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ResumoD PenalBonus 3 Imputabilidade

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Direito Penal - Bônus 
Prof. Leonardo Galardo 
 
 
 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. 
Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
www.cursoenfase.com.br 1 
 
Sumário 
1. Imputabilidade penal ...................................................................................... 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Penal - Bônus 
Prof. Leonardo Galardo 
 
 
 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. 
Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
www.cursoenfase.com.br 2 
1. Imputabilidade penal 
Quando olhamos para a sociedade, vemos sempre três grupos de pessoas: imputáveis, 
semi-imputáveis e inimputáveis. Quais as diferenças entre elas? 
Imputável é a pessoa a que pode ser imputada conduta, por isso é “imputável”. É 
aquele que reponde pelo que faz, é aquele que responde por seus atos. 
Inimputável é o oposto. Veja, se imputável é aquele que responde por seus atos, o 
inimputável é aquele a quem não pode ser imputada a conduta. É o que não responde por 
seus atos. 
Há também o semi-imputável, que não é uma pessoa que responde, mas também não 
é uma pessoa que não responde. É uma pessoa que responde com uma redução de pena de 
uma a dois terços, é a famosa responsabilidade penal reduzida. 
As pessoas sempre têm que se encaixar em um desses três grupos. Ou responderemos 
por aquilo que fazemos, ou então não responderemos, ou responderemos com uma pena 
reduzida. 
A imputabilidade encontra-se no Código Penal nos artigos 26, 27 e 28, a saber: 
 Inimputáveis 
 Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento 
mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente 
incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento. 
 Redução de pena 
 Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em 
virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou 
retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse entendimento. 
 Menores de dezoito anos 
 Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando 
sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial. 
 Emoção e paixão 
 Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: 
 I - a emoção ou a paixão; 
 Embriaguez 
 II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos. 
 § 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso 
fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de 
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
Direito Penal - Bônus 
Prof. Leonardo Galardo 
 
 
 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. 
Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
www.cursoenfase.com.br 3 
 § 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, 
proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da 
omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de 
acordo com esse entendimento. 
Os artigos 26 e 28 abrem três chaves (imputável, semi-imputável e inimputável), 
enquanto o artigo 27 abre somente duas (imputável e inimputável). Isso porque nos artigos 
26 e 28 eu encontro três pessoas e no artigo 27, apenas duas, ou seja, nos artigos 26 e 28 eu 
tenho o imputável, o semi-imputável e o inimputável. Já no artigo 27 eu tenho o imputável e 
inimputável. 
IMPUTÁVEIS 
- responde por seus atos 
Artigo 26/CP * imputável 
 * semi-imputável 
 * inimputável 
SEMI-IMPUTÁVEIS 
- responde com redução de pena de 1/3 a 2/3 
Artigo 27/CP * imputável 
 * inimputável 
INIMPUTÁVEIS 
- não responde por seus atos 
Artigo 28/CP * imputável 
 * semi-imputável 
 * inimputável 
O artigo 26 falará sobre saúde mental, o artigo 27 sobre idade e o artigo 28 sobre 
emoção, paixão e embriaguez. 
Começaremos pelo artigo 27 do Código Penal, que adota um critério meramente 
biológico, o que o difere dos outros dois artigos, que adotam o critério bio-psicológico 
(veremos a respeito em um momento oportuno). 
Artigo 27 dispõe: 
Menores de dezoito anos 
 Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando 
sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial. 
Onde legislação especial é o Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA. 
Esse artigo diz que temos dois tipos de pessoas: um sujeito imputável e um sujeito 
inimputável. 
 Imputável: maiores de 18 anos – a partir do primeiro instante do dia do aniversário 
de 18 anos; 
 Inimputável: menores de 18 anos – até o último instante da véspera do aniversário 
de 18 anos. 
Direito Penal - Bônus 
Prof. Leonardo Galardo 
 
 
 
