em todos os 
pacientes com suspeita, (+) quando > 
10 petéquias em área de 2,5 cm2. 
 
Tratamento 
→ Hidratação abundante 
→ Sintomáticos com analgésicos 
→ Repouso 
→ Atentar para sinais de alerta 
→ Verificar Hto e plaquetas 
 
Dengue Grave 
→ Deve ser feita internação e 
hidratação venosa. 
 
Alta: Hto normal e estável, plaquetas 
> 50.000, ausência de sangramento e 
estabilidade hemodinâmica em 48h. 
Sínd. Hemorrágica da Dengue 
→ Acontece mais quando é a 2ª exposição 
ao vírus. Os anticorpos para a sorologia da 
primeira infecção se ligam aos novos 
sorotipos, mas não neutralizam, 
facilitando a entrada de macrófagos e 
monócitos, havendo agravamento do 
processo. Resp. imune exarcebada 
 
Sínd. Do Choque da Dengue 
→ Insuf. Circulatória po hipovolemia 
(taquicardia, taquipneia e estertores). Pct 
apresenta agitação/sonolencia, pele fria e 
pegajosa, hipotensão e choque. 
ZIKA 
(Flavivírus) 
→ Maioria Assintomático 
→ 20% apresentam, após incubação 
→ Febre baixa, conjuntivite não 
purulenta, rash maculopapular 
pruriginoso, fadiga, cefaleia, dor 
retrorbitária, artralgia, dor 
abdominal, diarreia e ulceras 
mucosas. 
→ Neurotropismo: Microcefalia 
congênita, Sind. de Guillain-Barret, 
Meningoencefalite. 
2-14 dias 
Lactentes e Crianças 
→ Febre 37,5-38,5ºC, conjuntivite, artralgia, exantema, mialgia, cefaleia, 
petéquias em palato, miocardite, pericardite. 
 
→ Transmissão placentária mais comum nos primeiro e segundo trimestre de 
gestação. 
 
→ Ventriculomegalias, microcefalia, calcificação, lissencefalia (cérebro sem 
sulcos, levando a retardo mental acentuado), Hipoplasia cerebelar. 
 
CHIKUNGUNYA 
(Alfavírus) 
→ Duração: 7 a 10 dias 
→ Minoria assintomático (< 15%) 
 
Febre da Chikungunya: 3-7 dias após 
o parto, com febre, hiporexia, rash 
cutâneo, edema periférico, 
trombocitopenia, pode desenvolver 
doença neurológica, pode ter 
miocardite, déficit neuromotor. 
3-7 dias 
→ Febre alta (>39º C) durante 3-5 dias 
→ Exantema, lesões bolhosas e Hiperpigmentação (castanho), poliartralgia 
simétrica, bilateral e incapacitante, cefaleia, mialgia, sintomas 
gastrointestinais. 
→ Edema periarticular/derrame sinovial 
→ Linfopenia, trombocitopenia, elevação das transaminases e creatinina. 
 
Chama a Atenção: Artralgia, com limitação significativa, incapacitante, com 
prejuízo profissional 
Fase Subaguda: Dor, edema, 
rigidez matinal, contínua ou 
intermitente, tenossinovite 
hipertrófica (túneo do carpo). 
 
Fase Crônica: Artropatia crônica 
(pode ser destrutiva), fenomeno de 
Raynaud, fadiga, cefaleia, prurido, 
alopecia e alterações do sono.

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