 
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Se os menores de 18 anos são inimputáveis, os maiores de 18 são imputáveis. 
A partir de quando eu me torno maior de 18 anos? De acordo com os tribunais, eu me 
torno maior de 18 anos a partir do primeiro instante do dia do aniversário de 18 anos, pouco 
importando a hora do nascimento. 
Por exemplo, eu nasci dia 24 de junho às 22 horas. Preciso esperar dar 10 horas da 
noite para fazer aniversário? Não. Quando entra no dia 24 de junho eu ganho mais um ano, é 
automático. 
Simples: a partir do primeiro instante do dia do meu aniversário de 18 anos eu sou 
imputável, ou seja, respondo pelo que faço. 
Até quando eu sou menor de 18 anos? Se eu sou maior de 18 anos a partir do primeiro 
instante do dia do meu aniversário de 18 anos, eu sou menor de 18 anos até o último instante 
da véspera do aniversário de 18 anos. 
Até as 23 horas, 59 minutos e 59 segundos da véspera do aniversário de 18 anos eu 
sou inimputável. Deu meia noite, eu sou imputável. 
É por isso que aqui não temos o semi-imputável: porque não existe nada entre o 
imputável e o inimputável. Quando eu deixo de ser menor de 18 anos eu, automaticamente, 
me torno maior de 18 anos. Não há um intervalo onde eu seja um semi-imputável. 
É o único entre os três artigos onde eu só tenho o imputável e o inimputável. 
Esse é um critério biológico porque eu só me prendo a fatores biológicos (a idade). Eu 
não preciso me preocupar com critérios psicológicos, como por exemplo, será que ele tem 
condições de compreender que o que ele está fazendo é errado, que ele está agindo 
contrariamente à lei?É um critério bem simples: tem mais de 18 anos, responde (imputável); tem menos de 
18 anos, não responde (inimputável). Quem é maior responde, quem é menor não responde. 
É apenas isso. 
Não se esqueça que, para poder responder por aquilo que eu faço, eu tenho que ser 
imputável. Para ser imputável eu preciso ser pelos artigos 26, 27 e 28 do Código Penal. 
Aqui estamos vendo apenas como ser imputável de acordo com o artigo 27/CP. 
ATENÇÃO: as vezes, a banca mistura a imputabilidade com o tempo do crime. 
O tempo do crime (quando que o crime é praticado) está no artigo 4º do Código Penal, 
é a teoria da atividade ou ação, que considera praticado o crime no momento da ação ou da 
omissão, ainda que outro seja o momento do resultado, ou seja, é o tempo da conduta. 
Tempo do crime 
 Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que 
outro seja o momento do resultado. 
 
Direito Penal - Bônus 
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Qual é o momento que o crime é praticado? É o momento da conduta criminosa (não 
importa o momento do resultado). 
Por exemplo, eu peguei uma arma, apontei e efetuei o disparo às 10 horas da manhã. 
A pessoa baleada é levada ao hospital e morre às 4 horas da tarde. Eu efetuei a minha conduta 
criminosa às 10 horas da manhã e o resultado (morte) se deu às 4 horas da tarde. Quando que 
meu crime foi praticado? 
a) 10 horas da manhã, com o disparo (conduta); 
b) 4 horas da tarde, com o resultado (morte); 
c) 10 horas da manhã e 4 horas da tarde. 
Se o crime é o tempo da conduta, foi às 10 horas da manhã. Mas, e o resultado morte 
às 4 horas da tarde? Não importa. É considerado praticado o crime no momento da ação ou 
da omissão. 
Assim, se o crime é sempre o tempo da conduta, é aqui que eu tenho que avaliar o 
sujeito. 
O examinador vai perguntar assim: um garoto tem 17 anos e fará 18 anos amanhã. Ele 
sai na véspera para comemorar. Quando são 11 horas da noite, ele arruma uma briga com um 
desafeto e dá uma facada com a intenção de matar o sujeito. Inconsciente, o sujeito é levado 
para o hospital e morre às 4 horas da manhã do dia seguinte, quando o autor já tinha 18 anos. 
Ele responde ou não? 
Você precisa pensar o seguinte: quando que esse crime foi praticado? No tempo da 
conduta. É a conduta que me interessa e a facada foi às 23 horas da véspera. Assim, se o crime 
foi praticado às 23 horas da véspera, o crime foi praticado quando ele ainda era menor de 18 
anos, ou seja, ele não responde pelo que fez na forma do Código Penal, ele estará sujeito ao 
ECA. 
É assim que a banca pede, misturando a imputabilidade com o tempo do crime. 
Vejamos, agora, o artigo 26: 
 Inimputáveis 
 Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento 
mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente 
incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento. 
 Redução de pena 
 Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em 
virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou 
retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse entendimento. 
 
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No artigo 27 eu somente tinha o imputável e o inimputável. Aqui no artigo 26 eu tenho 
os três: imputável, semi-imputável e inimputável. 
Observe que o artigo 26 se divide em caput e parágrafo único, onde o caput falará 
sobre o inimputável e o parágrafo único sobre o semi-imputável. Aquele que não se encaixar 
no caput nem no parágrafo único será imputável. 
Assim, ser imputável pelo artigo 27 é ser maior de 18 anos e, pelo artigo 26, é não se 
encaixar no caput nem no parágrafo único. 
Inimputável (artigo 26, caput, CP): será isento de pena; não vai responder pela sua 
conduta. Usando o “português claro”, é o louco. Ele será absolvido. 
Contudo, apesar de ser absolvido, ele não irá voltar para casa. Ele será submetido a um 
tratamento ou internação. Assim, sua absolvição será imprópria. 
Absolvição imprópria porque ele será absolvido, porém, ele será submetido de 
maneira compulsória a uma medida de segurança (artigo 386, VI.CPP). 
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que 
reconheça: 
(...) 
VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 
22, 23, 26 e § 1o do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver fundada dúvida 
sobre sua existência; (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) 
 
Quem é a pessoa que se encaixa na absolvição imprópria? São três os requisitos 
cumulativos: 
1) No momento da conduta; 
2) - inteiramente incapaz (zero capacidade) 
- de entender o caráter ilícito do fato ou determinar-se de acordo com esse 
entendimento. 
Ou seja, no momento em que eu pratiquei aquela minha ação ou omissão criminosa, 
a minha conduta criminosa, eu não tinha a menor condição de entender o que eu estava 
fazendo, eu não conseguia nem perceber que o que eu estava fazendo era errado. Eu estava 
completamente fora de mim. 
3) Em razão de doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou 
desenvolvimento mental retardado. 
Observe o quadro: 
 
 
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 No momento da conduta 
 
 Era inteiramente incapaz de: (zero capacidade) 
- entender o caráter ilícito do fato 
Ou 
- determinar-se de acordo com esse entendimento 
 
 Em razão de: 
- doença mental 
Ou 
- desenvolvimento mental incompleto 
Ou 
- desenvolvimento mental retardado 
 
 
Em suma, para ser inimputável pelo artigo 26, caput, eu tenho que, no momento da 
conduta criminosa, não ter a menor condição de entender o que estou fazendo, por ter uma 
doença mental ou um desenvolvimento mental incompleto ou um desenvolvimento mental 
retardado. 
Se faz necessário juntar os três requisitos. 
Preciso saber o que é uma doença mental, estudar CID, psicopatias? Não! O Código 
Penal não falará o que é doença mental. Isso diz respeito à Medicina Legal. 
O que você precisa saber é: no momento da conduta, nenhuma condição, em razão de 
doença mental, em razão de desenvolvimento mental incompleto, em razão de um 
desenvolvimento mental retardado. 
Já o que é uma doença mental, o que é um desenvolvimento mental incompleto ou 
retardado você não precisa saber. 
INIMPUTÁVEL 
(artigo 26, caput, CP) 
Isento de pena 
(absolvição imprópria) 
 
Medida de segurança 
Psicológico 
Biológico 
Bio-
psicológicoDireito Penal - Bônus 
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Sendo assim, qual será a consequência para a pessoa? Será isento de pena. Será 
absolvido (absolvição imprópria) e submetido a uma medida de segurança. 
Enquanto o artigo 27 só se refere ao aspecto biológico da pessoa, o artigo 26 se ocupa 
de um critério bio-psicológico. Bio-psicológico porque tem um lado biológico, que é a saúde 
mental, e um lado psicológico que é a capacidade de compreensão do que está acontecendo. 
O somatório do biológico com o psicológico é que forma o critério bio-psicológico. 
Além do inimputável nós temos o semi-imputável, que é aquele que responde, mas 
com redução de pena. A diferença entre eles é mínima, vejamos: 
 
 
 
 
 No momento da conduta 
 
 NÃO era inteiramente capaz de: (alguma capacidade) 
- entender o caráter ilícito do fato 
Ou 
- determinar-se de acordo com esse entendimento 
 
 Em razão de: 
- perturbação de saúde mental 
Ou 
- desenvolvimento mental incompleto 
Ou 
- desenvolvimento mental retardado 
 
 
O semi-imputável encontra-se no artigo 26, parágrafo único do Código Penal e não será 
isento de pena. Ele terá punição, mas com redução de pena de um a dois terços. É o que 
chamamos de responsabilidade penal diminuída. 
Continuamos olhando para ele no momento da conduta. Só que a diferença é que eu 
não vou falar que ele era inteiramente incapaz, zero capacidade. Eu vou falar que ele não era 
inteiramente capaz. Assim: se eu falo que era inteiramente incapaz, eu tenho zero capacidade, 
Psicológico 
Biológico 
Bio-
psicológico 
Redução de pena 
(de 1/3 a 2/3) 
 
SEMI-IMPUTÁVEL 
(artigo 26, parágrafo único, CP) 
Direito Penal - Bônus 
Prof. Leonardo Galardo 
 
 
 
 
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era inimputável; se eu falo que ele não era inteiramente capaz é porque tinha alguma 
capacidade – é o semi-imputável. 
Não é igual ao caput onde eu não tinha nenhuma capacidade. Eu tinha alguma 
capacidade, não era zerada igual à do caput. Eu tinha alguma capacidade de entender o que 
eu estava fazendo, determinar-se de acordo com esse entendimento. Mas o motivo também 
pode ser um desenvolvimento mental incompleto, um desenvolvimento mental retardado, 
mas no lugar da doença mental eu tenho uma perturbação da saúde mental. 
Atente-se: 
 Grau de capacidade: se for nenhum, é inimputável; se for algum, é semi-imputável. 
 Doença mental é inimputável; perturbação da saúde mental é semi-imputável. 
Todo o resto do quadro é válido para os dois. Também continua sendo um lado 
biológico e um lado psicológico, ou seja, um critério bio-psicológico. 
Por fim, se me encaixar no caput, sou inimputável, não respondo. Se me encaixar no 
parágrafo único, sou semi-imputável, respondo com redução de pena. Se não me encaixar 
nem no caput e nem no parágrafo único, eu sou imputável.

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